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sábado, 22 de maio de 2021

CAP. 06/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - Autor - Jornalista Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca anos 90

CAP.06/10

         Outro jovem que em 1931 caminhava em aventura pelos cânions e desertos:  “Tive algumas experiências fantásticas no deserto...”   ...”mas acontece que estou sempre empolgado.  Preciso disso para me manter vivo”.

         O jovem do deserto mudou de nome várias vezes.  Num deles, era Nemo, em latim, ninguém.

         Personagem.  Capitão Nemo de Julio Verne.   O que fez promessa de nunca sair do mar.

         Comparando o jovem do livro e o do deserto.  “Everett era estranho.  Meio diferente, mas ele e Mc Candless pelo menos tentaram seguir seus sonhos. Isto é que faz a grandeza deles.   Eles tentaram.  Pouca gente faz isso”.

         Há muitos séculos, lá pela Irlanda, monges em pequenos barcos de carcaça de couro de boi e estruturas de junco, para se afastarem das povoações navegavam para os confins da Groenlândia.

         ...”Lendo sobre esses monges, emocionamo-nos com a coragem, a inocência afoita e a urgência do desejo deles”.

         Se percebe algum paralelo com as aventuras dos jovens da neve e do deserto citados.

         Capítulo 10 – Fairbanks   -   cidade no Alasca.

         Só no tempo de ajudante de colhedor de cereais o jovem forneceu o nome correto e o número da previdência.    Aí que houve elementos para identificar o morto.

         Capítulo 11 – Chesapeake Beach

         No diário sublinhou trecho do livro Doutor Jivago de Boris Pasternak.    “Ter um objetivo”.   “Precisavas render-te a um objetivo último de modo mais pleno...”

         O pai do jovem aos 56 anos, Samuel Walter.   Sete semanas após a morte do filho, o pai olha pela janela da casa beira mar e se pergunta:  “Como é possível que um menino com tanta compaixão pudesse causar tanta dor a seus pais?”

         Na garagem três carros e um barco catamarã de dez metros ancorado no cais.   Itens da família de Samuel Walter.

         Samuel era da equipe de montar inclusive componentes de satélite.  Projeto Seasat.  Ele era o diretor do Projeto.  No seu cargo, acostumado a dar ordens.

         “Quando Walter fala, as pessoas escutam”.

         115 – Depois que Chris, o jovem, deu o bilhete azul para todo mundo em 1990, algo mudou em Walt.  O desaparecimento do seu filho assustou-o e abrandou-o.    Walt teve infância pobre.   Walt tocava piano.

         Em 1957 os russos lançaram o Sputnik.  Assustaram os americanos, que passaram a aplicar fortunas para se aparelhar na disputa.

         O Sputnik abriu nos USA oportunidade para Walt recém casado se especializar nessa área aeroespacial.   Sam , seu primeiro filho, nasceu em 1959.

         Walt participou dos projetos do primeiro satélite não tripulado dos USA a pousar na lua.   Projeto Missão Surveyor 1.

         O jovem quando criança já era imaginoso.   Foi destacado para aulas especiais e ele não gostava porque tinha mais tarefas escolares a fazer.   Na reunião de pais, a professora disse à mãe de Chis em reservado:  “Chris marcha em ritmo diferente”.

         A irmã três anos mais nova.   Mesmo criança “ele era muito ensimesmado” diz a irmã.   Mas não era anti-social.   Podia ficar sozinho sem sentir-se solitário.

         Walt saiu da Nasa para tocar negócios próprios, ele e a esposa.

         Houve fase de vacas magras nas finanças da família e jornadas longas de trabalho do casal.   Em casa, mas no trabalho.

         Depois os pais começaram a ganhar bom dinheiro com a empresa, mas sempre trabalhando muito.    ...”trabalhavam o tempo todo”.

         Página 116 -  “Era uma vida estressante.  Ambos são muito tensos, emocionais, pouco inclinados a ceder terreno”.   O avô materno do jovem vivia perto da montanha e da floresta.    Caçava mas tinha dó dos animais.  Chris pegou gosto pelo avô e por tudo aquilo de floresta.

