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domingo, 6 de novembro de 2022

CAP. 13/22 - fichamento - livro - O NEGÓCIO DO JAIR - A História Proibida do Clã Bolsonaro - edição 09/2022 - Autora - Jornalista - JULIANA DAL PIVA

 capítulo 13/22

 

         Resultado da pesquisa sobre as rachadinhas:  “E enquanto levantávamos os dados dos assessores parlamentares, também detalhamos os valores recebidos por eles.   O grupo de 102 pessoas com laços familiares entre si, por exemplo, receberam entre 1991 e  2018, um total de 80 milhões de reais em valores atualizados pela inflação”.

         “Já entre os assessores fantasmas os valores atingiram 36 milhões de reais corrigidos.  Na outra ponta, um contraste.   Uma boa parcela do grupo tinha uma vida bastante simples e com dificuldade para se sustentar.”

         Quando surgiu o escândalo, após a imprensa divulgar o caso, Jair declarou:  “Empreguei mesmo, e daí?   (na página 167 do livro)

         Após a matéria no jornal O Globo falando das rachadinhas e os fantasmas, Jair Bolsonaro num evento da Indústria Automobilística atacou a imprensa e disse que assinou uma Medida Provisória que inibia a publicação de balanços pelas empresas em jornais, o que seria uma vingança pessoal, uma retaliação por conta da imprensa estar noticiando as rachadinhas.

         No discurso no citado evento, Jair disse:  “Espero que o Jornal Valor Econômico sobreviva à Medida Provisória”.

         Eduardo Bolsonaro demorou mais para entrar no mundo da política, mas já em 2011, pagou um imóvel (apartamento) em Copacabana pagando 150.000,00 em dinheiro.  (página 169)

         Citados no livro vários negócios imobiliários feitos por Eduardo Bolsonaro quitados com dinheiro vivo em boa parte ou no todo do negócio.  Seguiu assim os passos dos demais membros do clã.

         O sistema de manter assessores fantasmas e rachadinhas também foi usado por Eduardo Bolsonaro entre 2015 e 2018.   Houve denúncia de rachadinhas no caso de Eduardo Bolsonaro mas chegaram ao PGR Augusto Aras, indicado por Jair Bolsonaro, e este arquivou o caso.

         Capítulo 12 – O pedido ao Miliciano amigo.    (página 171)

         Queiroz pede ajuda a Adriano da Nóbrega para acabar com o caso das rachadinhas.   Adriano, ex PM, expulso da corporação após varias execuções de pessoas e que atuava como miliciano.   Foi líder do chamado Escritório do Crime, organização criminosa que atuava em Rio das Pedras, uma comunidade do RJ.

         São Paulo, fevereiro de 2019

         Processo correndo contra Flávio e a defesa dele inventou um motivo para a grande movimentação de dinheiro por Queiroz.   Que o Queiroz “sem conhecimento de Flavio” teria começado a arrecadar parte dos salários dos assessores e o dinheiro seria para Queiroz contratar por fora (ilegalmente) um maior número de assessores para turbinar a campanha política de Flávio. Essa versão enrolava Queiroz, mas aparentemente livrava a cara de Flávio.

         Queiroz na pior.  Sem grana, fugido, parentes desempregados, ele no ócio e longe do poder, inclusive de indicar pessoas para cargos comissionados.   E ter que se manter longe do presidente, seu amigo.

         Queiroz sonhava se candidatar e fazer carreira política.  (em 2022 concorreu para Deputado Estadual pelo RJ e não foi eleito)

         Tempo de vacas magras para Queiroz e ele tinha que ficar distante do clã Bolsonaro.   O amigo Adriano da Nóbrega de vez em quando dava alguma ajuda financeira a ele.

         “Mais tarde, Julia Lotufo (esposa de Adriano) contaria que o marido entregaria uma parte dos 135.000 reais de que Queiroz precisava para custear o tratamento inicial do câncer”.   (página 175)

         Queiroz quase dez meses escondido e foi flagrado em gravações telefônicas indicando pessoas para nomeações em cargos públicos com apoio de políticos de sua relação, como troca de favor entre si.

         Ele ajudou a eleger certos políticos e estes em troca atendiam seus pedidos de nomeação.

         As notícias de Queiroz fazendo indicações, mesmo estando fugido, incomodaram muito o clã Bolsonaro e deu brigas na família de Queiroz que também era investigado e agora mais esse crime do Queiroz.

         “Marcia, eu vou te falar. De coração.  Eu não consigo mais ter pena do meu pai, porque ele não aprende”.  Meu pai é burro. Meu pai é burro!”

         Fala de Nathalia à mãe Márcia, esposa de Queiroz.

         Marcia desabafando com a filha:     ...”fui pagar minha promessa, ano passado eu fiz, eu acendi vela do começo de outubro até dezembro e agora estou acendendo também...    ...pedir a Deus...”

         Além das rachadinhas, o advogado de Queiroz também tinha outro problema na defesa deste.  Agora, o fugido também é acusado inclusive após manchete na imprensa, de ficar indicando assessores para cargos comissionados.

         Em dezembro de 2019, a tese do advogado Wassef foi derrotada no STF e os relatórios do COAF e a comunicação por relatórios aos órgãos de investigação se tornam legais.   O processo volta a andar.

         Adriano da Nóbrega, miliciano e amigo de Queiroz (e condecorado no passado como PM pelo clã Bolsonaro) também estava foragido há quase um ano.   (depois foi descoberto e cercado pela PM em MG e fuzilado)

         Após a lista do COAF ser considerada legal pelo STF (e esta trazia as movimentações de dinheiro de Queiroz muito acima dos ganhos dele), o MP Ministério Público do RJ já de posse dos dados bancários (provas) partiu para as buscas no dia 18-12-2019.

         “Os alvos eram diferentes endereços da família Queiroz e também parentes de Cristina, a ex mulher de Jair Bolsonaro”.

 

 

         Continua no capitulo         14/22

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