Continuação
Página
24 – A vantagem do culturalismo racista sobre o racismo clássico é que ele não
se vincula à cor da pele e até os negros americanos podem se sentir superiores,
por exemplo, aos latinos e estrangeiros em geral.
24 –
Conseguem vantagens bem concretas a partir desse fato.
24/25
– Vender esse culturalismo que nos rebaixa e nos faz sentirmos que está correto
algo como a Operação Lava Jato que propiciou a rapina sobre nosso patrimônio na
forma da entrega do nosso petróleo em larga escala às multinacionais.
O povo
bovinamente acredita “que é melhor entregar nossas riquezas a quem sabe melhor
utilizá-las, já que outro são honestos e tem berço”.
25 –
Dentro dessa linha de racismo na forma de culturalismo que possibilita a
legitimação de todo ataque contra qualquer governo popular.
25 –
“Todo racismo, inclusive o culturalismo racista dominante no mundo inteiro
precisa escravizar o oprimido no seu espírito,
e não apenas no seu corpo”.
“Colonizar
o espírito e as ideias de alguém é o primeiro passo para controlar seu corpo e
seu bolso”.
25 – A
mídia não esclarece. Ela reforça tudo
isso na cabeça do oprimido.
26 – A
mídia retira seu poder de fogo desse reservatório de ideias dominantes e
consagradas.
Ela é
limitada no seu alcance pelo prestigio que essas ideias e seus autores, que ela
veicula, desfrutam na sociedade.
26 –
“Quem controla a produção de ideias dominantes controla o mundo”. As ideias dominantes são sempre produtos
das elites dominantes. .... (elite)... se apropriar da produção de ideias para
interpretar e justificar tudo que acontece de acordo com seus interesses.
26
– E entra a ciência para legitimar tudo
isso. Ela estando do lado da
elite... ela oprime os mais fracos.
27 –
Após a II Guerra Mundial, os USA.... “O
novo racismo culturalista americano foi implementado como Política de Estado,
não foi deixado à ação espontânea de ninguém”.
Hollyood,
ufanismo deles com bandeiras; as cores deles em tudo. A música, etc. Isso sem contar as “Missões de Paz” enviadas
pelo mundo afora. Além de treinar lá
nos USA militares de outros países de interesse deles.
27 –
Por guerra, governo Harry Truman, o Estado colocou recursos pesados para que
eles ditassem o paradigma deles como verdade universal. Vender os USA como modelo para o mundo. Eles perfeitos e o resto, não. A meta seria os de fora mirarem no modelo
deles.
28 –
Nossos intelectuais são escravos da nossa elite dominante e ambos são escravos
do Grande Irmão (USA).
28 –
Década de 30. Talcott Parsons, do governo
Truman – implementou um engenhoso esquema na Teoria da Modernização do Mundo. Desenharam lá nos USA o americano como
sendo:
Objetivos / pragmáticos / antitradicionais /
universalistas e produtivos.
(tudo
no foco superioridade em relação aos demais povos)
Nós
aqui construindo a imagem de vira latas.
Bem dentro do jogo deles. O
Brasil construindo:
Brasileiro
pré moderno / tradicional / particularista / afetivo e tendência à
desonestidade.
Gilberto
Freyre ajuda a construir isso. Dá uma
roupagem “científica” a tudo isso.
29 –
Nos anos 20, do século XX o crítico do racismo científico foi o Sociólogo
alemão de vanguarda, Franz Boas. Ele
influenciou a Atropologia a chegar ao culturalismo que na verdade doura a
pílula do racismo. Gilberto Freyre
embarcou nessa onda e “elevou” o Brasil ao nível da “ciência” nesse tema. Configurou assim o “vira lata”.
...”procurou
levar o culturalismo vira lata ao seu limite lógico”. Ele procurou e conseguiu criar um sentimento
brasileiro de identidade nacional que permitisse algum orgulho nacional como
fonte de solidariedade interna.
(lembrar que estávamos novos como República e muito perto da
escravidão).
...