         O pai escalava pequenas montanhas com os filhos.   “Chris não tinha medo desde pequeno”, diz o pai.    O jovem saia de carro com o amigo e ias pras quebradas conversar com as pessoas, conversar com mendigos.  Comprava lanches e distribuía a eles.

                   Continua no capítulo 07/10 

CAP. 05/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - autor: Jornalista Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca anos 90

 O jovem teve nas andanças até uma breve paquerinha que durou pouco e ela era bem mais nova do que ele.   Ele era bem sociável e fez muitas amizades enquanto ajudava o amigo no mercado de trocas do acampamento onde ficou uns tempos.

         Página 58 – Anza Borrego

         O autor citou um trecho que foi lido e sublinhado pelo jovem.  Texto que acompanhou ele até morrer.  Autor do livro:  Henry David Thureau.  Livro Walden, ou a Vida nos Bosques.    Trecho:  “O que tenho na mão é um pouco da poeira das estrelas e um fragmento do arco-iris”.  

         60 – Moitas de indigueiro  (vegetal do qual se tira a tinta azul índigo)

         O rapaz avisou um idoso que lhe deu carona, que logo iria partir para o Alasca para iniciar uma aventura definitiva.

         63 – Há cascavel em Dakota do Sul – USA.

         O jovem em conversas com o amigo idoso...   “ficasse com o rosto rubro de raiva enquanto vituperava contra seus pais, os políticos ou a idiotia do modo de vida dominante americano”.

         O jovem estava com 24 anos e o velho, 81 anos.  

         Capítulo 7 – Cidadezinha de Cartago.  Página 72

         O jovem ao abandonar os pais disse à irmã:  “Vou divorciar-me deles de uma vez por todas e nunca mais falar de novo com um daqueles idiotas enquanto for vivo.  Não vou querer mais nada com eles, para sempre”.

         Nos depoimentos para o livro, o redator não encontrou indícios de que o jovem teve relação sexual com nenhuma mulher e também não encontrou nenhum indício dele ter relação homossexual.

         76 – O jovem tinha livro no qual sublinhou a frase sobre a castidade.   O autor deste livro diz:  “Nós, americanos, somos excitados pelo sexo, obcecados por ele, horrorizados com ele”.

         O amigo do jovem informou:   “Ele disse que iria escrever um livro sobre suas aventuras”.

         O jovem pediu dicas aos caçadores sobre cercar caça, preparar, secar carne etc.   Na despedida do amigo colhedor de cereais e sua equipe (Wayne), o jovem surpreendeu todos tocando piano e muito bem.

         Ele chorou na hora de despedir da esposa do amigo Wayne.   Ela pressentiu os riscos que ele iria correr.

         Ele mandou postal do Alasca, com um urso polar.  Estava em Fairbanks.

         No postal elogiou o amigo e disse:   “Caminho agora para dentro da natureza selvagem”.

         Capítulo 8 – página 81 – Alasca

         Das cartas dos leitores sobre o artigo que este autor escreveu à Revista Outside sobre a morte do jovem:   “Por que um filho causaria a seus pais e sua família uma dor tão permanente e excruciante?”

         Um crítico, em carta:  faltou a ele cuidado e ter ao menos uma bússola e um manual de escoteiro.

         O jovem no Departamento de Pesca do Alasca esperando abrir a temporada de pesca do salmão.

         91 – Um fotógrafo e sua expedição com 500 rolos de filmes.    Contratou um piloto para leva-lo até o local com muita neve e não contratou um voo para seu retorno ao fim da missão.    Acabou morrendo por lá.

         Comida acaba e ele, o jovem, no frio de menos vinte graus Celsius.

         Sobre este caso de um (mais um...) doido que morre no meio do inverno.    “Mc Cunn exibia uma escassez assombrosa de bom senso”.

         Já o jovem durou 113 dias na solidão na neve, no rigor do nada porque tinha certos raciocínios para ajudar na sobrevivência.

         96 – Mapa com o Arizona, Rio Colorado, o Grand Canyon que tem um Parque Nacional e fica ao lado da Reserva dos Índios Navajos.

