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quarta-feira, 29 de maio de 2024

Fichamento do livro - cap 5 - QUARTO DE DESPEJO - Diário de uma Favelada - CAROLINA MARIA DE JESUS (ANOS 50/60)

capítulo 5   

 

         “O meu corpo deixou de pesar.  Comecei a andar mais depressa.  Eu tinha a impressão de que eu deslizava no espaço.  E haverá espetáculo mais lindo do que ter o que comer?”

         Diário – 28 de maio.    Sem dinheiro em casa.  “Quero escrever, quero trabalhar, quero lavar roupa”.  Frio e chuva  ....” o que quero esclarecer sobre as pessoas que residem na favela é o seguinte:  que tira proveito aqui são os nortistas (hoje dizemos nordestinos).   Que trabalham e não dissipam.   Compram casa ou retornam para o Norte (Nordeste na nomenclatura atual).

         Na favela tem barraco do morador e tem dos que fizeram para vender e os que fizeram para alugar.

         ...  “O que eu me revolto é contra a ganância dos homens que espremem uns aos outros como se espremesse uma laranja.”

         Favela sem lugar para flores, abelhas, natureza.   “O único perfume que exala da favela é a  lama podre, os excrementos e a pinga”.

         Ela enfrentando um vizinho valentão.   “Mas eu lhe ensinei que a é a e b é b.  Ele é de ferro e eu sou de aço.  Não tenho força, mas minhas palavras ferem mais do que espada”.

         “Hoje tem arroz, feijão, repolho e linguiça.  Quando faço quatro pratos penso que sou alguém.”

         Apareceu um pretendente querendo casar com ela.   ...”um homem não há de gostar de uma mulher que não pode passar sem ler.   E que levanta para escrever...”

         Mulheres da favela... são horríveis numa briga.   O que podem resolver com palavras, transformam em conflito”.   ...”eu penso que a violência não resolve nada.     ....  “Dona Domingas é uma preta boa igual pão.

         ...”um dia eu discutia com a Leila.  Ela e o Arnaldo puseram fogo no meu barracão.   Os vizinhos apagaram”.

         ...”Mas eu já observei os nossos políticos.  Para observá-los fui na Assembleia Legislativa.     ...”Só quem passa fome é que dá valor à comida.”

A mãe dizia a ela quando criança:   “Nós somos pobres, viemos para as margens do rio.”  ...”São lugares de lixo e marginais”.  Gente da favela é considerado marginais.

         “Não mais se vê os corvos nas margens do rio, perto dos lixos.   Os homens desempregados substituíram os corvos (urubus).

         “Eu não danço.   Acho bobagem ficar dançando daqui pra ali.  Eu já rodo tanto para arranjar dinheiro para comer.”

         “Já faz tempo que os meninos estão pedindo pasteis.    ... “os pasteis é um acontecimento aqui em casa”.    Os moradores perto da favela olham os favelados com desprezo.   Esquecem eles que na morte todos ficam pobres.

         ...”Já faz seis meses que eu não pago a água.     ...”O José Carlos está mais calmo depois que botou vermes, 21 vermes.

         Acordei de madrugada e comecei escrever.   Tipo sonho que estou num Castelo onde moro...   “É preciso criar este ambiente de fantasia para esquecer que estou na favela”.   

         “As horas que sou feliz é quando estou residindo nos castelos imaginários.”

         ...”li o jornal para as mulheres da favela ouvir...    ...devo reservar as palavras suaves para os operários, para os mendigos, que são escravos da miséria.”

         (na biografia dela na página 255).

         Motivo para ler um livro:  “Para adquirirmos boas maneiras e formarmos nosso caráter”.

         Ela destaca o incentivo da professora dela para leitura:  “Que pessoas instruídas vivem com mais facilidade”.

         “Passei 23 anos mesclada com os marginais”.

 

         Continua no capítulo 6    

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Fichamento do livro - cap 4 - QUARTO DE DESPEJO - Diário de uma Favelada - CAROLINA MARIA DE JESUS (ANOS 50/60)

 capítulo 4

 

         Ela na Avenida Cruzeiro do Sul.    ... Na favela todos sofrem.   “Mas quem manifesta o que sofre é só eu.  E faço em prol dos outros”.

         Anos 1957-58.   A vida piorando.   Falta de dinheiro até para a pinga.  Menos  serviço para a polícia.

         As impressões dela na cidade... sala de visita.   Na favela:  “E quando entro na favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso digno de estar em um quarto de despejo.   Mal vestidos.  “Sou rebotalho”, estou no quarto de despejo, e o que está no quarto de despejo ou queima-se ou joga-se no lixo”.

