CAP. 05/10
Ela acha
que os nobres de lá, mais antigos, eram sóbrios talvez por dor de consciência
pelos mais pobres do país. Caridade –
coisa da mulher.
Houve em
2002 uma enchente muito grave no Chile.
Michele Bachelett (que depois foi presidente) ajudando muito e se
locomovendo em veículo militar, agindo no socorro aos desabrigados. Ela (que é médica), teve o pai assassinado
na Ditadura Militar do General Pinochet.
Reunião
domingueira de família com comilança e doses de pisco do sul. (o sul deles é quase polar e o pisco é um
destilado com elevado teor de álcool – o pisco é um destilado feito com uva e
teor de álcool entre 30 e 40% - no caso o whisky tem teor de álcool de 38 a
54%). Então nesse clima rolam discussões
homéricas “de perder a amizade” até o próximo domingo...
O avô
dela não perdoaria quem faltasse nessas reuniões domingueiras da família.
Se
escondem em sete chaves as mazelas das pessoas.
Inclusive no que se refere a aborto e nem se cogitam leis sobre tal (ano
2000), porque parece que fugindo do tema se pensa resolver o problema...
No Chile
o ato de depenar frango se chama “pelar” frango e usa-se o termo também para o
ato de falar mal dos outros.
Ela fala
dos parentes nos livros que escreve.
Por isso “metade deles” não falam mais com ela.
O Chile
tem dois ganhadores do Nobel. Pablo
Neruda e Gabriela Mistral.
Beber
bebida alcoólica. Nisso nos parecemos
com os irlandeses.
Novela O
Direito de Nascer. Passou lá e durou um
tempo enorme.
Já houve
pena de morte no Chile. Alguns foram
executados.
Hospitalidade
– oferecer um “tecito”. Tea – chá em
inglês.
Comida
picante. Mais comum na Índia e no
México.
Ela já
escreveu para a TV do Chile textos de humor.
Fez isso na Venezuela e não se deu bem. Neste país, Venezuela, o humor é mais
direto e menos cruel.
Ela
casada com um americano. Tipo de humor
diferente e um não entende essa faceta do outro. Um não ri do humor produzido pelo país do
outro em geral entre ambos. Nos USA,
só riem juntos dos discursos de improviso de George W. Bush (então presidente dos USA).
Saiu de
perto dos avós aos nove anos e mudou de país.
Ganhou a coleção de W. Shakespeare e leu e releu.
Viagem
de trem para a Bolívia e ganhou um caderno e instruções para um diário. Ela foi anotando as novidades e recordando
passados, nostalgias. Começou a escrever
cedo.
Na
infância e juventude, filha de diplomata, viveu no Bolívia e no Líbano. Dois anos na Bolívia e depois, Líbano. Houve guerra civil no Líbano e então ela aos
15 voltou para a casa da avó.
O avô
ensinando a neta. Faltava paciência e
sobrava severidade. Jovem quer lutar
pela igualdade mas percebe que isto a afasta das amizades e paqueras. Arrumou o primeiro namorado e se aferrou a
ele. Casaram e tiveram dois
filhos. Ficaram casados por 25 anos.
O russo
Henri Troyat e novelas russas de artes e depois, da revolução.
Lugares
frios, rústicos, íngremes, são bons para escrever livros. Já não cai bem para tal, paraiso tropical
com praias lindas etc. (paraiso tropical
não combina com dramas etc)
Os tipos
que aparecem nos coletivos urbanos. As
pessoas no volante se transforam em competidores. Parecem apostar corrida entre um semáforo e
outro. O homem no trânsito estende a
mão pela porta do carro parecendo pedir esmola.. mas está mostrando mão grande para dizer que
tem a genitália também grande. Macho!
Viajando
pela cordilheira os Andes e até pela Patagônia. Tudo com o avô e guias locais. Acampamentos, roda de chá amargo e sem fazer
cara feia para a bomba (do chimarrão) metálica com saliva e gosto de tabaco...
O avô
dela não acreditava em vermes nem em fantasmas pela lógica: nunca os viu.
Notou
pela mãe, que nascer mulher naquela condição era má sorte.
O homem
controlava o dinheiro e dava as ordens em casa. ...”norma.... casar antes dos 25, ter filhos logo para não
pensarem que estava usando anticoncepcional...” (anos 60-70)
No Chile
só se conseguia pílula com um médico liberal e atestado de matrimônio...
Continua
no capítulo 06/10