LIVRO : THE AGE OF THE UNTHINKABLE Parte 1/6
Autor: Joshua Cooper Ramo – (Ex Editor da Revista Time)
Fichamento
de leitura pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba –
PR (isolamento pelo corona vírus –
março de 2020)
Fala
deste leitor:
Uma fala inicial sobre o
livro cujo fichamento, devido a tantas informações de alta relevância, ficou um
tanto longo e será editado no blog por capítulos para não cansar eventual
leitor/a. O livro foi escrito por um
experiente jornalista americano que atuou como editor na Revista Time e outras
e teve contato direto com pessoas do mais alto escalão da ciência e da política
mundial e ele reúne no livro uma série de experiências em diferentes áreas e
tem como fio condutor a chamada Segurança Nacional e a política externa que tem
caráter global por se tratar de análise dos USA. Ele primeiro coleta dados de pesquisas sobre
fatos, vai montando uma linha de raciocínio, somando contatos com pessoas como
o poderoso Henry Kissinger que foi Secretário de Estado dos USA em tempo de
guerra. Contatos com Gorbatchov da então
URSS; com o secretário da defesa de Israel e outros mais. Analisa os preceitos seguidos por essas
lideranças e onde a busca de defesa não surtiram resultados positivos e muito
comumente agravaram problemas entre países.
No conjunto da obra ele, o autor, apresenta depois de um diagnóstico
muito sólido, proposições inovadoras para se viver de forma ativa e
participativa no que chamou de A Era do Inconcebível. Adianto que tem proposição que é válida para
todos nós onde estivermos. Vamos ao
fichamento.
Página 16 – Alan
Greenspan, Secretário do Tesouro americano se disse perplexo com o evento de
2008 com o estouro da bolha das hipotecas que acabou liquidando bancos,
financeiras, mercado de ações nos USA e irradiou pelo mundo, já que tudo está
interligado. Os USA tinham passado por
um tempo de desregulamentação parcial do setor achando que as coisas andariam
meio pela mão invisível segundo sua ideologia. Deu no que deu e ele era a
pessoa que cuidava do furacão se disse perplexo por ter sido pego de calça
curta. Imagina o resto do mundo.
Alan Greenspan
disse: “Passei quarenta anos ou mais
vendo indícios bastante claros de que ela (a ideologia) funcionava
excepcionalmente bem”. Até que deu no
que deu em 2008.
16 - Por que a China com o povo ganhando média de
7 dolares por dia coloca os USA numa situação de dever quase 2 trilhões de
dólares a ela em apenas uma década?
17 – Pergunta: Por que os USA sabem dos problemas do
aquecimento global e da disseminação de armas nucleares e nada faz?
O autor esteve com o
chinês que em 2007 fechou seu banco prevendo o que ocorreria em 2008 e os
americanos não perceberam nada.
Nessa época do crash o
autor estava em Beirute no Líbano.
Fez um paralelo com o
tsunami em que foi comprovado que os animais perceberam com tempo e fugiram
para lugares mais altos. Isto em
2004. O instinto funcionou. Ele disse que o ser humano vem perdendo essa
percepção natural que é uma perda importante e negativa. No caso morreram na região ao redor de
250.000 pessoas.
No Líbano, o autor passou
uns tempos pesquisando e fez contatos com pessoas do grupo Hizbollah. Cita que conversou por vezes com Fuad que
era do grupo. Na ocasião o líder era
Hassan Nasrallah. O governo americano
pediu aos seus estudiosos para estudarem o Hizbollah para se enfrentar na
Georgia.
O crash da bolsa de 2008
mostrou aos americanos que o inconcebível havia se tornado inevitável.
18 – Estamos entrando
numa era revolucionária no mundo. Sem
precedentes. ... cria uma nova ordem
global.
19 – tenta dar dicas para
nos salvarmos... O mundo até então era
mais previsível. Não é mais.
O capitalismo não resolve
os problemas. É uma idéia das elites e
das instituições internacionais. “Essas
idéias são reprovadas em ambos os testes da boa Ciência: nem preveem nem explicam o nosso mundo.
20 – Deixamos nosso
futuro nas mãos de líderes cuja principal característica é estarem desnorteadas
diante do presente. Exemplo: Guerra contra o terrorismo criou mais terrorismo.
Trata-se de uma nova
forma de pensar. É uma forma de pensar
que parte da complexidade e da imprevisibilidade. Estamos numa era revolucionaria. As pessoas tem que pensar e agir como um
revolucionário. Os grandes
estrategistas em setores os mais diversos que estão tendo sucesso tem em comum
o hábito de fugir de modelos do passado, ou melhor, de modelos com a linguagem
do passado.
27 - De 1900 pra cá, as economias duplicam a cada
35 anos. Isto é uma velocidade quatro
vezes maior do que no século anterior a 1900.
33 - Cita o filósofo chinês Mêncio.
