Autor: Professor Dr Jessé Souza (UFF Universidade Federal Fluminente), estudos no BR, Alemanha e USA.
Página 115 – Em 1980 funda-se o Partido dos Trabalhadores e este
acode um poncho o exlcuido. Consegue dar voz aos movimentos sociais dos mais
humildes.
Até o capital financeiro está precarizando sua mão de obra. Pior. Parte desses colaboradores passar a ser vistos como gestores de suas carreiras e ficam com o discurso do opressor.
“A competição entre a mão de obra faz quebrar a solidariedade de classe e enfraquece o trabalhador”.
O autor critica o PT no ponto em que este chama os mais bem sucedidos como trabalhadores de “nova classe média”.
115 – Pacto anti popular entre elites e classe média. Pacto com pontos racionais como preservação de privilégios e aspectos irracionais como a necessidade de distinção, ódio e ressentimento de classe.
O estudo do autor mostra que isto vem desde a década de 30. O fim da Primeira Guerra faz os países buscarem a industrialização para não depender tanto de importações. Emerge mais a indústria no Brasil da década de 30 para cá.
116 – Entre os trabalhadores imigrantes, vieram italianos anarquistas e já em 1917 houve no Brasil a primeira greve geral bem sucedida.
Essa greve foi um marco e se equipara à Comuna de Paris de 1871.
117 – Marco importante deste estudo – Anos 30. O grande divisor de água é a entrada do Estado como variável nova no Desenvolvimento. Estado Novo de Vargas. Estado Interventor e Reformador.
Vargas é resultado da coalizão das elites contra São Paulo que queria monopolizar o poder no Brasil. Vargas estrutura indústrias de bens de produção tipo energia, siderurgia, cimento, estradas. Com isto houve lastro para a iniciativa privada colocar indústrias de bens de consumo, isto mais ou menos nos anos 50.
Vargas cria também institutos de pesquisa e planejamento, além da CLT Consolidação das Leis do Trabalho.
Vargas era visto de certa forma como simpático aos trabalhadores, o que não era muito bem visto pelas elites. Vargas na Revolução de 30 derrota a elite paulista.
119 – Nosso liberalismo aqui nada tem de liberdade e autonomia. Luta contra o Estado que começa a exercer o papel de impor a lei e proteger os mais frágeis do abuso sob a forma da força ou do dinheiro.
Liberalismo nosso – usar a máquina do Estado para o mandonismo e privatismo sem peias e limites dos já poderosos.
... saquear a sociedade, tanto o trabalho coletivo quanto as riquezas nacionais, para o bolso da elite da rapina que sempre nos caracterizou.
Antes da Nova República (Estado Novo), apenas 5% do povo brasileiro votava e mesmo assim as elites tinham que fraudar eleições para se manterem no poder. “homens de bem”. (os que podiam votar)
Capítulo - A classe Média e a Esfera Pública colonizada pelo dinheiro.
124 – O filósofo alemão Habermas e a Esfera Pública (tese de 1962). ... mudança de função da imprensa. Antes era mais informativa e manipulativa no interesse do Estado.
Mudança de função da Imprensa. ... fórum apartado do Estado. ... permite a formação de uma opinião crítica... atores – burocratas, profissionais liberais, pastores, professores e comerciantes.
126 – Os cafés, os salões, os clubes literários... a institucionalização da esfera pública.
127 – A partir de 1750 ... as formas literárias dominantes... assumem características especificamente burguesas.
132 – “É apenas a exposição a argumentos opostos que pode permitir ao sujeito construir a opinião própria. Ao se expor as razões conflitantes, o sujeito é instigado a perceber sua própria inclinação e quais argumentos lhes parecem mais justos e verdadeiros”.
... convencimento refletido... objetivo de unir a verdade com a justiça. A imprensa tenta fazer isso por nós. (fala no geral, não especificamente a brasileira).
Grande imprensa. Ela tem que fazer de conta que é plural e argumentativa. Essa é a legitimação explícita.
132 – Como conciliar o acesso democrático à informação sem explicitar os interesses do privado em maximizar o lucro e explorar a mão de obra?
133 – Imprensa como opinião – diferença de imprensa como negócio.
133 – Informação...mediada, de cima para baixo, por empresas capitalistas, não necessariamente interessadas no aprendizado de seu público cativo, mas em aumentar seus lucros, como garantir o acesso plural à informação?
