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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

CAP. 12/20 - Fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM - (julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

 CAP 12/20                     outubro de 2020 

         A Hungria, fazendo parte do Eixo, foi o único país a mandar para o front oriental, alinhados com os alemães, tropas compostas por judeus do seu Exército.   Foram 130.000 soldados em força auxiliar com fardas húngaras.

         Por outro lado os alemães em 1943 ocupam a Hungria e decidem azeitar a liquidação do povo judeu local.   A busca era evacuar 800.000 judeus da Hungria.    Nessa ocasião já tinham sido evacuados outros países ocupados.   Nesse ponto o povo já sabia o destino dos judeus que fossem deportados.

         219 – Eichmann com sua experiência em organizar Conselhos Judeus em Viena, Praga e Berlim, conseguiu formar o de Budapeste em duas semanas.

         220 – Eichmann atuando na Hungria, alojado em Budapeste.

         Em Viena foi feita uma Conferência para ampliar o sistema de extermínio.

         Höss, em Auschwitz ... foi informado...   ordenou a construção de ramal ferroviário para descarregar os judeus praticamente na porta dos crematórios ou câmaras de gás.   Os encarregados foram ampliados de 224 para 860 pessoas.  Preparados para matar entre 6.000 e 12.000 pessoas por dia.   Isto em maio de 1944.   (a guerra durou até 1945)

         221 – Sionistas protestaram e países neutros e o Vaticano reprovaram essa matança.

         221 – A Suécia mais uma vez tomou a dianteira e abriu suas portas para receber judeus deportados.

         Essa ação foi depois seguida pela Suiça, Espanha e Portugal.

         221 – O epicentro das deportações era no momento a Hungria e os aliados publicaram uma lista de 70 lideranças que promoviam as deportações.      Fizeram ameaças a estes e à Hungria.   Os USA, sob a presidência de Roosevelt, fez ameaça e no dia 02-07-1944 fez um bombaradeio aéreo em Budapeste para mostrar que a ameaça era para valer.         Aí pararam as deportações na Hungria.

         Em 13-02-1945 o Exército húngaro se rendeu ao Exército Vermelho que liberou o povo local da ocupação alemã.

         223 – Eslováquia.   País pequeno, pouca população, pobre e atrasado.

         “O maior pecado dos judeus não era pertencer a uma `raça´ estranha, mas ter riqueza”.

         225 – Em junho de 1942, 52.000 judeus eslovacos foram deportados para campos de extermínio na Polônia ocupada pelos nazistas.

                       Continua no capítulo   13/20

CAP 11/20 - Fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM (julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

         

CAP. 11/20                  - outubro 2020

         Página 200 – Capítulo XI do livro – Deportação dos Balcãs – Iugoslávia, Bulgária, Grécia e Romênia

         Após a I Guerra Mundial (1918), os vencedores formataram a criação de vários Estados independentes que não tinham muita correlação com etnias etc.    (juntaram croatas e sérvios num mesmo país e assim por diante)

         Antes da I Guerra Mundial, havia por séculos povos na Europa sob três Impérios:  Império Russo no Norte; Império Austro-Hungaro no Sul e o Império Turco-Otomano no Sudeste europeu.

         O fim da Primeira Guerra Mundial ensejou os tratados de Trianon e Saint Germain.    Foi assinado o tratado de paz na Conferência de Versalhes colocando fim na guerra.

         201 – Não se respeitaram fronteiras naturais e havia muitos descontentes.    Hungria, Romênia e Bulgaria se tornaram parceiras no Eixo contra os Aliados buscando aumentar territórios.

         204 – A Bulgária, aderindo à Alemanha, conseguiu expansão territorial significativa.   Isto às expensas da Romênia, Iugoslávia e Grécia.

         A Bulgária era um reinado.   Não ajudou na Guerra contra a Rússia.

         206 – A Bulgária estava dificultando a extradição dos judeus.   O rei Boris ficou sob suspeição dos nazistas e ele foi morto e é “quase certo” que tenha sido pelos alemães.   O Parlamento e o povo búlgaro eram contra extraditar judeus do seu país.