33 – Dean Bast,
estatístico de 43 anos de idade e A Idéia.
34 – Nikita Krushchev
(foi presidente da URSS) fez profecia entre capitalismo e comunismo. “Nós vamos entrerrar vocês”.
34 – II Guerra
Mundial. 56 milhões de mortos.
34 – Estatística. Entre 1789 e 1941não houve guerra entre dois
governos eleitos democraticamente. A
Idéia do estatístico: Democracia
equivale a paz. (com base em dados do
passado)
36 – A Idéia virou Teoria da Paz Democrática
37 – George Bush (então
presidente dos USA) e a turma da Teoria da Paz Democrática. Ele comprou a idéia e entendia que os USA
teriam segurança se o resto do mundo fosse democrático por iniciativa própria
ou “obrigado” a isso. (forçado pelos USA). Tempos das relações exteriores dos USA nas
mãos da Condoleezza Rice. (me lembro
dela). Ela buscava essa prática para
mudar o mundo.
38 – Falha da Teoria da
Paz Democrática. Em 1999 o governo
eleito democraticamente na Servia e a Guerra.
Incluiu bombardeios americanos nessa guerra.
39 – As democracias são
extremamente caóticas e bagunçadas na visão do autor.
39 – Cita os USA
interferindo em democracias no Irã, Guatemala, Indonésia, Guiana e Brasil (duas
vezes aqui). Também no Chile e na Nicarágua
em quarenta anos.
40 – Finel e Lord
apontaram que apesar de características positivas das democracias, alguns
fatores poderiam ser complicadores.
Exemplo de complicadores:
imprensa livre; transparência que dificultaria negociações secretas para
contornar conflitos.
40 – Ele ressalta a
influência das idéias do alemão Morgenthau, professor nos USA sobre o tema da
paz e não paz. “o poder absoluto era a
solução para qualquer problema”. (ele
viveu a Alemanha nazista na infância e viveu uma Guerra Mundial) Ele criou um tratado, por assim dizer,
chamado A Política entre as Nações: A
luta pelo poder e a paz”. Esse balizador
dele foi aplicado às relações internacional por aproximadamente 50 anos. Propõe ser prático e não dar corda aos sonhos. Seria contra ideologias como nazismo e
comunismo (e não desaprova o
capitalismo). Diz que os sonhos teriam
levado a Hitler e a Lenin.
43 – Cita uma negociação
do Imperador Napoleão com um chefe de estado de um país inimigo. Napoleão já fraco como potencia militar. Napoleão joga o chapéu no chão esperando que
o chefe anfitrião abaixasse para pegar e o outro ignorou. Mostrou que Napoleão blefava e não tinha mais
esse poder que ele tentava passar.
44 – Morguenthau tinha
claro... tanto no caso dos homens quanto das nações só um instinto importava: o
impulso de dominar os outros.
O autor diz que mesmo
ultrapassados conceitos de Morguenthau, há uma riqueza de conteúdo que o
equipara a Maquiavel e em termos de estudo, não há como ignorar suas teorias.
46 – As forças que fazem
a história:
Luta de classes
Revoluções
Violência urbana
Guerra civil
47 – Cita o Premier
Chines Zhou En Lai. Cita também o
professor de Harvard Henry Kissinger.
48 – A Ciência levantou
dados: 90% das ONGS no mundo foram criadas
na década 2000 a 2010. (prova a mudança
brutal do mundo atual)
50 – “Quem crê na
inevitabilidade do triunfo do capitalismo e da democracia deve ser desqualificado imediatamente para uma
função de comando na política externa”.
51 – “Não é fácil aceitar
que o mundo esteja sendo moldado por forças que não se compreendem e com as
quais não se concorda”.
53 – Os modelos do tudo
sob controle e tudo certinho não dá mais conta de suportar a extravagância.
53 – Haynek, que recebeu
o Premio Nobel de Economia em 1974 no discurso chegou a pedir desculpa. Na prática o máximo da economia não dava
conta da dinâmica da economia e da sociedade.
Diz que a coisa é dinâmica como um jardim que precisamos sempre fazer
ajustes e tudo o mais. “Viver e pensar
como jardineiros”. Mudança sempre.
55 – Após o atentado do
Onze de Setembro (2001) uma comissão de cientistas foi convocada para informar
os riscos do terror. Parecia um fla x
flu da Ciência contra o fundamentalismo.
Parte das discussões tinha hora que parecia a jogar para o
fundamentalismo (mundo árabe)... armas químicas e biológicas.
55 – Em 2006 era possível
baixar na internet a receita completa da varíola. Doença extremamente contagiosa.
57 – (Escrito em
2010). Suposição de que em ataque, se soltasse um agente que causasse doença
em massa e que abarrotasse hospitais e assim depois soltava algo mais
complicado que fazia o sistema de proteção entrar em colapso.’
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