FICHAMENTO - VIAGEM ÀS NASCENTES DO RIO SÃO FRANCISCO SETEMBRO 2025
Autor: Auguste de Saint-Hilaire
Este é o terceiro livro do mesmo autor que estou lendo e
fazendo o fichamento para o Facebook e para o blog amador de resenhas. resenhaorlando.blogspot.com.br
No primeiro volume foi a viagem dele há dois séculos, em
lombo de burro, numa expedição de coleta de material da flora brasileira. Viagem do RJ a MG e SP. No segundo volume, viagem de SP ao PR e
SC. Este aborda viagem às nascentes do
rio São Francisco. (período 1816-1822)
Edição da Ed. Itatiaia – BH – 2ª.edição – 2004 – 190 p
Comentário na orelha da capa do livro, por Vivaldo
Moreira: “Nietzsche dizia que devemos
escrever com o próprio sangue”. Diz que
o autor enfrentou ...”nestas plagas
inóspitas com o propósito único de enriquecer a ciência”.
Sobre a obra do pesquisador: ...”hoje monumento ligado à ciência,
catálogo das nossas riquezas, mapa vivo do nosso passado”.
“Da sua leitura
saímos enriquecidos de noções úteis e forrados de esperança.” Termina aqui o comentário da orelha do
livro.
Segue a introdução do Professor da USP Mário Guimarães Ferri
Fala de 1975 deste sobre a obra. “O material colecionado no Brasil por
Saint-Hilaire contém um herbário composto por 30.000 exemplares abrangendo mais
de 7.000 espécies de vegetais. Destas,
foram avaliadas como desconhecidas, até então, mais de 4.500 espécies”.
Capítulo 1
Viagem do RJ a Ubá.
O autor chegou a requisitar junto ao Rei uma autorização para visitar
inclusive o Mato Grosso mas esta parte lhe foi negada. Ele acha que é por desconfiança de Portugal
por estrangeiros conhecerem as riquezas do interior menos explorado do Brasil
de então.
Em 1819, Ouro Preto MG era a capital daquela província. Tempo do ouro em ebulição na região. Na comitiva do pesquisador, um dos
tropeiros que já tinha participado de outra expedição dele, o índio
Firmiano. No grupo, o criado Prégent e
o também francês, Antoine Laroutte.
Em 1820 era grande o movimento na estrada ligando o RJ a MG. Naquele tempo entre as culturas de MG se
destacavam o algodão e o café, este no sul de MG, cuja produção em parte já era
exportada.
No RJ no sentido de chegar na Serra, o autor vê “ belas
Melastomáceas de flores roxas, que aqui são chamadas de
flores-de-quaresma”. (como leitor digo
que são muito comuns na mata atlântica e uns chamam de manacá do campo).
Entre o RJ e MG, na serra do Mar, a estrada passava no
máximo pela altitude de 1.100 m acima do nível do mar e em seguida era a
descida rumo a MG. No trecho, uma
plantação de marmelos dispostos em linha.
Cita também cultivo de cravos, mas não dá para saber se são flores ou
cravo especiaria de uso culinário.
O autor critica os colonizadores portugueses. Diante da mata virgem e a necessidade de
plantar lavouras em parte dela, no passado usavam derrubar a mata, atear fogo e
depois cultivar. Por outro lado, tanto
tempo passado, continuaram com essa forma primitiva, mesmo havendo tanta terra
já com a mata derrubada .... “privando sem necessidade as gerações futuras dos
grandes sucessos que oferecem as matas; por correrem o risco de despojar as
montanhas da necessária terra vegetal (o humus) e tornar seus cursos d´água
menos abundantes”.
...”retardarem o progresso de sua própria civilização...”
Conversou com escravos africanos de Bengela pelo
caminho. “Mas no estado atual das
coisas, no Brasil, somos forçados a passar pelo desgosto de sermos servidos por
escravos...”.
Passou pelo povoado de Ubá.
Sobre um dos tropeiros contratados, todo cheio de manhas,
que inclusive disse que só aceitou o serviço na expedição para atender um
pedido do Rei. “Gostava de conversa e
contava as aventuras de todos os tropeiros do Brasil como se tivessem
acontecido com ele próprio”.
Capítulo II - O
caminho de Rio Preto. A cidade de
Valença e os indígenas Coroados
Continua no
capítulo 2/10
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