         208 – Grécia -   A Grécia estava ocupada ao Norte pelos Alemães e ao sul pela Itália.   Ela, por ordem dos nazistas, concentrou 2/3 dos judeus do país e esses 2/3 totalizaram 55.000 judeus.    Deportaram muitos judeus da Grécia, por trem cargueiro com destino a Auschwitz para o extermínio.

         210 – “Não chega a ser exagero afirmar que a Romênia foi o país mais anti-semita da Europa pré guerra”. 

         212 – A Romênia por sua iniciativa e seus métodos chegou a exterminar 300.000 judeus.    Nessa época o país era o mais corrupto dos Balcãs e espoliava os judeus antes de extermina-los.     Os romenos acharam um meio de ganhar muito dinheiro executando a emigração forçada de judeus e cobrando em valores da década de 1940, 1.300 dolares por judeu que emigrava.    Muitos destes foram para a Palestina durante a guerra.

         213 – Em agosto de 1944 a Romênia se rendeu ao Exército Vermelho, o que poupou a vida inclusive de muitos judeus .   “Cerca de metade dos 850.000 judeus da Romênia sobreviveu”.     Muitos e muitos deles migraram depois para Israel.

         214 – Capítulo XII – Deportações – da Europa Central – Hungria e Eslováquia

         Kaiser – imperador.   A Hungria, que antes fez parte do Império Austro-Húngaro, após 1918 (fim da Primeira Guerra Mundial), passou a ser um dos chamados Estados Sucessores por designação dos Aliados.    Era a Hungria na época um dos países mais pobres da Europa.

         Continua no capítulo 12/20

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

CAP 10/20 - fichamento - Livro - EICHMANN EM ISRAEL (Julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

CAP 10/20             - outubro de 2020

         Decretos – A Alemanha expediu decretos que cassavam a cidadania de judeus.   Houve etapa em que estes perdiam a cidadania e seus bens eram confiscados pelo Estado alemão.

         Página 177 – Todos os judeus europeus eram estimados em 11 milhões.

         180 – Capítulo X – Deportações da Europa Ocidental – França, Holanda, Bélgica, Dinamarca e Itália.

         183 – A França já tinha deportado milhares de judeus para os “assentamentos” da Alemanha ou de seus territórios ocupados.   O nome assentamento era para disfarçar os campos de concentração.    A França vinha enviando judeus sem pátria e judeus que imigraram para lá e evitavam de mandar judeus que eram franceses.   Quando a Alemanha determinou que enviassem também os judeus franceses, as coisas se complicaram e emperraram.

         184 – Judeus da Bélgica -    Lá por uma série de fatores não foram tantos os judeus enviados para os campos de concentração e posterior extermínio.

         Holanda -   Na guerra, fugindo dos alemães, o país foi deixado sem governo, cujos integrantes se refugiaram para Londres junto com a família real holandesa.

         187 – A Holanda foi o único país da Europa em que os estudantes entraram em greve quando professores judeus foram deportados.   Houve também uma série de greves de trabalhadores quando os judeus deportados foram executados em campos de concentração.    Mas houve reviravolta porque os judeus holandeses se sentiam em posição superior aos que vieram como imigrantes para a Holanda.       Assim os judeus holandeses ajudaram na captura de judeus imigrantes.    Em julho de 1944, da Holanda embarcaram 113.000 judeus para o campo de Sobibor na Polonia ocupada e ¾ destes foram executados.

         Dinamarca -   Não tinha nenhum movimento fascista ou nazista.    Já a Noruega tinha simpatizantes pro nazista e havia o anti-semitismo.

         191 – Em agosto de 1943, depois do fracasso da guerra contra a Rússia e revés nos combates na Tunísia, o governo sueco cancelou acordo que autorizava tropas alemãs a atravessar seu território.

 

         194 – Itália -  “A Itália  era o único aliado real da Alemanha na Europa, tratada como igual e respeitada como Estado soberano independente”.   Italia então governada pelo fascista Mussolini.   Regime semelhante ao nazismo.

         Mussolini era muito admirado pelos alemães nazistas.

         Já ambas as nações juntas na guerra, Alemanha e Itália.      ....”e Mussolini, por sua vez, não tinha muita confiança na Alemanha nem muita admiração por Hitler”.

