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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

CAP. 01/05 - fichamento do livro: PELOS TRILHOS - PAISAGENS FERROVIÁRIAS - Co-autores - Dayana Z. Cordova, Aline Iubel, Fabiano Stoiev e Leco de Souza

 

FICHAMENTO DO LIVRO-  PELOS TRILHOS – PAISAGENS FERROVIÁRIAS

 

         O livro foi editado em 2010 com apoio cultural da Fundação Cultural de Curitiba.

         No livro consta que há um site que trata do tema ferroviário:  www.pelostrilhos.net

         O livro tem autores de várias áreas como Antropologia, História e Fotografia.

         A cidade de Curitiba tem desde 1993 lei de incentivo à cultura que apoia financeiramente projetos por ela aprovados.   Este livro está nesse contexto.

         Adquiri o livro no Solar do Rosário, entidade que mantem galeria de artes e muitos cursos presenciais e na web sobre temas culturais diversos como História da Arte, História da Arte Sacra, Patrimônio Histórico do Paraná e outros mais.     Eu curso Patrimônio Histórico que costuma ser presencial mas na pandemia está na web.

         O livro é bem ilustrado com fotos diversas.      Se divide em três capítulos:   1 – Pelos Trilhos – paisagens de Curitiba; 2 – Preservação do Patrimônio Arquitetônico industrial paulistano – iniciativas de levantamento, valorização e tutela; 3 – Paisagem cultural e políticas de patrimônio: tradições conflitos.

         Na capa do livro um desenho do curitibano (filho de ferroviário) Poty Lazzarotto.   O nome da obra do Poty na capa:  “Menino caminhando sobre os trilhos”.    Esta obra está no chamado Vagão do Armistício, um espaço construído pelo Poty e que contém obras do mesmo.  O espaço é descrito mais adiante.

         Cita do ano de 1912 texto sobre Curitiba de então, de autoria de Nestor Vitor:   “A Terra do Futuro”.    Vitor conheceu Curitiba desde 1876.   Em 1885 foi a inauguração solene em Curitiba, da estrada de ferro Paranaguá a Curitiba.    Tempo de locomotivas movidas a vapor.

         A chegada da ferrovia deu um enorme impulso à cidade de Curitiba e toda a região.   E estava findando a escravidão e muitos imigrantes da Europa chegando ao Brasil em geral e em particular ao Paraná.

         Nesse tempo foi promulgada a lei das terras e também há um impulso da industrialização do Brasil.     O fenômeno mais marcante dessa época era mesmo a expansão ferroviária no Brasil que trouxe uma importante via eficaz de transporte de cargas e pessoas.    O que havia de mais moderno então era o setor ferroviário e os benefícios que trazia.

         Em certo tempo a ferrovia ligava por ramais Paranaguá e Rio Branco do Sul, também no Paraná.   Mais adiante a ferrovia chegou a Ponta Grossa e Rio Negro, já vizinho de Santa Catarina.

         Período das Concessões.    A União construía as ferrovias e repassava para concessionárias privadas para explorarem a atividade, isto no período de 1885 a 1930 na região.   Comumente as concessionárias eram estrangeiras.

         No centro de Curitiba há a rua que se chamava Rua da Liberdade, que ligava o centro da zona urbana com a estação ferroviária que ficava num local pouco povoado.      Após a morte do Barão do Rio Branco, a Rua da Liberdade passou a se chamar Rua Barão do Rio Branco.

         O Bairro Rebouças, atrás da estação no sentido centro-bairro, era lugar de armazéns e indústrias.

         No período de 1930 a 1957 passaram por encampação, ou seja, deixaram de ser operadas pelas concessionárias privadas e voltaram a ser operadas pela União.

         Em 1942 no governo Getulio Vargas foi criada a RVPSC Rede Ferroviária Paraná Santa Catarina.   Nesse tempo havia Escola Profissional Ferroviária.    Era comum os filhos dos ferroviários estudarem cursos profissionalizantes na escola para aprenderem ofícios ligados ao setor.

         Em 1957 foi criada a RFFSA Rede Ferroviária Federal SA e a RVPSC passou a integrar a RFFSA.

         O escoamento de produtos pela ferrovia foram variando conforme a mudança dos tempos.   Atualmente é comum o transporte de madeiras de reflorestamento ao Porto de Paranaguá e também papel e celulose.   Produtos agrícolas também compõem o mix dos serviços, assim como petróleo da Refinaria de Araucária-PR.

         No livro de Claude Lewis-Strauss ele escreve de visita ao Brasil:  “Concebemos as viagens como um deslocamento no espaço.   É pouco.  Uma viagem inscreve-se simultaneamente no espaço, no tempo e na hierarquia social”.

         Temos o Museu Ferroviário em Curitiba, gerido pela ABPF Associação Brasileira de Proteção Ferroviária.     Boa parte das pesquisas para o livro foram destacadas da Revista Correio dos Ferroviários que foi editada por longo tempo por aqui.

         Cita ....”fotografar para descobrir e para contar...”

         Uma pesquisa arquitetônica no tema ferroviário local resultou o Relatório da Paisagem Material que entre outros artigos está disponível no site:    www.pelostrilhos.net.

         O livro cita comentários do Antropólogo e fotógrafo Milton Guran,

                            Continua no capítulo 2/5