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sábado, 10 de outubro de 2020

CAPÍTULO 8/20 - FICHAMENTO - LIVRO - O MUNDO ATÉ ONTEM - Autor: Geógrafo americano Jared Diamond

 CAP 8                 ....................  outubro/2020

          Os da tribo !Kungs – mulher se retira e se isola para o parto sozinha na mata e tem a atribuição de inspecionar o bebê na hora que nasce para saber se não tem deficiência física, etc.   Se achar defeito, por tradição, estrangula-o antes mesmo que a comunidade o veja.    A criança no momento que nasce, ainda não é considerada como um ser.  Só será ao receber um nome e ser apresentada à tribo.   Questão da cultura tribal.      Por sacrificarem um de gêmeos, na tribo não crescem crianças gêmeas.

         227 – Média de idade de desmame em sete tribos estudadas é de 3 anos, até porque eles não tem outro tipo de leite ou comida para as crianças que não seja o leite materno.

         227 – “Os estudos mostram que quanto mais tarde as crianças !Kung forem desmamadas, elas tem mais chance de chegar à idade adulta”,

         228 -  Ainda nos !Kung.  O trauma do desmame aos 3 a 4 anos.  Muitas vezes para dar lugar ao irmãozinho que nasce.   A criança sofre um bocado; chora e grita por uns tempos.   Muitos idosos de mais de 70 anos se lembram do trauma que tiveram na própria desmama.

         230 – Explica os mecanismos que “impedem a mulher tribal” que amamenta com frequência, de engravidar no período de amamentação.   E a diferença entre a mulher de padrão civilizado que engravida mesmo amamentando.   Dois fatores fazem a diferença.    A mulher tribal amamenta com enorme frequência, à vontade da criança que mama inclusive dormindo junto com a mãe e esta dormindo também.

         O organismo tem um teor de gordura que estando baixo, a mulher não ovula.   Mas a mulher  moderna que não amamenta, se o faz, faz em intervalos maiores e se alimenta bem, elevando o teor de gordura e desencadeia ovulação.

         232 – A mãe morcego carrega sua cria agarrada à barriga mesmo quando está voando e a cria mama à vontade.

         233 – Criança no carrinho voltada para trás, sem ver o horizonte que a mãe vê caminhando.   Faria diferença no desenvolvimento neuromotor da criança.    A criança na posição deitada no carrinho também não é a melhor.

         A criança pendurada adequadamente na frente da mãe e voltada para frente seria o certo.   A criança partilha o mundo à sua volta.   Isto é usado pelos !Kung e seria um dos métodos mais avançados para o desenvolvimento neuromotor da criança.

         240 – Deixar chorar?     O autor disse que há 50 anos viveu na Alemanha.   Os pais eram mais de deixar a criança chorar se sabiam que estavam sem dor.  Diziam que era para desenvolver a “autossuficiência” e o “amor pela ordem”, ou seja, obedecer ao desejo dos outros.

         Pais alemães achavam que certos povos “estragam” as crianças, que ficam mimadas.

         Os pais americanos e ingleses das décadas de 20 a 50 seguiam mais ou menos o sistema alemão de então.

         240 – Punição Física.   Varia de geração em geração numa mesma cultura e de povo para povo.   Há casos de alternância numa família.  Uma foi educada com castigo e quando adulta, educa os filhos sem castigo e esta quando adulta, vai castigar os filhos.

         243 – A Suécia proíbe surra em criança.

         Muitos pais americanos cristãos evangélicos são adeptos de bater nas crianças.     (alguns preceitos bíblicos ao pé da letra levam a isso)

         243 – Atenienses e espartanos.   Atenas – crianças livres e não eram castigadas.  Esparta, criança apanhava dos pais e era aceito que apanhassem até dos outros adultos.

         247 – A Autonomia das Crianças.

         251 – Grupos de Recreação Multi Etários.

         Nas sociedades industriais, jovens solteiros quando pais solteiros não tem chance de lidar com crianças.  Já os tribais, por conviverem em comunidade, lidam com crianças das diferentes idades e quando assumem o papel de  pais, estão mais preparados.

         O autor se tornou pai aos 49 anos de idade e viu uma mãe tribal de 14 anos que já tinha um filho e traquejo para se desincumbir, tirando de letra, as tarefas de mãe.