         195 – “No verão de 1943, e da ocupação alemã de Roma e Norte da Itália, Eichmann e seus homens não tinham permissão para agir no país.

         A Itália tinha ocupado parte do território de países como na França, na Grécia e na Iugoslávia.

         Pela influência de Mussolini, a ação alemã contra os judeus não foi efetiva na Itália e também em países igualmente fascistas da Europa como França, Hungria, Romênia e Espanha do General Franco.

         196 – “No outono de 1943, quando a Itália declarou guerra à Alemanha, o exército alemão conseguiu finalmente ocupar Nice (na França).

         196 – Desde os anos de 1930 a Itália sempre usando elementos de farsa com a Alemanha no tema judeu.   Criou lei na Itália para proteger judeus e descendentes que foram do Partido Fascista.      Havia duas décadas que os judeus se filiavam, ao menos um em cada família, ao Partido Fascista até para conseguir emprego público, restrito a filiados ao partido.

         197 -  Itália...    “Mesmo os anti-semitas italianos convictos pareciam incapazes de levar a coisa a sério, e Roberto Farinacci, chefe do movimento anti-semita italiano, tinha um secretário judeu a seu serviço.

         Itália...    um dos poucos países da Europa em que perseguir os judeus era impopular.     “... nas palavras de Ciano:  levantaram um problema que felizmente não existia”.

         A Itália convive com judeus desde o Império Romano.

         198 – Como a Itália estava fazendo corpo mole com os judeus, veio ordem para os próprios soldados alemães prendessem os 8.000 judeus de Roma.  Agentes italianos avisaram os judeus e muitos destes tiveram tempo de escapar – uns 7.000 escaparam.

         Numa etapa mais tardia, os alemães ainda conseguiram mandar milhares de judeus do Norte da Itália para os campos de concentração e ao redor de 7.000 foram executados.

         Continua no capítulo   11/20 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

CAP. 09/20 - fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM (julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

CAP 09/20   -                 outubro de 2020   (Sub título do livro:    Um Relato sobre a Banalidade do Mal)

         Página 147 – Houve campo de concentração de Gurs no Sul da França.

         Mesmo os alemães intercederam junto às autoridades para poupar algum judeu em espanhol.    O nazismo evitava a executar judeu que tivesse visibilidade no exterior, o que daria repercussão negativa.

         O poderoso Heydrich e também Göring eram meio sangue judeu.

         150 – Arrependimento.   Heydrich, que após o atentado durou nove dias até morrer, se arrependeu dos seus feitos nesses dias.

         Hans Frank (governador geral da ocupada Polonia) que foi um dos maiores criminosos de guerra, enquanto aguardava o julgamento em Nuremberg se arrependeu e depois se suicidou.

         152 – Capítulo VIII Deveres de um Cidadão respeitador de Leis

         153 – Eichmann declarou que vivia de acordo com os princípios morais de Kant.  Mas sobre o dever...  “a moral de Kant está intimamente ligada à faculdade de juízo do homem, o que elimina a obediência cega.”

         155 – “A Hungria havia aderido à guerra do lado de Hitler em 1941, simplesmente a afim de receber mais alguns territórios dos países vizinhos: Eslováquia, Romênia  e Iugoslávia.

         Com o decorrer da guerra, as coisas mudaram e a Hungria acabou recebendo de fora uns 300.000 judeus, no saldo depois de ter deportado muitos judeus.                

         157 – Os alemães ocupam a anti semita Hungria e dentre outros, Eichmann é destacado para ficar em Budapeste e desenvolver suas tarefas envolvendo judeus de lá.

         O Exército Vermelho (URSS) já estava próximo e Eichmann azeitou a máquina.   Em menos de dois meses, lotou 147 trens de carga com judeus e enviou para Auschwitz, levando 434.351 judeus para execução.

         158 – Judeus com posses na Hungria.    Ativos financeiros que interessavam aos alemães na guerra.   Dos 110.000 estabelecimentos comerciais e industriais da Hungria, 40.000 eram de judeus.

         161 – O exército russo libertou a Hungria do  domínio alemão.

