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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

CAP. 10/10 (final) - fichamento - livro - A GRANDE AVENTURA DOS JESUITAS NO BRASIL - Autor: Jornalista TIAGO CORDEIRO

 CAP 10/10 (final)

         Página 170 – A ordem do rei era preservar as bibliotecas dos Jesuitas.  Só em São Luis (MA) a biblioteca continha 5.000 volumes.   No colégio Santo Alexandre em Belém, 2.000 volumes e 1.000 na  cidade de Vigia no Pará.

         172 – A cidade de Cordoba  na Argentina teve como origem uma redução jesuítica.

         A saída dos jesuítas foi um baque  na economia e no Ensino nos lugares atingidos.    Quase todas as escolas eram geridas por eles antes de serem expulsos.   O autor alega que entre outros legados, os jesuítas promoviam com suas viagens pelo Brasil, uma verdadeira integração entre todas as regiões, o que ajudou a manter a unidade nacional.

         177 – O Papa atual, Francisco é Jesuita.   Quando jovem era ferroviário e jogava basquete no time do San Lourenzo.   Pediu uma moça em casamento e disse que se ela recusasse, ele iria para um convento.   E cumpriu.

         180 – O Inaciano (jesuíta) americano Murray e seus argumentos para a moral coletiva e a moral pessoal.   Que a pessoal tem a ver com a consciência de cada um e não deve ser tratado na lei.    Nessa linha, aborto, uso de camisinha etc. na visão dele não deveriam estar vedados em lei.

         181 – Desentendimentos na China.    Isto em 1704.   O povo local acredita na reencarnação e gera conflito com os cristãos locais.   Lá é milenar o culto aos antepassados...

         Antes de 1721 o imperador da China tinha alguns assessores jesuítas para temas como matemática, geografia e astronomia.

         Os Jesuítas foram muito importantes para o intercâmbio cultural entre europeus e chineses.   Inclusive em traduções.

         Após 1990 vem crescendo o catolicismo na China e já é o segundo pais em número de adeptos na Ásia, só atrás das Filipinas, esta que no passado foi colônia espanhola por longo tempo.

         182 – Nos USA, apesar do franco predomínio protestante, os Jesuítas tem estrutura forte por lá.   Tem 28 centros de estudos criados e mantidos por eles.   As universidades de Georgetown, Universidade de Fordham e de San Francisco também tem presença dos Jesuitas.

         184 -  Se confrontaram em vários países, com regimes duros e foram mortos, mesmo nos anos 1980.    No nazismo na Alemanha ofereceram resistência e ajudaram a proteger judeus perseguidos.

         184 – Jesuita belga, com formação na área, em 1927 foi o primeiro cientista a lançar a Teoria do Big Bang para a formação do universo.

         185 – Declínio no número de Jesuítas no mundo de 1960 para cá.   Atualmente, uns 17.000 ao todo, contando padres, escolásticos etc.   Em 1965, no auge, eram 35.000.

         Hoje 5.600 Jesuítas vivem na Ásia, 34% do total.     Estão em 112 países em seis continentes.

         186 – As PUC  Pontifícia Universidade Católica no Brasil são comandadas por Jesuitas.   PUC Rio, PUC PE, PUC Vale do Rio dos Sinos no RS.    O padre Jesuíta João Batista Libânio tem bastante influência na Teologia da Libertação.

         218 – Lá no passado, tempo dos aldeamentos, em São Paulo havia aldeamentos em locais como Pinheiros, Penha, Santo Amaro, Carapicuiba e Barueri.

         219 – Índios Carijós de Cananeia-SP.

         225 – Os Jesuítas tinham rota do Maranhão a Quito (no Equador) em 1637-1639.

         231 – Os portugueses expulsaram os holandeses com a vitória na batalha de Guararapes, mas pagaram uma indenização à Holanda por infra estrutura feita por ela no Pernambuco.

         234 – Em São Borja-RS nasceram dois presidentes do Brasil.  Getúlio Vargas e João Goulart.    (a cidade no passado, como vimos, foi uma das missões jesuíticas).

