12/35 leitura em outubro de 2021
Adriana
trabalhou na Jovem Pan. Fazia contatos
de campo. Conheceu por filmes,
movimentos negros dos USA como os Panteras Negras e outros.
Passou a
frequentar o Movimento Negro Urbano em São Paulo.
A Feira
Preta, que ela protagonizou a formação, foi instalada em sucessivos
lugares. Eventos ao ar livre que às
vezes eram afetados por chuvas, vendavais.
Entraram,
ela e a amiga Deise, rumo à profissionalização, com a Feira Preta na Artemisia
que atua como aceleradora de negócios sociais.
Casou,
teve uma filha, separou. A Feira Preta
tinha altos e baixos. Sufoco nas
finanças. Nessa fase, três lideranças
negras foram escolhidas pela ONU Organização das Nações Unidas para celebrar a
Década Internacional dos Afrodescendentes.
Pelo Brasil, a ONU convidou Lazaro Ramos, Taís Araujo e Adriana da Feira Preta.
No
contexto do evento estava programado (como de fato houve) um jantar do grupo
com o então Presidente Obama. Esse
evento deu grande projeção a Adriana e à causa que ela defende. Em 2017 a Feira Preta teve programação de
vinte dias e 27.000 pessoas.
Êxito
total, incluindo a conquista do retorno da Feira Preta à Praça Benedito
Calixto.
Bate
papo do autor do livro com a Adriana
Adriana
fez terapia por longo tempo. Acha que
sem a terapia ela não teria inteligência emocional para dar conta das pressões
da caminhada.
“Está aí
o grande desafio da minha vida: viver
bem e com propósito”. Viver fazendo
aquilo em que acredito.
Na época
do convite da ONU ela estava numa fase ruim no emocional e no financeiro. Não tinha meios de fazer a viagem aos USA.
Fizeram
uma vaquinha para ela pelas redes sociais e se arrecadou o suficiente para
bancar a viagem e a participação no evento da ONU.
No
retorno, foi capa da Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios e em vários
programas de TV. A Feira Preta se
fortaleceu muito.
Outra Humana de Negócios
– PATRÍCIA SANTOS
“Passado ainda presente”.
Empreendedora,
já tinha contato com grandes bancos e multinacionais articulando empregos para
talentos negros. Muitos dos contatos, na
Avenida Faria Lima em São Paulo, local onde se concentram os escritórios das
grandes corporações nacionais e multinacionais.
Ela
lutava pela “EmpregueAfro”. Cita o
livro da filósofa Djamila Ribeiro:
Pequeno Manual Antirracista. Neste livro a pesquisadora Joice Berth
afirmou: “Não me descobri negra; fui
acusada de se-la”.
Pesquisa
DataFolha em 1995: 90% dos brasileiros
pesquisados afirmaram não serem racistas.
Mas 87% manifestaram algum preconceito em relação à cor.
“Para
Djamila, existe uma explicação: “O
racismo faz parte do sistema e está tão enraizado que, muitas vezes, passa
despercebido. É impossível – ressalta a
filósofa – não ser racista tendo sido criado numa sociedade racista”.
“É algo
que está em nós e contra o que devemos lutar sempre”.
O
EmpregueAfro foi lançado em 2005. O
lançamento foi na FATEC Faculdade de Tecnologia Tiradentes em São Paulo.
Ela aos
20 anos trabalhou no setor de RH da TV Bandeirantes. Começou a faculdade de Educação Física e
durante o curso sugeriram que ela fizesse Pedagogia. A família reclamou que ser professora
ganharia muito pouco porque nosso povo não valoriza os professores. Indicaram para ela buscar estágio na área
de RH Recursos Humanos e ela partiu para isso.
Se empregou na TV Band. Depois
ela trabalhou na Catho, empresa forte na área de agência de empregos.
Continua....