         162 – O assistente de defesa do seu advogado lamentava mais a “falta de gosto e educação” do reu do que os crimes cometidos por Eichmann.   E declarou também que o reu era “arraia miúda”.

         O próprio advogado dele, Dr Servatius, mesmo antes do julgamento, declarou que a personalidade do cliente era a de “um carteiro comum”.

         164 – No transcurso do julgamento os juízes usaram urbanidade com o reu e este achou que isso iria resultar em absolvição e se decepcionou ao confundir urbanidade com afrouxamento.

         165 – Os russos tendo libertado a Hungria, Eichmann foi trazido de volta a Berlim e lá deram uma missão na inexpressiva “Luta Contra as Igrejas” e desse tema ele não entendia nada.

         165 – Ordem do Füher era lei, mesmo sendo não escrita.  Não se encontraram ordens escritas de Hitler para a Solução Final, para as execuções.    Houve a ordem, mas não por escrito.

         166 – O juramento dos integrantes da SS (Serviço de Segurança) era diferente do juramento militar dos soldados.   Os da SS juravam fidelidade a Hitler e os soldados, à Alemanha.

          166 – Em Nuremberg ao interrogarem os generais de Hitler.   “Como é possível que todos vocês, honrados generais, tenham continuado a servir um assassino com lealdade tão inquestionável?   Ao que um general respondeu:   “não é tarefa de um soldado agir como juiz do seu comandante supremo.   Que a história se encarregue disso, ou Deus do céu”.   Este era o General Alfred Jodl, que após julgado foi enforcado.

         168 –Capítulo IX – Deportações do Reich.  Alemanha, Áustria e Protetorado.

         171 -  ...”os nazistas que estavam genuinamente convencidos de que o anti semitismo poderia se tornar o denominador comum a unificar toda a Europa”.    “Este foi um erro grande e custoso”.

         Os povos do Leste é que concordavam com a visão anti semita mais radical dos alemães:  ucranianos, estonianos, letões, lituanos e até certo ponto, romenos.     Os nazistas consideravam os judeus desses países “como hordas bárbaras sub humanas”.

.......................... próximo capítulo 10/20 

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

CAP. 08/20 - Fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM - (julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

CAP 08/20                       - outubro de 2020

         Página 119 -  O líder da oposição Goerdeler escreveu a um general da Guera, ao Marechal Von Kluge:   ...”continuar a guerra sem possibilidade de vitória era um crime óbvio”.

         119 – Em guerra o povo alemão perdeu sintonia com o mundo  ....”o surpreendente novo conjunto de valores alemães não tinha seguidores no mundo exterior”.

         120 – Entre os poucos que se opunham ao nazismo na época.   “... e de intelectuais socialistas que tentaram ajudar os judeus que conheciam”.

         120 – Gestos isolados de coragem.    “... foi quando os Scholl, dois estudantes da Universidade de Munique, irmão e irmã, sob a influência do Professor Kurt Huber, distribuíram os famosos panfleto em que afinal chamavam Hitler daquilo que ele era de fato – assassino de massa”.

         120 – A autora diz que caso Hitler fosse deposto pelos alemães, os que conspiraram também não tinham propósitos tão nobres e razoáveis para o mundo exterior.

         121 – Himmler e a frase de Hitler de 1931 para aumentar o ânimo dos subordinados.    “Minha honra é minha lealdade”.

         Frases chavões para animar as lideranças.    “A ordem para resolver a questão judaica, essa foi a ordem mais assustadora que uma organização jamais recebeu”.

         121 – “O que afetava a cabeça desses homens que tinham se transformado em assassinos era simplesmente a ideia de estar envolvidos em algo histórico, grandioso, único...”

         122 -   ...” programa de eutanásia ordenado por Hitler nas primeiras semanas da guerra e aplicado aos doentes mentais da Alemanha, até a invasão da Rússia”.

         124 -  A primeira câmara de gas foi instalada em 1939.   Resultado de decreto de Hitler datado de 01-09-1939:    “As pessoas incuráveis devem receber uma morte misericordiosa”.    (serem exterminadas)

         124 – Entre 1939 e 1941, cerca de 50.000 alemães doentes mentais foram executados com monóxido de carbono.