         254 – Brincadeiras Infantis e Educação

         As crianças tribais ficaram admiradas ao saber que os povos industriais, as crianças são treinadas em “aulas” até para ensiná-las a brincar.    Onde a rua é perigosa e a criança fica isolada em casa.

         260 – Incentivar as crianças a inventarem seus próprios brinquedos.  Comum nas tribos.

         261 – O autor tem trabalhado com grupos de guineenses nos últimos 49 anos.    O que chama a atenção dos ocidentais nessas tribos:    ...”ficamos impressionados com a segurança emocional, a autoconfiança, a curiosidade e a autonomia dos indivíduos das sociedades de pequena escala, não apenas como adultos, mas desde crianças.”

         261 – Tribal -  sempre interagindo entre si e se tornam craques em relações interpessoais.   Nada de ficar isolado vendo TV, vídeo game, internet, celular, leitura, etc.

         “Ficamos perplexos com o desenvolvimento precoce de habilidades sociais em suas crianças”.    (inclui elas escolherem com que e como brincar, não com nossas escolhas e também interagem com grupos de diferentes idades).

.................. continua no capítulo 9/20.................  

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

CAPÍTULO 7/20 - FICHAMENTO - LIVRO - O MUNDO ATÉ ONTEM - Autor: Geógrafo americano - JARED DIAMOND outubro 2020

 CAP 7

          Página 204 – continua sobre a II Guerra Mundial...   “Hitler escreveu e falou sobre a necessidade de a Alemanha adquirir lebensraum (espaço vital) a leste.  Daí a invasão da Polônia e depois a Rússia...”

         204 – O estudo mais abrangente sobre causas de guerra – por Carol e Melvin Ember, que usaram amostra 186 sociedades.     “Os autores interpretam esse achado como significando que as pessoas entram em guerra para tomar recursos (especialmente terras) de seus inimigos, protegendo-se assim, de imprevisíveis insuficiências de recursos no futuro”.      

         205 – Fala inclusive em tribo que faz guerra também para adquirir uma reputação de belicosidade e assim não animar adversários a ataca-lo.

         208 – O meteorologista Richardson – causa das guerras, período de 1820 a 1949.   Estudo de 129 anos.  No período a Inglaterra e França, cada uma fez média de 20 guerras.   No período, Suiça, 1.  Suécia, zero.

         212 – Emoções humanas.  Amor, raiva, tristeza, medo ao lado de vingança.   As sociedades desestimulam a vingança como algo primitivo.

         214 – Ordem para matar.   Nos tempos atuais a pessoa passa 18 anos da vida indo à igreja semanalmente e há o mandamento:  Não matarás.  Aí entra para as Forças Armadas e recebe o treinamento e vai para a guerra com ordem para matar.

         “Aqueles que matam acabam sofrendo uma duradoura síndrome de estresse pos-traumático – como ocorre hoje, por exemplo, com cerca de um terço dos soldados americanos que serviram no Iraque ou  no Afeganistão.”

         215 – Narra o ódio dos americanos pelos soldados japoneses.   (O Cientista americano Noam Chomsky em seu livro O Poder Americano e seus Mandarins coloca a guerra contra os japoneses na II G.Mundial no contexto de USA e Inglaterra terem estrangulado as fontes de suprimento e expansão comercial de Japão e Alemanha e não deixou a ao Japão outro caminho que não fosse a guerra).    Chegaram tributar em até 100% produtos japoneses antes da guerra em si e dificultaram ao máximo o suprimento de matérias primas do mesmo.

         217 – Parte 3 – Jovens e Velhos    - Capítulo 5

         Educando as Crianças.     Página 220 -  Estudar uma tribo e não estudar só as crianças para não ficar algo incompleto.   Uma razão, porque as crianças podem ser quase a metade da tribo e outra que elas estão se “fazendo” para serem os adultos de amanhã.

         Ele diz que geralmente jovens pesquisadores vão a campo e ainda não são pais e não conhecem bem os mecanismos de se comunicar com as crianças.    Essa bagagem faria falta ao pesquisador jovem.

         221 – Crianças educadas pelo Estado.   Não brincam com as de idades diferentes; não brincam com os pais; tem proteção do Estado e polícia e não da família, etc.

