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quinta-feira, 4 de março de 2021

CAP. 06/10 - fichamento - livro - CARAVANAS - Um Romance sobre o Afeganistão (ano 1946) - Autor: James Michener

 CAP 06/10                - leitura em fevereiro de 2021

          Página 183 – Conversão. Nur disse que os ocidentais acham que  esta só ocorre do islamismo para o Cristianismo, mas ela também ocorre em outro sentido, ou seja, do cristianismo para o islamismo, como ocorreu com o médico e com Ellen.

         Capítulo 8 – página 184 – plantações de melões e guaritas de vigia armada para evitar roubo no período do melão maduro.

         Deserto internacional...  se estende do centro da Índia, atravessa a Arábia, percorre o Egito, continua no Saara e vai até o Marrocos onde chega ao Oceano.

         No deserto da região o vento é quase direto.    Cidade de Qala Bist.  Ruinas com arco, muralhas etc.      Lugar onde dois rios se encontram. O rio corre para um lugar de deserto e lá desaparece.   Vai para o ar como vapor e parte infiltra no deserto.

         Em Qala Bist encontrou o engenheiro Nazrullah, marido de Ellen.  Este que disse morar numa morada com quatrocentos quartos em prédio da antiguidade em local com muralhas.   Muros de 1 metro de espessura e 6 metros de altura e aproximadamente 15 quilômetros de extensão.

         Missão dele na região.   Comandar a construção de uma barragem para energia e para irrigação das áreas próximas com as águas do Rio Helmand.

         190 – Forno afegão ancestral para assar nan.

         No passado remoto construíram série de tuneis para levar água do rio para usar a água para povoação e plantação.    Se não fosse subterrâneo, o canal infiltraria a água toda e evaporaria também e não chegaria ao destino.

         Estima-se que parte desses túneis foram feitos há aproximadamente 1.200 a 1.300 anos.   Os riscos de desabamento na construção eram enormes.     Chamam de sistema “Karez”.       O engenheiro Nazrullah aos 20 anos foi para a Alemanha para cursar engenharia.   Estava lá de 1941 a 1944 (época da II Guerra).     Ele disse que antes foi doutrinado por professores particulares sobre o Afeganistão ser ruim e a Europa ser tudo de bom.

         Ele viu barbaridades na Alemanha e depois na continuação dos estudos na Filadelfia conheceu o sofrimento de ser negro nos USA.

         Nos USA foi menos pior que ser judeu na Alemanha de Hitler, mas o Afegão pele escura sofreu discriminação e comparou com o sofrimento dos negros americanos.

         Nazrullah optou  com afinco a ser um afegão para sempre e ajudar a construir seu país com seu povo.  Formado engenheiro, 28 anos.

         206 – Represar o rio e tirar a liberdade dele na visão de Muller.  O engenheiro protestou por essa colocação do americano.   Quer o progresso para seu povo.    E pergunta a Muller:    Em que acredita?

         - Que sempre é triste ver a liberdade perdida.   Quanto à mudança, esta é a razão por que temos uma embaixada americana em Cabul.    Para ajudar a fazer as mudanças, continuando livres.    (discurso contra o comunismo dos vizinhos russos).

         Nazrullah disse que era bom que os americanos ajudassem porque senão os russos estavam bem dispostos a ajudar.

         206 – Capítulo 9 -   Um cumprimento:   Salaam aleikum.

         212 – Temperatura no deserto chega a cinquenta graus.

         Os caravançarás, abrigos para caravanas no deserto.   Lugares onde por longa tradição não se criam atritos, mesmo quando encontrasse ali um inimigo.  

         216 – Por volta ao ano 1220 Gengis Khan esteve por lá.  Destruiram o Afeganistão e esteve nesse local do caravançará citado.   (a passagem dele pelo local específico é ficção).

