capítulo 16/20
Página 218 – os advogados
de Flávio constataram que as provas que a justiça tinha em mãos não davam para
ser contestadas. Partiram para o
caminho de “matar o caso processualmente”.
Tentar achar alguma falha no trâmite do processo na esfera da justiça
para melar o processo.
Fizeram reunião fora de
agenda com órgãos de inteligência do governo federal para tentar encontrar
algum eventual deslize na Receita Federal e nada encontraram, mas mexeram com a
cúpula da Receita com indicações de Flávio.
(um absurdo atrás do outro – usar órgãos de Estado para o benefício de
um réu)
Capítulo 14 do livro – O caminho
dos milhões em espécie.
Flávio depõe e promotores
mostram provas. Nunes Marques é
escolhido por Bolsonaro para o STF.
(apadrinhado pelo advogado Wassef)
07-07-2020 - Flávio no passado era contra o foro
privilegiado, mas quando ele era o réu, correu para o foro privilegiado.
Os novos advogados de
Flávio são Luciana Pires, Rodrigo Roca e Juliana Bierrenbach. Os novos defensores o convenceram a dar as
caras e atender as convocações para depor no MP Ministério Público do RJ.
“No mundo jurídico, e até
na cena pública, um investigado em silêncio soa como réu confesso”.
Processo em sigilo, o povo
só ficava sabendo que ele prestou depoimento, mas não se sabia o que ele
disse.
No ano de 2001, lá atrás, Flávio declarou ao TER-RJ
como bens um carro Gol 1.0 do ano e nada mais.
De 2001 a 2020 seu
patrimônio foi para um total de mais de quatro milhões de reais.
Flávio ao depor começou a
ter lapsos de memória ao ponto de dizer que não se lembrava nem dos chefes de
gabinete que ele nomeou. (pag. 223)
Promotores interrogando
Flávio. Quando chegou na nomeação de
parentes, ele alega... enquanto era permitido... mas a lei de 1988
(Constituição Federal, artigo 37) não permite contratar parentes para cargo público
com base no princípio da impessoalidade.
Promotor questionando
sobre os assessores fantasmas, dos quais o parlamentar ficava com 80 a 90% do salário.
Eram as rachadinhas.
Perguntam também sobre o
costume dele encarregar Queiroz de pagar muitas de suas contas. Há o caso documentado do dia em 2007 que
Flávio fez em sequência num caixa eletrônico 48 depósitos em dinheiro de dois
mil reais cada.
Os promotores partem para
focar nos imóveis transacionados por Flávio entre 2005 e 2010. Nesse período “ele havia negociado dezenove
imóveis que lhe renderam um lucro de três milhões de reais”.
Os promotores já sabiam
que as contas de Flávio e da esposa dele no período haviam sido irrigadas com
depósitos de procedência desconhecida e em dinheiro vivo.
“Adiante, Flávio envolveu
o pai, os irmãos e outros funcionários em negociações e, por consequência, nas
investigações em si”. Todos faziam
parte do Negócio do Jair... (página
232)
Flávio passa a ser o que
mais faz negociações de imóveis pelo Clã
Bolsonaro. Rastreado, se comprovou que
de 2010 a 2014 a esposa de Flávio não fez um único saque na própria conta
bancária.
“Em 2010, Flávio informou
que fez uma doação de 733.000 reais à sua mãe, em espécie (grana viva)”. (página 235)
O caso dos 27 cheques de
Queiroz, totalizando 89.000 reais a Michelle Bolsonaro. Descobertos em agosto de 2020 pelo repórter Fábio
Serapião. O caso foi noticiado e deu uma
repercussão grande. Deixou Jair e a
esposa muito contrariados e a imprensa cobrou muito o casal.
Um dia um repórter de O
Globo perguntou ao presidente sobre os cheques e este ficou irado.
Ameaçou: “Minha vontade é de encher sua
boca com uma porrada, tá?” (página 236)
Capítulo 17/20
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