         Num colégio Jesuíta de Itu-SP começou o futebol no Brasil anos antes de Charles Miller, este que teria incentivado o futebol no Brasil a partir de 1873.

                                      Final da leitura -   outubro de 2018

CAP. 09/10 - fichamento - livro - A GRANDE AVENTURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL - Autor: Jornalista Tiago Cordeiro

 CAP. 09/10        postado em dezembro de 2020

         Página 148 – O Tratado de Madrid substituiu o Tratado de Tordesilhas.  O de Madrid foi de 1750.   Neste ficou acertado inclusive que o Rio Grande do Sul passava a pertencer a Portugal e a então Colônia de Sacramento (Uruguai) passava ao domínio espanhol.

         As missões tinham muito gado bovino e criações de muares para serviço.  O gado era importante riqueza da época.   Essa fonte de renda importante fornecia independência financeira às missões.

         Quando as missões do sul, parte delas, passaram a ser de Portugal, o rei queria interferir no arranjo delas e houve muito conflito.   Os Guaranis se rebelaram para defender suas conquistas liderados por Sepé Tiajaru, índio que era liderança nas missões.    A lenda diz que ele mandou um recado ao rei da Espanha:  “Esta terra tem dono”.

         149 -  Ataque espanhol parte de Buenos Aires e ataques portugueses partem do Rio de Janeiro.    Os europeus uniram as forças e atacaram.  Fizeram um massacre contra os índios das reduções.  Batalha de Caiboaté no dia 07-02-1756.   Eram 1.500 índios contra 3.000 soldados com artilharia.      Houve reboliço na Europa por causa do massacre o que inclusive levou Montesquieu a colocar em seu livro de 1748 um elogio à organização dos índios nas reduções jesuíticas.   Até Rousseau que era contra os católicos elogiou os índios que estavam sendo massacrados.

         Havia por outro lado os que diziam que os jesuítas usavam os índios para enriquecer a Ordem.    As Missões exportavam e os colonos achavam que essa riqueza deveria ser deles, colonos.

         152 – Fake News na época na Europa.    Por volta do ano de 1780 espalharam boato na Europa de que os índios com apoio dos Jesuitas tinham estabelecido um Reinado no Sul e haveria um índio ungido como Rei – Nicolás I que governaria toda a região independente do Império Espanhol.

         152 – Pressões tantas que o Papa Clemente XIV extingue a Ordem dos Jesuitas em 1773.      Mais adiante, em 1814 o Papa Pio VII reabre a Ordem dos Jesuitas.

         154 – Padre Malagrida, Jesuita é condenado e executado no garrote na Praça do Rossio em Lisboa.   Na modalidade do garrote, o réu fica sentado e um dispositivo aperta seu pescoço até a morte.

         155 – Rei de Portugal Dom José I expulsou os Jesuitas de Portugal e de suas colônias em 1759.   No Brasil estes comandavam colégios, igrejas, bibliotecas, fazendas e  mais de 60 aldeias.    Envolvia mais de 24.000 pessoas.  Eram então aproximadamente 600 religiosos Jesuitas.

         157 – Os jesuítas foram presos e recolhidos à Europa.   Do Nordeste, houve prisão e deportação de jesuítas no Maranhão, em Olinda, Recife, Ceará, Paraiba e Bahia.    Também foram deportados jesuítas do sul inclusive de Paranaguá.

         159 -  Ao todo foram 211 anos de atuação dos Padres Jesuitas no Brasil colônia.    A biografia do Marques de Pombal que assessora o rei de Portugal e convence o rei a modernizar o país.   Inclusive a controlar o clero.   Em 1750 Portugal tinha 3.000.000 de habitantes e eram 200.000 religiosos.   Havia bastante poder dos religiosos até então.

         161 – O Padre Malagrida, filho de médico, veio em missão ao Pará.   Em 1735 – peregrinação pelo Nordeste do Brasil por 14 anos, percorrendo 14.000 km.  Fundou conventos, seminários e orfanatos.

         164 – O rei decreta a extinção da ação dos Jesuitas e o confisco de tudo para a Coroa, alegando excesso de poder dos Jesuitas.

