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quinta-feira, 14 de maio de 2015

RESENHA - 2º SEMINÁRIO INTERNAC. REUSO DA ÁGUA - CURITIBA - PR

 Continuação...    (trecho final)
     Ele mostrou experimentos agronômicos da Universidade Federal do Ceará com água de reuso de esgoto tratado em hidroponia – sistema de cultivo em estufas, sem contato com o solo.  Bons resultados.
     Mostrou hidroponia para produzir forragem de milho com água de esgoto tratado.  No caso, colocam o milho por 24 h em água para estimular a germinação.   Em seguida, colocam na hidroponia e o milho brota e cresce rápido.  Com 15 dias já tem o porte de uns 25 cm (pelo visual do slide) e é usado como forragem para animais.   Pelo método produzem a cada 15 dias, 20 kg de forragem verde por m2 de alto valor nutricional.    Este caso é o da Universidade Federal de Viçosa-MG.    Suponho que dá para ver o artigo e as fotos em busca pelo Google com o título:  “Forragem verde hidropônica com Esgoto Tratado)   + UFViçosa-MG.
     Ele destacou que há vários livros técnicos produzidos pela equipe de pesquisadores nos tempos do Prosab – Programa de Saneamento há citado.    Atuavam no Prosab universidades de 13 estados e eram mais de 200 pesquisadores no tema do saneamento.  Os livros estão destacados no site da FINEP.
     Sobre o risco de alguma bactéria do esgoto passar por um vegetal (metabolismo deste) e ir parar no fruto, ele comparou que a bactéria é um “monstro” em tamanho e que isto é impossível.       Diferente de irrigar, digamos hortaliças com água de reuso aspergindo água nas folhas de alface, por exemplo, que é consumida in natura.  Aí é proibido e o risco é total.
     O pesquisador, muito  bem humorado, comparou a bactéria passar pelo metabolismo da planta, seria como uma pessoa estar na praça de alimentação do Shopping tomando um suco de canudinho e engolir uma vaca...  impossível.
     O problema para o reuso da água do esgoto em geral é a logística.  Levar a água até a cultura agrícola adequada.   Uma das soluções é a hidroponia com produção intensiva de vegetal bem perto da fonte da água de reuso.    Hidroponia produz via de regra 10 vezes mais que no sistema convencional.
     O gargalo é normativo, pois não há impecilho agronômico ou sanitário/ambiental ao reuso de água em agricultura, adotando-se os cuidados técnicos específicos.
    Ele elencou e explanou sobre os itens abaixo, sobre diversos prismas.  Reuso controlado:
     - Ponto de vista sanitário – questão de saúde pública
     - Ambiental – sustentabilidade
     - Tecnológico – adequação
     - Econômico – viabilidade
     - Social – decisões e benefícios
     - Legal – normas, direitos e deveres.
                                  cícero@ct.ufrn.br

     Palestra 17ª  -  “Estudo de Caso – Projeto SAFIR – União Européia – Produção Segura e de alta qualidade de alimentos na agricultura... “   
     Palestrante:   Finn Plauborg – Universidade de Aarthus – Dinamarca

     A Dinamarca tem 5,6 milhões de habitantes.     Ele trabalha no Departamento de Agroecologia da universidade citada.
     Lembrou dos desafios que as mudanças climáticas trazem para todos.     Na opinião dele é uma estupidez as pessoas quererem vir todas para as periferias das cidades em detrimento da vida no campo.     Mais vida urbana,  mais demanda para reuso da água.  Ele tem trabalho no tema em Gana na África.   Disse que a Dinamarca é um dos países que tem mais normas para regulamentar a Agricultura do mundo.     Citou o potencial da quinoa (planta dos Andes peruanos) que cresce mesmo em lugar com pouca água e solo com pH até 8 a 9, adversos para a maioria das culturas.  Um alimento nutritivo.
     Projeto Safir – Eficiência/economia/segurança.
     A palestra dele deve estar no site da ABES PR e deve conter dados interessantes.   www.safir.eu.org

     Palestra 18ª -   “Estudo de caso – Reuso de água em sistema de resfriamento utilizando a tecnologia de Eletrodiálise Reversa”   -  Palestrante:  Engenheiro Químico Rodrigo Suhett de Souza – Petrobras
     “O melhor reuso é o uso eficiente”.    Na Petrobras eles adotam o reuso de água desde a década de 70.   Consumo de água em refinaria de petróleo (geralmente para resfriamento de equipamentos) fica em torno de 1 litro de água para 1 litro de petróleo processado.      Boa parte da água se dissipa como vapor.
    