         Nas favelas de dia, vários homens em casa.   “Uns porque não encontram emprego.  Outros porque estão doentes.  Outros porque embriagam-se”.   “Só interfiro-me nas brigas onde prevejo um crime”.

         “O meu sorriso, as minhas palavras ternas e suaves, eu reservo para as crianças”.

         Famílias que mudam para a favela, as crianças pioram no comportamento.  “São diamantes que se transformam em chumbo”.   Transformam-se de objetos que estavam na sala de visita para o quarto de despejo.

         ...”os políticos sabem que eu sou poetisa.  E que o poeta enfrenta a morte quando vê seu povo oprimido”.

         Pouco dinheiro em casa.  Não tenho açúcar porque ontem eu sai e os meninos comeram o pouco que tinha”.

         Ela viu um jovem catador de papel que achou carne estragada no lixo e comeu ela “esquentada”.   Carolina alertou mas ele disse que estava há dois dias sem comer.  Ele morreu intoxicado.

         Morreu e foi enterrado como indigente, sem nome e sem documentos.

         Marginal não tem nome.

         Um dia na casa de uma patroa que lhe dá um conselho.   “Ela disse para eu não me iludir com os homens porque eu posso arranjar outro filho que os homens não contribui para criar o filho”.

         Catou uns tomates descartados na fábrica Peixe. (também marca de massa de tomate).

         “Duro é o pão que nós comemos.  Dura é a cama que dormimos.  Dura é a vida do favelado”.

         Dona Julita, a patroa de Carolina.   Um dia a filha da Carolina pediu para a mãe.   – “Mãe, vende eu para a Dona Julita, porque lá tem comida gostosa.”

         No barraco “digo louças por hábito, mas é latas.   Comum faltar gordura para a comida.

         “Fiz comida.  Achei bonito a gordura frigindo na panela”.  Que espetáculo deslumbrante!.

         Para ela, ter o arroz e o feijão já era uma conquista.  

         Época de eleições...   “Mas o povo não está interessado nas eleições, que é o cavalo de Troia que aparece de quatro em quatro anos.”

         A vizinha, mãe de duas crianças que tentou se matar bebendo soda cáustica.

         ...Faz duas semanas que não lavo roupa por não ter sabão.

         ... “ia andando meio tonta.   A tontura da fome é pior que a do álcool.   A tontura do álcool nos faz cantar, mas a da fome nos faz tremer.”

         Está com fome e toma um café com pão.   ...depois que comi, tudo normalizou-se aos meus olhos.   Passei a trabalhar  mais depressa.

 

         Continua no capítulo 5

sábado, 25 de maio de 2024

Fichamento do livro - cap 3 - QUARTO DE DESPEJO - Diário de uma Favelada - CAROLINA MARIA DE JESUS (ANOS 50/60)

 capítulo 3

 

         Uma vizinha brigando com o filho de seis anos de Carolina.  Ela trouxe o filho para dentro de casa e perdeu a paciência porque a mulher continuou xingando.   Respondeu:  - “Cala a boca, tuberculosa!”

         “Não gosto de xingar os outros, mas quando a gente sai do sério  .... apela para as enfermidades”.     (como leitor me lembro da minha infância rural nos anos 50 no interior de SP.   Eram os palavrões:  lazarento, tísico, morfético...   doenças).  Lazarento – lepra.  Tísico – tuberculoso.  Morfético – hanseníase, lepra.

         ...”Amanheci contente.  Estou cantando.   As únicas horas que tenho sossego aqui na favela é de manhã.”

         Ela recusa ir para o quarto de um conhecido que a convidou.  “Disse-lhe: Não!”

...      “É que estou escrevendo um livro para vende-lo.  Viso com esse dinheiro do livro comprar um terreno para eu sair da favela”.

         ...”Fiquei horrorizada.  Haviam queimado meus cinco sacos cheios de papel”.    ...”Não estou ressentida.  Já estou habituada com a maldade humana.”

         Parte 2  - Diário de 1958

         ...”o que eu aviso aos pretendentes à política é que o povo não tolera a fome.  É preciso conhecer a fome para saber descreve-la.

         No diário – 09 de maio de 1958

         ...”eu cato papel mas não gosto.  Então eu penso.  Faz de conta que eu estou gostando.

         “O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome.   A fome é também professora”.

         Matar pernilongo no barraco.   Acender um jornal e passar pelas paredes.

         13 de maio -  “Que Deus ilumine os brancos para que os pretos sejam feliz”.

         Os filhos na escola mesmo com chuva.    Os filhos comemoram o ter o que comer.   “Mas eu já perdi o hábito de sorrir”.

         13 de maio.   Frio e sem comida.   “eu lutava contra a escravatura atual:  a fome.   (1958)

         ...”a cidade é o jardim e a favela é o quintal onde jogam os lixos.”

