CAP. 09/35
De onde
veio o modo de ele se relacionar com os povos.
Ele diz que na escola na Índia onde estudou, região do Himalaia,
estudava numa escola com alunos procedentes de trinta países. Essa diversidade o ajudou. Não se fechar em só focar
estudos em algo restrito. “O físico
David Deutsch no livro A Essência da Realidade, argumenta que nós ficamos muito
obcecados em nos aprofundar em temas restritos. Esse foi o conselho que ele lhe deu. Para ir mais fundo e progredir, é preciso
entender o contexto e como as coisas estão conectadas. A visão é multidisciplinar.
“É na
intersecção que as coisas estão que as ideias nascem. A empresa ter propósito”.
“Eu
acredito piamente que as companhias precisam fazer algo pelo mundo”.
Outro
Humano de Negócios: ERNESTO VAN PEBORGH
De
predador a regenerador.
Argentino. Fez MBA na
Universidade de Harvard. Trabalhou no
City Bank em NY. Atuando
posteriormente em Buenos Aires. Um dia
um investidor tinha cinco milhões de dólares e estava em negociação com ela
para aplicar. Nisso o investidor lhe
perguntou: “Qual valor socio ambiental
o dinheiro investido nesse fundo pode gerar?”
Ele
ficou atordoado com a pergunta e ela mexeu muito com ele. Levou nove anos para entender a magnitude
daquela pergunta e a importância daquele investidor. Esse investidor é o suíço Sthetan
Schmidheiny, herdeiro.... , dono da Eternit, da Amanco e outras empresas.
“Dez
anos antes, ainda na década de oitenta, o empresário suíço anunciou que sua
empresa deixaria de usar o asbesto, um mineral largamente usado na indústria de
fibrocimento até ser descoberto como cancerígeno”. (Era super comum inclusive como caixas d´água
nas residências no Brasil por décadas).
Na
Conferência ECO 92 no Rio, evento da ONU, o suíço foi nomeado Conselheiro do
Secretário-Geral da ONU sobre indústria e negócios. Ele criou o World Business Council for
Sustainable Development – WBCSD e também a AVINA, uma das principais – senão a
principal – fundações da A.Latina a promover a visão de sustentabilidade nos
negócios.
Para
Ernesto, antes da pergunta do suíço...
o capitalismo para ele era, até então, muito claro e brilhante: ganhar
dinheiro, crescimento e poder.
No ano
de 2000 a Argentina quebrou e muitas empresas tiveram enormes
dificuldades. O fundo gerido por
Ernesto aproveitou a oportunidade para comprar empresas em dificuldade, reestruturá-las
e vende-las com bom lucro. Nessa fase
ele demitiu muita gente. Dentro desse período
o sogro dele levou a família para passear na Europa e ele ficou só e engajado
na missão de demitir pessoas nas reestruturações em curso.
“Na
verdade eu era uma máquina de gerar dinheiro para os acionistas e estava
destruindo valor social”. “Foi quando
percebi que eu era um predador”.
Ele
explicando o cair na real: “A minha
responsabilidade não era com as pessoas com quem estava falando, mas com
acionistas que eu não conhecia – provavelmente um profissional liberal de algum
pequeno país europeu, interessado em fazer seu patrimônio crescer sem saber o
que o seu dinheiro estava financiando”.
continua em breve...
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