         Os estudos para se aplicar à educação infantil são baseados em países poucos que não representam a diversidade global.

         221 – Volta a citar os estudos baseados nas sociedades WEIRD – Ocidentais, Educadas, Industriais, Ricas e Democráticas.   Estas que são pouco representativas da diversidade do mundo.

         223 – Parto.      225 – Infanticídios.    Se houver na tribo em foco partos muito próximos e ter que amamentar dois bebês e carregar ambos entre os caçadores coletores que são nômades, fica inviável.   Há tribos nômades que sacrificam uma das crianças para suportar amamentar uma e carrega-la nas andanças pela sobrevivência.  Os casos em que isso ocorre, geralmente envolve parto de gêmeos; parto de criança fraquinha ou com defeito; parto de mulher que perde o marido.

         A luta é pela sobrevivência e envolve deslocamentos constantes.

         A maioria das tribos optam por preservar os meninos.    Estudo mostrou que numa certa tribo, morrem 14% dos meninos e 23% das meninas.

         226 – China e Índia, preferência por filhos homens.   Agora que a ciência tem como saber o sexo do feto, abortam mais filha.

 

            Continua no capítulo 8/20

CAPÍTULO 06/20 - FICHAMENTO - LIVRO - O MUNDO ATÉ ONTEM - Autor: Geógrafo americano - Jared Diamond - outubro 2020

 

CAP 6 

         Página  190 -  Efeito do Contato com Europeus

         191 – Os Maoris se estabeleceram no passado remoto na Nova Zelândia mais ou menos no ano 1.200 depois de Cristo.

         194 – O estudioso vai a campo e não quer mostrar o “seu” povo (o objeto do seu estudo) como um povo mau.  Como quem faz guerra.

         195 -  Estados abandonam as tribos.      ...”fazendo vistas grossas ao seu extermínio”.   (assistimos isto inclusive com os índios no Brasil)

         Se os estudiosos caracterizam uma tribo como belicosa está “justificando” a ação do Estado de abandonar essa tribo ao deus dará.

         Mesmo que sejam belicosos.... “a razão é que é injusto maltratá-los”.

         “Os direitos de povos indígenas devem ser afirmados e defendidos com base em princípios morais e não por meio de afirmações falsas suscetíveis de refutação”.

         196 – Chimpanzés e a guerra.   Número de mortos por 10.000 indivíduos.    35 por 10.000, ou 0,36%.   É um índice semelhante ao de tribos humanas tradicionais.

         196 – Os bonomos (um tipo de macacos) ou “chimpanzés pigmeus” não são de fazer guerra.

         198 – Os Sirionos da Bolívia vivem tão isolados que nem dá para se pensar em guerra tribal.

         199 – Exemplo de tribos pacíficas – os pigmeus africanos.

         199 -  Na década de 1950, os britânicos recrutaram pessoas da tribo dos Semangs (povo pacífico) para ajudar a abater os comunistas na Malásia.  Esses recrutados “mostraram grande entusiasmo em matar”. 

         “É igualmente infrutífero discutir se os humanos são intrinsecamente violentos ou intrinsecamente cooperativos.   Todas as sociedades humanas praticam tanto a violência quanto a cooperação; o traço que parece predominar depende das circunstâncias”.

         199 – Motivos Para a Guerra Tradicional

         Comumente as sociedades tradicionais vitoriosas obtem muitos benefícios.

         199 – Obter – alimentos; áreas de caça; áreas de pesca; mulheres; minas de sal; prestígio, etc.

         200 – Por quê a guerra tribal.   A resposta mais comum é vingança.

         200 – A origem da treta que gera morte e vingança mais comum entre tribos da Nova Guiné são mulheres e porcos.

         Os Ianomamis da Amazonia também colocam as mulheres como a mais relevante causa de disputas tribais.

         200 – Guerra de Troia, teria sido por causa de Helena, esposa de Menelau, disputada por Páris, filho do Rei Príamo.

         Nova Guiné – porco não é só fonte de proteína.   “São a principal moeda de riqueza e prestígio e, por serem componentes essenciais do preço de uma noiva, são conversíveis em mulheres”.

         Porcos se desgarram e são fáceis de serem roubados.  Daí conflitos frequentes.     Para os guineenses, vacas e cavalos também tem essa de moeda de troca.    Lembrado que eles não usavam o dinheiro convencional.

