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segunda-feira, 27 de abril de 2020

RESUMO - LIVRO - A ELITE DO ATRASO - AUTOR: PROFESSOR DR JESSÉ SOUZA - CONTINUAÇÃO - ABRIL 2020


Continuação
         Página 24 – A vantagem do culturalismo racista sobre o racismo clássico é que ele não se vincula à cor da pele e até os negros americanos podem se sentir superiores, por exemplo, aos latinos e estrangeiros em geral.
         24 – Conseguem vantagens bem concretas a partir desse fato.
         24/25 – Vender esse culturalismo que nos rebaixa e nos faz sentirmos que está correto algo como a Operação Lava Jato que propiciou a rapina sobre nosso patrimônio na forma da entrega do nosso petróleo em larga escala às multinacionais.
         O povo bovinamente acredita “que é melhor entregar nossas riquezas a quem sabe melhor utilizá-las, já que outro são honestos e tem berço”.
         25 – Dentro dessa linha de racismo na forma de culturalismo que possibilita a legitimação de todo ataque contra qualquer governo popular.
         25 – “Todo racismo, inclusive o culturalismo racista dominante no mundo inteiro precisa escravizar o oprimido no seu espírito, e não apenas no seu corpo”.
         “Colonizar o espírito e as ideias de alguém é o primeiro passo para controlar seu corpo e seu bolso”.
         25 – A mídia não esclarece.  Ela reforça tudo isso na cabeça do oprimido.
         26 – A mídia retira seu poder de fogo desse reservatório de ideias dominantes e consagradas.
         Ela é limitada no seu alcance pelo prestigio que essas ideias e seus autores, que ela veicula, desfrutam na sociedade.
         26 – “Quem controla a produção de ideias dominantes controla o mundo”.    As ideias dominantes são sempre produtos das elites dominantes.     .... (elite)...    se apropriar da produção de ideias para interpretar e justificar tudo que acontece de acordo com seus interesses.
         26 –  E entra a ciência para legitimar tudo isso.    Ela estando do lado da elite...    ela oprime os mais fracos.
         27 – Após a II Guerra Mundial, os USA....   “O novo racismo culturalista americano foi implementado como Política de Estado, não foi deixado à ação espontânea de ninguém”. 
         Hollyood, ufanismo deles com bandeiras; as cores deles em tudo.  A música, etc.   Isso sem contar as “Missões de Paz” enviadas pelo mundo afora.    Além de treinar lá nos USA militares de outros países de interesse deles.
         27 – Por guerra, governo Harry Truman, o Estado colocou recursos pesados para que eles ditassem o paradigma deles como verdade universal.   Vender os USA como modelo para o mundo.  Eles perfeitos e o resto, não.  A meta seria os de fora mirarem no modelo deles.
         28 – Nossos intelectuais são escravos da nossa elite dominante e ambos são escravos do Grande Irmão (USA).
         28 – Década de 30.   Talcott Parsons, do governo Truman – implementou um engenhoso esquema na Teoria da Modernização do Mundo.    Desenharam lá nos USA o americano como sendo:
Objetivos / pragmáticos / antitradicionais / universalistas e  produtivos.
         (tudo no foco superioridade em relação aos demais povos)
         Nós aqui construindo a imagem de vira latas.   Bem dentro do jogo deles.   O Brasil construindo:
         Brasileiro pré moderno / tradicional / particularista / afetivo e tendência à desonestidade.
         Gilberto Freyre ajuda a construir isso.  Dá uma roupagem “científica” a tudo isso.
         29 – Nos anos 20, do século XX o crítico do racismo científico foi o Sociólogo alemão de vanguarda, Franz Boas.   Ele influenciou a Atropologia a chegar ao culturalismo que na verdade doura a pílula do racismo.      Gilberto Freyre embarcou nessa onda e “elevou” o Brasil ao nível da “ciência” nesse tema.  Configurou assim o “vira lata”.
         ...”procurou levar o culturalismo vira lata ao seu limite lógico”.   Ele procurou e conseguiu criar um sentimento brasileiro de identidade nacional que permitisse algum orgulho nacional como fonte de solidariedade interna.   (lembrar que estávamos novos como República e muito perto da escravidão).    
