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domingo, 21 de setembro de 2025

Cap. 1/10 - fichamento do livro - VIAGEM ÁS NASCENTES DO RIO S. FRANCISCO - autor: Botânico francês SAINT-HILAIRE - (1816-1822)

 FICHAMENTO -  VIAGEM ÀS NASCENTES DO RIO SÃO FRANCISCO                         SETEMBRO 2025

 

Autor:   Auguste de Saint-Hilaire

 

         Este é o terceiro livro do mesmo autor que estou lendo e fazendo o fichamento para o Facebook e para o blog amador de resenhas.     resenhaorlando.blogspot.com.br

         No primeiro volume foi a viagem dele há dois séculos, em lombo de burro, numa expedição de coleta de material da flora brasileira.   Viagem do RJ a MG e SP.    No segundo volume, viagem de SP ao PR e SC.  Este aborda viagem às nascentes do rio São Francisco.   (período 1816-1822)

         Edição da Ed. Itatiaia – BH – 2ª.edição – 2004 – 190 p

         Comentário na orelha da capa do livro, por Vivaldo Moreira:  “Nietzsche dizia que devemos escrever com o próprio sangue”.   Diz que o autor enfrentou   ...”nestas plagas inóspitas com o propósito único de enriquecer a ciência”.

         Sobre a obra do pesquisador:   ...”hoje monumento ligado à ciência, catálogo das nossas riquezas, mapa vivo do nosso passado”.

         “Da sua leitura  saímos enriquecidos de noções úteis e forrados de esperança.”    Termina aqui o comentário da orelha do livro.

         Segue a introdução do Professor da USP Mário Guimarães Ferri

         Fala de 1975 deste sobre a obra.    “O material colecionado no Brasil por Saint-Hilaire contém um herbário composto por 30.000 exemplares abrangendo mais de 7.000 espécies de vegetais.  Destas, foram avaliadas como desconhecidas, até então, mais de 4.500 espécies”.

         Capítulo 1

         Viagem do RJ a Ubá.     O autor chegou a requisitar junto ao Rei uma autorização para visitar inclusive o Mato Grosso mas esta parte lhe foi negada.   Ele acha que é por desconfiança de Portugal por estrangeiros conhecerem as riquezas do interior menos explorado do Brasil de então.

         Em 1819, Ouro Preto MG era a capital daquela província.  Tempo do ouro em ebulição na região.    Na comitiva do pesquisador, um dos tropeiros que já tinha participado de outra expedição dele, o índio Firmiano.   No grupo, o criado Prégent e o também francês, Antoine Laroutte.

         Em 1820 era grande o movimento na estrada ligando o RJ a MG.  Naquele tempo entre as culturas de MG se destacavam o algodão e o café, este no sul de MG, cuja produção em parte já era exportada.

         No RJ no sentido de chegar na Serra, o autor vê “ belas Melastomáceas de flores roxas, que aqui são chamadas de flores-de-quaresma”.  (como leitor digo que são muito comuns na mata atlântica e uns chamam de manacá do campo).

         Entre o RJ e MG, na serra do Mar, a estrada passava no máximo pela altitude de 1.100 m acima do nível do mar e em seguida era a descida rumo a MG.    No trecho, uma plantação de marmelos dispostos em linha.   Cita também cultivo de cravos, mas não dá para saber se são flores ou cravo especiaria de uso culinário.

         O autor critica os colonizadores portugueses.  Diante da mata virgem e a necessidade de plantar lavouras em parte dela, no passado usavam derrubar a mata, atear fogo e depois cultivar.   Por outro lado, tanto tempo passado, continuaram com essa forma primitiva, mesmo havendo tanta terra já com a mata derrubada .... “privando sem necessidade as gerações futuras dos grandes sucessos que oferecem as matas; por correrem o risco de despojar as montanhas da necessária terra vegetal (o humus) e tornar seus cursos d´água menos abundantes”.

         ...”retardarem o progresso de sua própria civilização...”

         Conversou com escravos africanos de Bengela pelo caminho.   “Mas no estado atual das coisas, no Brasil, somos forçados a passar pelo desgosto de sermos servidos por escravos...”.

         Passou pelo povoado de Ubá.

         Sobre um dos tropeiros contratados, todo cheio de manhas, que inclusive disse que só aceitou o serviço na expedição para atender um pedido do Rei.     “Gostava de conversa e contava as aventuras de todos os tropeiros do Brasil como se tivessem acontecido com ele próprio”.

         Capítulo II -   O caminho de Rio Preto.  A cidade de Valença e os indígenas Coroados

                   Continua no       capítulo 2/10

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