         Ainda da ficção, simbolizando as mortes perpetradas por Gengis Khan na região:    No Caravançará, uma coluna de diâmetro de quatro metros em material calcário.   Quando Gengis Khan invadiu o Kandahar, pegou prisioneiros e foi amarrando-os deitados em camadas até chegar à altura de quatro metros.   Não matou nenhum diretamente, mas todos morreram sufocados e esmagados.    Depois teria mandado cimentar com massa calcárea aquela pirâmide humana.  

         Por causa da lenda, ficou aquele caravançará específico com o nome de Caravançará das línguas de fora.

         Nazrullah...   disse que o Afeganistão já foi destruído várias vezes e que ele pressente que ao melhorarem o país, aviões russos e dos USA virão e destruirão de novo.

         Continua no capítulo 07/10

quarta-feira, 3 de março de 2021

CAP. 05/10 - fichamento - livro - CARAVANAS - Um Romance sobre o Afeganistão (ano 1946) - Autor: James Machener

 CAP 05/10

         Na parte do Afeganistão sob influência russa, já tinham acabado com o apedrejamento e as mulheres foram liberadas do uso da burca.

         127 – As tribos nômades povindahs, cujas mulheres são livres e não usam burca, cruzam países da região desde tempos imemoriais, em caravanas.    Moça nômade.  Roupa vermelha indica não casada.

         129 – Aqueles nômades, no inverno vão para a Índia e no verão vão para o Norte.   Legalmente seriam possivelmente indianos aqueles nômades.

         Problemas locais de Ghazni depois da seca.  Falta de alimentos, impostos altos e preço elevado dos cavalos.

         Capítulo 6 – página 136    ...”completar nosso trabalho, antes que a Rússia tome conta”.   (vizinha de fronteira com o Afeganistão)

         - A política do  meu governo (USA) é de ajuda a vocês...

         142 – Cidade de Kandahar com suas muralhas.  Região com camelos como as demais.    Muralhas do tempo de Dario, o Persa.

         O afegão que traz uma das esposas vestidas de burca ao médico.  O médico vai examinar a mulher.  Ela fica durante o exame na sala de espera e o marido vai na sala do médico, conta o que a esposa sente e o médico vai fazendo perguntas e o marido vem perguntar pra mulher.   Isso por causa dos costumes e do uso da burca.      (em 1946).    Se o médico receitasse remédio caro, era comum o marido não comprar o remédio e muitas vezes a paciente morria.

         149 – O médico disse que tratou da Ellen varias vezes.    “Ela era uma moça agradável e bem ajustada.  Bastante feliz com o marido e ele com ela”.

         Costume local.  Vários homens comerem da mesma tigela.  Sempre com a mão direita.  Motivo:  Lá a água é rara e a mão direita se usa para comer e a esquerda para se limpar ao ir ao banheiro.

         Punição por roubo, cortar a mão direita.    Assim a pessoa não mais podia comer em comum na tigela.

         Festival de dança.    O médico disse que os dançarinos geralmente eram gays.

         Apedrejavam mulheres adúlteras e se serviam dos gays.

         156 – Capítulo 7 -    O médico falando:  Volte daqui a três anos, herr Muller e encontrará seu ajudante Nur falando russo.

         176 – Disputa pelo gay após a dança.  Ele era o melhor dançarino dos que se apresentaram em público.  O que morreu na disputa pelo gay era policial.   Pena ao assassino:  morte.   O pai da vítima teve o “direito” de degolar o assassino em praça pública.

         Sobre os mulás  (chefes religiosos) aceitarem os linchamentos e apedrejamentos.  Nur diz a Muller:   Os mulás são bastante esclarecidos.   Quando o governo achar que o povo está preparado, vai proibir essas práticas e os mulás vão apoiar esse ato do governo.   Nur acrescentou:

         Eu tenho um irmão que é mulá.   Conheço bem esses religiosos.

         O médico alemão se diz não pro nazista, declarou que agora pratica o islamismo. 

         Alguém disse do islamismo local aceitar o apedrejamento.    Aí o médico alemão disse: Os cristãos da Alemanha perpetraram genocídio aos judeus, o que seria bem pior...

         Nur diz que Ellen também se converteu ao islamismo.

