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quarta-feira, 13 de outubro de 2021

CAP. 05/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V. CUNHA - Editora Voo - 2020

CAP. 05/35

 

     São líderes com intenso senso de justiça, resiliência, ética, idealismo, empatia e compaixão, com capacidade de inovação e comunicação.    HuNe Humanos de Negócios ou ReHu (Re)Humans.

         “São capazes até de injetar um certo romantismo nos negócios, ao nos fazer acreditar que é possível ter mais em jogo do que dinheiro”.

         Página 35 – Nos USA, declaração de 181 líderes empresariais.   “O lucro dos investidores não será mais importante do que as necessidades dos outros stakeholders como clientes, funcionários, fornecedores e comunidades locais.

         ...”há um despertar espiritual no mundo e isso está se refletindo nas empresas”.     “Não se trata de religião no local de trabalho; trata-se da necessidade de se reconciliar com o aspecto humano das empresas”.     “E da conexão com o planeta, a fonte de tudo que temos, um imenso organismo vivo”.

        

         Entrevistado:   Luiz Seabra da empresa Natura – O mago dos negócios

         Ele é paulistano, foi bom aluno e veio de família de poucos recursos.

         Aos 15 de idade já trabalhava no mesmo emprego do pai.   Recebeu proposta da Remington Rand no setor de fabricação de barbeadores elétricos.   Em cinco anos de emprego já era chefe do departamento pessoal.

         O fascínio dele é o relacionamento humano.   “logo descobri que a autoridade só é respeitada à medida que você respeita de volta, com base no diálogo aberto, franco e transparente”.   

         Ele muito jovem já tinha colocado a si o desafio de elaborar creme para a irmã usar num salão de beleza.   Nisso já buscava informações sobre a pele das pessoas.    O setor de barbeadores também tem conexão com essa preocupação.     O barbeador era um concorrente da Gilette.     Mais adiante a Remington fechou no Brasil sua fábrica de barbeadores e ele deixou o emprego.

         Ele foi trabalhar numa fábrica de cosméticos que tinha só dezessete colaboradores.

         O pai dele era português e veio para o Brasil com a cara e a coragem fugindo da Primeira Guerra Mundial.  No começo, dormia na areia da praia no Rio de Janeiro por não ter recursos.   Na busca de oportunidade, veio à pé do Rio à cidade de São Paulo onde começou a nova vida.

         A mãe dele, mineira, filha de portugueses.    Ele tem mais três irmãos e seu pai era católico.    Ele acompanhava os pais nas missas e era comum ele desmaiar na hora do uso do incenso com o odor forte.    (ele diz que também via coisas... seria mediunidade – a mãe era espírita e seguia também a Seicho No Iê).   Ele diz:    “Pessoas de origem pobre muitas vezes precisam de um apoio religioso ou espiritual.   Qualquer coisa que traga esperança de dias melhores”.

         Bem jovem, colocado para bater de porta em porta e vender a Revista Sentinela ou a Biblia.      Diz que essa experiência de contato com o público ajudou na formação dele.   Ele pregava com base na Biblia.   “A descoberta do outro”.   Era um processo de espalhar a palavra, que foi muito importante para a Natura.

         Na juventude leu textos Rosa Cruz.    A irmã dele aos 21 de idade, iria trabalhar com limpeza de pele e ele então aos 12 sentiu que iria fazer os cremes para pele.

         Mais adiante, se empregou com um francês que fazia cremes para pele e cabelos.

         Trabalhou depois na Mesbla que era o top da época.   Nesse tempo ele era casado e estava para chegar o seu quarto filho.

         O francês dos cremes chamou ele para ser sócio no negócio.   O nome da empresa lembrava coisa francesa e Luiz já sonhava em lidar com produto mais natural e disso surgiu o nome Natura.   A Natura começou em 28-08-1968.

         Até na cabeça dele tinha aquilo de que cosmético era coisa para o sexo feminino apenas.   Nesse começo da Natura, as empresas fortes no setor eram as multinacionais Avon e Helena  Rubinstein.

         Ele abriu uma pequena loja na Rua Oscar Freire em São Paulo.   O foco dele era ouvir as clientes no que ele chama de “escuta ativa”.    “Grande parte das nossas interações é de interações projetivas, a gente ouve parcialmente.    O silêncio interno é imperativo para compreender a perspectiva do outro”. 

         A experiência mais humana.   O valor da empatia.      

segue no próximo capítulo... 

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