         165 – Um ex Jesuita cita casos de homossexuais entre os jesuítas de São Paulo, dando nomes aos casais.   

         165 – Normas da Coroa -  “Regimentos das Missões” – Diretório dos Índios, de 1755.   Tira o poder dos religiosos e passa o poder aos burocratas da Coroa portuguesa.   Normas indicadas pelo Marques de Pombal, que fazem inclusive os índios passarem a usar roupas (no clima tropical e fora da cultura deles) e falarem o idioma português.    Pombal estimula a miscigenação entre brancos, negros e índios.

         169 – Quando a Ordem dos Jesuitas foi expulsa do Brasil, ela tinha 6.000 escravos e muitos bens.    (e prestavam serviços também)

         ................ continua no capítulo final 10/10

CAP. 08/10 - fichamento - livro - A GRANDE AVENTURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL - Autor: Tiago Cordeiro

 CAP. 08/10

         O autor conclui:   “Eram o que havia de mais engenhoso em termos de colonização... nos últimos séculos”.        No caso do Paraná houve várias reduções jesuíticas mas praticamente não sobraram edificações porque então não eram de pedras como no sul e foram degradadas pelo tempo.

         Houve reduções Jesuíticas em regiões de certos países como Paraguai, Bolivia, Argentina, Uruguai e sul do Brasil.  Neste, no RS, SC e PR.

         138 – “Cidades ocidentais com gestão delegadas aos próprios índios”.   Os padres no controle exigiam o fim das práticas de uso de bebidas alcoólicas, fim da poligamia, da consulta a xamãs.    Os líderes indígenas eram alfabetizados”.

         138 -  No final do século XVII havia mais de 40 missões com mais de 150.000 pessoas.   A maioria, índios Guaranis.

         Consta que os Guaranis, nômades, vieram há mais de 2.000 anos da Amazonia para o Sul.   Cultivavam a terra por sete anos e a terra se exauria e eles iam migrando para novas terras.

         139 – Tanto jesuítas como guarani em boa dose respeitavam os respectivos costumes.    Havia eleição de gestores todos os anos.

         Ao julgar pessoas, ouviam os líderes indígenas.   O pior e raro castigo era o exílio.   Ser expulso da comunidade.

         146 – Na crença indígena local, morrer era encontrar Yvy Marã-Ey, a terra sem males.    Há um paralelo com o céu cristão.

         140 – Aulas, inclusive de religião, em Guarani.   As aulas de religião eram dadas pelos religiosos, mas as demais, por índios preparados para isso.

         Praça padrão:  “Praça Central” com cemitério, escola, igreja e hospital.   Tudo com janelas para a praça.    Praça com cruz e estátua do Santo Padroeiro.    Cidades muradas para defesa.

         Fora do urbano – pomar, cana, tabaco, algodão e erva-mate.  Parte para exportação.

         Artesãos diversos.   Havia casas até para abrigar as viúvas.   Familias de índios nas missões passavam a ter o padrão pai/mãe/filhos e não mais as ocas comunitárias dos índios tradicionais da região.

         142 – O primeiro livro impresso na Argentina, o Martirológico Romano, de 1705 foi obra do índio Juan Yapai da missão de Loreto.    Os índios fizeram muitos instrumentos musicais dos quais boa parte foi para a Europa.

         Crianças guaranis aprendiam a cantar hinos em Latim e impressionavam  os europeus visitantes.

         Os arquitetos dos templos barrocos da Itália e Alemanha projetaram várias obras em reduções jesuíticas na região.

         143 – Anton Sepp von Rechegg nasceu no Tirol dia 22/11/1655.   Em 1690 já era jesuíta missionário no Paraguai.  Bolou uma sede de missão.  Achou uma mina de ferro e fundiu para fazer o sino.     Relógio da igreja, para cada hora, um dos 12 apóstolos.  Obra prima.     Esse missionário jesuíta incentivou na região o plantio de uva e algodão.     Ele atuou também na Argentina onde morreu em 13-01-1733, isto em São José das Missões.