         128 – Capítulo VII – A Conferência de Wannsee, ou Poncio Pilatos

         Wannsee é um subúrbio de Berlim.    Fazer a concertação (combinar as bases) para a ação integrada na Solução Final.    O que fazer com os que eram ½ sangue ou ¼ de sangue judeu?

         129 – Na Conferência “ a Solução Final foi recebida com extraordinário entusiasmo por todos os presentes.”   A reunião demorou entre uma hora e uma hora e meia.

         130 – Eichmann foi na conferencia dos graúdos do poder e no final foi encarregado da ata e ficou com dois do alto comando para essas providências.  Para ele isso foi o máximo.

         “Naquele momento, eu tive uma espécie de sensação de Poncio Pilatos, pois me senti livre de toda a culpa”.

         133 – “Eichmann contou que o fator mais potente para acalmar a sua própria consciência foi o simples fato de não haver ninguém, absolutamente ninguém, efetivamente contrário à Solução Final”.

         133 – “Não fosse a ajuda judaica no trabalho administrativo e policial – o agrupamento dos judeus em Berlim foi, como já mencionei, feito inteiramente pela polícia judaica -, teria ocorrido ou o caos absoluto ou uma drenagem extremamente significativa do potencial humano alemão”.

         134 - ...”os funcionários judeus mereciam toda confiança ao compilar as listas de pessoas e de suas propriedades, ao reter o dinheiro dos deportados para abater as despesas de sua deportação e extermínio...”

         135 - ...”as pessoas se apresentavam voluntariamente para a deportação.... para Aushwitz e denunciavam como insanas aquelas que tentavam lhes dizer a verdade”.

         135 – Por ironia o Conselho Judeu de Varsóvia era presidido não por um rabino e sim por um engenheiro descrente, Adam Czerniakow que se suicidou para não colaborar com os nazistas nas execuções.   Ele seguiu um dito rabínico:  “Deixe que matem você, mas não cruze a linha”.

         136 – Em Israel nos livros escolares da década de 60 esses temas foram expostos de forma surpreendentemente claras até porque os fatos foram muito bem documentados.

         142 – O número de judeus mortos “teria ficado em 4 a 6 milhões.  “Pelos cálculos de Freudiger, metade delas estaria salva se não tivesse seguido as instruções dos Conselhos de Judeus”.

         143 – Eichmann sobre Hitler:    “pode ter estado errado do começo ao fim, mas uma coisa está acima de qualquer dúvida: esse homem conseguiu abrir seu caminho de cabo lanceiro do Exército alemão até Füher de um povo de quase 80 milhões.... bastava o seu sucesso para me provar que eu devia me subordinar a esse homem”.

............... continua no capítulo 09/20 

domingo, 25 de outubro de 2020

CAP. 07/20 - Fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM - Autora Hannah Arendt - Filósofa alemã judia (assistiu o julgamento)

CAP 7/20      -   outubro de 2020

         Os planos eram passados e executados em segredo e os que recebiam ordem para execução, juravam manter as mesmas sob segredo.

         Página 102 – Eichmann nunca teve nada a ver com o uso de gás.

         102 -  No campo de Lublin, foram mostrar a ele o sistema de extermínio.   Um motor de um velho submarino russo seria acionado e o dióxido de carbono emitido pelo motor iria asfixiar os judeus no prédio dos alojamentos.   No campo de Treblinka o processo seria semelhante.   Seu superior imediato era Müller.

         103 – Visitou na Polônia o campo de Kulm que em polonês se chama Chelmono, que em 1944 exterminou mais de 300.000 judeus da Europa.

         Neste campo o método de extermínio era com uso de caminhões de gás.  Enchiam o furgão de judeus, trancavam, davam partida e acionavam o gás mortífero enquanto o caminhão se dirigia para a vala comum na floresta.     Era chegar ao destino com os judeus já mortos, joga-los na vala anteriormente preparada e cobrir com terra.

         103 -  Visita ao campo de Minsk na Russia Branca ocupada.    Lá ele viu os militares alemães matando judeus em massa por fuzilamento.

         105 – Em Treblinka, agora, usavam ácido ciânico.

