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sexta-feira, 27 de maio de 2022

CAP. 06/08 - fichamento do livro: (SOBRE)VIVÊNCIAS MIGRATÓRIAS: Narrativas Haitianas sobre Acolhida, Educação e Inclusão. Autores - Giovani Giroto e Ercília Maria Angeli Teixeira de Paula

 CAP. 06/08

         Capítulo cinco do livro – Metodologia aplicada

         Foi escolhida a abordagem qualitativa.   “A opção metodológica foi a Etnopesquisa e o Estudo das Narrativas de migrantes haitianos...”

         ... “A partir da compreensão de que a Etnopesquisa crítica busca inserir o pesquisador em um campo que ele não faz parte”.

         ...”Para observar e compreender o cotidiano e as verdades do outro, é necessário que o pesquisador deixe de lado suas verdades”.

         5.2 – Etnopesquisa implicada e o Estudo de Narrativas

         “A pesquisa em história oral exige procedimentos específicos, por exemplo, devolver as entrevistas transcritas para os entrevistados para que estes possam analisar, retirar ou acrescentar alguma informação”.

         “A história contada é tão verdadeira quanto a escrita”.    “Narrar e ouvir fazem parte de um processo de aprendizagem”.

         Segundo Josso (2004) “propõe o conceito ‘caminhar para si’ como uma forma de aprender sobre si mesmo e sobre o meio”.   De acordo com a autora Josso, ao  descrever uma viagem, narrar sobre o trajeto percorrido, descrever a bagagem, as passagens e os lugares, o individuo descreve também sobre si mesmo”.     ...”viagem e viajante são apenas um”.

         5.3 – Procedimentos metodológicos de coleta e análise de dados

         Tratando-se de pesquisa envolvendo pessoas, o projeto passa antes pelo crivo do Comitê de Ética da Universidade, para depois se partir para o trabalho de campo em si.

         5.4 – Acesso ao campo.    O trabalho de campo desta pesquisa foi no decorrer dos anos 2018 e 2019.   O pesquisador participou de reunião pública para  a criação da Ong AERM Associação dos Estrangeiros Residentes na Região de Maringá-PR.   Foi no ano de 2018

         ...”que vivem na pele a experiência de ser um refugiado e imigrante dividido entre a gratidão do pouco que tem e a luta por conquistar o muito que falta”.

         Há refugiados da guerra da Síria inclusive em Maringá-PR e região.

         Missão Paz é uma das ongs que atuam no acolhimento de migrantes e refugiados.

         Giovani (co autor deste livro) tem um tio que é padre da ordem dos Scalabrinianos.     “e os trabalhos dessa Congregação são voltados para imigrantes ao redor do mundo”.    A convite do tio, Giovani foi a São Paulo conhecer as obras de atendimento da Casa do Migrante na capital, sob gestão dos Scalabrinianos.

         Como parte da interação com o trabalho da entidade, Giovani passou a ajudar a atendente da secretaria da Casa do Migrante e assim interagiu com os que lá chegavam em busca de atendimento, além de atender demandas de informações pelo telefone.  

         Em São Paulo, capital, há o Museu da Imigração com bom acervo.

         O Departamento de Geografia da UEM Universidade Estadual de Maringá tem trabalho nessa área da migração.  Tem projeto de extensão universitária na área.

         A UEM também tem o ECI Escritório de Cooperação Internacional.

         Numa articulação do Giovani, três haitianos conseguiram se matricular na UEM na categoria de vagas remanescentes nos respectivos cursos.

         Outra ong, a ABUNA de Maringá acolhe migrantes e refugiados e tem apoiado os que estão em situação de vulnerabilidade social.

         Almoço de integração com migrantes e refugiados que contou inclusive com estes tocando músicas com instrumentos típicos da Síria e ofertaram doces sírios por eles confeccionados.

 

         Continua no capítulo 07/08

domingo, 22 de maio de 2022

CAP. 02/08 - fichamento do livro: (SOBRE)VIVÊNCIAS MIGRATÓRIAS: Narrativas Haitianas sobre Acolhida, Educação e Inclusão - Autores - Giovani Giroto e Ercília M. Angela T. de Paula

 CAP. 02/08

 

         O acesso aos imigrantes haitianos na região que vivem uma vida de desafios e enfrentam preconceito.    O Haiti vivenciou ditadura, depois a busca de redemocratização e também golpe de estado.   Instabilidade política e econômica agravou a pobreza e levou muitos a migrarem.  Houve também o forte terremoto (2010) que complicou ainda mais a situação do país que fica no Mar do Caribe na América Central.