         97 – Capítulo 9 – Garganta de Davis

         Só tem seis quilômetros de extensão.

         Continua no capítulo 6/10

sexta-feira, 21 de maio de 2021

A CHINA DE HOJE, O CENSO E A ESPECIALISTA (21-05-2021) /// TODAY'S CHINA, THE CENSUS AND THE SPECIALIST

 A CHINA DE HOJE, O CENSO E A ESPECIALISTA

Uma das articulistas da Folha de SP é Economista e Professora na Universidade de Negócios Internacionais em Pequim. O nome dela é Tatiana Prazeres.
Os artigos dela tem sido sempre bem objetivos e neste ela foca o censo da China mais atual. O artigo se chama O Sentido do Censo na Folha de hoje, 21-05-21.
Uns dados do artigo dela. O Censo atual revelou que a média de filhos atual está em 1,3 por mulher e precisaria de 2,1 para que a população no médio prazo não diminua, o que afetaria inclusive a oferta de mão de obra no país.
Outro dado interessante é que o país, com seus 1,4 bilhão de habitantes, tem 36% deles na zona rural. No Brasil estima-se que sejam apenas 16% na zona rural.
Expectativa de vida deles hoje é superior a 77 anos.
E o que para mim foi mais surpresa: Lá o homem se aposenta aos 60 e a mulher aos 55 e algumas categorias, aos 50.
Os dados que deixa cristalina a importância do censo para saber como está o país e sua população. Veja o que mudou em apenas dez anos lá. Há dez anos, a faixa de população acima de 60 de idade era de 13,3% do total populacional. Agora são 18,7%. Um verdadeiro salto, com as demandas crescentes nessa faixa. Dados oficiais repassados por uma pessoa categorizada e que vive naquele país.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

CAP. 04/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - Autor: jornalista Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca (anos 90)

 CAP. 04/10

         Página 36 – Capítulo 4 do livro – Detrital Wash

         A mística do deserto.   Cita frase de Paul Shepard em “Homem na Paisagem”:   “Aqui, os líderes das grandes religiões buscam os valores terapêuticos e espirituais do retiro, não para fugir da realidade, mas para encontra-la”.    Deserto do Mojave nos USA.

         Uma flor que só tem lá, chamada papoula-pata-de-urso, nome científico Arctomecon californica.  Só nasce em solo com o mineral gipsito, portanto solo gipsífero perto do lago Mead.

         Os guarda parque fazendo levantamento das papoulas em extensão à beira  do lado e encontraram o carro abandonado pelo jovem com um bilhete “doando” o carro:  E mesmo o carro tendo suportado uma enchente do rio ao lado (o leito ficava seco na maior parte do tempo), ainda funcionava.    Por lá, dirigir fora da estrada era expressamente proibido.

         No deserto, a temperatura pode chegar aos 48 graus Celsius.   O jovem tinha andado quilômetros pelo leito seco do rio com seu carro e o percurso era proibido.    Deu uma chuva enorme, o leito do rio voltou a correr e ele não teve como escapar e abandonou o carro.  Antes, arrancou as placas para não poderem identifica-lo (e rastrea-lo).

         Página 40 – Queimou por querer as notas que totalizavam os 123 dolares que possuía.   Ele relatou isso no diário.   Subiu a Serra Nevada.  Em Arcata, na Califórnia, florestas com as famosas sequóias gigantes, perto da costa do Pacífico.   Por lá tem também cactos gigantes – Saguaros.   Segundo consta, esse tipo de cacto pode durar até 175 anos, pesar até 6.000 quilos e ter altura de até 15 metros (algo como um prédio de cinco andares).

         O jovem em cartão postal sugere ao amigo Wayne preso, ler Guerra e Paz de Tolstoi.

         No México por onde o jovem andou haveria parte do leito do Rio Colorado morto e seco.   Foram feitas tantas alterações no rio nos USA para irrigação, abastecimento, que este perdeu força e já em território mexicano onde desaguava no mar, não chega mais à foz.   Desaparece em certo ponto dos anos 50 mais ou menos para cá.   Há muita gente da região que se lembra do rio, das pescas e da beleza que era.

