CAP. 02/08
O
cozinheiro do pesquisador era quem comprava tudo para fazer as boias e não
pechinchava em nada, justo na terra onde pechinchar é uma tradição.
O
cozinheiro ao comprar os ovos colocava-os em água para ver se afundavam logo e
nesse caso seriam novos. Se boiassem,
eram velhos.
As
paradas nas horas certas para as preces muçulmanas, todos voltados para Meca...
O Islã
indiretamente introduz o fiel à geografia, ao tempo e ao espaço.
A pessoa
ao urinar, tem que ser no sentido contrário ao de Meca e estar agachado para
urinar.
Crianças
nativas mexendo nas coisas do pesquisador e perguntando sobre tudo.
As
famosas mutucas. Aquele tipo de mosca
que suga sangue das pessoas e tem uma ferroada que dá coceira além de tudo.
Ele
levando as crianças da aldeia para um passeio de carro. A taxa de natalidade do Niger é de
aproximadamente 5% (anos 70). Uma das
maiores do mundo. Tem algo a ver com o
Islã.
Comida
“contaminada” com areia do Saara.
Sente-se nos dentes ao ingerir alimentos na região.
Um dos
cereais bem usados lá é o milheto.
Tem aqui no Brasil e é rico em amido e pode compor ração animal em
substituição ao milho com critérios.
O pessoal lá anda com o crânio liso, raspado a
navalha. Um dos pratos típicos
deles: fritada de morcegos, que chamam
de oiseaux (aves em francês). Em
espanhol morcego se chama mure, sinônimo de cego. O tal enxerga pouco, mais comumente sai à
caça ou busca de alimentos à noite e usa um sonar que emite e recebe vibrações
que orienta-os nos voos.
No caso
do Brasil são umas quatro espécies de morcegos que se alimentam de sangue
animal. A grande maioria das espécies
são insetívoras ou mesmo se alimentam de frutos. Podem ajudar na polinização de plantas e
mais comumente, no voo, defecando, lançam sementes dos frutos dos quais se alimentaram e são muito
eficientes para semear as plantas por onde passam.
Muçulmanos
não comem carne de porco.
Entre os
da aldeia em que o autor esteve, acertos de contas sempre é algo bastante
complicado.
Em
termos de refeições, por diferenças culturais, acabou optando por lanches. Pão francês com sardinha em lata ou atum em
lata. Mais tâmaras e amendoim.
Em
terras islâmicas não há empregadas domésticas.
Os homens não podem ficar falando com as mulheres.... Provérbio hauçá: “Homem não pede informação para mulheres e
crianças”.
Só os
idosos usam barba. Prova de sabedoria,
maturidade e fidelidade.
Pilar o
amendoim, tirar o óleo e depois fazer pasta com as mãos, após aquecer a pasta.
Essa
pasta era fácil de transportar, conservar e consumir. Para o povo local, o amendoim é originário
da África, enquanto na verdade não é, sendo originária do Brasil. Mas não se discute com eles: É da África e pronto!
Lá o
amendoim se chama gugiá.
Os
portugueses trouxeram da África para o Brasil, dentre outras o dendê (um tipo
de palmeira), o inhame (taioba) e a galinha de Angola, que lá no Niger chamam
de Zabô.
Lá eles
usam muito o milheto e o sorgo, grãos de gramíneas que contem principalmente
amido como também o milho.
Outras
plantas originárias das Américas:
tomate, batatinha (dos Andes), mandioca, milho, cacau, abacaxi, pimenta
etc. (não a pimenta do reino que é da
Ásia)
Ele fala
de comprar leite das “insinuantes” mulheres da etnia Peuls. Isto no mercado de Maradi. Fala da beleza das mulheres Peuls. Elas usam o idioma fulbê. Ele diz que as insimuantes vendedoras de
leite, fazem rolar mais que compra de leite...
Mei
Dagi, o auxiliar, ajudava e usava o carro do chefe para transportar mercadorias
e fazer seus negócios.
Vários
grupos Peuls viviam nos arredores de Magami.
Água
pouca, banho de cuia.
Continua
no capítulo 03/08