Total de visualizações de página

terça-feira, 14 de setembro de 2021

CAP. 05/05 (FINAL) - fichamento - livro - PELOS TRILHOS - PAISAGENS FERROVIÁRIAS DE CURITIBA - PR (BRASIL) - co autores: Dayana Z.Cordova et alli

 CAP. 05/05 – FINAL

         O trem de passageiros no ramal Curitiba a Rio Branco do Sul-PR rodou até 1991 e depois foi desativado, ficando só os trens de carga.

         Conforme já foi dito, ultimamente as cargas que circulam nesse trecho são predominantemente de cimento da grande fábrica que tem naquele município que é rico em calcário que vai na fabricação do cimento.

         Nos tempos atuais o trem que no passado era sinônimo de novidade e de progresso, é visto agora como estorvo, negativo por dificultar a mobilidade urbana por automóveis e outros meios de transporte de pessoas e cargas.

         As locomotivas dos trens da nossa região atualmente são movidas a diesel.

         Em 1918 os ferroviários fundaram o clube União Beneficente e Recreativo Morgenau em Curitiba.   Esse clube continua ativo na cidade.

         O ramal para Rio Branco do Sul aqui em Curitiba segue no rumo do Bairro Cabral e corta outros bairros mais antes de sair da cidade.

         Os autores citam a Vila Argelina, que era rural no começo do século XX e ficava no que hoje é o Bairro Boa Vista.    Eram colonos migrantes franceses de procedência da colônia da Argelia que pertenceu à França.

         O bairro Bacacheri (que tem um pequeno aeroporto) em 1921 teve instalado o 5º Batalhão de Engenharia de Combate, depois transformado em Regimento da Cavalaria Divisionaria e, no pós guerra (anos 40), passou a ser o 20º Batalhão de Infantaria Blindado.      Na imediação deste, na década de 30 foi criado o  Aeroclube do Paraná.    Em 1937 foi criado o Complexo militar do Bacacheri em Curitiba.

         Avenida Anita Garibaldi em Curitiba.   Nas imediações desta, tem o chamado Estribo Ahu, que era uma “alça” elevada para as pessoas embarcarem no trem.   Tinha também uma cobertura para abrigo dos passageiros e pelas fotos do livro, esse local continua preservado.

         Na região do Ahu, próxima do centro de Curitiba havia no passado fábricas de barricas (tipo toneis de madeira) para acondicionar a erva mate processada para exportação.   Havia até a Sociedade dos Barriqueiros do Ahu.    Desses tempos, ainda está ativo o comércio de secos e molhados chamado de 21 na Rua Flavio Dallegrave.

         No tempo de transporte com tração animal, vinham de Rio Branco do Sul-PR tropas de burros com seus cestos cheios de mercadorias para vender em Curitiba.   Mercadorias como fumo de corda, rapadura, feijão, galinha.   Vinham também boiadas para os matadouros daqui da capital.

         Já os chacareiros (geralmente migrantes europeus) do entorno de Curitiba traziam com suas carroças produtos mais perecíveis como verduras, leite, ovos, lenha.   Eram tempos de iluminação por lampião a querosene.

         Citando depoimento de um cidadão que viveu parte dessa época dos trens de passageiros entre Curitiba e Rio Branco do Sul, este relembra que para ir de Curitiba é descida e para voltar de RB do Sul é muita subida.  As máquinas do trem da época não conseguiam fazer o percurso de subida com os seis vagões usuais e então traziam três e depois retornavam para buscar os outros três.

         O do depoimento lembrou que ele mesmo, como muitos outros jovens de sua época, ia de trem passear e paquerar em Rio Branco do Sul e comumente driblavam o cobrador para não pagar a passagem.

         O Brasil já teve 35.000 km de ferrovias e hoje só tem 10.000 km.

         Há espalhados pelo Brasil muitos grupos que lutam pela memória das ferrovias e dos ferroviários.   Um exemplo é a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária.

         Os autores fecham o livro com uma frase de um antigo ferroviário:  “Cada viagem, uma história”.

         Na bibliografia do livro consta dentre outros:    História do Brasil, de autoria de Boris Fausto, 10ª edição, EDUSP, ano 2002.    Também:  História do Paraná, pelo professor da UFPR – Ruy Christovam Wachowicz, editado pela Imprensa Oficial do Paraná – 2002.

         Fim da leitura e fichamento – 01-09-2021

Nenhum comentário:

Postar um comentário