         ... “cultura única luso brasileira....   abertura ao diferente.... encontro de contrários.... com virtudes associadas ao corpo e não ao espírito”.  (ideias de Freire).
         Assim o brasileiro era:  sensualidade, emotividade, calor humano, hospitalidade...    
         30 – Diz que Darcy Ribeiro seria o último de destaque no tema que ainda defendia que o brasileiro tinha algo de “original para o mundo”.  Um pouco na linha de Freyre.
         30 – Freyre constrói um conjunto de imagens positivas do brasileiro e Sergio Buarque de Holanda parte desse trabalho e cria meio que um lado negativo.   Na versão de vira lata criada por Buarque faz com que ela se torne o porta voz oficial do liberalismo conservador   brasileiro.
         (O Bolsonaro se diz liberal na economia e conservador nos costumes)
         31 – O autor diz que Buarque regrediu em relação a Freyre que ao menos combatia o racismo científico.
         32 – E Buarque tira onda (e é aceito por 90% dos intelectuais brasileiros) de ele ter “descoberto” as razões da fraqueza nacional.
         32 – O autor explica que Buarque emplacou o termo patrimonialismo para o Brasil.      “O patrimonialismo defende que o Estado no Brasil é um alongamento institucionalizado do homem cordial e é tão vira lata quanto ele, abrigando elites que roubam o povo e privatizam o bem público”.  
         32 – As teorias de Buarque vem com jeito de crítica radical e faz sucesso em 360 graus.      “O Estado patrimonialista seria a principal herança do homem cordial e o maior problema nacional”.
         32 – Essa do Buarque de ancorar sua tese no “homem cordial” torna invisíveis todos os nossos conflitos reais...   (não toca em luta de classes, etc)
         33 – “Está criada a ideologia do vira lata brasileiro.
         33 – Endeusa como superiores os americanos e europeus.  Por outro lado, os americanos criam a bolha das hipotecas de 2008, logo eles os “não corruptíveis” e honestos...    Os danos se espalharam pelo mundo afora.
         33 – No Brasil quem tem acesso a relações pessoais importantes é quem já tem capital econômico ou capital cultural sob alguma forma.
         33 – E são essas pessoas que conseguem esse “link” com a elite que esconde os mecanismos sociais que tornam invisíveis a exclusão social, a pobreza.
         Buarque – sua análise é totalizante.   Explica tudo.  (ele é pai de Chico Buarque.   Pai liberal e filho socialista).
         Para Buarque pai, Sergio, o Estado é a Geni em quem todos tem que atirar pedras.   Por tabela, ele endeusa a iniciativa privada.   (justo a que achaca o estado e deixa como gorjeta a propina a certos políticos).
         34 – O autor cita outra “vaca sagrada” da Sociologia que faz a cabeça de setores da sociedade.   Raymundo Faoro.
         “Buarque, ao localizar a “elite maldita” no Estado, torna literalmente invisível a verdadeira elite rapina do Brasil que se encontra no Mercado”.  Aí surge a animosidade entre o mercado Santificado e o Estado Cruel e inimigo da Nação.  
         Assim, deixa os rapinas invisíveis, fora da briga, justo os que corrompem e levam o dinheiro grosso do Estado e da Nação.
         34 – Ambiente para golpe de estado com base em “corrupção seletiva” a mando da elite do capital ocorreu no Brasil recente inclusive.
         35 – Discípulos de Faoro:   FHC, Roberto DaMatta, etc.
         O autor, Jessé Souza, afirma que ele é o primeiro pesquisador a desmontar aqui as narrativas de Freyre, Buarque, Faoro...
         Nas nossas universidades o estudo se pauta nos “vacas sagradas” já citados – Freyre, Buarque, Faoro, etc.
         ...”que ensinam o jovem a (não) perceber e a (não) compreender os reais problemas brasileiros.
         36 – Isso tudo que deu suporte ao Golpe de 2016  no Brasil e tirou a presidente Dilma do poder.
         38 – Capítulo:    O mundo que a escravidão criou.

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