capítulo 3/10
Lugares de terra arenosa, solo pobre em nutrientes e decorrente
disso, poucas árvores e de porte menor.
Região montanhosa e de caminhos difíceis, porém o autor
elogia as águas daqui da região... “são
suas águas que tem um frescor e uma pureza jamais encontradas na água que se
bebe na Europa”. ...”onde o
viajante pode matar a sede com um prazer só possível de ser alcançado nos
países tropicais”.
Ele usa aparelho (altímetro) para medir a altitude do local
em relação ao nível do mar e um termômetro só que na escala de Graus Réaumur.
Está num dos trechos da vasta Serra da Mantiqueira.
Num lugar de terra mais fértil o milho chega a produzir 200
por 1.
Cap. IV – Os campos.
Quadro geral da Região do Rio Grande
O autor liga áreas montanhosas com florestas e áreas planas
de campo com menos obstáculo para ventos e menos árvores, como também menos
cursos d´água. Os ventos nos campos
roubam a umidade do solo e as secas são mais drásticas.
...” a seca se torna forte nessas regiões e os ventos correm
livremente. ...duas causas que impedem a
vegetação de se formar exuberante”.
Cita os carrascais. (Pela
IA:"Carrascais" é o plural de carrascal, que se refere a um
local coberto por carrascos, um tipo de arbusto espinhoso, ou a uma mata densa
e espinhosa de vegetação rasteira.)
Cita no trecho o povoado de Caeté ou Vila Nova da Rainha na
região de São João Del Rei – MG.
Cita também a comarca de Paracatu MG. Rio das Mortes, afluente do Rio Grande.
Entre outros, cita rios com grande potencial de navegação
sendo o Rio Grande um deles. Rio
Grande, Rio Tocantins, Rio Paranaiba.
...”não podemos deixar de nos espantar com as imensas
vantagens que a navegação fluvial poderia oferecer aos brasileiros. Somos quase levados a crer que o criador da
Natureza, ao estabelecer tantos meios de comunicação entre as diversas partes
desse imenso império, quis indicar aos seus habitantes que eles se deviam
manter unidos”. ...”poderia
estabelecer uma comunicação fluvial quase sem interrupção entre dois portos, de
Montevideu e Pará, entre o Rio de la Plata e o Rio Tocantins.”
O gado oriundo do RS é de maior porte do que os oriundos dos
campos dos Goitacazes RJ. Por outro
lado, tem que periodicamente ser fornecido sal
para o gado ter bom desempenho.
No Centro Oeste na época o gado ficava aos cuidados de
escravos e nem sempre era tratado com cuidado.
Já no RS havia divisão de pastos, animais separados por categorias e
recebiam melhor cuidado, inclusive o sal.
O autor explica até o manejo do gado de leite no RS. Separam as vacas dos bezerros e cedo ao
tirar leite, ordenham três tetas da vaca com o bezerro amarrado ao pé da vaca e
depois deixam a quarta teta para o bezerro mamar.
“É um prazer ver, ao cair da tarde, os animaizinhos chegando
aos pinotes para rever a mãe e receber a sua costumeira alimentação”.
Era comum pelo interior o uso do fogo para queimar o capim
seco e esperar a rebrota para ter o pasto renovado para o gado.
Em 1819 um boi na região do RS era vendido por quatro mil reis
que equivaliam a 25 francos. No RJ o
boi era revendido por sete mil reis.
No sul do Brasil mesmo os criadores de gado não podem comer
tanta carne bovina que é cara. A dieta
de rotina inclui feijão, carne de porco, arroz, leite, queijo e canjica.
Na região do Rio Grande em MG onde há produção de leite
abundante, se faz muito queijo para vender na região e mesmo no RJ.
Tiram o leite e para fazer o queijo, colocam logo o coalho,
mais comumente de material coagulante do trato digestivo da capivara, o mais
fácil de encontrar na região. O autor detalha todo o processo de fabricação
do queijo mineiro de então, num ciclo de oito dias. Já naquela época eram afamados os queijos
mineiros.
Continua no
capítulo 4/10
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