         No diário, o jovem escreve em terceira pessoa.  No México:    “Os habitantes ajudaram-no a carregar o barco e atravessar uma barreira...  Alex acha os mexicanos um povo cordial e amistoso.  Muito mais hospitaleiro que o povo americano”.  (e fala com conhecimento de causa sendo americano e tendo perambulado por longo tempo pelo território do seu país).

         Com ajuda, chega no Oceano no Golfo da Califórnia em território mexicano.  Golfo Santa Clara.    Ao lado do golfo, o Grande Deserto:  4.400 km2 de dunas cambiantes com os ventos.  O maior da América do Norte.   Ele saudou o ano novo no Grande Deserto entre 1990 e 1991.

         Passou apuro com a pequena canoa no mar.  Vento forte, ondas altas.  Quebrou um remo de raiva, de bater na lateral do barco.   Só se salvou porque tinha mais um de reserva.

         Ficou andando por lá e por 36 dias não conversou com ninguém.

         Nos USA sobe a leste, cruza até o Oeste e usa a estratégia de enterrar o dinheiro para não ser roubado pelos mendigos que também dormem na rua.

         Nas andanças, perdeu dez quilos.  Já sete meses de andanças.   Enterrou a câmera para se proteger de furtos e ela deixou de funcionar.

         Agora ele está em janeiro de 1992 e diz:  “Meu Deus, como é bom estar vivo! Obrigado, obrigado!”

         Capítulo 5 – Bulhead City

         Cita o escritor Jack London e o livro “O Chamado da Floresta”.   Escreveu num cartaz referência à aventura de J. London.  Cartaz é encontrado no ônibus onde ele morreu.  Cartaz de maio de 1992.

         Desde maio de 1991 quando ficou sem a câmera até maio de 1992, ficou também quase sem escrever.   Sem fotos e sem dados no diário.

         Página 50 – Em Bulhead City – Cabeça de Touro, cercada de deserto, foi o lugar onde ele mais parou nas andanças.  Trabalhou numa loja do Mc Donald´s e também na biblioteca local.

         Chegou a pensar em ficar por lá.     O jovem era apaixonado pela obra do Jack London    (eu como leitor na juventude li vários livros desse autor).

         Destaque dele pelo livro O Chamado da Floresta.    O autor fala sobre o Jack London,   “Sua condenação veemente da sociedade capitalista, sua glorificação do mundo primordial, sua defesa da plebe, tudo isso refletia as paixões do jovem”.

         O autor destaca que eram obras de ficção, muito da imaginação de J. London, diferente da realidade.   O jovem parecia esquecer como foi a vida e o fim do escritor J.London, este que só passou um inverno no Alasca e que se suicidara em sua fazenda na Califórnia aos 40 anos, bêbado delirante, obeso e patético, levando uma vida sedentária que pouco tinha a ver com as ideias que defendia no papel.

                   Continua no capítulo 05/10

CAP. 03/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - autor : jornalista Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca (anos 90)

CAP. 03/10

         Acharam o jovem aventureiro morto no ônibus abrigo na neve.

         Um terceiro que apareceu no local tinha rádio comunicador e chamou a polícia.

         O jovem morto tinha consigo uma câmera, cinco rolos de filmes batidos, o bilhete de SOS e um diário nas últimas páginas de um livro guia de campo de plantas comestíveis.

         Foram 113 notas concisas e enigmáticas no diário.   Na autópsia o corpo pesava 30 kg e a causa mais provável foi inanição.   Entre as fotos, vários auto retratos.   Não portava documentos.

         Capítulo 7 – Cartago   (cidade do oeste americano)

         O jovem tinha grifado no livro de Leon Tolstoi sobre felicidade familiar:   “Eu queria movimento e não um curso calmo da existência”.

         Cartago, Dakota do Sul, local com 274 habitantes.   Os comércios de lá: uma mercearia, um banco, um único posto de combustíveis e um bar solitário.