         201 – De tribos canibais, cita várias partes do mundo, inclusive os índios Caraibas do Brasil.

         202 – Até magia/feitiçaria é motivo de guerra tribal.   Achar que alguém da outra tribo (um bruxo)  seria causador de alguma doença ou desgraça ao inimigo.    Achar que somos “bons” e os adversários é que são maus, ou mesmo, não humanos.

         202 – Razões Últimas.

         203 – O Motivo micro que desencadeou a Primeira Guerra Mundial.   Em Saravejo, dia 28-06-1914.   Assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando, pelo nacionalista sérvio Gavrilo Princip.     Ferdinando era o herdeiro do trono do Império Habsburgo.

         204 -  O mais amplo motivo.   O sistema de alianças de então, o nacionalismo, ameaças de dois impérios multiétnicos.  O Império Habsburgo e o Império Otomano.   Disputas....   “e o crescente poder econômico da Alemanha”.

 

.................. continua no capítulo 7/20

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

CAPÍTULO 05/20 - FICHAMENTO - LIVRO - O MUNDO ATÉ ONTEM - Autor: Geógrafo americano Jared Diamond - outubro-2020

 

CAP 5

         Sobre a dieta incorreta, o autor cita que o grande músico Juan Sebastian Bach no retrato aparece de rosto e mãos inchadas, supostamente por diabete, o que ocasionou inclusive a perda gradativa da visão dele.

         155 -  Guerras tribais.  Aldeias são pilhadas e queimadas e a violência atinge inclusive mulheres e crianças.

         157 – As guerras e as ligações com o hábito de dar satisfação aos ancestrais.   “Desafio para uma batalha foi feito por um lado e aceito pelo outro”.   As armas rudimentares dos nativos não são tão letais.   Uma guerra citada, com 400 guerreiros no embate e ao fim do dia, vinte feridos e até caçoadas dos adversários.

         157 – Batalha com dia marcado, que pode ser aceita ou não.  Se começar e depois vier chuva, para a batalha.

         163 – De todas as lutas de abril a setembro de 1961 resultaram onze mortes.

         163 – Ataque de 11-09-2001 às Torres gêmeas de NY resultou em 2.996 mortos numa só vez.     (eu, leitor, chamo aquele ataque de Revide)

         165 – Capítulo 4 - Um capítulo mais longo sobre muitas Guerras.

         Sempre lembrando que a Nova Guiné é a segunda maior ilha do mundo e fica na proximidade da Austrália, portanto não é na África.

         170 – Havia até no século XX em Nova Guiné a prática do canibalismo.

         173 – Nativos morarem em penhascos de difícil acesso para se defender de inimigos humanos e animais.   Nessa condição, fica difícil eles terem acesso à água que tem que ser transportada com dificuldade, penhasco acima.

         Já nas cavernas há pinturas milenares com cenas de guerras com arcos, flechas, clavas, etc.  Guerras, caçadas.

         174 – Faziam guerras navais com navios de guerra, os povos antigos de certas regiões entre alguns Estados já existentes por volta de 3.000 anos antes de Cristo.

         176 – Honduras x El Salvador.   Já houve luta armada por ocasião de disputa de vaga para a copa do Mundo de 1970.  Os dois países já andavam de rusgas e na perda da vaga, houve alguns atos de guerra passageiros.

         177 – Taxa de mortalidade em guerras tribais.   Em geral agricultores se fixam no local e fazem investimentos, tipo armazéns, sistema de irrigação, etc. para permanecerem com suas lavouras e criações.   Há portanto um patrimônio a ser defendido.     Por isso, mais propensos à guerra até para defender o patrimônio.   Já os caçadores coletores em geral são nômades e ficam migrando e há menor chance de guerra.

         Em uma série de estudos com dezenas de tribos, os autores constataram quatro vezes mais mortes entre tribos de agricultores do que de nômades caçadores coletores.

         178 – Índice de mortes em guerra no século XX.  Principais: Alemanha e Rússia.   0,16% e 0,15% da população da época dos respectivos por grupos de 10.000 pessoas.  Ou seja, 16:10.000 e 15:10.000

         O Império Asteca era bastante sanguinário.   Atingia índice de 0,25% ou 25 mortos para cada 10.000 habitantes.    Império que depois foi detonado pelos Imperialistas espanhóis.