“cultura única luso brasileira....
abertura ao diferente.... encontro de contrários.... com virtudes associadas
ao corpo e não ao espírito”. (ideias de
Freire).
Assim
o brasileiro era: sensualidade, emotividade, calor humano, hospitalidade...
30 –
Diz que Darcy Ribeiro seria o último de destaque no tema que ainda defendia que
o brasileiro tinha algo de “original para o mundo”. Um pouco na linha de Freyre.
30 –
Freyre constrói um conjunto de imagens positivas do brasileiro e Sergio Buarque
de Holanda parte desse trabalho e cria meio que um lado negativo. Na versão de vira lata criada por Buarque
faz com que ela se torne o porta voz oficial do liberalismo conservador brasileiro.
(O
Bolsonaro se diz liberal na economia e conservador nos costumes)
31 – O
autor diz que Buarque regrediu em relação a Freyre que ao menos combatia o racismo
científico.
32 – E
Buarque tira onda (e é aceito por 90% dos intelectuais brasileiros) de ele ter
“descoberto” as razões da fraqueza nacional.
32 – O
autor explica que Buarque emplacou o termo
patrimonialismo para o Brasil.
“O patrimonialismo defende que o Estado no Brasil é um alongamento
institucionalizado do homem cordial e é tão vira lata quanto ele, abrigando
elites que roubam o povo e privatizam o bem público”.
32 –
As teorias de Buarque vem com jeito de crítica radical e faz sucesso em 360
graus. “O Estado patrimonialista
seria a principal herança do homem cordial e o maior problema nacional”.
32 –
Essa do Buarque de ancorar sua tese no “homem cordial” torna invisíveis todos
os nossos conflitos reais... (não toca
em luta de classes, etc)
33 –
“Está criada a ideologia do vira lata brasileiro.
33 –
Endeusa como superiores os americanos e europeus. Por outro lado, os americanos criam a bolha
das hipotecas de 2008, logo eles os “não corruptíveis” e honestos... Os danos se espalharam pelo mundo afora.
33 –
No Brasil quem tem acesso a relações pessoais importantes é quem já tem capital
econômico ou capital cultural sob alguma forma.
33 – E
são essas pessoas que conseguem esse “link” com a elite que esconde os
mecanismos sociais que tornam invisíveis a exclusão social, a pobreza.
Buarque
– sua análise é totalizante. Explica
tudo. (ele é pai de Chico Buarque. Pai liberal e filho socialista).
Para
Buarque pai, Sergio, o Estado é a Geni em quem todos tem que atirar pedras. Por tabela, ele endeusa a iniciativa
privada. (justo a que achaca o estado e
deixa como gorjeta a propina a certos políticos).
34 – O
autor cita outra “vaca sagrada” da Sociologia que faz a cabeça de setores da
sociedade. Raymundo Faoro.
“Buarque,
ao localizar a “elite maldita” no Estado, torna literalmente invisível a
verdadeira elite rapina do Brasil que se encontra no Mercado”. Aí surge a animosidade entre o mercado
Santificado e o Estado Cruel e inimigo da Nação.
Assim,
deixa os rapinas invisíveis, fora da briga, justo os que corrompem e levam o
dinheiro grosso do Estado e da Nação.
34 –
Ambiente para golpe de estado com base em “corrupção seletiva” a mando da elite
do capital ocorreu no Brasil recente inclusive.
35 –
Discípulos de Faoro: FHC, Roberto
DaMatta, etc.
O
autor, Jessé Souza, afirma que ele é o primeiro pesquisador a desmontar aqui as
narrativas de Freyre, Buarque, Faoro...
Nas nossas universidades o estudo se pauta
nos “vacas sagradas” já citados – Freyre, Buarque, Faoro, etc.
...”que ensinam o jovem a (não)
perceber e a (não) compreender os reais problemas brasileiros.
36 –
Isso tudo que deu suporte ao Golpe de 2016
no Brasil e tirou a presidente Dilma do poder.
38 –
Capítulo: O mundo que a escravidão
criou.
........................................................ CONTINUA....................
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