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quinta-feira, 2 de abril de 2020

RESUMO - LIVRO - A ERA DO INCONCEBÍVEL - Joshua Cooper Ramo (Ex Editor da Time) Parte 1/6


LIVRO : THE AGE OF THE UNTHINKABLE      Parte 1/6
         Autor:  Joshua Cooper Ramo –  (Ex Editor da Revista Time)
         Fichamento de leitura pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba – PR    (isolamento pelo corona vírus – março de 2020)
         Fala deste leitor: 
Uma fala inicial sobre o livro cujo fichamento, devido a tantas informações de alta relevância, ficou um tanto longo e será editado no blog por capítulos para não cansar eventual leitor/a.   O livro foi escrito por um experiente jornalista americano que atuou como editor na Revista Time e outras e teve contato direto com pessoas do mais alto escalão da ciência e da política mundial e ele reúne no livro uma série de experiências em diferentes áreas e tem como fio condutor a chamada Segurança Nacional e a política externa que tem caráter global por se tratar de análise dos USA.   Ele primeiro coleta dados de pesquisas sobre fatos, vai montando uma linha de raciocínio, somando contatos com pessoas como o poderoso Henry Kissinger que foi Secretário de Estado dos USA em tempo de guerra.  Contatos com Gorbatchov da então URSS; com o secretário da defesa de Israel e outros mais.       Analisa os preceitos seguidos por essas lideranças e onde a busca de defesa não surtiram resultados positivos e muito comumente agravaram problemas entre países.   No conjunto da obra ele, o autor, apresenta depois de um diagnóstico muito sólido, proposições inovadoras para se viver de forma ativa e participativa no que chamou de A Era do Inconcebível.   Adianto que tem proposição que é válida para todos nós onde estivermos.  Vamos ao fichamento.
Página 16 – Alan Greenspan, Secretário do Tesouro americano se disse perplexo com o evento de 2008 com o estouro da bolha das hipotecas que acabou liquidando bancos, financeiras, mercado de ações nos USA e irradiou pelo mundo, já que tudo está interligado.    Os USA tinham passado por um tempo de desregulamentação parcial do setor achando que as coisas andariam meio pela mão invisível segundo sua ideologia. Deu no que deu e ele era a pessoa que cuidava do furacão se disse perplexo por ter sido pego de calça curta.  Imagina o resto do mundo.
Alan Greenspan disse:   “Passei quarenta anos ou mais vendo indícios bastante claros de que ela (a ideologia) funcionava excepcionalmente bem”.    Até que deu no que deu em 2008.
16 -  Por que a China com o povo ganhando média de 7 dolares por dia coloca os USA numa situação de dever quase 2 trilhões de dólares a ela em apenas uma década?
17 – Pergunta:   Por que os USA sabem dos problemas do aquecimento global e da disseminação de armas nucleares e nada faz?
O autor esteve com o chinês que em 2007 fechou seu banco prevendo o que ocorreria em 2008 e os americanos não perceberam nada.
Nessa época do crash o autor estava em Beirute no Líbano.
Fez um paralelo com o tsunami em que foi comprovado que os animais perceberam com tempo e fugiram para lugares mais altos.  Isto em 2004.  O instinto funcionou.   Ele disse que o ser humano vem perdendo essa percepção natural que é uma perda importante e negativa.    No caso morreram na região ao redor de 250.000 pessoas.
No Líbano, o autor passou uns tempos pesquisando e fez contatos com pessoas do grupo Hizbollah.   Cita que conversou por vezes com Fuad que era do grupo.    Na ocasião o líder era Hassan Nasrallah.      O governo americano pediu aos seus estudiosos para estudarem o Hizbollah para se enfrentar na Georgia.
O crash da bolsa de 2008 mostrou aos americanos que o inconcebível havia se tornado inevitável.
18 – Estamos entrando numa era revolucionária no mundo.  Sem precedentes.      ... cria uma nova ordem global.
19 – tenta dar dicas para nos salvarmos...   O mundo até então era mais previsível.  Não é mais.
O capitalismo não resolve os problemas.  É uma idéia das elites e das instituições internacionais.   “Essas idéias são reprovadas em ambos os testes da boa Ciência:  nem preveem nem explicam o nosso mundo.
20 – Deixamos nosso futuro nas mãos de líderes cuja principal característica é estarem desnorteadas diante do presente.  Exemplo:   Guerra contra o terrorismo criou mais terrorismo.
Trata-se de uma nova forma de pensar. É uma forma de pensar que parte da complexidade e da imprevisibilidade.    Estamos numa era revolucionaria.    As pessoas tem que pensar e agir como um revolucionário.    Os grandes estrategistas em setores os mais diversos que estão tendo sucesso tem em comum o hábito de fugir de modelos do passado, ou melhor, de modelos com a linguagem do passado.
27 -  De 1900 pra cá, as economias duplicam a cada 35 anos.  Isto é uma velocidade quatro vezes maior do que no século anterior a 1900.