         Eichmann voltou em missão várias vezes ao campo mais famoso que foi Auchwitz.    (a missão do Eichmann era enviar cargas de judeus para essas execuções).   Nesse campo usaram dois métodos de execução.   Fuzilamento ou gás, naquele sistema dos caminhões de gás.

         105 – O julgamento se estendeu no tempo por 111 seções e quase nove meses.   No caso de Eichmann em Israel.

         106 – Agravante ao reu.   Antes ele visitou os locais de execução e ficou ciente até das formas de execução.

         107 - ...”sabemos como era fácil para os membros dos esquadrões de extermínio abandonar seus postos sem grandes consequências, mas ele não insistiu nesse ponto...”      “Eichmann admitiu que podia ter recuado sob um pretexto qualquer, e outros o fizeram.   Ele sempre considerou tal passo “inadmissível”...

         108 – O advogado de defesa poderia alegar que ele cumpria ordem superior, mas optou por alegar que ele cumpriu Atos de Estado para tentar livra-lo da pena.

         112 - ...”ainda hoje, existe entre os alemães o insistente ´equívoco` de que ´só` foram massacrados Ostjden, judeus da Europa Oriental”.    “Essa maneira de pensar que distingue entre o assassinato de povos ´primitivos` e povos ´cultos` , não é tampouco monopólio do povo alemão...”  (ver caso de índios, aborígenes pelo mundo...)

         113 – Nessa dos campos de concentração até homossexuais foram atingidos pelo fato de serem homossexuais.

         114 – Houve a Conspiração de 20 de Julho na Alemanha contra o regime nazista.   O principal motivo foi os descontentes com o fato de Hitler estar preparando a guerra.

         ... “giravam quase exclusivamente em torno do problema da alta traição e da violação do juramento de lealdade a Hitler”

         “Na realidade,  a situação era tão simples quanto desesperadora: a esmagadora maioria do povo alemão acreditava em Hitler – mesmo depois do ataque à Russia e a temida guerra em dois fronts”.

         115 – O líder da Conspiração de 20 de Julho, Carl Friedrich Goerdeler, ex prefeito de Leipzig na Alemanha.

         116 – No verão de 1943 o programa de extermínio sob o comando de Himmler chegou ao clímax.  O General Rommel era um dos militares de alta patente na guerra.

         116 – Os incêndios contra todas as sinagogas da Alemanha determinados por Hitler causou... “.... a população parecia estar nas garras de algum medo: casas de Deus haviam sido incendiadas, e tanto os crentes quanto os supersticiosos acreditavam numa vingança de Deus”.

         Em 1943 já estava claro que a Alemanha seria derrotada e houve proposta dos Aliados para encerrar a guerra com rendição incondicional da Alemanha, mas os alemães recusaram.

         117 – A Alemanha, através de Goerdeler fez uma proposta de paz “justa” numa guerra que a Alemanha iniciou de forma injusta.  E a proposta da Alemanha, formalmente expressa em memorando aos Aliados, queria o reconhecimento das suas fronteiras de 1914 mais a anexação da Alsácia-Lorena, ao lado do acréscimo da Áustria e dos Sudetos... e o sul do Tirol.

         118 – Mesmo que Hitler caísse, era animo das forças armadas de continuar a guerra “até que se conseguisse uma conclusão honrosa”.   O que significava a anexação da Alsácia-Lorena, da Áustria e dos Sudetos.

         118 – Não há provas nem é provável que Eichmann chegou a se encontrar com os movimentos anti Hitler de 20 de Julho.

         118 – O líder da oposição (Conspiração) a Hitler, Goerdeler, “propunha pagar indenização aos judeus alemães por suas perdas e mau tratos.  (isto em 1942).     Nesta fase os alemães já estavam expoliando e matando judeus.    Mais a ideia de enviar judeus para um país colonial como Canadá ou América do Sul.

               Continua no capítulo 8/20 

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

CAP. 06/20 - Fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

 CAP 6/20       -   outubro de 2020        

(a autora acompanhou nos anos 60 o julgamento em Jerusalem)

         Página 86 -  Como réus, eram comum que os do alto comando para se safar nos processos, tentavam jogar a culpa em alguém ausente ou presumivelmente morto.