         181 – “Ela salientou o fato de que o islamismo, o cristianismo e o judaísmo, todos haviam começado no deserto, onde Deus parece mais próximo e onde a vida e a morte são mais misteriosas.”    Disse que somos no fundo animais do deserto e que a vida foi concebida para ser dura.   Quando vivemos em oásis como Filadelfia (nos USA) ou Munique, tornamo-nos degenerados e perdemos o contato com as origens, tipo comer o pilau com as mãos em várias pessoas na mesma tigela.   

         O médico alemão em 1946, aos 40 anos.   Nur, 32 e Muller, 26 anos.

         Continua no capítulo 06/10   (um capítulo por dia corrido)

terça-feira, 2 de março de 2021

CAP. 04/10 - fichamento - livro - CARAVANAS - Um Romance sobre o Afeganistão (ano 1946) - Autor: James Michener

 CAP 04/10                leitura em fevereiro de 2021 

         Página 81 – O protagonista Muller, refletindo à noite, vendo o rio...  “como pudera ter tido tanta sorte de conseguir uma designação para Cabul, a mais remota das capitais”.

         84 – Povo caxemira.  

         90 – Ficção – conter ajuda para encontrar uma pessoa comum utilizando gente do FBI e do Serviço Secreto da Marinha...

         91 – Sobre a moça procurada – Ellen  (pela foto:  ela é linda)

         95 – Investigação feita sobre o tempo de Ellen estudante.  Inquirindo pessoas com quem ela tinha proximidade, alguém citou:   “Ellen podia ficar bastante amargurada com o que ela chamava de  `inescapável vazio da vida´ em sua família”.

         Ela acrescentava em outra ocasião.   “Mas deve haver algum lugar no mundo que seja diferente”.   (que não fosse chato)

         Todas pessoas citadas sobre o tempo dela estudante, foram das forças armadas americanas.   Bem recorrente.

         97 – Ela conheceu o afegão no tempo de estudante e depois ele voltou para seu país.    Um dia ela resolve partir para lá só com 200 dolares.  Emprestou mais 1.200 dolares da amiga e se foi.

         O que não estava no gosto do pai de Ellen, ele achava ridículo.    Pode ter achado o então namorado dela ridículo...

         103 – O professor de música e a esposa dele aconselharam Ellen antes.  Ela não seguiu o conselho.    Agora, perguntado, ele coloca:

         “Quando encontrarem Ellen descobrirão que não foi Nazrullah que lhe fez mal, mas sim que foi ela que fez mal a ele”.

         O Chefe de Muller ouvindo o relato sobre a moça:   Como pai de filha rebelde, fico irado com a carta do professor de música.   Mas como alguém de fora, reconheço que a carta do tal professor é a única coisa que faz sentido no caso.

         107 – Shah Khan, o que governa o Afeganistão  (na ficção).   “Nós sabemos que os afegãos odeiam o comunismo... sobretudo sua atitude com relação à religião...”    (o Ocidente investiu em apoiar a expansão do Islã na região, capitaneado pela Arabia Saudita, em busca de blindar a região contra o comunismo no mundo real)

         110 – Preparo para encarar trilha no deserto.   Levar macaco para o jipe e roda sobressalente.   Estrada de Cabul a Kandahar, 500 km.   Kandahar é a segunda maior cidade do Afeganistão.   Estrada de mais de 3.000 anos – rota de caravanas.

         113 -  Passarinhos amarelos pela região.    No trecho passam pelo lugar onde foi a primeira capital do Afeganistão, a cidade de Ghazni, hoje abandonada.    No ano 1.000 da nossa era, Mahmud de Ghazni, por vinte e cinco anos dominava extensa região que ia até as planícies da Índia.   Saqueou, subjugou enorme região, assassinou muita gente e trouxe riqueza para sua cidade.

         Muller quando estudou esse personagem – Mahmud de Ghazni, perguntou aos colegas e ninguém nunca tinha ouvido falar nele.    Nem sabiam que o Afeganistão fica na Ásia.   Pensavam que ficava na África.

