CAP. 20/22
Anita percebe que está ansiosa para voltar para a Índia para
rever Karan, um dos seus enteados, por quem tem uma grande atração.
Um amor impossível e uma traição ao seu marido, se
concretizado.
Brinda, que se casou com o herdeiro de Kapurthala, recebe
uma carta informando que seu jovem militar, que foi sua paixão na Europa,
morreu em combate em 1917. Ela então
entende que fez a coisa certa retornando na ocasião para se casar na Índia.
O marajá entrega uma carta a Anita na qual a Inglaterra
reconhece ela como esposa dele. Mas o
documento faz ressalvas. Ela não poderia
estar em eventos sociais com o Vice Rei e os governadores britânicos da Índia.
Por outro lado, ela pode estar presente quando o presidente
da França visitou seu castelo em Kapurthala.
Muitos conflitos entre os filhos do marajá, ao ponto de
Karan cogitar de ir embora. Anita
chegava a sonhar em ir também com ele.
O marajá está tratando do casamento (arranjado) de Karan com
a filha de um príncipe sique. Ele fica
uma fera e diz que vai se casar no estilo europeu com quem ele próprio escolher
ou prefere ficar solteiro.
Anita apaixonada por Karan – seu enteado. “Às vezes sonha em fugir, mas não é dona de
sua vontade”.
“É como uma represa cheia de água e prestes a explodir”.
Estão na mansão do marajá em Paris. Um dia acontece de Anita e Karan estarem a
sós e tudo acontece. “Agora o passo é
dado e é irreversível”. “O amor triunfa à custa da fraqueza humana”.
Tempos em que Gandhi vai crescendo com sua militância pela
liberdade do povo da Índia. O slogan que
usa contra o Império: “Não cooperação”.
Boicotar tudo que é britânico: colégios, tribunais, honrarias.
Brinda no terceiro parto, três meninas. E nada de herdeiro para ser o sucessor. E ainda por cima, ela teve um parto
complicado no qual ficou constatado que ela não poderia mais engravidar.
Anita e Karan passam a se encontrar na ruina de um templo
hindu milenar, tomado por mato. “Entre
as pedras milenares do santuário esquecido experimentam o amor várias vezes,
como o fruto criminoso de uma terra muito quente, e com um medo surdo às consequências
de seu terrível ato.”
A babá Dalima dá o alerta à patroa sobre o que desconfiam os
criados ao ver o casal amante por perto de tal templo abandonado.
... percebe que só o que pode fazer é deixar-se levar pela
corrente.
Ano de 1920. Anita
em Londres e visitando seu filho, agora com quinze anos. Preocupada com o que ele pensaria se
estourasse o escândalo do caso dela com Karan.
O filho de Anita conta a ela que o tio Karan o visitou e
disse que vai morar em Londres... Ela
fica numa grande expectativa.
Em Londres, comitiva do marajá em Hotel. Anita em quarto separado. Consegue permissão do marido para ir com
Karan numa casa de jazz. Sem Anita e
Karan saber, há um espião do marajá seguindo os passos deles.
Numa noite, o espião “entrega” o casal junto no quarto de
Karan. A casa caiu.
No outro dia o marajá ordenou ao seu advogado que
providenciasse o divórcio. Só não
mandou direto Anita para a Espanha sem dinheiro e sem pensão por conselho do
amigo do casal, o advogado Ali Jinnah, muçulmano que mais adiante foi o
fundador do Paquistão. (os muçulmanos
admitem o homem ter várias esposas mas na condição de nunca deixar faltar nada
materialmente a ela e filhos do casal).
O argumento do amigo é que dar a Anita uma pensão adequada
evitaria um escândalo para o marajá frente o seu povo.
Como flagraram Karan e Anita no quarto dele, ambos com a
mesma roupa que saíram passear, o amigo advogado disse que não havia prova de
que houve algo ali entre ambos e que Karan disse ao pai que era apenas uma conversa
de amizade.
No outro dia o marajá só tomou a providência de mandar Karan
de volta à Índia.
Diante do flagrante, o marajá dá duas ordens a Karan. Primeira é que ele retorne à Índia de
imediato. Segundo, que ele não pise mais
no castelo do pai até segunda ordem e que passe a cuidar dos negócios da
família em Oudh onde eles tem terras.
Ele como príncipe tem uma porção de privilégios e obedece o
pai até para manter seu status. Caso
resolvesse viver com sua profissão, abrindo mão dos privilégios, poderia viver
num padrão mais baixo, mas conduzido por suas ideias.
Ele optou pela obediência e com esta, pela manutenção do
status.
O pai arremata: Você
se casará em setembro. Começaremos a
preparar o casamento assim que voltar da viagem. O marajá retorna com Anita dias depois de
Karan.
Capítulo 21/22