         145 – As missões foram instaladas em locais estratégicos na margem do Mar del Plata.   Logo que portugueses e espanhóis chegaram na região, entravam pelo mar del Plata e subiam rio acima em busca do ouro.   Ouviam que os Incas tinham sua civilização e muito ouro.   

         145 – O início das missões foi no Paraguai em 1607.  Já havia o Bispo de Assunção, cidade fundada em 1536.

         146 – Descobertas as minas de prata de Potosi na Bolívia.

         Em certo tempo nas missões, o padre jesuíta Montoya atuou na América espanhola que então pegava parte do que hoje é o Paraná, inclusive.      Onde hoje é o município paranaense de Santo Inácio (que conheço), margem do Rio Paranapanema, afluente do Rio Paraná, houve uma redução jesuítica da então América Espanhola.  Missão San Ignácio Guazú de 1609.   A cidade mantém um pequeno museu com algumas peças da região, principalmente cerâmica.

         Em 18 anos surgiram outras 15 missões na região da província de Guayrá  (boa parte da região é terra roxa muito produtiva, não sendo o caso de Santo Inácio que fica em solo de arenito).

         Essa região era alvo muito frequente dos bandeirantes que vinham de São Paulo capturar índios para vende-los como escravos.    Como defesa, muitas das missões migraram para o Uruguai.   Em 1680 floresceram por lá, onde há edificações mais sólidas e amplas que ficaram para a história.

         147 – No Rio Grande do Sul, sete missões unidas.  Os chamados Sete Povos das Missões.   Os nomes:   Santo Ângelo Custódio; São Francisco de Borja; São Luiz Gonzaga; São Nicolau; São Lourenço Mártir; São Miguel Arcanjo e São João Batista.     A São Francisco de Borja era a mais antiga.    Chegou a ter 3.000 pessoas e deu origem à cidade de São Borja-RS.

         ..... continua no capítulo 09/10

CAP. 07/10 - fichamento - livro - A GRANDE AVENTURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL - Autor: Tiago Cordeiro

 CAP. 07/10

         Página 119 – Padre Antonio Vieira.  Quando jovem, era um aluno medíocre.   Foi em 1627 professor de retórica em Olinda PE.  Aos 26 anos, em Salvador, já era Jesuita.  Fez fama pelos seus sermões.   Deixou vasta obra escrita.

         120 – Ficou 40 anos em Portugal.   Foi diplomata e nessa função foi mal sucedido.   Em Portugal, viajou para a Holanda para tratativas buscando reaver o poder português sobre Pernambuco.   Defendeu em Portugal deixar Pernambuco ao domínio holandês.   Escreve sobre a potência naval que era a inimiga Holanda.   Onze mil navios de gávea e 250.000 marinheiros.

         124 – Em São Paulo, dia 13-07-1640 a Câmara municipal, as 2 h da madrugada, decretou a expulsão dos Jesuitas e em seguida o povo invadiu as dependências destes e depredou.   Os Jesuitas fugiram para Santos.  Depois de 13 anos, puderam voltar para São Paulo.

         125 – Há tempos já existia templo jesuíta no Morro do Castelo.  Em 1640 inclusive já existia.     Pedro Taques de Almeida era Capitão-Mor da Capitania de São Vicente.

         126 – Os jesuítas eram muito necessários, inclusive como educadores dos filhos dos moradores da região, gerenciavam hospitais e visitavam doentes.

         126 – Os jesuítas tinham fazendas e se recusavam a pagar impostos.

         127 – Veio ordem de Portugal (lei) para evitar escravizar índios e se espalhou no Maranhão notícia de que os índios escravos seriam transferidos para as fazendas dos Jesuitas.  Deu tumulto.

         128 – Sermão com os “M” de Maranhão.   Padre Vieira, irado com o povo que considerou ingrato, fez um sermão associando o M de Maranhão com uma série de adjetivos ruins.    M de mentir etc.

         128 – Padre Vieira gostava de navegar pelo Amazonas.  Admirava o número de línguas nativas da região.  Dizia que era a Torre de Babel.