         Bar Cabaret, onde o jovem se encontrou com Wayne.   Agricultores por lá.  Campos de girassol perto da colheita.   Quando o rapaz apareceu em Cartago, ficou uns tempos e já tinha visitado muitos lugares e sempre contava coisas das andanças, mas sempre usando o nome de Alex.

         O amigo que ele fez em Cartago trabalhava de colher grãos numa vasta região com sua equipe e maquinários.  

         Alex, dentes grandes, era míope e usava óculos.    Estava muito faminto quando chegou em Cartago.    O amigo Wayne fez um bom jantar para ele. 

         O próximo destino era longe e local onde buscava alguns rubber tramps (vagabundos que possuem veículos), diferentes dos leather tramps que caminham à pé ou de carona.

         O anfitrião ofereceu emprego para que o rapaz trabalhasse quando quisesse e depois de vinte dias o jovem veio e encarou os serviços gerais com o amigo.   O amigo Wayne se lembra que o jovem era inteligente e lia muito.   Acha que até isso atrapalhou o jovem.

         Na casa de Wayne eram só marmanjos da equipe.  Saiam de vez em quando para beber e caçar mulheres, mas sempre sem sucesso.

         O jovem se identificou com as pessoas e o lugarejo simples.

         O anfitrião tinha pouco mais de trinta anos e era um faz tudo, até pilotar aeronaves e programar computadores.   Andou tendo problema com a lei por fazer “caixas pretas” para fazer “gato” de sinais de TV por satélite.  Por isso foi pego e ficou em cana por quatro meses.

         O jovem ficaria mais tempo lá se o amigo não tivesse sido preso.   Desde então o endereço de correspondência do jovem era Cartago e aos que conhecia pelo caminho, dizia que era de Cartago em Dakota do Sul.

         Na verdade o jovem cresceu no bairro classe média alta de Annandale na Virgínia.   O pai, Walt, engenheiro aeroespacial e de projetos.   Atuou para a Nasa e outras empresas do ramo.

         A mãe, Billie.  Eram em oito filhos.  Tinha mais uma irmã e seis meio-irmãos de outro casamento do pai.

         O jovem fez História e Antropologia.    Ao partir, doou o que tinha para a Ong Oxfam América, uma instituição de caridade e de combate à fome.

         Página 33 – Na formatura ele deu um presente à mãe que ficou comovida.  Dois anos antes ele avisou a família que não mais daria nem aceitaria presentes.   Os pais queriam dar um carro a ele e este não aceitou e ralhou com os pais.    

         Ele já tinha um carrão antigo com 200 mil quilômetro e em bom estado.     Um dia ele avisou os pais:   “Acho que vou desaparecer por um tempo”.    O jovem já não morava mais com os pais, o que é bem corriqueiro entre os jovens americanos.

         No tempo de estudante ele morava num tipo quitinete e por opção não tinha telefone.   Os pais um dia viajaram e foram visita-lo e encontraram seu antigo alojamento desocupado e a placa de aluga-se.

         O jovem pediu ao correio para estocar as cartas dos pais e só devolverem após certo tempo.   Foram devolvidas num maço de uma vez e os pais ficaram preocupados.

         Cinco semanas antes o jovem partiu sem destino, de carro, rumo ao Oeste.  Até adotou outro nome, Alexander Supertrump  - abreviado: Alex.

         Continua no capítulo 04/10 

quarta-feira, 19 de maio de 2021

CAP. 02/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - Autor jornalista Jon Krakauer - baseado em fato no Alasca

 Cap.02/10

         ... Parque Nacional Denali no Alasca.    Lá era permitido caminhar e “viver da terra por alguns meses”.   Neve no chão.

         O que deu carona achou que o jovem levava pouca coisa na mochila para quem ia ficar bom tempo só no Parque.  Não estava levando nada de comida, fora um pouquinho de arroz.

         O caronista perguntou se o motorista já tinha dado carona a outros jovens doidos do sul que queriam seguir as “arriscadas fantasias de Jack London.     “Gente que acha que a vastidão imaculada irá preencher todos os vazios de sua vida.     ... o mato é lugar que não perdoa.”

