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segunda-feira, 13 de setembro de 2021

CAP. 03/05 - fichamento - livro - PELOS TRILHOS (CURITIBA) - PAISAGENS FERROVIÁRIAS - Autores: Dayana Z. Cordova et alli. Ano 2010 - Curitiba/Paraná/Brasil

CAP. 03/05

 

         Citam o prédio que pega quarteirão todo perto da Rodoferroviária de Curitiba, onde funciona o 5º Batalhão de Suprimento do Exército para atender os estados do Paraná e Santa Catarina.    Instalado em 1934.     E a logística do suprimento contava com a ferrovia.    Há ainda nas cercanias, o prédio circular de paredes sólidas que era o Paiol de munições do Exército e havia um pequeno ramal ferroviário que se ligava ao Paiol que hoje é um espaço cultural.

         Entre as indústrias de Curitiba, havia a fábrica de Biscoitos Aymoré.  Havia inclusive em épocas passagens embalagem em lata com bolachas ou biscoitos.

         Citam os silos de concreto cilíndricos e elevados do moinho de trigo Anaconda perto do Viaduto do Capanema.    São enormes e ficam estrategicamente ao lado da via férrea.   Datam do ano de 1961.

         Na década de 60 começa a se expandir a malha rodoviária e o transporte de cargas e passageiros vai migrando rápido dos trens para as rodovias.       O esvaziamento da demanda para as ferrovias fez com que a região adjacente à estação de Curitiba fosse ficando meio abandonada e até insegura.

         No auge da ferrovia no Paraná e SC havia 27 associações de ferroviários na região.  Em geral elas se instalavam em edifícios da rede ferroviária e tinham sede com churrasqueiras e campo de futebol.

         No ano de 1928 sob a administração da Brasil Railway, esta era a maior empresa do Paraná e contava com 6.000 ferroviários.

         A obra cita o ferroviário Napoleão Lazzarotto, parente do artista plástico Poty Lazzarotto que é destaque na arte paranaense.

         Em 1955 a rede ferroviária inaugurou no Bairro Cajuru o Hospital dos ferroviários com cem leitos, o que era algo de destaque para toda a região.    Depois o hospital passou a ser administrado pela PUC Pontifícia Universidade Católica e passou a ser um Hospital-Escola para o Curso de Medicina.

         Em 1930, foi criado do CAF Clube Atlético Ferroviário.  Clube de futebol que era chamado carinhosamente de Boca Negra.    O estádio do CAF foi inaugurado em 1947.    O estádio recebeu o apelido de Colosso do Capanema.   Era o terceiro maior estádio do Brasil de então, abaixo só do Pacaembu (SP) e o São Januário (RJ).   Houve alguns dos jogos da Copa do Mundo de 1950 aqui no Colosso do Capanema.    Hoje campo do Paraná Clube.

         No passar dos anos, foi decaindo a ferrovia e o apoio aos clubes como o CAF.    Este se associou a mais dois clubes da capital, o Britânia e o Palestra Itália, dando origem ao Colorado.    Passado longo tempo, o Colorado  se juntou ao Pinheiros e formou o atual Paraná Clube.

         O livro cita do começo do século XX em Curitiba a empresa britadeira de pedras da família Greca.

         Nos fundos do Cartório Cajuru tem preservada uma casa de madeira com a forma de um vagão, criada pelo artista plástico Poty Lazzarotto.      A família teve um comércio no local e nos fundos tinha espaço para os animais usados em transporte com tração animal.   Havia um restaurante que foi instalado no local e se transformou num ponto de encontro de pessoas de destaque inclusive na área cultural da cidade.      O Vagão então era um restaurante com a forma de vagão ferroviário e decorado a caráter.  Estaria ainda aberto à visitação e o nome é Vagão do Armistício em referência ao fim da segunda Guerra Mundial.

         No tempo que o Vagão funcionava como restaurante era maior e reduziram bem o tamanho para funcionar mais recentemente como um pequeno museu.

         Item – Paisagem.  Conjunto Central da Rede Ferroviária.   

         Num trechinho de uma crônica de 1952, consta que os trens aqui eram movidos a vapor ainda nessa época.      Cita a chamada Ponte Preta ao lado do Shopping Estação.    Uma ponte ferroviária feita de ferro e que atualmente é tombada pelo Patrimônio Histórico do Paraná em 1976.    A Ponte Preta feita originalmente por volta de 1885 foi substituída por uma mais moderna em 1944, também de ferro.

         O Rio Ivo que hoje em dia é quase todo canalizado, passa por baixo da Praça Zacarias, no centro de Curitiba.    Desagua no Rio Belém.

         O grande edifício Teixeira Soares fica logo após a Ponte Preta, sentido centro-bairro.   Hoje em dia está sendo ocupado por alguns departamentos da UFPR Universidade Federal do Paraná.

         Um Arquiteto italiano projetou a estação ferroviária de Curitiba inspirada nos prédios das estações da ferrovia Bolonha-Ancona-Roma.

         02-02-1885 foi a inauguração solene da Estação Ferroviária de Curitiba.

         Inauguração festiva com povo, autoridades e foguetório.    Mas nem tudo foi festa.   Bem próximo dali, na praça da Câmara  (Eufrasio Correia), havia um protesto dos carroceiros que há décadas e décadas atuavam no transporte de erva mate de Curitiba a Paranaguá pela Estrada da Graciosa.

        

         Continua no capítulo 04/05 

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