         181 – Romanos usavam como uma das armas, catapultas que lançavam projeteis até 800 m de distância, o que era uma proeza para a época.

         181 -  A Primeira Guerra Mundial – Alemanha – tinha canhões (o Big Besther) que alcançava 110 km e que podia alcançar Paris a partir de onde estavam alojados.

         182 – Estudos revelaram que nas duas Guerras Mundiais, aproximadamente 50% dos soldados tinham dificuldade de ter que acertar o adversário por tirar a vida de outro ser humano.

         186 – Na guerra de Estados há exército profissional e busca dizimar o exército adversário.   Poupar civis e bens que podem ser apossados pelo vencedor.   Pode manter adversários presos, alimentá-los e ter o que fazer com eles.    Já os tribais não tem como prender e alimentar adversários e os que perdem a guerra são abatidos.

         Há 5.000 anos, Estados da Mesopotâmia em guerra e soldados cegaram os inimigos presos para depois eles colocarem esses prisioneiros para executar trabalhos escravos possíveis para cego.   Tecelões, etc.

         187 – Napoleão invadiu a Russia em 1812 com 600.000 soldados, um número bastante elevado para os padrões da época.   Eram ao redor de 10% da população da França de então.

         189 – “Todos os homens admitiam que sentiam medo quando lutavam”

         O caso de policiais australianos botando ordem nas tribos da Nova Guiné.   Destruiam armas como lanças, etc.   Compravam um porco da tribo e abatiam a tiro em local público para os nativos verem que as armas de fogo dos policiais eram pra valer.

         Essas e outras, fizeram com que os nativos respeitassem a novidade de terem um Estado impondo a ordem e passaram a fazer menos guerra.

         Continua no capítulo 6/20...............................

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

CAPÍTULO 4/20 - FICHAMENTO - LIVRO - O MUNDO ATÉ ONTEM - Autor: Geógrafo americano Jared Diamond. outubro/2020

 CAP 4 

         Página 130 – Na Nova Guiné se alguém atropela e mata alguém no trânsito, vai a julgamento e o réu é obrigado a indenizar a família da vítima.    Comumente o réu não tem recursos para tal e é da tradição da tribo ajudar angariar o recurso necessário.

         No caso de haver Estado, fica distribuído o ônus aos que pagaram seguro, via seguradora e esta é a solução usual no mundo moderno.

         133 -  Os índios Navajos dos USA.   São de uma das duas maiores nações indígenas do país.

         134 – Justiça geralmente demora, mesmo nos USA, onde pode demorar mais de cinco anos.   Além de ser cara.

         Já num caso específico de atropelamento com morte na Nova Guiné, tudo foi resolvido em cinco dias.   Houve ação de mediadores informais, proposta de compensação à família da vítima, negociação e chegaram a um acordo.   Envolveu bens e um pedido formal de desculpas num clima sob controle com o respeito ao mediador.

         O autor destaca a dor emocional da família de uma vítima fatal do trânsito, quando a pendência judicial demora mais de cinco anos sem solução e isso prolonga a dor dos familiares.

         135 – Nos USA (terra do autor), nem sempre é o perdedor da causa que paga os honorários do advogado.   Comumente a parte mais fraca em termos financeiros, mesmo tendo um advogado, se sente pressionada pela outra parte forçando um acordo não justo, sob pena da parte mais forte usar seu cacife financeiro e continuar a pendência ao longo de anos, com ônus.

         135 – Em geral é comum a justiça estatal focar só nos danos, deixando de lado o emocional da coisa.    Se o fato é um crime, o desfecho legal é a prisão e condenação do réu para dar satisfação à comunidade.  A família da vítima não tem outro amparo.   Caso ela possa e queira entrar com um processo na área Cível e brigar por uma indenização tipo danos morais, etc. é outra jornada à parte e não é usual nos USA.

         136 – O autor fala na justiça ocidental moderna e os ressentimentos.  Exemplo:   Caso de herança e a divisão.   Uma forma de evitar briga judicial longa e causadora de mais ressentimentos, há a alternativa de se contratar um Mediador profissional.    Este inclusive evita contatos diretos entre as partes.   Tende a ser menos traumático, mais rápido e menos oneroso.