         Barulho na favela.   “É o Ramiro que quer dar no senhor Binidito”.

         “eu não posso descrever o efeito do álcool porque eu não bebo.

         “Eu quando estou com fome quero matar o Janio Quadros, enforcar o Ademar de Barros, queimar o Juscelino.  (políticos).

         O apoio dos Vicentinos (grupo católico que faz caridade).

         Dona Maria morreu.    ...”era crente e dizia que os crentes antes de morrer já estão no céu”.

         Carro vai levar o enterro.    “... vai para a verdadeira casa própria que é a sepultura.”

         Cinco da manhã e os pardais já cantando.   “As aves devem ser mais feliz que nós.   Talvez entre eles reina a amizade e igualdade”.

         Fala do presidente Juscelino no palácio do Catete (RJ).  Voz de sabiá – agradável.   (ele era médico).

         (Estive recentemente em Belo Horizonte e visitei a casa que o Juscelino morou – uma casa confortável ao lado do lago da Pampulha projetada por Oscar Niemeyer.)

         Quem visitava a favela reclamava.   “- Credo, para viver num lugar assim só os porcos.   Isto aqui é o chiqueiro de São Paulo”.

         “Começo a revoltar.   E a minha revolta é justa.”     Ela usando carrinho para catar/transportar o papel.   Ela lembra versos do poeta Casemiro de Abreu:     “Ri criança / a vida é bela.   Carolina retruca:   Chora criança, a vida é amarga”.

 

         Continua no capítulo 4

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Fichamento do livro - cap 2 - QUARTO DE DESPEJO - Diário de uma Favelada - CAROLINA MARIA DE JESUS (ANOS 60)

 capítulo 2

 

         Carolina no consultório médico.  Tocaram num assunto de política.  Ela deu opinião sobre Carlos Lacerda.     ...”gosta de intriga.   Um agitador.”

         Foi dormir meia noite.   “Quando despertei, os raios solares penetrava pelas frestas do barraco”

         Vizinhas não gostavam de Carolina porque ela sabia conversar e diziam que ela conquistava os homens.   Por isso brigavam até com as crianças dela.

         Ela protesta:  “Eu não vou na porta de ninguém.   É vocês que vem na minha porta para aborrecer-me”.     

         “Mas eu não encontro defeito nas crianças.   Quando falo com uma criança lhe dirijo palavras agradáveis.     ...”Tenho apenas dois anos de escola mas procurei formar meu caráter.”.

         Sobre as vizinhas implicantes:   “Elas alude que eu não sou casada.  Mas eu sou mais feliz do que elas.   Elas tem marido, mas são obrigadas a pedir esmolas.  São sustentadas por associações de caridade.

         “Os meus filhos não são sustentados com pão de igreja”.     ...”Elas tem que mendigar e ainda apanham.   Parece tambor”.

         Fala da vizinha que bebe e os filhos não vingam.   “Ela odeia-me porque os meus filhos vingam e por eu ter rádio”.

         ...”As  pessoas dadas ao vício de embriaguez não compram nada.  Nem roupas”.   “Os ébrios não prosperam”.

         Depois do dia de catar papel.   Cheguei em casa.   Era 23:55 h.   “Esquentei a comida, li, despi-me e depois deitei.  O sono surgiu logo.”

         Cedo, fila para pegar água na torneira da favela.

         “Eu não consegui armazenar para viver, resolvi armazenar paciência”.

         “Hoje comprei marmelada para eles”.  (os filhos)

         Nota:   A marmelada já foi o doce mais consumido no Brasil.

         Vizinhos aborrecem Carolina e seus filhos.  Ela desabafa:   “Vou escrever um livro referente à favela.  Hei de citar tudo que aqui se passa.”

         Vizinha provocando ela:   “A única coisa que você sabe é catar papel.” Eu disse:   ...”Cato papel.  Estou provando como vivo!”.   “Há mulheres que o esposo adoece e elas no período da enfermidade mantém o lar.   Os esposos quando vê as esposas manter o lar, não saram nunca mais”.

         Vizinhos bebem e até dão bebida alcoólica para as crianças deles.

         “Os meus filhos reprova o álcool.”   

         Rascoas.   Nome pelo qual chamam as meretrizes na favela.

         Carolina falando do café da manhã dela e dos filhos.   Diz que tenta caprichar no café e cada um em casa gosta de um jeito.  Ela gosta de mingau de aveia.

         Faz oito anos que cato papel.   “O desgosto que tenho é residir na favela”.    Catar papel e ter que levar a filha de dois anos que não gosta de ficar em casa.  Complicado para a mãe.

         O saco de papel na cabeça e a filha no braço.  Serviço duro.

         Sobre a filha Vera.  “Ela não tem culpa de estar no mundo.”