         Traje comum no Afeganistão, para os homens – camisas até os joelhos, turbantes enormes, sandálias de couro cru  (anos 1946).

         Se aproximavam dois mulás  (chefes religiosos) ...”um olhar de intenso ódio”.    (pelo estrangeiro)

         Quarto do hotel sem fechadura, piso de chão, sem cama nem água.   No chão, uma pilha de cinco lindos tapetes persas...

         118 – Comidas típicas – nan e pilau.   Nan, um tipo de panqueca feita em fogão de barro.   Pilau, uma mistura de cevada, trigo seco, cebola, passas, casca de laranja e pedaços de carne de ovelha assada.   Ambos, alimentos saborosos e nutritivos.

         121 – Muller assistiu um apedrejamento de uma adultera na cidade.   Levam a pessoa para fora dos muros da cidade para o apedrejamento.    (isto em 1946 – consta que isso quase não ocorre mais na atualidade)

         124 – Nessa época (1946) o Afeganistão tinha ao redor de 12 milhões de habitantes.    (atualmente, 38 milhões).

         Continua no capítulo 05/10

segunda-feira, 1 de março de 2021

CAP. 03/10 - fichamento - livro - CARAVANAS - Um Romance sobre o Afeganistão (ano 1946) - Autor: James Michener - Ficção

         continuação 

         O salário comum no Afeganistão (ano 1946) seria por volta dos 20 dolares por mês.   Disse aos pais da moça que ela iria morar numa choupana, salário irrisório e não usando a burca, seria rejeitada  pelas outras esposas do marido.

         O rapaz diplomata Muller perguntou se os afegãos iriam abandonar a burca.    Shah Khan responde:  - Vocês americanos parecem preocupadíssimos com a burca.   Olhe! – e ele apontou para a cadeira do hall.   A minha neta usa a burca e a mãe dela é diplomada pela Sorbonne.

         A sua neta gosta de usá-lo?

         - Não nos preocupamos com isso – Shah respondeu. 

         Muller argumenta:    - Mas os russos se preocupam, focando no ponto fraco do velho líder político local.

         Muller completa:  - Eles, os russos, dizem que vão força-los a libertar suas mulheres como eles libertaram as deles.

         ... avisei os pais de Ellen que se ela fosse vista na rua sem a burca os mulás poderiam cuspir nela.

         Uma moça nos USA quis se casar com Moheb mas ele esclareceu os costumes do seu país e ela desistiu.

         O Afeganistão dava mesada alta aos que enviava para estudar no exterior, como o caso de Moheb que recebia (em 1945) 1.000 dolares por mês.     Terminado o curso, o estudante formado voltava ao seu país para trabalhar e ganhar 20 dolares por mês.

         O jovem engenheiro afegão casado com Ellen está na distante cidade de Kandahar.

         Shah Khan, o presidente do país tem quatro esposas.

         50 – A justificativa para tantas esposas.    No passado muitos homens jovens morriam em seguidas guerras e emboscadas.  Tolerava-se que tivessem várias esposas.   Tinham várias, mas havia o  compromisso de continuar sustentando todas.   O que na visão deles evitava o risco da prostituição por falta de amparo.

         Moheb falou dos defeitos dos homens americanos – homossexualidade, complexos de Édipo, medo da competição, aleijões psicológicas...     Dos franceses destaca: amantes, traição, prostituição.   Alega que todo mundo tem seus problemas.    E esses povos implicam com o modo de vida e a cultura afegã.

         52 – Marido de Ellen, afegão, engenheiro, morar na fortaleza de Qala Bist no Kandahar.  Tempo de construção de represa para irrigação.

         No passado remoto o Afeganistão foi atacado por Alexandre, o Grande, por Gengis Khan, Tamerlão, Nadir Shah, da Pérsia.

         60 – Conversa recorrente entre os estrangeiros sobre os problemas locais: a implicação com a burca e a água ruim que causa diarreias recorrentes.

