CAP. 04/05 leitura feita em setembro de 2021
A
ferrovia da região inaugurada em 1885, no ano de 1894 já se estendia até Ponta
Grossa e Rio Negro-Pr.
Em 1913
houve uma grande explosão nos armazéns da Rede Ferroviária causando grande
estrago.
Capítulo
– Paisagem – Prédios e lugares públicos e de serviço
O
arquiteto italiano Ernesto Gaíta elaborou o projeto da Estação Ferroviária de
Curitiba e vários outros prédios, inclusive o que hoje é a sede da Câmara
Municipal de Curitiba, ao lado da Praça Eufrazio Correia, em frente ao Shopping
Estação. A obra do prédio começou em
1891 e foi concluído em 1895. Contém
elementos greco-romanos e capiteis coríntios.
Diga-se
de passagem, o prédio está muito bem conservado e é muito bonito.
Paralela
à Rua das Flores ou Rua XV de Novembro no centro de Curitiba, temos a Avenida Marechal
Deodoro que antigamente se chamava Rua do Comércio. A então Rua da Liberdade, que corta na
transversal a XV de Novembro, liga o centro à Estação Ferroviária que ainda
ficava meio afastada do núcleo urbano.
A morte do destacado diplomata Barão do Rio Branco foi impactante ao
povo brasileiro e Curitiba em homenagem a este, mudou o nome da Rua da
Liberdade para Rua Barão do Rio Branco.
Era
brejo a região central de Curitiba. A
chegada da ferrovia acelerou a expansão e melhoria da cidade. Houve drenagem urbana, saneamento,
alargamento de ruas e avenidas etc.
Nestor Vitor, narrando a surpresa de rever a cidade no começo do século
XX, dezessete anos depois da visita anterior.
Assustou com o progresso e seu anfitrião Emiliano Pernetta disse que os
sapos e os pobres foram sendo empurrados para longe do centro de Curitiba.
Bondes
- Ponto final das linhas de bonde eram
junto ao prédio onde hoje é a Câmara Municipal de Curitiba. Ao lado da Praça Eufrazio Correia e
adjacente à Estação ferroviária.
Eram
bondes puxados em trilhos, mas movidos a tração animal e começaram a operar em
Curitiba em 1887, dois anos após a inauguração da ferrovia. Ficaram nessa condição por 26 anos até que
em 1913 os bondes passaram a ser movidos a eletricidade. O início de operação deles era concentrado
no transporte de erva mate pronta para exportação, dos moinhos de processamento
até a estação Ferroviária.
Os
bondes elétricos, que fazem o transporte de passageiros tiveram ligações com
lugares como Batel, Seminário, Guabirotuba, Juvevê, Bacacheri e Portão. Operaram até 1952 quando foram
substituídos por ônibus urbanos.
Nas
proximidades da Estação Ferroviária surgiram muitos hotéis. Atualmente destes só continua em
funcionamento o Hotel Roma. Já um prédio
que está com o teto desabado em frente ao Shopping Estação e escorado por fora
com estruturas metálicas era o Hotel Tassi.
Um
prédio muito bem conservado e amplo na esquina da Avenida Sete de Setembro com
a Praça Eufrazio Correia foi a casa Emilio Romani.
A Praça
Eufrázio Correia foi o “coração de Curitiba” até a metade do século XX. Na praça a administração do prefeito
Cândido de Abreu estruturou a mesma e ornou
com fontes e estatuetas vindas da França. Há também a escultura “O Semeador” na
referida praça.
Houve uma pessoa de destaque que em 1929 foi candidata
a Miss pelo Paraná, conhecida por Didi Caillet. Natural do litoral do Paraná, nos tempos de
candidata a Miss, residia em Curitiba.
O
militar João Gualberto, que morreu na Guerra do Contestado (PR x SC) chegou a
ter a patente de Coronel do Exército.
A
estação ferroviária passou a perder prestígio quando da criação do Centro
Cívico e da Rodoferroviária, esta que passou a receber os trens de passageiros
em local distinto da antiga estação de trens mais antiga.
A
ferrovia partindo de Curitiba tem um ramal que desce a Paranaguá e outro ramal
mais curto que se liga a Rio Branco do Sul que é uma região rica em calcário e
tem várias indústrias de extração do minério incluindo o mármore branco. Há uma grande indústria de cimento que nos
tempos atuais é a que tem a maior demanda pelos trens de carga naquele ramal.
Rio
Branco do Sul era no passado conhecido por Rocinha.
Continua
no capítulo final 05/05
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