Total de visualizações de página

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Cap. 10/12 - fichamento do livro VIAGEM A CURITIBA E PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA - autor: Botânico francês SAINT-HILAIRE (1816-1822)

 Cap 10/12

 

Em torno de quarenta anos, armação que caçava até 500 baleias por temporada, foi caindo e chegava perto de 50 abates por ano.  

         “De cada baleia se retirava de 12 a 20 barris de óleo, sendo 15 em média.”  

         Barcos de caça à baleia eram de seis bancos para remadores.   Levavam arpões.    Ao saírem para pescar o capelão abençoava cada partida, inclusive porque a atividade era arriscada.

         Matavam as baleias, arrastavam elas até a armação, retiravam a gordura, ferviam para obter o óleo e o torresmo em geral ia para a queima na caldeira de derreter gordura.    O óleo produzido era colocado em barris e embarcados para venda no Rio de Janeiro. 

         A temporada da caça anual era curta, menos de dois meses.    Após retirar a gordura da baleia, largavam a carcaça apodrecendo junto à costa, deixando a região com muito mal cheiro.

         “As pessoas que se ocupavam da pesca eram lavradores muito pobres quase todos.   Ao invés, porém, de guardarem para o futuro um pouco do dinheiro ganho na curta temporada da caça e de cultivarem as suas terras nos dias de folga, eles ficavam à toa quando terminava a pesca e passavam a vida bebendo cachaça, cantando e tocando violão até que o dinheiro acabasse”.

         O autor passou de barco perto de dois fortes na Ilha que hoje é Florianópolis.  Forte da Ponta Grossa na Ilha e o de Santa Cruz no continente ao lado da ilha.

         Capítulo XIII

         A ilha de Santa Catarina – a cidade de Desterro

         Quando o pesquisador visitou a ilha ela tinha em 1820, 12.000 habitantes.

         Ressalva que o medo que as famílias tem do Estado requisitar seus filhos para o Exército, faz com que muitas famílias omitam dados para o governo.

         ...”pois num país onde é aceita a escravidão o número de escravos serve de base para medir a fortuna dos indivíduos livres”.

         O autor fez grande elogio à ilha onde hoje é Florianópolis pela beleza do lugar.   Na ilha, muitas casas de dois andares, bem construídas e vidraças nas janelas.

         Em 1820 os artigos de exportação pelo porto de Desterro eram principalmente farinha de mandioca, arroz, óleo de baleia, cal, feijão, milho, amendoim, madeira, couros, potes de barro, peixe salgado, tecidos de linho e tecidos feitos com uma mistura de cânhamo e algodão, além de melado de cana.

         O autor cita muitos sítios e chácaras perto da cidade, sempre com plantações.   Comumente a mandioca, laranja e outras culturas sem simetria, não alinhadas.

         Casas simples e bem cuidadas.  Pouca mobília.  Mesa e tamboretes para pessoa sentar.   No chão a esteira sobre a qual se faz os trabalhos domésticos de cócoras e são servidas as refeições também consumidas de cócoras.

         Todo sítio da região tem seu tear para confeccionar tecidos para uso doméstico principalmente.

         Pessoas de cabelos finos que demonstra pouca mistura com sangue indígena.

         “As mulheres mais ricas da cidade acompanham a moda do Rio de Janeiro e estas, por sua vez, acompanham a moda da França”.

         ...”Quem passa diante de suas casas ouve-as batendo o algodão; elas fiam e tecem mas de um modo geral empatam o que ganham unicamente para satisfazer o seu gosto pelas roupas bonitas”.

         Em Desterro (1820)...   “Os homens que pertencem à Guarda Nacional deixam crescer o bigode”.

         Em SC, poucos negros escravizados e os brancos fazem inclusive os trabalhos de cultivo da terra.   Diferente de MG onde a cor branca da pele dá uma certa nobreza às pessoas e estas deixam as tarefas mais duras como cuidar de lavouras aos negros escravizados.

                   Capítulo 11/12

Nenhum comentário:

Postar um comentário