         128 – Motim em São Luis em maio de 1661.    Fotos nas páginas 129/130. 

           Padre José de Anchieta fez parte relevante da história de SP, RJ  e ES.   Na legenda da foto dele consta que ele era um professor cativante e um curandeiro respeitado.

         Foto – Francisco Xavier ficou mais famoso que o fundador da Ordem, Inácio de Loyola.   Xavier atuou como missionário na Índia, Japão e tentou atuar na China.

         Foto – Ruina da monumental igreja de Santo Inácio Mini (de 1610) na Argentina.  É patrimônio da humanidade, tombada pela UNESCO/ONU.

         129 – No Maranhão, revolta de Beckman.  Manuel Beckman era nascido em Lisboa e filho de pai alemão.

         131 – Doente e a aplicação de sangue-sugas como tratamento.  Três vezes por dia.

         131 -  Padre Vieira respondendo à Inquisição em 1666, ano apocalíptico.  666 já nessa época era considerado o número da besta.

         132 – O Marques de Pombal era um grande admirador do Padre Vieira, mas foi Pombal que decretou o fim da ação da Ordem dos Jesuitas no Brasil e no mundo.  Nesse tempo ele servia ao Rei de Porgugal.

         134 -   O Padre Vieira  voltou ao Brasil e atuou por uns tempos e morreu em Salvador, perto de chegar aos 90 anos, isto em 1697.

         137 – Rio Grande do Sul – Missão.  Trabalho para a comunidade de 6 horas por dia, 2 vezes por semana.   Isto aos que viviam na redução jesuítica local.  O tempo restante, cada um podia trabalhar em suas terras.   A moeda corrente entre os povos das missões eram milho, mel ou fumo.

         138 – No Sul da América Latina as missões passaram a ser chamada de Reduciones.  (adensar os indígenas da região em torno das edificações dos jesuítas, tendo assim proteção, estudo, ofícios etc)

         Nas reduções jesuíticas havia até exército próprio para defesa.

         O autor conclui:   “Eram o que havia de mais engenhoso em termos de colonização... nos últimos séculos”.        No caso do Paraná houve várias reduções jesuíticas mas praticamente não sobraram edificações porque então não eram de pedras como no sul e foram degradadas pelo tempo.

............. continua no capítulo 08/10

domingo, 13 de dezembro de 2020

CAP. 06/10 - fichamento - livro - A GRANDE AVENTURA DOS JESUITAS NO BRASIL - Autor: Jornalista TIAGO CORDEIRO

 CAP. 06/10                DEZEMBRO DE 2020

         Página 96 – Os Jesuitas trouxeram o estudo da matemática para o PE, BA e RJ.    Em 1757 uma escola deles na Bahia daria origem a Faculdade de Matemática. 

         Trouxeram da Europa livros como Geometria de Euclides e professores de alto nível formados em Coimbra para o Maranhão em 1690.  Geometria, Cartografia, Astronomia.     Os colégios religiosos tinham livros também de Ciências e outros temas, além de religião.   Obras de pensadores como Newton, Rene Descartes e outros.

         98 – Anchieta atuou bastante no Espírito Santo e morreu em “Anchieta”, cidade que ganhou seu nome.   Foi canonizado só em 2014, o Padre José de Anchieta.

         99 – Palácio Anchieta – em Vitória-ES em homenagem a ele.     canonização por milagres comprovados e a modalidade de santidade presumida, esta que foi adotada para o processo de canonização de Anchieta.

         Na Amazônia – Jesuita João Felipe Beffendorf.   Por 130 anos o Maranhão e o Grão Pará formavam um Estado à parte.  (1621 a 1751)

         Da Bahia, sede de toda a Colônia, o contato era por mar.

         103 – O Maranhão e o Grão Pará tiveram como capital primeiro São Luis e depois, Belém.    O primeiro desafio foi manter a região sob domínio do Império Português.   Estavam no lado espanhol no Tratado de Tordesilhas.   Portugal não tinha tantos recursos para atuar na América, África e Ásia ao mesmo tempo.