         62 – Moheb diz que lá esgoto e xixi na rua causam mortalidade infantil alta.   A expectativa de vida lá em 1946 seria de 23 anos por causa do elevado índice de mortalidade infantil.    Diz que por lá a criança que vencia toda essa adversidade da falta de saneamento ficava mais resistente a certas doenças como a poliomielite, esta que quase não ocorria no país.

         64 – No tempo de mais neve, alguns lobos famintos descem da montanha e atacam na periferia da capital inclusive.  Pondo em risco até as pessoas, já que os animais famintos atacam em grupo.

         Muller, o protagonista na ficção diz que já serviu na Índia antes da guerra.

         67 – A moça americana da embaixada falando aos integrantes das embaixadas:   “Quase todo mundo por quem realmente me interesso está aqui, nesta noite”   (quando liam peças de teatro para distrair nas horas de folga).     Deixa claro um desprezo pelo povo local.

         69 -  Diz que está escrito na Enciclopédia Britânica (cita trecho) e neste, uma frase:   “O afegão é, por hábito e por tradição...      O afegão é por educação e por temperamento, uma ave de rapina”.     ...tornam-se excelentes soldados sob a disciplina britânica”.      (romance de 1946.   A II Guerra Mundial, vencida pelos aliados, permitiu a estes “lotearem” aqueles países e exercerem um domínio e exploração dos povos, “criando” novos países sem respeitar as etnias, cultura e religiões).

         71 – Por duas vezes no passado os afegãos liquidaram a vida dos ingleses que lá estavam.  Isto em 1841 e 1879.

         72 – A turma da lareira lendo a peça de teatro.       ...”o Afeganistão, no meio do inverno, longe, muito longe do que se conhecia por civilização”.

         74 – Turma de embaixada naquele período no país:   “ou encontrávamos companhia dos nossos mesmos vizinhos, ou não se encontraria prazer algum”.

         ............   continua no capítulo 04/10 – um por dia corrido





sábado, 27 de fevereiro de 2021

CAP. 02/10 - fichamento - livro - CARAVANAS - Um Romance sobre o Afeganistão (ano 1946) - Autor: James Michener - fev/2021

 Segunda parte – Caravanas    02/10     - leitura de fevereiro de 2021 

         O jovem da embaixada, protagonista (Miller) chama os três mulás (líderes religiosos)...”aqueles espantalhos de túnicas longas e barbas esvoaçantes...”.  Isto na terra dos mulás.

         Os mulás partiram para xingar a secretária da Embaixada que saiu pelas ruas de Cabul com trajes ocidentais.    Para o povo local, a moça deveria estar com trajes locais.    Eles se dirigiram a ela gritando e praguejando.

         26 – Bazar... ruas emaranhadas – comércio de quase de tudo... “a maioria das mercadorias roubadas em Delhi, Isfahan e Samarkanda.

         “Eu sentia um prazer perverso ante a certeza que a nova Índia, a Velha Pérsia (Irã) e a Rússia revolucionária eram igualmente impotentes quanto a acabar com os ladrões hereditários da Ásia Central”.    (não custa lembrar que os USA tem uma das maiores populações carcerárias do mundo)

         Diz que quando Dario marchou sobre Cabul, os bazares locais já vendiam os mesmos artigos roubados das mesmas velhas cidades, 500 anos antes de Cristo.

         27 – Rostos que me faziam pensar que eu estava de volta aos dias de Alexandre, o Grande, quando o Afeganistão, por incrível que pudesse parecer agora, era uma satrapia de Atenas, uma terra de grande cultura, muito antes da Inglaterra ser realmente descoberta...

         31 – Ano de 1946 – Cabul era uma cidade com esgoto a céu aberto e sem água encanada.

         32 – Capítulo 2

         Cita a mansão/fortaleza do Chefe político no comando do Afeganistão, Shah Khan.     Sino para ser tocado anunciando visita.  Isto no lugar de campainha.

Moheb Kha, filho de Shah Khan.   Moheb estudou em Oxford.

         37 – Sobre a mansão.   Uma casa com paredes de barro com espessura de mais de setenta centímetros.   Os ingleses atiraram de canhão por lá e as paredes teriam resistido.

