FICHAMENTO DO LIVRO-
PELOS TRILHOS – PAISAGENS FERROVIÁRIAS
O livro
foi editado em 2010 com apoio cultural da Fundação Cultural de Curitiba.
No livro
consta que há um site que trata do tema ferroviário: www.pelostrilhos.net
O livro
tem autores de várias áreas como Antropologia, História e Fotografia.
A cidade
de Curitiba tem desde 1993 lei de incentivo à cultura que apoia financeiramente
projetos por ela aprovados. Este livro
está nesse contexto.
Adquiri
o livro no Solar do Rosário, entidade que mantem galeria de artes e muitos
cursos presenciais e na web sobre temas culturais diversos como História da
Arte, História da Arte Sacra, Patrimônio Histórico do Paraná e outros
mais. Eu curso Patrimônio Histórico
que costuma ser presencial mas na pandemia está na web.
O livro
é bem ilustrado com fotos diversas.
Se divide em três capítulos: 1 –
Pelos Trilhos – paisagens de Curitiba; 2 – Preservação do Patrimônio
Arquitetônico industrial paulistano – iniciativas de levantamento, valorização
e tutela; 3 – Paisagem cultural e políticas de patrimônio: tradições conflitos.
Na capa
do livro um desenho do curitibano (filho de ferroviário) Poty Lazzarotto. O nome da obra do Poty na capa: “Menino caminhando sobre os trilhos”. Esta obra está no chamado Vagão do
Armistício, um espaço construído pelo Poty e que contém obras do mesmo. O espaço é descrito mais adiante.
Cita do
ano de 1912 texto sobre Curitiba de então, de autoria de Nestor Vitor: “A Terra do Futuro”. Vitor conheceu Curitiba desde 1876. Em 1885 foi a inauguração solene em
Curitiba, da estrada de ferro Paranaguá a Curitiba. Tempo de locomotivas movidas a vapor.
A
chegada da ferrovia deu um enorme impulso à cidade de Curitiba e toda a
região. E estava findando a escravidão
e muitos imigrantes da Europa chegando ao Brasil em geral e em particular ao
Paraná.
Nesse
tempo foi promulgada a lei das terras e também há um impulso da
industrialização do Brasil. O
fenômeno mais marcante dessa época era mesmo a expansão ferroviária no Brasil
que trouxe uma importante via eficaz de transporte de cargas e pessoas. O que havia de mais moderno então era o
setor ferroviário e os benefícios que trazia.
Em certo
tempo a ferrovia ligava por ramais Paranaguá e Rio Branco do Sul, também no
Paraná. Mais adiante a ferrovia chegou
a Ponta Grossa e Rio Negro, já vizinho de Santa Catarina.
Período
das Concessões. A União construía as
ferrovias e repassava para concessionárias privadas para explorarem a
atividade, isto no período de 1885 a 1930 na região. Comumente as concessionárias eram
estrangeiras.
No
centro de Curitiba há a rua que se chamava Rua da Liberdade, que ligava o
centro da zona urbana com a estação ferroviária que ficava num local pouco
povoado. Após a morte do Barão do
Rio Branco, a Rua da Liberdade passou a se chamar Rua Barão do Rio Branco.
O Bairro
Rebouças, atrás da estação no sentido centro-bairro, era lugar de armazéns e
indústrias.
No
período de 1930 a 1957 passaram por encampação, ou seja, deixaram de ser
operadas pelas concessionárias privadas e voltaram a ser operadas pela União.
Em 1942
no governo Getulio Vargas foi criada a RVPSC Rede Ferroviária Paraná Santa
Catarina. Nesse tempo havia Escola
Profissional Ferroviária. Era comum os
filhos dos ferroviários estudarem cursos profissionalizantes na escola para
aprenderem ofícios ligados ao setor.
Em 1957
foi criada a RFFSA Rede Ferroviária Federal SA e a RVPSC passou a integrar a
RFFSA.
O
escoamento de produtos pela ferrovia foram variando conforme a mudança dos
tempos. Atualmente é comum o transporte
de madeiras de reflorestamento ao Porto de Paranaguá e também papel e
celulose. Produtos agrícolas também
compõem o mix dos serviços, assim como petróleo da Refinaria de Araucária-PR.
No livro
de Claude Lewis-Strauss ele escreve de visita ao Brasil: “Concebemos as viagens como um deslocamento
no espaço. É pouco. Uma viagem inscreve-se simultaneamente no
espaço, no tempo e na hierarquia social”.
Temos o
Museu Ferroviário em Curitiba, gerido pela ABPF Associação Brasileira de
Proteção Ferroviária. Boa parte das
pesquisas para o livro foram destacadas da Revista Correio dos Ferroviários que
foi editada por longo tempo por aqui.
Cita
....”fotografar para descobrir e para contar...”
Uma
pesquisa arquitetônica no tema ferroviário local resultou o Relatório da
Paisagem Material que entre outros artigos está disponível no site: www.pelostrilhos.net.
O livro
cita comentários do Antropólogo e fotógrafo Milton Guran,
Continua
no capítulo 2/5
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