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segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Cap. 02/12 - Fichamento - livro - O SOM DO RUGIDO DA ONÇA - Autora Micheliny Verunschk - Cia das Letras - 2021

 capítulo 2/12

  

Capítulo III – página 17

         “Ela está no centro da maloca, e a maloca é o ventre do universo, e a barriga dela, o centro do mundo”.    ...”Japurá Deus que fala todas as línguas”.

         Nascem os gêmeos, ela recebe o nome de Iñe e e ele, Tsittsi.   Ele recebe do avô um dente de onça do seu colar.

         “A onça, sim, inimiga do seu povo, mas a quem devem temor e respeito por ser ela a Dona da Caça, aquela que lhes permite viver em seus domínios”.

         Um dia a pequena Iñe e se desgarrou das mulheres e sumiu.  Acharam ela na beira do rio e uma onça ao lado dela sem ataca-la.   Quando a levaram, a onça foi embora.   O pai dela, a partir daquele dia, entendeu que ela tinha feito um pacto com a inimiga onça e assim também passa a ser inimiga.

         Mesmo ela sendo abençoada pelo avô, o pai  encarou o episódio como uma maldição sobre sua filha.    “Ela um dia se transforma e nos devora a todos, como Nonueteima se transformou em jaguar, acusou o pai...”

         “Ela pensava... que talvez algum dia haveria de ter alguma serventia ter um pacto com onça”.   Ela aos sete anos e o avô decidiu leva-la às festas de Yurupari, o Dono das Frutas,  “quando meninos e meninas são colocados diante da Esanuámina, para talvez serem escolhidos em uma missão de grande responsabilidade”.

         Ser escolhido ou escolhida era uma honra.   Ela foi uma das escolhidas.   “e por isso deveria mirar Yurupari por sete vezes para, quando completasse doze anos, se convertesse em curadora do corpo e do espírito, vendo aquilo que ninguém mais poderia enxergar”.

         Capítulo IV – página 20

         “A vida é o tempo que segue correndo”.   

         Comitiva com brancos chega.   Calombos pelo corpo deles pelas picadas do mosquito carapanã.     “... que todos vieram fazer negócios lucrativos”.  (pesquisadores da Alemanha – Martius e Spix)

         Festa na aldeia com os visitantes.     (ano 1817)

         Logo a mãe dos gêmeos é deixada pelo marido que escolhe outra companheira mais jovem e mais bonita.

         Uma comitiva parte pela mata para trazer escravos.   “Eram crianças que aquele branco mais queria”.   Era costume na tribo negociar escravos por mercadorias.  Escravos inimigos.

         Iñe e viu e ouviu o pai dela negociando entre risos.   O pai da menina já fazia barba e já usava algumas roupas no costume do branco.   Ela estranhava isso.   Um dia ele foi batizado por um frade e recebeu o nome de João Manoel.

         Martius comprou na tribo sete crianças e ganhou de presente, Iñe e dada pelo pai dela.   Seriam levados para a Europa com os pesquisadores.

         Capítulo V  - página 21

         Muda a época.    O cacique Raoni falando na TV...   advertindo   “que quem é da guerra, na guerra morre.”

         Capítulo VI – página 27

         “Os mais velhos mascavam a palavra nas folhas de hiibii, a coca, e os mais novos esperavam que chegasse a sua vez de masca-las e receber  linguagem do sumo das folhas”.

         Iñe e na fila dos que seriam mandados para a Europa.   Ela se torna presa do desconhecido.

 

                   Continua no capítulo 03/12