         Shah Khan era um hábil aristocrata que servira de conselheiro a três reis sucessivamente.     Falava o persa e francês.  Estudou na França na Universidade de Sorbonne.   Falava também inglês, alemão e pashto, a língua do campo do Afeganistão.

         Shah admirava outros povos mas pelos ingleses tinha relação de paixão e ódio.

         A mansão foi projetada por arquitetos alemães.

         39 – Moheb, tendo estudado no Ocidente, era “diferente”.  Seguia o islã e bebia bebida alcoólica, vedada aos dessa religião.

         O rapaz afegão Narzullah que aos 24 de idade em 1942 foi estudar da faculdade de Wharton, da Universidade da Pensilvânia – USA.   Filho de nobre de Cabul.    Tinha feito Engenharia na Alemanha e foi continuar os estudos nos USA.

         Narzullah vivia como estudante com uma boa mesada e carro conversível para passear.  Um Cadillac vermelho.     Ele como a maior parte dos afegãos, não tem sobrenome.

         A jovem estudante americana Ellen Jaspar conheceu Narzullah talvez no clube de tênis.    Ela também cursava faculdade na mesma cidade.

         Se conheceram, namoraram, mas os pais dela não deixaram ela se casar com o rapaz afegão.

         41 – “No meio da guerra, ela foi para a Inglaterra, arranjou um jeito de ir para a Índia e veio pelo passo de Khyber acima  (trilha de caravanas), numa caravana de burros”.   Ela se casou com Narzullah em Cabul.

         Nas leituras de peças de teatro pelo pessoal das embaixadas, uma das moças leu as falas da personagem Olivia da peça Noite de Reis, de William Shakespeare.

         Uma descrição da jovem americana Ellen Jaspar.     Moça loura, magra, bonita.    Moças da região de Ellen Jaspar de então.   “Todas eram  ótimas em inglês, péssimas em matemática e indiferentes em filosofia”.

         A cidade de Ellen – Dorset.  Cidade de arquitetura colonial no estado de Filadélfia.

         Pessoa da embaixada dos USA, junto com Moheb alertaram os pais de Ellen sobre o sistema dos afegãos.    Se ela se casasse com um deles e fosse morar no Afeganistão, o passaporte dela seria retido pelo marido e pelo costume local ela não mais poderia sair de lá sem o consentimento do marido.

 

 continua no capítulo 03/10 amanhã

 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

CAP. 01/10 - Fichamento - livro - CARAVANAS - Um Romance sobre o Afeganistão - autor americano: JAMES MICHENER

         Livro ambientado em 1946 -   (logo após a II Guerra Mundial)  -   leitura/fichamento - fev/21 

         Livro – Caranavas – Um Romance sobre o Afeganistão (década de 40)

         Autor:  James Michener (ganhador de Prêmio Pulitzer)

         Do que trata o livro – Uma obra de ficção que trata da trajetória do jovem protagonista americano a serviço da Embaixada dos USA no Afeganistão.    Ele recebe a missão de procurar pistas de uma jovem americana que conheceu um então universitário afegão e após ele voltar para seu país, ela resolve partir para lá e buscar viver uma vida primitiva junto aos nômades.     Ela com isso busca um mundo alternativo ao mundo vivido por seus pais e seu povo, que ela acha cheio de futilidades.

         Há então ingredientes que eu como leitor acho interessantes no “pano de fundo” da obra, onde se faz menção a informações que tem a ver com o modo de vida do povo afegão das cidades e mesmo dos nômades do deserto e das montanhas.      Isto tudo, bom frisar, no panorama do ano de 1946 quando mesmo nós por aqui vivíamos um mundo “rural” com condições de vida bem básica, por assim dizer.

         Vamos nessa?

         Faremos dez capítulos curtos, e editaremos aqui no Facebook e no meu blog, um por dia corrido.

         Na página inicial, um mapa do Afeganistão que faz divisa com o Irã, Rússia, China, Índia e Paquistão.   

         Cabul é a capital do Afeganistão.     País com 38 milhões de habitantes na atualidade.