         103 – Em 1661 fundação de Santarém no Pará.

         104 -  Franceses no Maranhão de 1612 a 1615, fundando a vila de São Luis, homenagem ao rei da França Luis XIII.   Em diferentes épocas ainda dominaram o local por três vezes a partir de 1641.

         110 – Os índios da Amazônia dominavam a navegação nos rios e a confecção de canoas.   Os colonos europeus eram hostís aos índios e os Jesuitas mostravam que sem o apoio dos índios, nada feito.

         112 – Todo desenho de ocupação do Norte do Brasil tem as mãos dos Jesuitas.

         112 – Produtos de exportação importantes de então: cacau, cravo, café, salsa parrilha e açúcar.    Os Jesuitas importaram mudas de laranja da China.

         113 – Artista plástico Jesuita desenhou e fez a imagem de Nossa Senhora de Nazaré que há até hoje em Belém-PA.  Trata-se de Hans Xavier Treyer.   Ele atuou  no Colégio Santo Alexandre (que eu visitei em Belém – é grande, tem igreja anexa e museu de Arte Sacra em funcionamento).  Obras dos anos 1700.   Lá havia até faculdade de Artes.    No local – Colégio Santo Alexandre, surgiu o ensino em Belém e a primeira biblioteca.

         116 – Formação do Jesuita incluía Latim, Arte, Retórica e Filosofia. Uma vasta área que engloba matemática, metafísica, física, lógica e ética.  O estudo incluía debates.

         117 – Estudava-se de 8 a 14 anos seguidos para se formar um Jesuita.

         118 -  Jesuitas defendiam manter o Pernambuco no domínio holandês.

         Na época a Espanha passou a ser a principal potência do mundo em concorrência com a Inglaterra e Holanda.    Espanha católica e Inglaterra e Holanda, protestantes.

.......................... continua no capítulo 07/10

CAP. 05/10 - fichamento - livro - A GRANDE AVENTURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL - Autor: Jornalista TIAGO CORDEIRO

 CAP 05/10                dezembro de 2020

         Nesses primeiros tempos, homens brancos vivendo como índios, incluindo João Ramalho.    Este, casado com a índia Bartira, filha do cacique Tibiriçá.   

         São Paulo e os índios Tupiniquins.  Tribos inimigas na região:  Carijós, Tupinambás e Tamoios.  (eram rixas de séculos entre eles)

         João Ramalho foi um grande líder entre os Tupiniquins e morreu com idade perto dos cem anos.

         57 – João Ramalho fundou o que hoje é a cidade de Santo André.   Praticavam o lucrativo comércio de índios escravizados.

         O colégio jesuíta de São Paulo – alfabetizava índios em Tupi, em latim e ensinava carpintaria e marcenaria aos alunos.

          Por essa época, pouco antes e pouco depois, surgiram as cidades de São Vicente, Salvador, Rio de Janeiro, Olinda, São Luis, Ilhéus e Recife.

         Para filhos de europeus, ensino:  latim, matemática e astronomia (importante para navegação inclusive).

         Índios com apoio dos Jesuitas não eram escravizados.  Eram catequisados.

         58 – Os índios catequisados passaram a permanecer no local e ter única esposa.      O primeiro agrupamento partindo de São Paulo, foi São Vicente, distante 60 km de São Paulo.

         No Rio de Janeiro, colégio Jesuita de 1567 no Morro de São Januário.

         O Padre Nóbrega, falando de cultivo de frutas, reclama das formigas cortadeiras de folhas (saúvas).    A mandioca já era cultivada pelos nativos daqui antes da chegada do colonizador e passa a ser usada também na fabricação de pão, em substituição ao trigo que já era de uso na Europa.

         60 – Nóbrega era de lágrima fácil.    Confissão, pela regra canônica não pode ter terceiro assistindo, pois é sigilo e não comporta intérprete.  Padre e quem estava fazendo confissão tinham que se entender no que se dizia.    (jesuíta e índio, no caso)

         70 – Religioso na época – tinha o poder de levar culpados à autoridade.    Houve um caso de um índio que matou um cristão.   Resolveram amarrá-lo à boca de um canhão e disparar.   Pena para servir de exemplo e inibir novas ocorrências.   Convencer também pelo medo.   Busca de conversão ao cristianismo.