33 -  Cita o filósofo chinês Mêncio.
33 – Dean Bast, estatístico de 43 anos de idade e A Idéia.
34 – Nikita Krushchev (foi presidente da URSS) fez profecia entre capitalismo e comunismo.   “Nós vamos entrerrar vocês”.
34 – II Guerra Mundial.  56 milhões de mortos.
34 – Estatística.   Entre 1789 e 1941não houve guerra entre dois governos eleitos democraticamente.    A Idéia do estatístico:  Democracia equivale a paz.  (com base em dados do passado)
36 – A Idéia virou Teoria da Paz Democrática
37 – George Bush (então presidente dos USA) e a turma da Teoria da Paz Democrática.  Ele comprou a idéia e entendia que os USA teriam segurança se o resto do mundo fosse democrático por iniciativa própria ou “obrigado” a isso.  (forçado pelos USA).   Tempos das relações exteriores dos USA nas mãos da Condoleezza Rice.  (me lembro dela).    Ela buscava essa prática para mudar o mundo.
38 – Falha da Teoria da Paz Democrática.  Em 1999 o governo eleito democraticamente na Servia e a Guerra.   Incluiu bombardeios americanos nessa guerra.
39 – As democracias são extremamente caóticas e bagunçadas na visão do autor.
39 – Cita os USA interferindo em democracias no Irã, Guatemala, Indonésia, Guiana e Brasil (duas vezes aqui).  Também no Chile e na Nicarágua em quarenta anos.
40 – Finel e Lord apontaram que apesar de características positivas das democracias, alguns fatores poderiam ser complicadores.    Exemplo de complicadores:  imprensa livre; transparência que dificultaria negociações secretas para contornar conflitos. 
40 – Ele ressalta a influência das idéias do alemão Morgenthau, professor nos USA sobre o tema da paz e não paz.   “o poder absoluto era a solução para qualquer problema”.    (ele viveu a Alemanha nazista na infância e viveu uma Guerra Mundial)    Ele criou um tratado, por assim dizer, chamado A Política entre as Nações:  A luta pelo poder e a paz”.  Esse balizador dele foi aplicado às relações internacional por aproximadamente 50 anos.    Propõe ser prático e não dar corda aos sonhos.  Seria contra ideologias como nazismo e comunismo  (e não desaprova o capitalismo).   Diz que os sonhos teriam levado a Hitler  e a Lenin.
43 – Cita uma negociação do Imperador Napoleão com um chefe de estado de um país inimigo.  Napoleão já fraco como potencia militar.  Napoleão joga o chapéu no chão esperando que o chefe anfitrião abaixasse para pegar e o outro ignorou.  Mostrou que Napoleão blefava e não tinha mais esse poder que ele tentava passar.    
44 – Morguenthau tinha claro... tanto no caso dos homens quanto das nações só um instinto importava: o impulso de dominar os outros.
O autor diz que mesmo ultrapassados conceitos de Morguenthau, há uma riqueza de conteúdo que o equipara a Maquiavel e em termos de estudo, não há como ignorar suas teorias.
46 – As forças que fazem a história:
Luta de classes
Revoluções
Violência urbana
Guerra civil
47 – Cita o Premier Chines Zhou En Lai.   Cita também o professor de Harvard Henry Kissinger.
48 – A Ciência levantou dados:  90% das ONGS no mundo foram criadas na década 2000 a 2010.  (prova a mudança brutal do mundo atual)
50 – “Quem crê na inevitabilidade do triunfo do capitalismo e da democracia deve ser desqualificado imediatamente para uma função de comando na política externa”.
51 – “Não é fácil aceitar que o mundo esteja sendo moldado por forças que não se compreendem e com as quais não se concorda”.
53 – Os modelos do tudo sob controle e tudo certinho não dá mais conta de suportar a extravagância.
53 – Haynek, que recebeu o Premio Nobel de Economia em 1974 no discurso chegou a pedir desculpa.  Na prática o máximo da economia não dava conta da dinâmica da economia e da sociedade.  Diz que a coisa é dinâmica como um jardim que precisamos sempre fazer ajustes e tudo o mais.   “Viver e pensar como jardineiros”.   Mudança sempre.
55 – Após o atentado do Onze de Setembro (2001) uma comissão de cientistas foi convocada para informar os riscos do terror.  Parecia um fla x flu da Ciência contra o fundamentalismo.   Parte das discussões tinha hora que parecia a jogar para o fundamentalismo  (mundo árabe)...  armas químicas e biológicas.
55 – Em 2006 era possível baixar na internet a receita completa da varíola.  Doença extremamente contagiosa.
57 – (Escrito em 2010).  Suposição de que em ataque, se soltasse um agente que causasse doença em massa e que abarrotasse hospitais e assim depois soltava algo mais complicado que fazia o sistema de proteção entrar em colapso.’