          “O propósito da punição administrativa pelo Estado é fomentar a obediência às leis, e manter a paz dentro do Estado.   Uma sentença de prisão imposta pelo Estado a um criminoso não indeniza a vítima pelos danos sofridos, nem pretende fazê-lo”.        (notar que aqui no Brasil é muito comum o pessoal reclamar do desamparo à família da vítima).

         141 – As punições servem para três propósitos:  Dissuasão; punição e reabilitação.   (dissuasão – desencorajar outras pessoas a praticarem crime semelhante)

         142 – Califórnia (USA) e os regimes de penas.  Está tornando-as tão onerosas que os custos estão se equiparando com o custo do ensino superior nas faculdades e universidades daquele estado.

         143 – O risco de reincidência no crime de pedofilia.   Infelizmente há uma tendência a reincidência.

         146 -  Citou casos de Justiça Restaurativa em alguns estados americanos.   Na Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Reino Unido também usam algo nessa linha.    Envolve inclusive a vítima, de forma controlada, ter contato com o réu que está cumprindo pena.    Claro que tem desdobramento emocional delicado nisso, mas também há sofrimento emocional sem a tentativa de reparo.

         147 – As vantagens e seu preço.   Justiça de Estado.

         Vantagem do Estado.   Ter o monopólio do uso da força.  Evita que as pessoas tentem retaliar e buscar resolver tudo pela violência.  Esta que gera mais violência, muitas vezes.

         148 – “Até o mais repugnante dos julgamentos é preferível a uma guerra civil ou um ciclo de assassinatos por vingança”.

         151 – Fala que num processo criminal se condena o réu e pronto.  Ele vai cumprir pena.   A família da vítima pode ter perdido seu arrimo de família, aquele que sustentava a casa.   No geral, mesmo nos USA, a vítima fica sem amparo e uma solução pouco usual seria um segundo processo, este na área Cível para que o réu repare financeiramente a família da vítima.    Lá este procedimento é raro, caro e demorado.

         153 – Capítulo 3 do livro – Um breve Capítulo sobre a Guerra Minúscula.

         A Guerra dos Danis.    Os Danis são de um dos maiores grupos da Nova Guiné.   Supõe-se que há seres humanos naquela região há 46.000 anos.

         154 – Ano de 1961 – grupos de pesquisa europeus na área da Nova Guiné.   Documentário “Dead Birds” por Robert Gardner.    Foto 21 do livro – Avó Hadza (uma tribo) com netinho nas costas.  Tribos valorizam os avós como cuidadores e provedores de alimentos para as crianças.

         Foto 22 – O idoso e sua experiência em fazer ferramentas e utensílios e armas para caça ou guerra.

         Foto 25 – Caverna de Lascaux na França.  Há indícios de religião pelo estudo dessa caverna, há mais ou menos 15.000 anos.

         Foto 28 – Uma pessoa jovem bem acima do peso por causa da alimentação moderna, quando inadequada.

................. continua parte 05/20

terça-feira, 6 de outubro de 2020

CAPÍTULO 03/20 - PRESENTACIÓN - LIBRO - EL MUNDO HASTA AYER - Autor: geógrafo estadounidense - Jared Diamond (octubre / 2020)

(Peço desculpas pela tradução via Google.    Curitiba - Paraná - Brasil)

(Peço perdão pela tradução via Google)               CAP 3/20

83 - Pueblos nativos de Nueva Guinea (isla) Cita una isla con un comercio fuerte y compacto. En la región, la riqueza se mide por la cantidad de cerdos que tiene una persona. Los comerciantes incluso venden piedra volcánica de obsidiana, que es ideal para hacer herramientas de piedra afiladas. Opere sin el uso de moneda. Sobre la base de intercambios. Las canoas llegan y salen trayendo y llevándose mercancías. Canoas de dos mástiles con una capacidad de carga de hasta 2 toneladas. Se enfrentan a viajes muy largos por mar.

83 - Cita en el mundo solo dos pueblos que prácticamente viven sin importar casi nada. Uno de ellos es de la tribu Ngansans Siberia, criadores de renos y los indios Sirionos de Bolivia, estos estudiados por Allan Holmberg.

90 - Habla sobre la herramienta azuela.

