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domingo, 20 de maio de 2018

RESENHA DE PALESTRAS SOBRE DIREITOS HUMANOS PROFERIDAS POR DOIS EX MINISTROS NA UFPR EM CURITIBA


         Anotações pelo Eng Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
         Palestrantes:
         NILMA LINO (pedagoga) – ex ministra (2015-2016) do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos
         PAULO DE TARSO VANNUCHI (jornalista e cientista político) – ex ministro (2005-2010) da Secretaria Especial de Direitos Humanos e representante do Brasil na OEA Organização dos Estados Americanos (2014-2017) no setor de Direitos Humanos
         A coordenação da mesa ficou a cargo da Diretora Vera Karan – Diretora da Faculdade de Direito da centenária UFPr.
         Na abertura das falas a anfitriã Dra Vera destacou que se Curitiba tem seu lado de direita, também por aqui tem gente que se coloca na vanguarda das lutas pela cidadania e uma pauta atual é relativa aos direitos humanos.
         Fala da ex Ministra Nilma    (fiz uma pequena síntese das falas)
         Quando se golpeiam os direitos humanos, também é golpeada a democracia.   Ela destaca que antes do golpe tínhamos no País governos com perfil democrático popular capitaneados pelo Partido dos Trabalhadores. (denomina o grupo de Campo Progressista)
         Por outro lado, na atualidade os que estão com o poder político no governo são conservadores, racistas e homofóbicos e estão empoderados para fazer o que estão fazendo de nos levar ao atraso.    Apoiam os setores de direita, contra os direitos humanos, contra as leis trabalhistas, privatizando sem critério, etc.
         Nosso evento aqui neste ato faz parte da resistência ao golpe.   Ela disse que no Brasil a injustiça social é tanta que há gente que ainda nem atingiu o status de ser humano e aumenta por isso tudo a importância de lutar pelos direitos humanos.
         Disse desse retrocesso da decretação da intervenção na segurança do estado do RJ.      Vem o assassinato da vereadora Meirielle que era uma defensora dos direitos humanos.    Autoridades apoiando a violência policial.     Os direitos humanos andam ameaçados.
         Na fala da Diretora Vera em aparte
         A PEC 55 que bloqueia o orçamento da União por um longo período prejudica o atendimento à população em saúde, educação, segurança, etc.
         Dificultaram a demarcação de terras indígenas, terras de quilombolas, etc.
         Uma autoridade (que não consegui captar o nome – Paulo Cezar Quintela, no que entendi) não pode estar presente mas enviou um documento escrito que foi lido aos presentes pela anfitriã Vera Karam.    Na carta se recrimina a ação da mídia que apoiou ostensivamente o golpe; critica a forma dita parcial de atuação da Lava Jato e a prisão arbitrária do ex Presidente Lula.
         Diz que estão fazendo o desmanche da nossa Constituição de 1988 e do estado de direito.   Um atraso.   Uma afronta aos direitos humanos.
        
         Fala do ex Ministro Paulo de Tarso Vannuchi
         Ele cita dois genocídios no Brasil.   O primeiro contra os índios (aproximadamente 5 milhões de índios dizimados pelos colonizadores)
         O segundo:   A escravidão negra de 330 anos no Brasil.   Escravos capturados na África.   Citou inclusive o Professor escritor Jessé de Souza
Que publicou  recentemente livros sobre o tema.
         O PT no poder praticou a tentativa de conciliação de classes, mas de um lado, continua a Casa Grande.    A elite tosca de sempre.
         Sobre os golpes no Brasil, citou de passagem a chamada “República do Galeão” cujo grupo urdiu por quase dez anos os planos que desaguaram no golpe militar de 1964 que trouxe a Ditadura ao País.     Fez um paralelo dizendo que a chamada “República de Curitiba” também seria um caldeirão que em muito contribuiu para o golpe de 2016.
         Destacou o fenômeno positivo de Curitiba, apesar da chamada república de Curitiba, tem uma legião qualificada de pessoas que lutam pela democracia e os direitos humanos e, claro, contra o golpe.
         No contexto, relembrou que Tiradentes foi formalmente “maldito” por três gerações de forma expressa.    Disse que de certa forma amaldiçoaram também o Mariguella.
         Ele que é de 1950, na ditadura de 1964 ele era líder estudantil e lutou contra a ditadura no interior de São Paulo.   Congresso da UNE em 1968.   (clicar no local indicado para continuar....)