     Palestra 19ª – “A experiência do Vale do Mesquital (México)”   Palestrante Bianca Jiménez – Unesco – ONU
     Ela é mexicana.   Disse que quando o México foi “descoberto” pelo colonizador, o local da Cidade do México já tinha uma zona urbana com mais ou menos 200.000 habitantes.     Hoje a Cidade do México tem 22 milhões de habitantes.    O solo dessa cidade era encharcado e o uso intensivo da água por lá está causando problema nas construções, inclusive as de grande valor histórico.   Tem monumentos afundando lentamente por lá.     Se captei corretamente, ela disse que a Catedral da cidade em 50 anos afundou 87 cm.   ???
     Ela falou de um sistema de reuso de água para agricultura nas regiões de periferia, onde há muita pobreza.     Falou da água de esgoto conter muito nitrato que é uma ameaça à saúde pública.      (A Universidade Positivo tem Pós na área de Gestão Ambiental)

     Palestra 20ª -   “Tratamento de Águas e Efluentes com Peróxido de Hidrogênio”
     Luiz Alberto Cesar Teixeira -   empresa Peróxidos do Brasil

     Peróxido de hidrogênio     H2O2.    O produto é miscível em água.   Ao dissolver, o H e o O são átomos que não são contaminantes do meio ambiente.
     O produto é fabricado no Brasil em grande escala por várias empresas competidoras.  Ele é da fábrica de Curitiba-PR.    Ele disse que comumente o pessoal usa em tratamento de esgoto a alternativa do hipoclorito de sódio que parece barato, mas geralmente este vem com 20% de concentração.   Já no caso do peróxido é praticamente 100% concentrado.  
     Lembrou alguns usos do peróxido.    Tratamento de água/esgoto, desinfetar local para fazer curativo nas pessoas, branqueamento de papel na indústria, branqueamento de tecido na indústria, etc.
     Disse que em SP e PR é bem utilizado o peróxido em tratamento de esgotos e reduz inclusive o mau cheiro.   Baixas doses.
     Controla inclusive a proliferação do danoso mexilhão dourado.   
     Lembrou que cloro na forma de gás é mais barato, mas é de risco em caso de vazamento.   Cloro em outra formulação não em gás é mais caro.
     Peróxido não deixa resíduo na água tratada.    Outros tratamentos podem reduzir o O2 na água e se esta for lançada ao rio pode matar peixe por falta de O2.    Lembrou que mortandade de peixe é um dano visível pela população que fica indignada.
    Mostrou fotos de uso de peróxido na região mais poluída da represa de Guarapiranga que abastece parte de SP.   Nos lugares mais poluídos tem muita matéria orgânica que sofre ação de microrganismos e no processo se consome O2 da água.    O peróxido ajuda a repor O2 na água no caso.

     Palestra 21ª  “Cuidando da Água e do Cliente”
     Palestrante – Andrés Forghieri -   empresa Neoflow

     A empresa é norueguesa.   Um dos produtos dela é um tipo de hidrômetro.   Estão no mercado em 23 países.   No BR tem fábrica em Embu das Artes-SP.
     Hidrômetros de alta precisão.     Permite inclusive a leitura por ondas de rádio de distância de até 300 m.    Disse que na Noruega é comum o uso do equipamento e a água é cobrada uma vez por ano.   Passa o carro com o equipamento de leitura remota e a leitura é feita.    Isto ocorre de forma periódica porque assim se houver algum vazamento eles já conseguem detectar e avisar o cliente.    O hidrômetro funciona com ultrassom e não tem partes móveis.   Tem bateria interna com garantia de 16 anos.  Agüenta impacto, é à prova d´água, não sofre efeito de imã, etc.   Não mede ar.   Aprovado pelo Imetro.     Caso se tente inverter o fluxo da água, o hidrômetro veda.  Transmite informação ao leitor a cada 16 segundos.    Produzido totalmente com uso de robôs.     Como emite cada 16 segundos mensagem, caso haja vazamento, já em seguida dá para saber e cuidar do caso.       (custaria hoje ao redor de R$.500,00)  

     Isto foi o que consegui anotar (e passar para o Word!) da forma que compreendi e espero que o material seja útil às pessoas que tem interesse no tema.    

     Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida    -  Curitiba – PR    orlando_lisboa@terra.com.br          (41)  9917.2552