134 – Debate na Europa pelo acesso à informação no Pós II Guerra Mundial e a TV. Optaram por TVs Estatais de informação. TV pública não se confunde com Estatal. Luta por independência de conteúdos nas TVs públicas da Europa. Países bem sucedidos nisso: França, Alemanha, Inglaterra, Italia, Espanha e Portugal. Quando o Estado provê TV com controle social do funcionamento para não virar algo chapa branca, a coisa funciona bem. Geralmente tem Conselhos de representantes de instituições sociais para garantir o interesse público.
Assim estas ajudam no fortalecimento: da democracia e da cidadania.
Os USA e Canadá também tem seus canais de TV públicos, além dos privados.
135 – No Brasil não temos isso e a mídia manipula, capitaneada pela TV Globo, a mais forte, por sinal. Nesse aspecto somos colonizados e não alcançamos entender o que de fato ocorre em nosso meio.
“aquele tipo de racionalidade que permite a união entre a verdade e a justiça”. ... cria seres humanos facilmente influenciáveis e manipuláveis, incapazes de pensar por si mesmos”. É o que temos entre nós no Brasil.
“A Elite do Atraso construiu a esfera midiática adequada aos seus fins”. Tornaram invisível a forma de manipulação do poder que nos oprime.
“É a privatização da opinião pública que permite a privatização do Estado pelo interesse econômico”.
A nossa imprensa e a cantilena do Estado e a corrupção do Estado sendo a grande corrupção e rapina vem do poder econômico privado.
Capítulo – O Moralismo patrimonialista e a crítica ao populismo como núcleo do pacto antipopular.
138 - A classe média não é uma classe necessariamente conservadora. Também não é homogênea.
Movimento tenentista (Rio anos 20) foi o primeiro movimento de classe média contra a Velha República.
140 – Na Era Vargas (anos 30) SP que tinha o poder do dinheiro perdeu o poder político para o getulismo com apoio dos demais estados. Busca agir via opinião pública e nesse contexto se cria a USP. ...”liberalismo elitista desde então”.
140 – Temos a construção da teoria do nosso viralatismo. No contexto, o “Estado Corrupto” passa a ser o mal maior da Nação. É o que a elite incute na sociedade. Com isso a leite do dinheiro tem uma válvula de escape contra governos que não sejam do seu “interesse”. Quando querem apear alguém do poder, alegam a velha e surrada cantilena da Corrupção e derrubam quem está no poder e os incomoda.
141 – Lá atrás nos anos 20 o tenentismo já queria a higiene moral da Nação (contra a corrupção) de cima para baixo.
Esse moralismo também é visto com alguma simpatia por outras classes, mas o DNA dele é da classe média.
Até o capital financeiro está precarizando sua mão de obra. Pior. Parte desses colaboradores passar a ser vistos como gestores de suas carreiras e ficam com o discurso do opressor.
“A competição entre a mão de obra faz quebrar a solidariedade de classe e enfraquece o trabalhador”.
O autor critica o PT no ponto em que este chama os mais bem sucedidos como trabalhadores de “nova classe média”.
115 – Pacto anti popular entre elites e classe média. Pacto com pontos racionais como preservação de privilégios e aspectos irracionais como a necessidade de distinção, ódio e ressentimento de classe.
O estudo do autor mostra que isto vem desde a década de 30. O fim da Primeira Guerra faz os países buscarem a industrialização para não depender tanto de importações. Emerge mais a indústria no Brasil da década de 30 para cá.
116 – Entre os trabalhadores imigrantes, vieram italianos anarquistas e já em 1917 houve no Brasil a primeira greve geral bem sucedida.
Essa greve foi um marco e se equipara à Comuna de Paris de 1871.
117 – Marco importante deste estudo – Anos 30. O grande divisor de água é a entrada do Estado como variável nova no Desenvolvimento. Estado Novo de Vargas. Estado Interventor e Reformador.
Vargas é resultado da coalizão das elites contra São Paulo que queria monopolizar o poder no Brasil. Vargas estrutura indústrias de bens de produção tipo energia, siderurgia, cimento, estradas. Com isto houve lastro para a iniciativa privada colocar indústrias de bens de consumo, isto mais ou menos nos anos 50.
Vargas cria também institutos de pesquisa e planejamento, além da CLT Consolidação das Leis do Trabalho.
Vargas era visto de certa forma como simpático aos trabalhadores, o que não era muito bem visto pelas elites. Vargas na Revolução de 30 derrota a elite paulista.
119 – Nosso liberalismo aqui nada tem de liberdade e autonomia. Luta contra o Estado que começa a exercer o papel de impor a lei e proteger os mais frágeis do abuso sob a forma da força ou do dinheiro.
Liberalismo nosso – usar a máquina do Estado para o mandonismo e privatismo sem peias e limites dos já poderosos.