         Leem a revista Alasca e depois vão lá e percebem que as coisas não são assim tão fáceis.   Rios grandes e de corredeiras fortes.   Mosquitos.  Não há muitos animais para caçar e se alimentar.

         O carona perguntou sobre os tipos de caça da região e de frutas.

         Alex disse que tinha na mochila, em termos de alimentos, 4,5 kg de arroz.   Abril, início da primavera, mas ainda com neve.   Rifle calibre 22, muito pequeno  para animais como alce, caribu etc.

         “Não tinha machadinha, protetor contra insetos, raquetes de neve para calçar, bússola.    Só levava um mapa rodoviário velho.

         Chegando na Cadeia de Montanhas do Alasca, Alex disse que tinha medo de rio.

         Healy, cidade de mineração de carvão.   No mapa a “Trilha do Estouro da Boiada”.   No mapa, trilha pontilhada de mais ou menos 60 quilômetros e que acabava na mata.

         Ao norte, o Monte Mc Kinley.   “É para lá que pretendia ir”, disse Alex.

         O que deu carona tentou de tudo para ele desistir daquela rota.   Até ameaçou falando de ursos.   Sugeriu ao jovem, leva-lo até a cidade, comprar os apetrechos e traze-lo de volta ao local.  Nada.   Obrigado.   Eu me viro com o que tenho.

         Gallien perguntou se ele tinha licença de caça – claro que não!

         “O jeito como eu me alimento não é da conta do governo.   Fodam-se as regras estúpidas deles”.

         Perguntou ao carona se a família sabia dos seus plano e ele disse que não e que fazia dois anos que não dava notícias à família.

         “Não tinha como fazer o jovem desistir...”

         O jovem estava excitado.  “Mal podia esperar para entrar no mato e começar”.    Estavam perto da mais alta cadeia de montanhas da América do Norte.

         O carona queria dar o relógio a Gillen até porque se o outro não aceitasse, ele disse que iria joga-lo fora.   Não seria mais necessário.   O motorista deu ao jovem um par de botas impermeáveis.    Se despediram no dia 28-04-1992.

         Página 21 – Capítulo 2 do livro

         Frase entalhada pelo jovem onde ele foi encontrado morto:   “Jack London é rei” -  e o jovem escreveu o seu “novo nome”: Alexander Supertramp.   Maio de 1992

         O autor cita um trecho do livro Caninos Brancos de Jack London.  Livro que li há muitos anos.   Frase de Jack London diante daquele lugar inóspito:

         “Era a imperiosa e incomunicável sabedoria da eternidade rindo da futilidade da vida e do esforço de viver”.

         Uma trilha aberta na década de 1930 por um aventureiro que encontrou minério de antimônio no local.    Na década de 60 a mineradora arrastou três ônibus velhos com beliches e fogão para empregados mineiros se abrigarem.   Depois, trouxe de arrasto dois dos três ônibus de volta e deixou um lá para abrigo de caçadores. 

         1992 – era comum visitantes fazerem a trilha e visitarem o ônibus abandonado.

         Página 23 – Parque Nacional Denali.   Muito comum neste, animais como lobos, ursos, caribus, alces e outros tipos de animais.

         No outono se abre a temporada de caça ao alce.    O casal que chegou ao ônibus pouco antes dos três caçadores da região, que viram o bilhete do jovem pedindo socorro, dizendo estar ferido.   E o mal cheiro.   O jovem morto há duas semanas e meia.    Era o “nosso aventureiro”.