Sobre los indios Ianomami del Amazonas (Brasil y Venezuela en este caso). Hay casos en los que invitan a una tribu de la región a una confraternización con mucha comida y se entregan. El pago será la retribución de la tribu invitada en otra ocasión. Una tribu siempre necesita un banquete y siempre se están reuniendo.

92 - Utilidad y lujo. Puede que no sean tan exclusivos. Los cerdos son valiosos y la principal moneda de cambio por su utilidad como alimento. Pero puede ser un lujo tenerlos en grandes cantidades para demostrar poder, estatus e incluso para tener una esposa muy deseada.

95 - Las morsas marinas también tienen dientes de marfil que son artículos caros y se venden en Alaska.

95 - Fruto de nuez de betel: un tipo de pimiento muy popular.

95 - La tribu de! Kungs a veces cambia de esposa y hermana. Hay un momento en que un pretendiente da a luz a una hermana y le da al deudor una fecha límite para entregarle una hermana cuando complete la pubertad.

96 - Valioso en Nueva Guinea - las plumas del ave del paraíso, símbolo de ave del país.

96 - El tabaco y el alcohol entran en muchas tiendas allí.

101 - Costumbre de cambiar flechas con compañero de caza. Todo el mundo sabe muy bien cómo hacer flechas, pero cambian como una forma de relación social y política entre ellos.

101 - Los pueblos Ianomami del Amazonas están constantemente en guerra.

101 - Hablando de los pueblos Siassi. Se enfrentan al mar embravecido en pequeñas canoas con mercancías para el comercio y luego tienen una gran fiesta para disfrutar y hacer alarde. El autor dice que puede parecer absurdo, pero señala que el pueblo estadounidense agradece todo el año tener un auto grande y lucirse con él. 

103 - Parte 2 - Paz y guerra

103 - Parte 2 - Paz y guerra 109 - Atropello por descuido del joven peatón atropellado. El trato por buscar una "compensación" en efectivo con una disculpa. Para costumbres tribales, discutido por un tercero de confianza. Se fijó el valor de 1.000 kinas (moneda local), más o menos 300 dólares. Siempre recordando que las partes generalmente se conocen entre sí o son conocidas por conocidos y pueden estar reuniéndose en la comunidad, por lo que la compensación y la disculpa tienen mucho sentido para ellos. 117 - El conflicto provocó que el padre y un hermano del amigo del autor fueran asesinados en el pasado. Hubo muertes en el otro lado en represalia. Existe el temor de nuevas muertes y en este caso la familia afectada migró a otro clan amigo. Permaneció allí durante 33 años hasta que sintió que el medio ambiente era seguro nuevamente y regresó. 119 - En EEUU existe un incentivo para el crecimiento del individuo en términos económicos. Incluso en los juegos para niños en los EE. UU. El énfasis está en ganar, jugar. En Nueva Guinea no es así. ... "donde los juegos y juegos infantiles implican cooperación, en lugar de victoria o derrota" 120 - Otras sociedades no estatales 124 - La compensación habitual por muerte es de cuarenta a cincuenta vacas. (Tribu Nuer - África) El jefe de la comunidad actúa como mediador moral, no por autoridad. Recibe la propuesta de compensación y pasa al otro lado. Por lo general, no se acepta la propuesta inicial. Las partes ceden "por respeto" al patrón, al mediador y todo está arreglado. Entre los Nueres se encuentran las llamadas pieles de leopardo. 129 - En EE.UU. es bastante común utilizar la Mediación y el Arbitraje para resolver conflictos de interés sin recurrir a la justicia del Estado, que es caro y no tan rápido. En la mediación, el abogado también actúa como enlace para evitar que las partes se encuentren cara a cara en la fase de negociación. 

...................... continúa en el capítulo 4/20 


CAPÍTULO 03/20 - FICHAMENTO - LIVRO - O MUNDO ATÉ ONTEM - Autor: Geógrafo americano - Jared Diamond (outubro/2020)

 

CAP 3

         83 -   Povos nativos da Nova Guiné (ilha) Cita uma ilha com comércio forte e compacto.   Na região se mede a riqueza pela quantidade de porcos que a pessoa tem.    Comerciantes vendem inclusive a pedra vulcânica obsidiana que é ótima para fazer ferramentas afiadas de pedra.     Comércio sem uso de moeda.  Na base das trocas.    Canoas chegam e partem trazendo e levando mercadorias.    Canoas de dois mastros com capacidade de carga de até 2 toneladas.   Encaram viagens muito longas por mar.

