Autor do livro – Schopenhauer
Resenha por : Eng. Agr. Orlando Lisboa de Almeida (resenha simples, não acadêmica)
Página 71 - “Normalmente as resenhas são feitas no
interesse dos editores e não no interesse do público.”
77 – Sobre o crítico literário anônimo ou
que usa pseudônimo. A eles...
“deveriam ser empregados epítetos como: O canalha covarde anônimo diz”...
82 – Sobre os hegelianos... “Ou então eles
tem em vista um modo de escrever espirituoso, com o qual parecem querer ficar
loucos”.
84 -
(ao escrever) “... a simplicidade
sempre foi a marca não só da verdade, mas também do gênio”.
84 – A primeira regra para bem escrever...
“... é que se tenha algo da dizer.”
90 -
“... embora de fato se deva pensar como um grande espírito, sempre que
possível, deve-se falar a mesma linguagem das outras pessoas. Palavras
ordinárias são usadas para dizer coisas extraordinárias.”
106 – “Pois a língua alemã é a única em
que se pode escrever quase tão bem quanto em grego e latim, característica que
seria ridículo querer atribuir às outras principais línguas européias, que não
passam de dialetos. Comparado a elas, o
alemão tem algo de extraordinariamente nobre e sublime.”
110 – Criticando um tipo de escritor: “... basta ao escritor saber o que ele quer
e pretende dizer; o leitor que se arranje para acompanhá-lo”.
112 – “Dizem que Platão redigiu a
introdução de sua República sete vezes, com diversas modificações.”
112 – (base 1850) - “Até aproximadamente cem anos atrás,
sobretudo na Alemanha, os eruditos escreviam em latim.”
Sobre a Leitura e os Livros
127 -
...”os ricos que são ignorantes vivem apenas em função dos seus prazeres
e se assemelham ao gado, como se pode verificar diariamente. Além disso ainda devem ser repreendidos por
não usarem sua riqueza e ócio para aquilo que lhes conferiria o maior valor.”
127 – Parece paradoxal ele não ser contra
a leitura, muito pelo contrário, mas num certo contexto coloca a frase para se
pensar: “Quando lemos, somos
dispensados em grande parte do trabalho de pensar. É por isso que sentimos um alívio ao
passarmos da ocupação com nossos próprios pensamentos para a leitura. No entanto, a nossa cabeça é, durante a
leitura, apenas uma arena de pensamentos alheios. Quando eles se retiram, o que
resta?”.
129 – “Além de tudo, os pensamentos postos
no papel não passam, em geral, de um vestígio deixado na areia por um passante:
vê-se bem o caminho que ele tomou, mas para saber o que ele viu durante o
caminho é preciso usar os próprios olhos.”
133 – Cita o epigrama de
A.W.Schlegel: “Leiam com afinco os antigos, os
verdadeiros e autênticos antigos: o que os modernos dizem sobre eles não
significa muito.”
137 – “Há duas histórias: a política e a
da literatura e da arte. A primeira é a
história da vontade, a segunda, a do
intelecto. É por isso que a primeira geralmente é
angustiante, mesmo terrível: medo, necessidade, engano e assassinatos
horríveis, em massa. A outra, em contrapartida,
é agradável e jovial, assim como o intelecto isolado, mesmo quando descreve
erros e descaminhos.”
138 -
Epiciclos. “Esse epiciclo partia
da linha circular levada adiante por Kant até o ponto em que, posteriormente,
eu a retomei para fazê-la avançar...”
143 -
“Gostaria que alguém tentasse escrever um dia uma história trágica da
literatura, na qual expusesse como as diferentes nações, cada uma das quais
deposita seu maior orgulho nos grandes escritores e artistas que tem a exibir, trataram esses homens durante suas
vidas.” (negrito do resenhista aqui)
Sobre a Linguagem e as Palavras
145 – “Sabemos que, do ponto de vista
gramatical, quanto mais antigas as línguas, mais perfeitas elas são, e pouco a
pouco ocorre uma piora – partindo da elevação do Sânscrito até a baixeza do
jargão do inglês, esse traje malremendado de pensamento, feito com retalhos de
tecidos heterogêneos.”
165 – Curiosidade..... “... uma vez que o colibri só habita o
continente americano.”
166 – O alemão – vários ramos da língua –
ramo gótico (um deles). “O
gótico, proveniente do sânscrito,
dividiu-se em três dialetos: sueco, dinamarquês e alemão.”
166 -
Escavações... “... em comparação
com os achados alemães, que a cultura era muito mais elevada na Escandinávia,
em todos os tempos.” Fim.