         Página 9 – Embaixada dos USA em Cabul, chefiada pelo Comandante Verbruggen   (tudo muito militarizado...)

         10 – A jovem americana inconformada:   Ellen Jaspar.

         O militar americano aborrecido:  “Estou aqui para ajudar uma nação a sair da Idade Média”.

         O narrador/protagonista, Muller, americano judeu.   Jovem que atua na embaixada em Cabul e conhece o idioma local.    Diz que o povo afegão é atrasado.    Diz que Cabul dos anos 50 poderia parecer com a Palestina no tempo de Cristo.

         A embaixada encarrega Muller de partir para o interior do Afeganistão para procurar a jovem Ellen que foi para lá em busca do ex namorado afegão e que deixou a meses de dar notícias para a família.

         Missão por demanda do senador americano atendendo à família da moça.

         O chefe de Muller, adido militar, comandando a Embaixada.    Foi comerciante de carros usados e filiado ao Partido Democrata do estado de Minnesota.

         O jovem Muller, republicano.     O chefe no passado ajudou a instalar duas bases navais em Manus e Samar.    O chefe achava o jovem inteligente e o encaixou no Departamento de Estado dos USA.

         14 – Os mulás  (líderes religiosos islâmicos) invocaram com os americanos (fuzileiros navais) em serviço no Afeganistão.  Sapatos de duas cores, esportivos.     Ao ponto dos mulás quererem mandar os militares embora do país.

         15 –  Lembrado que a II Guerra Mundial se estendeu até 1945 e o romance se passa em 1946.

         O povo afegão não permitia que os estrangeiros se envolvessem com a vida social dele.   Assim os integrantes das embaixadas da França, Itália, Turquia, USA e Inglaterra tinham que se virar entre eles em termos de vida social em Cabul.

         16 – Cabul -  Há neve no inverno e calor elevado no verão.

         Os ingleses da embaixada bolaram um passatempo para a comunidade diplomática local.   Lerem peças teatrais.   Cada um, texto na mão, lia sua parte para os demais.   Tempos de escrever o texto em máquina de escrever e cópias em papel carbono.

         O jovem protagonista Muller tinha em seu apoio o jovem afegão Nur Muhammad.      Lá o tratamento: sahib quer dizer Mestre.

         Uma condecoração destacada nos USA:  Estrela de combate.

         Ramadã – nono mês do ano muçulmano, consagrado ao jejum.

         19 – Ferangi – estrangeiro – é na verdade uma corruptela do termo em inglês.

         Na época em Cabul o taxi era carroça puxada por cavalos. (em 1946)

         A cidade de Cabul fica numa milenar rota na interseção de trilhas de 3.000 anos para caravanas.    A cidade é banhada pelo Rio Cabul.

         Uma das cordilheiras do país:   Kor-i-Baba com picos de até 5.000 metros de altitude.   Em outro lado, o Hindu Kush com um dos maiores maciços montanhosos da Ásia.

         O protagonista diz que o povo afegão da capital se parece com judeus na feição.    Seriam arianos.

         Consta que o primeiro nome do Afeganistão era Aryana.   Que Hitler na década de 1930 tinha  os considerado os autênticos guardiões da raça ariana.    Usam roupas estilo árabe inclusive turbante.    Na época (1946) os homens das colinas andavam pela cidade carregando seus rifles.

         Por questão cultural de longa data, mulher não aparecia na rua e então era comum se ver casal homoafetivo, ambos de mãos dadas pelas ruas, sendo que o parceiro, todo durão e de arma a tiracolo e a parceira no andar suave e maquiagem no rosto, lenço na mão e flor silvestre entre os dentes.    Já as mulheres não davam as caras nas ruas da capital.

         24 – Falavam duas línguas, a persa e a pashto.

         Xador – aquele roupão feminino que cobre inclusive o rosto dela, havendo uma telinha para ela enxergar “o necessário”.   Roupa indispensável para sair em público.

         Toda mulher a partir dos treze anos passa a usar o xador.