         Padre Manuel da Nóbrega e o fornecimento de terras aos convertidos, o tanto que lhes bastassem.

         Ano 1580.   Portugal passa a ser comandado pelo Rei da Espanha Felipe II.    Unificação das colônias na América do Sul.   Os Jesuitas perdem a exclusividade de serem missionários no Brasil.

         71 – No início, Manuel de Nóbrega pensou que os índios não tinham religião.  Tinham religião, inclusive o deus deles é Tupã, o trovão.

         Os Jesuitas passam a  comparar Deus ao Pae Tupane.

         83 – Os jesuítas tinham chicote para auto flagelo e em caso de tentações carnais.    Padre José de Anchieta - Versos na areia da praia de Iperoig.  Mais de quatro mil versos.  Poema da Virgem.

         O padre Anchieta também era de elevada cultura e deixou importante obra literária.  Obra só suplantada mais adiante pelo famoso Padre Antonio Vieira.

         90 – Anchieta veio ao Brasil com a idade de 19 anos e já padre Jesuita com noções de Filosofia e Teologia.   Dominava quatro idiomas:  latim, grego, espanhol e português.   Atuou inclusive em Ubatuba-SP

         90 – Anchieta introduziu o Teatro no Brasil.  Também introduziu a dança do cateretê.    (que ao que eu saiba só era dançada por homens)

         91 – Tupansy – Mãe do deus Tupã.    O demônio era Anhangá.  Para denominar anjo, Anchieta ajusta o termo Kararbebê.    Anchieta recebeu o apelido de profeta voador.   Aparecia rápido e de repente de um lugar a outro.

         92 – Só pregar na língua nativa não bastava.  Tinha que também mostrar serviço.   Atender nas doenças, remédios etc.

         92 – Em 1562 uma epidemia de varíola matou mais de 30.000 índios e um terço dos moradores de aldeias Jesuitas.   

         93 –Chá de casca de raiz de sassafrás para artrite.

         94 – Aplicação de sangue-sugas para controle de algumas doenças.

         95 – Prosperidade dos jesuítas na  cidade do Rio de Janeiro.  Tinham a Fazenda Santa Cruz a oeste da cidade.  Plantavam com mão de obra escrava.

         95 – Hospital erguido em 1700 era grande para a época.   As propriedades dos Jesuitas tinham infraestrutura própria como oficinas, boticas (farmácias), escolas e isto causava desconfiança nos do poder político.   Eles tinham no RJ cerca de 60.000 cabeças de gado bovino.    Já nas fazendas dos jesuítas do Nordeste, o rebanho bovino não chegava a 20.000 cabeças.

         Segue capítulo 06/10

sábado, 12 de dezembro de 2020

CAP. 04/10 - fichamento - livro - A GRANDE AVENTURA DOS JESUITAS NO BRASIL - Autor: Jornalista TIAGO CORDEIRO

CAP. 04/10                dezembro de 2020

         Página 50 -  No Brasil os Jesuitas chegaram logo no início da colonização e tiveram exclusividade para atuar em missões.  Na época (anos 1500) Portugal era o país mais agressivo em colonizar em várias partes do mundo.     O rei João III requisita a Roma, Jesuitas para missões em apoio à colonização.    Só chegaram mandar dois padres Jesuitas, porém dois muito bem preparados,  Francisco Xavier e Simão Rodrigues, ambos fundadores da Companhia de Jesus.

         Xavier foi enviado por Portugal à Índia e Simão Rodrigues foi designado para cuidar do Brasil e este enviou para cá o Padre Manoel da Nóbrega.    “Nenhum europeu foi tão importante na colonização do Brasil quanto Manuel da Nóbrega”.

         Nobrega chegou na Bahia em 29-03-1549 – para Porto Seguro-BA.  (conheci em Porto Seguro a capela e a ruina do colégio Jesuita onde atuou Manoel da Nóbrega).  Depois de vasta obra, morreu no Rio de Janeiro em 1570.

