CAP 3
Durante o decorrer dos anos há um ciclo normal
de subir e descer o nível de CO2 no ar, independente dos GEE. Os GEE fazem pequena alteração nesse ciclo,
causando o efeito estufa na forma de aquecimento da terra acima do normal.
No verão do hemisfério norte, este se inclina mais para o
sol e tendo mais área terrestre com solo e vegetação, esta aumenta a atividade
e usa bastante CO2 pela fotossíntese dos vegetais e cai a taxa de CO2 na
atmosfera.
Já no outono/inverno no hemisfério norte, este se inclina
para longe do sol e caem as folhas dos vegetais e apodrecem e emitem mais CO2
na atmosfera. Isto tudo dentro do
ciclo normal da natureza.
No Havai há o observatório de Mauna Loa que vem medindo
diariamente há quase cinco décadas o teor de CO2 na atmosfera.
Na Era pré industrial a concentração de CO2 na atmosfera era
de 280 ppm, partes por milhão. Em 2005
chegou a 381 ppm, um acréscimo bastante significativo. Mais GEE no ar, mais calor pelo efeito
estufa, mais catástrofes climáticas no planeta.
Um herói da ciência – Roger Revelle
Anos 60, foi professor de Al Gore. Foi o primeiro a propor a medição de CO2 na
atmosfera terrestre em leituras diárias.
Al Gore foi acompanhando depois dos estudos, a pesquisa do Professor
Revelle. Mais adiante, já atuando no
Congresso Americano, Al Gore levou Revelle para um evento no Congresso e
esperava que o tema causasse impacto e mobilizasse os congressistas. Não foi o que aconteceu.
Em outra fase, Al Gore já Senador fez novos eventos no
Senado com o Professor e não conseguiu mobilizar seus pares.
Al Gore chegou a ajudar na redação do Protocolo de Kyoto
sobre o aquecimento global. O
cientista Keeling que media o CO2 no Havai o fez por aproximadamente cinco
décadas de medições diárias. Keeling
morreu em 2005 e o professor Revelle, em 1991. No livro, amplamente ilustrado, tem o
gráfico dessas medições abrangendo 48 anos.
Pesquisadores na Antártida conseguiram medir CO2 na
atmosfera pela análise das camadas de gelo, chegando a estimativas precisas
sobre o comportamento do CO2 na atmosfera do período de 650.000 anos.
Esse banco de dados permite fazer estimativas do que
ocorrerá no planeta conforme o ritmo dos humanos descartarem CO2 na
atmosfera. Em síntese: “É evidente que estão ocorrendo mudanças
climáticas radicais no nosso mundo”.
Mostra duas fotos do famoso pico Kilimanjaro, o mais alto da
África. Entre 1970 e 2000 ao compararmos
as fotos, se nota que o pico perdeu muito de sua camada de neve que era
permanente na parte alta e que foi diminuindo. Há foto de 2005 com o pico do
Kilimanjaro já com pouca neve. Este é
o único pico do continente africano que tem neve eterna (ainda).
O professor Dr. Lonnie Thompson que é um especialista em
neve dos picos estima em 2000 que dentro de dez anos o Kilimanjaro pode não ter mais neve no seu
ápice em certas estações do ano.
O Parque Nacional das Geleiras no estado americano de
Montana, logo precisará mudar de nome para “Ex parque das Geleiras”. Neste parque, foto de 1930 mostra
geleiras. Foto de 1997 quando Al Gore
visitou o parque já era rara a cobertura de gelo. Em 1997 estimou-se que dentro de 15 anos não
haja mais geleira no Parque de Montana.
Aqui na América do Sul, foto da famosa geleira Perito Moreno
na Argentina. “Quase todas as geleiras
de montanhas que existem no planeta estão derretendo, varias delas,
rapidamente. Há uma mensagem nisso”.
Foto com gráfico de perda de geleira de Colúmbia no
Alasca.
Mostra fotos
comparativas em geleira nos Andes Peruanos.
Compara foto dos anos 70 com fotos de 2006, mostrando perda de cobertura
de gelo.
Fotos de geleiras nos Alpes (na Europa). Perdas de gelo tanto na Suiça, quanto na
Itália.
A Cordilheira do Himalaia no planalto do Tibet é a que mais
está sofrendo com o aquecimento global.
Ela tem cem vezes mais água na forma de geleira que os Alpes. “Ela fornece mais da metade da água potável
para 40% da população mundial. Sete
sistemas fluviais asiáticos nascem na Cordilheira do Himalaia. Levam água principalmente para China e Índia,
dois países solidamente populosos.
“Nos próximos 50 anos (base 2005), esses 40% da população
mundial devem enfrentar uma grave falta de água potável, a menos que o mundo tome
medidas rápidas e corajosas para mitigar o aquecimento global”.
Estudando as camadas de gelo se faz cálculos precisos sobre
o teor de CO2 na atmosfera ao longo de séculos.
O autor mostra um gráfico relativo a mil anos com o teor de CO2 na
atmosfera. No gráfico fica patente que
o aquecimento recente tem a ação do homem.
Há forte correlação entre a elevação do CO2 na atmosfera e o aquecimento
do planeta.
Continua no capítulo 04