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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

CAP. 07/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V. CUNHA - Ed. Voo - 2020

CAP. 07/35 

     Safia é liderança no setor e foi em 2006 laureada com a Ordem do Império Britânico pela Rainha Elizabeth.    Ela é filha de pai indiano-mauriciano com mãe suíça.    Os avós de Safia eram empreendedores sociais.     Ela na juventude.    ...”eu nunca tinha pensado sobre relacionamento entre os produtos e as pessoas responsáveis por fazê-los”.

         “Os consumidores poderiam dar voz a pessoas economicamente marginalizadas”.

...      vender café produzido por índios mexicanos de Chiapas, marginalizados.    Safia e sua iniciativa conseguiu colocar o café deles no exterior, valorizando o lado Socio Ambiental, além da qualidade do produto.

         Ela leu inclusive o livro do americano Noam Chomsky – “Manufacturing Consent: The Political Economy of Mass Media”.

         Ela morando no Japão montou um negócio de produtos no Comércio Justo.   Escoando produtos à base de algodão orgânico da Índia, Bangladesh e Zimbabue.   Em seis anos conseguiu estabelecer cadeias de comércio justo em oito países.   A empresa dela se chama People Tree, fundada em 1991.    Ela conseguiu que as peças vendidas pela People Tree seguissem o Padrão Global de Texteis Orgânicos certificadas pela Soil Association.

         Receberam também selo de produto da World Fair Trate Organization.   Colocam os produtos em mais de 500 pontos de venda no mundo além de manter loja na Inglaterra e no Japão.

         Quase três décadas de atuação e mostram que é possível o Comércio Justo.   Um alento ao mundo.    “Esses valores já estão incorporados à decisão de compra de um terço dos consumidores de todo o mundo, de acordo com a Mc Kinsey & Company”.   Produzir e comercializar respeitando os ditames da Sustentabilidade Social e Ambiental.

         A indústria da moda é o segundo setor da economia mundial que mais consome água, além de produzir cerca de 20% das águas residuais do mundo.

         Tecidos de micro fibras sintéticas descartados nos oceanos são estimados em 500.000 toneladas por ano.

         GEE Gases do Efeito Estufa.   Do total de gases emitidos, 8 a 10% vem da indústria da moda.    Isto é mais do que toda a aviação mais o transporte marítimo mundial.

         Safia já lançou nove livros sobre moda sustentável.       

         O Comércio Justo ajuda a erradicar o tráfico humano e o trabalho análogo ao trabalho escravo.    (há em São Paulo muitos casos envolvendo bolivianos que são trazidos para trabalhar no setor de confecções em condições péssimas e sempre tem havido denúncias ao Ministério do Trabalho).     Pelo fundo afora, não é diferente.

         Ela participa do (Re)humans.      “... precisamos focar em transformar agora nosso sistema capitalista disfuncional para evitar a catástrofe climática e o colapso ecológico”.

         “Nossos filhos e netos estão forçando os adultos de suas famílias a agir e pensar em seu futuro”.    “O direito deles de ter um futuro...”

         Ela como articuladora -  “... atuar junto a formuladores da política da moda...”

         “Levei, por exemplo, a atriz Emma Watson, designers e jornalistas famosos até as favelas para conhecerem os trabalhadores das fábricas de roupas, sentarem em suas camas e ouvirem suas histórias”.

         “Há casos de mães que ficam até seis meses longe dos filhos...    Totalmente diferente do que ocorre no Mercado Justo.    Neste se leva em conta se as trabalhadoras estão perto dos seus filhos.

         “Ela é fã declarada da ativista Greta Thunberg”.    Cita um grupo de ativistas da Extinction Rebellion.

         A voz da Safia já ecoa no Forum Econômico Mundial.   Já esteve no Brasil em dezembro de 2018 para visitar artesãos e produtores e participar do 2º Forum sobre Comércio Justo e Ético entre a União Europeia e Brasil.

         Ela fala de ecocídio que se avizinha.

         Bate papo do autor do livro com a Safia:

         Desde a década de 80 que ela lida com Fair Trade  (Comércio Justo).

         A iniciativa mais marcante vem da Inglaterra com o Ethical Trade Initiative.      “Agora todas as empresas britânicas que faturam a partir de 38 milhões de libras por ano precisam dizer o que estão fazendo para erradicar a escravidão moderna dentro da sua cadeia de fornecimento”.

         

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