         Um mote da pesquisa:   “Por que os haitianos escolheram o Brasil para migrar?”.    “Como os haitianos tem sido recebidos no Brasil pelo Estado, Ongs, associações e escolas?”.  No livro há outras indagações.

         A pesquisa se debruçou nos itens educação, acolhida e inclusão.

         Foi feita uma revisão bibliográfica sobre o tema além do trabalho de campo e seus desdobramentos.

         “Este livro, fruto da dissertação de Giovani, orientado pela professora Ercilia, integra normas, conceitos...”

         Algumas instituições que tem atuação no tema da migração: ACNUR, ligada à ONU que trata de refugiados; Missão de Paz e Casa do Migrante em São Paulo; ABUNA, Cáritas (ligada à igreja católica) e a AERM em Maringá e região.

         Metodologia empregada no estudo:   Etnopesquisa e o Estudo das Narrativas.    “A cada capítulo trouxemos um pouco de poesia”.    “A partir de agora, convidamos você a conhecer mais de perto a beleza do povo haitiano naquilo que eles sabem fazer com maestria:  (Sobre)Viver”.   “Boa leitura!”.

         Capítulo 2 -   O que dizem as pesquisas sobre migração haitiana e Educação:  Uma abordagem multirreferencial.

         A imigração de haitianos no Brasil começou a crescer de 2010 em diante.  Após o grande terremoto de 2010 que atingiu aquele país.   Era tempo aqui do governo Lula.   O Brasil passou a ser considerado pelos migrantes haitianos  como um país de acolhida.   Uma das dificuldades é o idioma.

         No Haiti eles falam uma língua local e também uma parte do povo domina a língua francesa em decorrência dos longos tempos em que foram colônia da França.

         Ongs da região tem ajudado dentro do possível esses imigrantes, sendo uma delas a Cáritas Brasileira.

         Há diferentes plataformas que permitem acesso via internet a trabalhos acadêmicos dentro de temais os mais variados.   Um deles é o Portal de Periódicos da CAPES, órgão público que apoia com bolsas os pesquisadores.

         Nas buscas, palavra chave “migração haitiana”...   resultou em poucas pesquisas disponíveis publicadas na web.

         Já essas mesmas palavras-chave tiveram maior número de resultados no Google Scholar.   Refinando a busca, acessando “acolhida e educação de imigrantes haitianos no Brasil”, essa busca chegou a 23 trabalhos científicos que foram integralmente analisados em seus conteúdos.   Segue no livro uma lista de artigos, dissertações, teses sobre o tema que foram analisados.

         Todos tabulados com dados do título, autor, ano, tipo de trabalho, área de conhecimento.        

         Dentre outros, citado:   “A presença haitiana no Brasil: o município de Mandaguari-PR”.  Autoria de Rosseto, 2018 – Dissertação de Geografia.

         (Mandaguari fica ao redor de 30 km apenas de Maringá-PR)

         Os autores deste livro buscaram abranger o período de 2009 a 2019, mas os trabalhos publicados eram de 2014 em diante.

         Não deu para buscar o foco apenas em Educação e se agregou campos como Ciências Sociais, Direito, Geografia, Ciências da Religião e afins.

         A revisão bibliográfica ficou com 1 tese (doutorado), 8 dissertações e 14 artigos.

         2.1 – Inclusão, acolhimento e direito à educação:   Pesquisas que discutem os desafios e dificuldades dos migrantes haitianos no Brasil.

         Mais comum nos trabalhos analisados o foco no direito dos imigrantes, olhando a parte legal e correlatos.    A Educação aparece nesses trabalhos numa posição secundária.

         Em Foz do Iguaçu-PR há a UNILA Universidade Latino Americana, criada pelo Brasil na fronteira, visando estreitar os laços com os países vizinhos.   A UNILA é federal.  A UNILA até pela proposta de integração e inclusão social, apoia a formação profissional inclusive de haitianos para que estes estejam preparados, se for o caso, para ajudarem no futuro a reconstruir o próprio Haiti.

 

         Continua no capítulo 03/08