         Em missão, percorreu o litoral de toda a colônia de então.  Desde São Paulo até Pernambuco.    (conheço em Itanhaém – litoral de SP um tempo que foi dos Jesuitas e abrigou Anchieta e Nóbrega, pelo que consta)

         51 – Nóbrega ajudou de forma decisiva na fundação de três cidades fundamentais para a colonização:  Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro.

         Começou por Salvador.  Lá chegou com o militar Tomé de Souza.

         Portugal ficou de 1500 a 1549 praticamente com o Brasil às moscas porque via na Ásia mais potencial econômico.   Nessas cinco décadas, holandeses e franceses aportaram por aqui.

         O primeiro governo na Bahia data de 1549.  O início da cidade é onde hoje fica o Farol da Barra em Salvador.

         No local tem a capela de Nossa Senhora da Graça.

         Diogo Alvares, o Caramuru.   Morador ilustre.   Região dos índios Tupinambás, que contava com aproximadamente 5.000 índios e a população de portugueses por lá no começo era em torno de 100 pessoas.

         Tomé de Souza, 46 anos, filho ilegítimo de um padre, veio para o Brasil contrariado, pois gostaria de ter ido para a Índia.

         52 – Estrutura.   Seis navios, mil homens com ofícios.   Militares, carpinteiros, ferreiros, um médico, centenas de degredados e seis Padres Jesuitas.

         Aportam em São Salvador, na Bahia.   Local alto e plano, numa baia boa para aportar os navios e adequado para vigia e defesa da costa.

         53 – Jesuitas de mentalidade moderna para  sua época.

         53 – Pela forma dos portugueses administrarem, frustraram as tentativas via capitanias, com grandes extensões de terra para alguns donatários.   Distribuir enormes áreas aos nobres para que estes, por conta e risco explorassem e colocassem infraestrutura na colônia.   Parte do lucro seria da Coroa Portuguesa.   Já tinha o modelo dado certo em Portugal após a longa ocupação dos Mouros e mesmo em outras províncias de Portugal.

         No Brasil o modelo fracassou e só deu certo em Pernambuco.   Inclusive mais perto da Europa.

         Eram 12 capitanias, cada uma com extensão aproximada de um país da Europa.    A capitania de Porto Seguro ficou ao donatário Pedro do Campo Tourinho que em 1553 visita São Vicente (SP), a primeira Vila além da capital São Salvador.

         Manuel da Nóbrega viajou muito na nossa costa em missão.    Em 1565 passou por São Paulo em missão, este povoado inaugurado em 1554.  Ficou um tempo pela região da costa paulista como Itanhaem-SP onde há tempo que foi dos Jesuitas.

         54 – O povoado de São Paulo foi localizado próximo da Aldeia Inhapambuçu, perto de onde se localiza o Mosteiro de São Bento.   O cacique Tibiriçá era então o líder de aproximadamente 25.000 índios da área Tupiniquim.

         Os jesuítas concentraram seus esforços em São Paulo e a metade dos 26 jesuitas que estavam no Brasil passaram a atuar em São Paulo.

         55 – São Paulo – clima bom, vegetação baixa.  Acesso aos índios.

         Primeira missa em 1553 no local.   A segunda missa foi dia 25-01-1554 e nesta data se comemora o aniversário de fundação da cidade de São Paulo e não por coincidência, no dia comemorativo a São Paulo Apóstolo – dia da Conversão dele ao cristianismo.

         Por isso, resolveram mudar o nome de Piratininga para São Paulo.

         Em 1667 o Colégio foi reconstruído (e a Igreja anexa).   Feitos de pedra assentada e barro.     Desde 1583 o Colégio e Igreja anexa faziam a benção das rosas para homenagear Nossa Senhora do Rosário.   Havia no local biblioteca com 8.000 títulos.

         Nesses primeiros tempos, homens brancos vivendo como índios, incluindo João Ramalho.    Este, casado com a índia Bartira, filha do cacique Tibiriçá.

         Continua no capítulo 05/10