 

         Continua no capítulo 02/10  (um por dia corrido)   

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

O CENÁRIO CONSTRUIDO SOBRE VACINAS - GOVERNO BRASILEIRO INEFICAZ - fevereiro de 2021

 O CENÁRIO CONSTRUIDO SOBRE VACINAS - GOVERNO BRASILEIRO INEFICAZ

Nem todas as pessoas acompanham os detalhes do tabuleiro da política global. Tem alguma complexidade e envolve um bom tanto de olhar para a história mais antiga e mais recente. Nesse contexto, o Brasil num passado recente sem atritar com os parceiros comerciais de sempre, buscou uma aproximação com os chamados BRICS, um bloco de interesses comuns por países em desenvolvimento como Brasil-Rússia-Índia-China-África do Sul. Antes disso, eramos segunda classe do Primeiro Mundo e no bloco dos BRICS, sem perder as parcerias com o Primeiro Mundo, passamos a ser atores de relevância internacional do Terceiro Mundo na base da cooperação e intensificação de comércio e serviços.
O governo atual detonou tudo isso e hoje estamos em atrito com os USA do Biden e da China das vacinas, incluindo a Índia, também das vacinas. Para que se tenha uma ideia, China e Índia são detentoras de 74% do mercado mundial de IFA ingrediente Farmacológico ativo que é a base de medicamentos e em especial, das vacinas.
Vou colocar nossa postura diante da Índia. Eramos dentro do BRICS parceiros com a Índia, mas agora estamos em atrito pelo seguinte: Nos anos 90, os USA forçaram o mundo a assinar Leis de Patente de medicamentos, que encareciam muito o acesso aos mesmos pelos países que não fossem ricos. Saúde é vida. Pois nessa, o Brasil correu e assinou a lei conforme os USA queria e isso fez com que nossa indústria do setor minguasse e ficássemos nas mãos de terceiros países. Nessa, a Índia, que tem lá seus 1,3 bilhões de pessoas, pediu dez anos para se enquadrar e nesse tempo acelerou o processo de garantir Soberania e tecnologia para não depender dos outros. Agora na pandemia, ela tem vacinas para si e para exportar. Optou por exportar para países vizinhos pobres. Ela de certa forma nos deixou de fora pela seguinte razão: Havia uma votação na ONU sobre as patentes e o Brasil votou contra a Índia e contra a soberania sobre medicamentos. Agora temos que dar um sorriso amarelo e estender o pires para ela que fez o dever de casa e de cidadania.
Quanto à China, nossa parceira no BRICS, ocorreu algo mais absurdo e inusitado. Um filho de um presidente do Brasil, com essa mania de falar pelos cotovelos, andou postando nas redes sociais ofensas abertas ao povo chines no contexto da covid. Como reação, o Embaixador da China no Brasil deu uma resposta à altura. Quando se pensava que as coisas tinham se acalmado, me vem o famigerado Ernesto Araujo, que do alto da sua imaturidade e falta de traquejo, resolveu entrar o bate boca e fez uma manifestação pública contra a China e, segundo consta na Folha de SP de hoje, 15-02-2021, por duas vezes o Ministro das Relações Exteriores Ernesto Araujo, de forma não usual em diplomacia, pediu à China, a cabeça do seu Ministro no Brasil e esta ignorou os pedidos numa posição soberana. Foram dois pedidos do nosso Ministro em ocasiões diferentes e as duas vezes, não foi atendido, até porque a China deixou claro que seu Ministro é de alto gabarito e tem todo o apoio do seu país.
Em resumo: Volto a lembrar que até das vacinas do Primeiro Mundo, uma parte grande dos insumos (74%) estão nas mãos da China e Índia. Elas eram parceiras nossas e agora semearam discórdia entre nós e eles num momento em que para nós a vacina é questão de vida ou morte. Fica claro que não é por acaso que estamos vendo as mortes e as vacinas pingam a conta gotas para o desespero do nosso povo e para o estrangulamento da nossa economia. Há culpados nisso. Não é fruto do acaso.