... saquear a sociedade, tanto o trabalho coletivo quanto as riquezas nacionais, para o bolso da elite da rapina que sempre nos caracterizou.
Antes da Nova República (Estado Novo), apenas 5% do povo brasileiro votava e mesmo assim as elites tinham que fraudar eleições para se manterem no poder. “homens de bem”. (os que podiam votar)
Capítulo - A classe Média e a Esfera Pública colonizada pelo dinheiro.
124 – O filósofo alemão Habermas e a Esfera Pública (tese de 1962). ... mudança de função da imprensa. Antes era mais informativa e manipulativa no interesse do Estado.
Mudança de função da Imprensa. ... fórum apartado do Estado. ... permite a formação de uma opinião crítica... atores – burocratas, profissionais liberais, pastores, professores e comerciantes.
126 – Os cafés, os salões, os clubes literários... a institucionalização da esfera pública.
127 – A partir de 1750 ... as formas literárias dominantes... assumem características especificamente burguesas.
132 – “É apenas a exposição a argumentos opostos que pode permitir ao sujeito construir a opinião própria. Ao se expor as razões conflitantes, o sujeito é instigado a perceber sua própria inclinação e quais argumentos lhes parecem mais justos e verdadeiros”.
... convencimento refletido... objetivo de unir a verdade com a justiça. A imprensa tenta fazer isso por nós. (fala no geral, não especificamente a brasileira).
Grande imprensa. Ela tem que fazer de conta que é plural e argumentativa. Essa é a legitimação explícita.
132 – Como conciliar o acesso democrático à informação sem explicitar os interesses do privado em maximizar o lucro e explorar a mão de obra?
133 – Imprensa como opinião – diferença de imprensa como negócio.
133 – Informação...mediada, de cima para baixo, por empresas capitalistas, não necessariamente interessadas no aprendizado de seu público cativo, mas em aumentar seus lucros, como garantir o acesso plural à informação?
134 – Debate na Europa pelo acesso à informação no Pós II Guerra Mundial e a TV. Optaram por TVs Estatais de informação. TV pública não se confunde com Estatal. Luta por independência de conteúdos nas TVs públicas da Europa. Países bem sucedidos nisso: França, Alemanha, Inglaterra, Italia, Espanha e Portugal. Quando o Estado provê TV com controle social do funcionamento para não virar algo chapa branca, a coisa funciona bem. Geralmente tem Conselhos de representantes de instituições sociais para garantir o interesse público.
Assim estas ajudam no fortalecimento: da democracia e da cidadania.
Os USA e Canadá também tem seus canais de TV públicos, além dos privados.
135 – No Brasil não temos isso e a mídia manipula, capitaneada pela TV Globo, a mais forte, por sinal. Nesse aspecto somos colonizados e não alcançamos entender o que de fato ocorre em nosso meio.
“aquele tipo de racionalidade que permite a união entre a verdade e a justiça”. ... cria seres humanos facilmente influenciáveis e manipuláveis, incapazes de pensar por si mesmos”. É o que temos entre nós no Brasil.
“A Elite do Atraso construiu a esfera midiática adequada aos seus fins”. Tornaram invisível a forma de manipulação do poder que nos oprime.
“É a privatização da opinião pública que permite a privatização do Estado pelo interesse econômico”.
A nossa imprensa e a cantilena do Estado e a corrupção do Estado sendo a grande corrupção e rapina vem do poder econômico privado.
Capítulo – O Moralismo patrimonialista e a crítica ao populismo como núcleo do pacto antipopular.
138 - A classe média não é uma classe necessariamente conservadora. Também não é homogênea.
Movimento tenentista (Rio anos 20) foi o primeiro movimento de classe média contra a Velha República.
140 – Na Era Vargas (anos 30) SP que tinha o poder do dinheiro perdeu o poder político para o getulismo com apoio dos demais estados. Busca agir via opinião pública e nesse contexto se cria a USP. ...”liberalismo elitista desde então”.
140 – Temos a construção da teoria do nosso viralatismo. No contexto, o “Estado Corrupto” passa a ser o mal maior da Nação. É o que a elite incute na sociedade. Com isso a leite do dinheiro tem uma válvula de escape contra governos que não sejam do seu “interesse”. Quando querem apear alguém do poder, alegam a velha e surrada cantilena da Corrupção e derrubam quem está no poder e os incomoda.
141 – Lá atrás nos anos 20 o tenentismo já queria a higiene moral da Nação (contra a corrupção) de cima para baixo.
Esse moralismo também é visto com alguma simpatia por outras classes, mas o DNA dele é da classe média.
................ continua
na fase 6/6 (ou mais um pouco...)
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