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quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Cap. 2/10 - fichamento do livro - VIAGEM ÀS NASCENTES DO RIO SÃO FRANCISCO - Autor Botânico francês SAINT-HILAIRE (ano 1819)

 capítulo 2/10

 

Capítulo II -   O caminho de Rio Preto.  A cidade de Valença e os indígenas Coroados

         O trecho de Ubá, passando por São João Del Rei e seguindo para Goiás, se chamava Caminho do Rio Preto.

         Nos postos de registro na estrada, cobrança pela passagem.  Havia preço por boi, por burro, por pessoa.   Cada um com sua tarifa estabelecida.

         Página 32 - ...”No caminho do Rio Preto encontrei poucas tropas de burros, mas em compensação vi um grande número de porcos e de bois”.  Havia os “marchantes” que eram os compradores de animais para revenda principalmente no Rio de Janeiro, a capital.

         Os marchantes pagam capatazes que comandam os tropeiros na lida com o gado na estrada afora.   Cada peão conduz cerca de vinte bois na estrada.   Marcha média de 18 km por dia.   Parada para descanso dos animais só no final de cada marcha.

         Já os que conduzem porcos, andam à pé, a passos largos, com compridas varas nas mãos para orientar o rumo dos animais.

         Cita os muito demandados ferradores de animais.   Os que colocam ferraduras em cavalos e burros para longas caminhadas.   Na época na região eram apelidados de arapongas porque as batidas do ferro candente na bigorna para tomar a forma da ferradura (eu, leitor,  já vi o processo) lembra o canto estridente da ave araponga.

         Jornada em 1819 no caso essa do pesquisador rumo a Goiás.

         O trabalho duro de fazer o gado atravessas rios a nado.  Muita gritaria e o gado tentando voltar para a margem na qual entrou na água forçado.  Depois da primeira travessia, o gado vai aprendendo e dá menos trabalho.

         Alguns engenhos no trecho, a maioria para fabricação de cachaça porque esta dá menos trabalho no processo de fabricação em relação ao açúcar.

         Para o pesquisador botânico que prefere a época dos vegetais em flor que ajuda no processo de coleta e classificação, reclama que em fevereiro está tendo pouca coleta.    A partir de agosto passa a ter mais floradas que ajudam no trabalho de coleta.

         Há cinquenta anos que os indígenas Coroados da região perderam seus territórios para os colonizadores.

         Na época, o governo decidia transformar simples povoados à categoria de cidades e isto só transtorno e custo trazia aos moradores.   O poder público trazia o aparato de justiça e burocracia e o povo tinha que pagar por isso.

         “A paz do local logo é perturbada pela chegada de um batalhão de funcionários subalternos, que tem o dom inato de provocar querelas, sem as quais parece que não sabem viver...”

         O autor cita que conheceu um velho de oitenta anos que relatou que cada vez que colocavam o aparato de justiça num povoado onde ele morava, ele se mudava para outro sem o aparato, não porque devia algo, mas de medo da justiça que sempre era contra os mais fracos.

         Página 38 -  Por outro lado ele, o pesquisador, defende a ideia de que se anda para a frente e que a justiça é necessária.     ...”e que permitir o retorno da selvageria seria ainda pior...”.

         O “estridular” do canto das cigarras e o coaxar dos sapos.

         Passou no RJ antes por Valência e depois chegou à estrada do arraial de Rio Preto, que fica na divisa entre o RJ e MG.  Divisa no alto da Serra.

         Capítulo III – Página 41

         Entrada na Província de Minas Gerais entre o RJ e MG.

         O Rio Preto é um dos afluentes do Rio Paraiba.

         Na “hospitaleira Minas Gerais” ele sentiu emoção ao voltar onde no passado já permaneceu quinze meses.

         Posto fiscal cuida de cobrar os tributos e fiscalizar se há contrabando de ouro e diamante.  Também examina as cargas para que os viajantes não carreguem correspondências que são monopólio do Correio. 

         O pesquisador não teve a bagagem revistada porque trazia documentos oficiais autorizando sua tarefa na região.

         Tenda para abrigar viajantes em São Gabriel em MG.    Tosca, coberta com estipes (troncos) de coqueiros cortados ao meio na longitudinal, retirado o miolo e usados como telhas tipo calhas, uma com a cavidade para cima e outra para baixo como se faz com telhas de barro.

 

         Continua no capítulo                   3/10

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