CAP. 07/35
Safia é
liderança no setor e foi em 2006 laureada com a Ordem do Império Britânico pela
Rainha Elizabeth. Ela é filha de pai
indiano-mauriciano com mãe suíça. Os
avós de Safia eram empreendedores sociais.
Ela na juventude. ...”eu nunca
tinha pensado sobre relacionamento entre os produtos e as pessoas responsáveis
por fazê-los”.
“Os
consumidores poderiam dar voz a pessoas economicamente marginalizadas”.
... vender
café produzido por índios mexicanos de Chiapas, marginalizados. Safia e sua iniciativa conseguiu colocar o
café deles no exterior, valorizando o lado Socio Ambiental, além da qualidade
do produto.
Ela leu
inclusive o livro do americano Noam Chomsky – “Manufacturing Consent: The
Political Economy of Mass Media”.
Ela
morando no Japão montou um negócio de produtos no Comércio Justo. Escoando produtos à base de algodão orgânico
da Índia, Bangladesh e Zimbabue. Em
seis anos conseguiu estabelecer cadeias de comércio justo em oito países. A empresa dela se chama People Tree, fundada
em 1991. Ela conseguiu que as peças
vendidas pela People Tree seguissem o Padrão Global de Texteis Orgânicos
certificadas pela Soil Association.
Receberam
também selo de produto da World Fair Trate Organization. Colocam os produtos em mais de 500 pontos de
venda no mundo além de manter loja na Inglaterra e no Japão.
Quase
três décadas de atuação e mostram que é possível o Comércio Justo. Um alento ao mundo. “Esses valores já estão incorporados à
decisão de compra de um terço dos consumidores de todo o mundo, de acordo com a
Mc Kinsey & Company”. Produzir e
comercializar respeitando os ditames da Sustentabilidade Social e Ambiental.
A
indústria da moda é o segundo setor da economia mundial que mais consome água,
além de produzir cerca de 20% das águas residuais do mundo.
Tecidos
de micro fibras sintéticas descartados nos oceanos são estimados em 500.000
toneladas por ano.
GEE
Gases do Efeito Estufa. Do total de
gases emitidos, 8 a 10% vem da indústria da moda. Isto é mais do que toda a aviação mais o
transporte marítimo mundial.
Safia já
lançou nove livros sobre moda sustentável.
O
Comércio Justo ajuda a erradicar o tráfico humano e o trabalho análogo ao
trabalho escravo. (há em São Paulo
muitos casos envolvendo bolivianos que são trazidos para trabalhar no setor de
confecções em condições péssimas e sempre tem havido denúncias ao Ministério do
Trabalho). Pelo fundo afora, não é
diferente.
Ela
participa do (Re)humans. “...
precisamos focar em transformar agora nosso sistema capitalista disfuncional para
evitar a catástrofe climática e o colapso ecológico”.
“Nossos
filhos e netos estão forçando os adultos de suas famílias a agir e pensar em
seu futuro”. “O direito deles de ter
um futuro...”
Ela como
articuladora - “... atuar junto a
formuladores da política da moda...”
“Levei,
por exemplo, a atriz Emma Watson, designers e jornalistas famosos até as
favelas para conhecerem os trabalhadores das fábricas de roupas, sentarem em
suas camas e ouvirem suas histórias”.
“Há
casos de mães que ficam até seis meses longe dos filhos... Totalmente diferente do que ocorre no
Mercado Justo. Neste se leva em conta
se as trabalhadoras estão perto dos seus filhos.
“Ela é
fã declarada da ativista Greta Thunberg”.
Cita um grupo de ativistas da Extinction Rebellion.
A voz da
Safia já ecoa no Forum Econômico Mundial.
Já esteve no Brasil em dezembro de 2018 para visitar artesãos e
produtores e participar do 2º Forum sobre Comércio Justo e Ético entre a União
Europeia e Brasil.
Ela fala
de ecocídio que se avizinha.
Bate
papo do autor do livro com a Safia:
Desde a
década de 80 que ela lida com Fair Trade
(Comércio Justo).
A
iniciativa mais marcante vem da Inglaterra com o Ethical Trade Initiative. “Agora todas as empresas britânicas que
faturam a partir de 38 milhões de libras por ano precisam dizer o que estão
fazendo para erradicar a escravidão moderna dentro da sua cadeia de
fornecimento”.