         90 – O plano do reu poderia, por suposto, estar dentro do sonho dele virar governador Geral de um estado judeu a ser criado na região ocupada, assim como Hans Frank era na Polonia ocupada e Heydrich na Tchecoslováquia.

         Sem sucesso, tenta o plano de colocar 4 milhões de judeus na distante Madagascar, a maior ilha do mundo na costa Africana.   Ilha com mais de 4 milhões de nativos e sob a condição de colônia da França.   Este plano surgiu no Ministério das Relações Exteriores da Alemanha.    A França por sua vez tinha seu próprio plano de enviar do país, 200 mil judeus para sua colônia de Madagascar.

         91 – Só na Polônia havia mais de 3 milhões de judeus.

         Nessa época do projeto Madagascar, absurdo, era tempo de guerra e a Marinha inglesa tinha o comando sobre o Atlântico e inviabilizava esse plano.

         Em guerra, o povo alemão queria se desfazer dos judeus, já os mantinha em campos de concentração; não podiam deporta-los e acabaram chegando à “Solução Final”.   Execução em massa.

         93 – Cada departamento agindo do seu jeito numa competição entre si, tendo os judeus como foco.   Brigavam...    “todo mundo alemão batalhando pela supremacia branca”.

         93 – Explode a guerra contra a Rússia e com isso acaba a parte “negocial” para expatriar judeus via emigrações forçadas.

         Eichmann alega que ali “era o fim de sua carreira”.   Acabava com seu sonho de se criar por lá um Estado Judeu governado por nazistas e sob sua batuta no comando.

         93 – O reu em certa fase tinha que consultar Oswald Pohl para descobrir qual era o destino final de cada embarque de judeus.

         93 – Muitas empresas industriais se instalavam perto dos campos de concentração para explorar mão de obra de trabalho forçado, algo muito lucrativo.    A Siemens entre elas.

         Campos de Auschwitz e Lublin entre os destaques.

         Nas fábricas...  “matar por meio do trabalho”...

         94 – Na fábrica da I.G.Farben pelo menos 25.000 judeus dos aproximadamente 35.000 que nela trabalharam, morreram no período.

         Invasão da Rússia dia 22/06/1941.

         96 – Heydrich, poderoso, foi fuzilado por patriotas tchecos.

         O único campo de concentração que ficou sob o comando de Eichemann foi o de Theresienstadt na Thecoslováquia.   Esse campo teria sido pelos nazistas como “vitrine” para o mundo exterior – era o único campo onde representantes da Cruz Vermelha Internacional podiam entrar.

         98 – Capítulo VI – A Solução Final:  Assassinato.

         Invadem a Rússia em junho de 1941.   Em 31-07-1941 Heydrich recebe uma carta de Hermann Göring, comandante em Chefe da Força Aérea, Primeiro Ministro da Prússia, Vice de Hitler na hierarquia de Estado.   A carta era para que Heydrich preparasse a “Solução Geral” da questão judaica dentro dos domínios da Alemanha.   (Solução Geral era um termo cifrado para se referir à Solução Final que era secreta como plano.

         Os domínios da Alemanha incluía os países por ela ocupados como Polônia, Tchecoslováquia etc.   

         ...”para a implementação da desejada Solução Final”...    Consta que essa ideia já era gestada há anos na Alemanha...

         Eichmann chamado a Berlim.  Heydrich em reunião com ele faz uma fala inicial e chega ao ponto:  “O Füher ordenou que os judeus sejam exterminados fisicamente”.

         No julgamento, Eichmann em juízo esqueceu de citar algo muito importante em sua defesa.

         99 – Que além da ordem de extermínio, as execuções não estariam sob a ordem do seu RSHA, mas sob o comando do Escritório para Economia e Administração da SS.   E que o codinome da operação era Solução Final.

         Himmler já tinha conhecimento dessa operação desde a derrota da França no verão de 1940 e este não concordava com essa operação.   Como o escalão do reu não era alto, demorou para chegar nele a notícia da operação.      Usavam uma linguagem própria para a execução dos planos como – campo de concentração virava Reassentamento; trabalhos forçados viravam trabalhos no Leste e assim por diante.

                                      ..... continua no capítulo 7/20