capítulo 2/12
Capítulo III – página 17
“Ela está no centro da maloca, e a maloca é o ventre do
universo, e a barriga dela, o centro do mundo”. ...”Japurá Deus que fala todas as línguas”.
Nascem os gêmeos, ela recebe o nome de Iñe e e ele,
Tsittsi. Ele recebe do avô um dente de
onça do seu colar.
“A onça, sim, inimiga do seu povo, mas a quem devem temor e
respeito por ser ela a Dona da Caça, aquela que lhes permite viver em seus domínios”.
Um dia a pequena Iñe e se desgarrou das mulheres e
sumiu. Acharam ela na beira do rio e uma
onça ao lado dela sem ataca-la. Quando
a levaram, a onça foi embora. O pai
dela, a partir daquele dia, entendeu que ela tinha feito um pacto com a inimiga
onça e assim também passa a ser inimiga.
Mesmo ela sendo abençoada pelo avô, o pai encarou o episódio como uma maldição sobre
sua filha. “Ela um dia se transforma e
nos devora a todos, como Nonueteima se transformou em jaguar, acusou o pai...”
“Ela pensava... que talvez algum dia haveria de ter alguma
serventia ter um pacto com onça”. Ela
aos sete anos e o avô decidiu leva-la às festas de Yurupari, o Dono das
Frutas, “quando meninos e meninas são
colocados diante da Esanuámina, para talvez serem escolhidos em uma missão de
grande responsabilidade”.
Ser escolhido ou escolhida era uma honra. Ela foi uma das escolhidas. “e por isso deveria mirar Yurupari por sete
vezes para, quando completasse doze anos, se convertesse em curadora do corpo e
do espírito, vendo aquilo que ninguém mais poderia enxergar”.
Capítulo IV – página 20
“A vida é o tempo que segue correndo”.
Comitiva com brancos chega.
Calombos pelo corpo deles pelas picadas do mosquito carapanã. “... que todos vieram fazer negócios
lucrativos”. (pesquisadores da Alemanha –
Martius e Spix)
Festa na aldeia com os visitantes. (ano 1817)
Logo a mãe dos gêmeos é deixada pelo marido que escolhe
outra companheira mais jovem e mais bonita.
Uma comitiva parte pela mata para trazer escravos. “Eram crianças que aquele branco mais queria”. Era costume na tribo negociar escravos por
mercadorias. Escravos inimigos.
Iñe e viu e ouviu o pai dela negociando entre risos. O pai da menina já fazia barba e já usava
algumas roupas no costume do branco.
Ela estranhava isso. Um dia ele
foi batizado por um frade e recebeu o nome de João Manoel.
Martius comprou na tribo sete crianças e ganhou de presente,
Iñe e dada pelo pai dela. Seriam
levados para a Europa com os pesquisadores.
Capítulo V - página
21
Muda a época. O
cacique Raoni falando na TV... advertindo “que quem é da guerra, na guerra morre.”
Capítulo VI – página 27
“Os mais velhos mascavam a palavra nas folhas de hiibii, a
coca, e os mais novos esperavam que chegasse a sua vez de masca-las e
receber linguagem do sumo das folhas”.
Iñe e na fila dos que seriam mandados para a Europa. Ela se torna presa do desconhecido.
Continua no capítulo 03/12
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