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sábado, 30 de outubro de 2021

CAP. 12/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V. CUNHA - editora Voo - ano 2020

12/35                leitura em outubro de 2021 

         Adriana trabalhou na Jovem Pan.  Fazia contatos de campo.   Conheceu por filmes, movimentos negros dos USA como os Panteras Negras e outros.

         Passou a frequentar o Movimento Negro Urbano em São Paulo.

         A Feira Preta, que ela protagonizou a formação, foi instalada em sucessivos lugares.  Eventos ao ar livre que às vezes eram afetados por chuvas, vendavais.

         Entraram, ela e a amiga Deise, rumo à profissionalização, com a Feira Preta na Artemisia que atua como aceleradora de negócios sociais.

         Casou, teve uma filha, separou.    A Feira Preta tinha altos e baixos.  Sufoco nas finanças.   Nessa fase, três lideranças negras foram escolhidas pela ONU Organização das Nações Unidas para celebrar a Década Internacional dos Afrodescendentes.  Pelo Brasil, a ONU convidou Lazaro Ramos,  Taís Araujo e Adriana da Feira Preta.

         No contexto do evento estava programado (como de fato houve) um jantar do grupo com o então Presidente Obama.    Esse evento deu grande projeção a Adriana e à causa que ela defende.  Em 2017 a Feira Preta teve programação de vinte dias e 27.000 pessoas.

         Êxito total, incluindo a conquista do retorno da Feira Preta à Praça Benedito Calixto.

         Bate papo do autor do livro com a Adriana

         Adriana fez terapia por longo tempo.   Acha que sem a terapia ela não teria inteligência emocional para dar conta das pressões da caminhada.

         “Está aí o grande desafio da minha vida:  viver bem e com propósito”.  Viver fazendo aquilo em que acredito.

         Na época do convite da ONU ela estava numa fase ruim no emocional e no financeiro.    Não tinha meios de fazer a viagem aos USA.

         Fizeram uma vaquinha para ela pelas redes sociais e se arrecadou o suficiente para bancar a viagem e a participação no evento da ONU.

         No retorno, foi capa da Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios e em vários programas de TV.   A Feira Preta se fortaleceu muito.

 

Outra Humana de Negócios – PATRÍCIA SANTOS

“Passado ainda presente”.

         Empreendedora, já tinha contato com grandes bancos e multinacionais articulando empregos para talentos negros.  Muitos dos contatos, na Avenida Faria Lima em São Paulo, local onde se concentram os escritórios das grandes corporações nacionais e multinacionais.

         Ela lutava pela “EmpregueAfro”.    Cita o livro da filósofa Djamila Ribeiro:  Pequeno Manual Antirracista.   Neste livro a pesquisadora Joice Berth afirmou:   “Não me descobri negra; fui acusada de se-la”.

         Pesquisa DataFolha em 1995:  90% dos brasileiros pesquisados afirmaram não serem racistas.   Mas 87% manifestaram algum preconceito em relação à cor.

         “Para Djamila, existe uma explicação:   “O racismo faz parte do sistema e está tão enraizado que, muitas vezes, passa despercebido.   É impossível – ressalta a filósofa – não ser racista tendo sido criado numa sociedade racista”.

         “É algo que está em nós e contra o que devemos lutar sempre”.

         O EmpregueAfro foi lançado em 2005.   O lançamento foi na FATEC Faculdade de Tecnologia Tiradentes em São Paulo.

         Ela aos 20 anos trabalhou no setor de RH da TV Bandeirantes.   Começou a faculdade de Educação Física e durante o curso sugeriram que ela fizesse Pedagogia.  A família reclamou que ser professora ganharia muito pouco porque nosso povo não valoriza os professores.     Indicaram para ela buscar estágio na área de RH Recursos Humanos e ela partiu para isso.   Se empregou na TV Band.   Depois ela trabalhou na Catho, empresa forte na área de agência de empregos.

         Continua.... 

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