         83 -  Cita do mundo apenas dois povos que praticamente vivem sem importar quase nada.   Um deles é da tribo Ngansans Sibéria, criadores de renas e os índios Sirionos da Bolívia, estes estudados por Allan Holmberg.

         90 – Fala da ferramenta enxó.

         Sobre os índios Ianomami da Amazonia (Brasil e Venezuela no caso) .   Há casos em que eles convidam uma tribo da região para uma confraternização com muita comida e se dá presente.  O pagamento será a retribuição da tribo convidada em outra ocasião.    Sempre uma tribo está devendo um banquete e estão sempre se encontrando.

         92 – A utilidade e o luxo.   Podem não ser assim tão excludentes.   Porcos são valiosos e principal moeda de troca pela utilidade como alimento.   Mas pode ser um luxo te-los em grande quantidade para demonstrar poder, status e até para ter esposa muito desejada.

         95 –Morsas do mar também tem dentes de marfim que são itens caros e comercializados no Alasca.

         95 – Fruto noz de bétel – um tipo de pimenta bem popular.

         95 – A tribo dos !Kungs trocam às vezes esposas e irmãs.   Tem vez que um pretendente entrega uma irmã e dá prazo para o devedor lhe entregar uma irmã quando ela completar a puberdade.

         96 – Valiosas na Nova Guiné – as penas da ave do paraiso, pássaro símbolo do país.  

         96 – O tabaco e o álcool entram em muitos comércios por lá.

         101 – Costume de trocar flexa com companheiro de caça.   Todos sabem muito bem fazer flechas, mas trocam como forma de relação social e política entre si.

         101 – Os povos Ianomami da Amazonia estão em guerra constantemente.

         101 – Falando dos povos Siassi.   Estes enfrentam mar revolto em pequenas canoas com mercadorias para comércio e depois fazem grande festa para curtir e ostentar.    O autor diz que pode parecer absurdo, mas destaca que o povo americano rala o ano todo  para ter um carrão e se exibir com ele.

         103 – Parte 2 -   Paz e Guerra

         109 – Atropelamento por descuido do jovem pedestre atropelado.  A tratativa para a busca da “compensação” em dinheiro com Pedido de Desculpas.   Por costume tribal, discutido por um terceiro de confiança.   Fixou-se o valor de 1.000 kinas (moeda local), ou mais ou menos 300 dolares.

         Sempre lembrando que as partes geralmente se conhecem ou são conhecidas dos conhecidos e podem estar se encontrando na comunidade e assim a compensação e o pedido de desculpas faz muito sentido para eles.

         117 – Conflito fez o pai e um irmão do amigo do autor terem sido assassinados no passado.   Houve mortes do outro lado em retaliação.   Fica o medo de novas mortes e no caso a família atingida migrou para outro clã amigo.  Ficou lá 33 anos até sentir que o ambiente voltou a ser seguro e retornou.

         119 – Nos USA há incentivo ao crescimento do indivíduo em termos econômicos.   Até nos jogos infantis nos USA a ênfase é ganhar, disputar.

         Na Nova Guiné não é assim.    ...”onde as brincadeiras e os jogos infantis envolvem cooperação, em vez de vitória ou derrota”

         120 – Outras Sociedades de Não Estado

         124 – A compensação habitual de uma morte é de quarenta a cinquenta vacas.    (tribo dos Nueres – África)

         O chefe da comunidade atua como um mediador moral, não pela autoridade.  Recebe a proposta de compensação e passa ao outro lado.  Geralmente não é aceita a proposta inicial.  As partes vão cedendo “em respeito” ao chefe, ao mediador e tudo se ajeita.   Entre os Nueres estão os chamados peles-de-leopardo.

         129 – Nos USA é bem comum o uso da Mediação e Arbitragem para resolver conflitos de interesse sem usar a justiça do Estado que é cara e não tão rápida.

         Na mediação também age o advogado como elo para evitar as partes se colocarem frente a frente na fase de negociação.  

...................... continua no capítulo 4/20