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terça-feira, 14 de setembro de 2021

CAP.04/05 - fichamento - livro - PELOS TRILHOS - PAISAGENS FERROVIÁRIAS DE CURITIBA - PR - co autores: Dayana Z. Cordova, Aline Iubel, Fabiano Stoiev e Leco de Souza

 CAP. 04/05               leitura feita em setembro de 2021

 

         A ferrovia da região inaugurada em 1885, no ano de 1894 já se estendia até Ponta Grossa e Rio Negro-Pr.

         Em 1913 houve uma grande explosão nos armazéns da Rede Ferroviária causando grande estrago.

         Capítulo – Paisagem – Prédios e lugares públicos e de serviço

         O arquiteto italiano Ernesto Gaíta elaborou o projeto da Estação Ferroviária de Curitiba e vários outros prédios, inclusive o que hoje é a sede da Câmara Municipal de Curitiba, ao lado da Praça Eufrazio Correia, em frente ao Shopping Estação.    A obra do prédio começou em 1891 e foi concluído em 1895.    Contém elementos greco-romanos e capiteis coríntios.

         Diga-se de passagem, o prédio está muito bem conservado e é  muito bonito.       

         Paralela à Rua das Flores ou Rua XV de Novembro no centro de Curitiba, temos a Avenida Marechal Deodoro que antigamente se chamava Rua do Comércio.    A então Rua da Liberdade, que corta na transversal a XV de Novembro, liga o centro à Estação Ferroviária que ainda ficava meio afastada do núcleo urbano.    A morte do destacado diplomata Barão do Rio Branco foi impactante ao povo brasileiro e Curitiba em homenagem a este, mudou o nome da Rua da Liberdade para Rua Barão do Rio Branco.

         Era brejo a região central de Curitiba.    A chegada da ferrovia acelerou a expansão e melhoria da cidade.    Houve drenagem urbana, saneamento, alargamento de ruas e avenidas etc.    Nestor Vitor, narrando a surpresa de rever a cidade no começo do século XX, dezessete anos depois da visita anterior.    Assustou com o progresso e seu anfitrião Emiliano Pernetta disse que os sapos e os pobres foram sendo empurrados para longe do centro de Curitiba.

         Bondes -   Ponto final das linhas de bonde eram junto ao prédio onde hoje é a Câmara Municipal de Curitiba.   Ao lado da Praça Eufrazio Correia e adjacente à Estação ferroviária.

         Eram bondes puxados em trilhos, mas movidos a tração animal e começaram a operar em Curitiba em 1887, dois anos após a inauguração da ferrovia.    Ficaram nessa condição por 26 anos até que em 1913 os bondes passaram a ser movidos a eletricidade.   O início de operação deles era concentrado no transporte de erva mate pronta para exportação, dos moinhos de processamento até a estação Ferroviária.

         Os bondes elétricos, que fazem o transporte de passageiros tiveram ligações com lugares como Batel, Seminário, Guabirotuba, Juvevê, Bacacheri e Portão.     Operaram até 1952 quando foram substituídos por ônibus urbanos.

         Nas proximidades da Estação Ferroviária surgiram muitos hotéis.   Atualmente destes só continua em funcionamento o Hotel Roma.    Já um prédio que está com o teto desabado em frente ao Shopping Estação e escorado por fora com estruturas metálicas era o Hotel Tassi.

         Um prédio muito bem conservado e amplo na esquina da Avenida Sete de Setembro com a Praça Eufrazio Correia foi a casa Emilio Romani.

         A Praça Eufrázio Correia foi o “coração de Curitiba” até a metade do século XX.      Na praça a administração do prefeito Cândido de Abreu estruturou a mesma e ornou  com fontes e estatuetas vindas da França.  Há também a escultura “O Semeador” na referida praça.

Houve uma pessoa de destaque que em 1929 foi candidata a Miss pelo Paraná, conhecida por Didi Caillet.   Natural do litoral do Paraná, nos tempos de candidata a Miss, residia em Curitiba.

         O militar João Gualberto, que morreu na Guerra do Contestado (PR x SC) chegou a ter a patente de Coronel do Exército.

         A estação ferroviária passou a perder prestígio quando da criação do Centro Cívico e da Rodoferroviária, esta que passou a receber os trens de passageiros em local distinto da antiga estação de trens mais antiga.

         A ferrovia partindo de Curitiba tem um ramal que desce a Paranaguá e outro ramal mais curto que se liga a Rio Branco do Sul que é uma região rica em calcário e tem várias indústrias de extração do minério incluindo o mármore branco.    Há uma grande indústria de cimento que nos tempos atuais é a que tem a maior demanda pelos trens de carga naquele ramal.

         Rio Branco do Sul era no passado conhecido por Rocinha.

 

         Continua no capítulo final 05/05

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