                   Continua no capítulo 03/10

sábado, 15 de maio de 2021

CAP. 01/10 - FICHAMENTO - LIVRO - NA NATUREZA SELVAGEM - autor - jornalista americano Jon Krakauer - Baseado em episódios reais no Alasca e USA (1992 os fatos)

 FICHAMENTO – LIVRO – NA NATUREZA SELVAGEM Cap. 01/10

Início da leitura: 04-04-2021 – Autor: Jon Krakauer – Cia das Letras – 2008 – 213 páginas – 9ª reimpressão.
Página 9 – Nota do autor. Ano de 1992 que aconteceu a aventura do jovem de família abastada do Leste dos USA ao Alasca. O jovem foi sozinho numa região desabitada e selvagem ao norte do monte Mc Kinley.
Quatro meses depois o corpo dele foi encontrado decomposto por um grupo de caçadores de alce. O autor foi encarregado pelo editor da Revista Outside para fazer uma reportagem na região e tentar levantar detalhes da aventura e da morte do jovem. O jovem: Christopher Johnson Mc Candless. Ele cresceu num subúrbio rico do Washington DC e foi excelente aluno e atleta de elite.
Em 1990, logo após formar-se com distinção na Universidade Emory, o jovem sumiu de vista. Mudou de nome, doou os 24.000 dolares que tinha na poupança para uma instituição de caridade, abandonou seu carro e a maioria dos pertences.
Inventou então uma vida nova para si. Vagou pela América em busca de novas experiências. Da sua partida até sua morte a família não teve mais notícias dele.
Em 1993 o jornalista entregou no prazo o artigo de 9.000 palavras à Revista e cumpriu essa tarefa. Por outro lado, pessoalmente continuou intrigado com o caso do rapaz que guardava alguma semelhança com sua própria juventude.
O autor ficou um ano refazendo a rota do jovem até pela taiga do Alasca. O autor refletir sobre... “a atração que as regiões selvagens exercem sobre a imaginação americana, o fascismo que homens jovens com um certo tipo de mentalidade sentem por atividades de alto risco...”
Os laços altamente tensos que existem entre pais e filhos.
“Não tenho a pretensão de ser aqui um biógrafo imparcial”. O autor alega que em certos trechos ilustra hipóteses de conduta e sentimento do jovem colocando um pouco da sua vivência pessoal”. (em vinte anos o autor, então jovem, foi vinte vezes para o Alasca por aventura como alpinista, trabalho como jornalista, pescador de salmão, carpintaria)
“Ele era um jovem veemente demais e possuía traços de idealismo obstinado que não combinavam facilmente com a existência moderna”.
O jovem era leitor de Tolstoi... “romancista tinha abandonado uma vida de riqueza e privilégios para vagar entre os miseráveis”. Quando o jovem se embrenhou pelo Alasca, sabia que lá tudo seria rústico e adverso. Mais de seis semanas de provação.
“Uma quantidade surpreendente de pessoas sentiu-se afetada pela história de vida e de morte do jovem, pela leitura da revista Outside”.
Após a reportagem, a revista recebeu mais cartas do que jamais tinha recebido. O autor encerra a Nota de abertura na cidade de Seattle – USA em abril de 1995.
Página 15 – Capítulo 1 – O interior do Alasca
No mapa do Alasca se destacam mais ao sudoeste o Golfo do Alasca e mais a noroeste o Mar de Bering. E o soberano Rio Yukon, onde no passado houve uma corrida do ouro. (li uns quatro livros do Jack London sobre a região. A filha das Neves, Ventos do Norte, Caninos Brancos e Memórias de um Bebedor (ou John Barleicorn)
O jovem tinha um amigo que encontrou pelas andanças no Oeste dos USA. Wayne, da cidade pequena chamada Cartago em Dakota do Sul. O endereço do amigo de Cartago virou a caixa postal do jovem com outra identidade.
Em 27-04-1992 o jovem enviou de Fairbanks no Alasca, perto do Rio Yukon e pediu (e se despediu) ao amigo para devolver ao remetente todas as cartas endereçadas a ele. No cartão de despedida disse ao amigo que ele era um grande cara.
“Caminho agora para dentro da natureza selvagem”. Ass. Alex.
15 – O caminhoneiro Jin Gallien deu carona para ele até Fairbanks. Caroneiro com mochila e a ponta do rifle saindo acima da mochila. O veículo era uma pick up. O jovem pedindo carona disse se chamar Alex (seu nome agora de nômade).
Queria carona até a divisa do Parque Nacional Denali no Alasca.
Continua no capítulo 02/10