         Todos os dias eu escrevo.  Sento no quintal e escrevo.

         Frio de julho.  Chegar à noite do trabalho duro.   “Tomei banho, esquentei a comida, li um pouco.  “Não sei dormir sem ler”.

         ...”O livro é a melhor invenção do homem”.

         ...”Catar papel e cantar.   Eu sou muito alegre.  Todas manhãs eu canto.  De manhã eu estou sempre alegre.”

         O seo João batendo na porta.  Procurando remédio caseiro para dor de dente.   “Quis saber o que eu escrevia.  Eu disse ser o meu diário.  Ele falou:

         “Nunca vi uma preta gostar tanto de livros como você.” Ela diz:  Todos tem um ideal.  O meu é gostar de ler”.

        

         Continua no capítulo 3

quarta-feira, 22 de maio de 2024

FICHAMENTO - capítulo 1 - LIVRO: QUARTO DE DESPEJO - Diário de Uma Favelada - CAROLINA MARIA DE JESUS

 

Capítulo 01                    maio de 2024

 

         Edição 2022 a que estou lendo.          Editora Ática – 260 páginas

         Na orelha do livro escrito na década de 50.    ... “Nós somos pobres, viemos para as margens dos rios.   As margens dos rios são os lugares do lixo e dos marginais”.

         Não mais se vê os corvos voando às margens do rio, perto do lixo.  Os homens desempregados substituíram os corvos”.

         Livro escrito em caderno, um tipo de diário, na Favela do Canindé na margem do Rio Tietê em São Paulo-SP.

         Carolina, catadora de recicláveis, mãe de três filhos, tirava o sustento do lixo coletado pelas ruas.

         Luta diária contra a fome, a doença e a violência.

         Publicado na década de 60, esgotou rápido e já foi traduzido para treze idiomas.  Foram mais de 1 milhão de exemplares ao todo.

         Na abertura, poema de Edmilson A. Pereira:

         “A mão de Carolina”  

         ... “espera-se dela, ontem e agora

Algo mais que receber prêmios

A mão Carolina

Escreve em acusação sem volta”.

         Apresentação do livro:    60 anos de um Clássico

         Texto de Cidinha da Silva, escritora negra, como ela mesmo destaca.

         ... jornalistas e até críticos literários trocavam o prenome de Carolina Maria, usando Maria Carolina...

         Página 12 -  Mais de 1 milhão de cópias do livro dela vendidos no mundo todo.

         “Não podemos nos esquecer, quando uma pessoa subalternizada vence a opressão, produz-se certo regozijo no coração da mídia dos opressores que gostam de se distinguir dos algozes mais terríveis”.

         ...”Por fim, compartilho com você, leitor, a ideia que venho amadurecendo e que tornei pública em outras ocasiões:  a de que autoras como Carolina Maria de Jesus só passarão a ser canônicas quando conseguirmos pluralizar o cânone, já que não nutro ilusões de derrubá-lo”.

         A escritora Cida propõe que todas as memórias...  “oriundas de periferias, possam também ocupar as instâncias definidoras do que pode ser considerado canônico”.

         Agora, vamos à Carolina e seu livro em pauta.

         Forma de diário, letra cursiva...   08-12-1958

         ... “o padre veio dizer a missa.    ... disse aos favelados que eles precisam ter filhos.  Penso:  porque há de ser o pobre quem há de ter filhos – se filhos de pobre tem que ser operário.

         Carolina reclamando da miséria junto com seus filhos a uma amiga:

         “Eu não paro um minuto.  Cato tudo (lixo reciclável) que se pode vender.   E a miséria continua firme ao meu lado”.

         ... doente...    melhorou  ... sentei na cama e comecei a catar as pulgas... Eu comecei fazer planos para o futuro.

         Livro dedicado a onze netos de Carolina.  Ela cita os nomes deles.

         Começa o livro em si com texto escrito em 14-07-1955.

         Ter que deixar as crianças em casa e sair para catar papel.  Preocupação diária.

         Ganhou alguns alimentos do carro do Centro Espírita da Rua Vergueiro, 103.   

         Uma da favela perguntou se Carolina está grávida.  Ela ficou brava.

         “Tenho pavor dessas mulheres da favela.  Tudo quer saber!   A língua delas é como pés de galinha.  Tudo espalha”.

         ...”Saí à noite e fui catar papel.   Quando passava pelo campo do São Paulo FC, várias pessoas saindo do campo.  Todas brancas, só um preto.”

        

Continua no capítulo 2

sábado, 18 de maio de 2024

RESENHA (AMADORA) DO LIVRO - NO AR RAREFEITO - autor do livro: JON KRAKAUER (USA)

 Resenha do livro

No Ar Rarefeito (Pico Everest)
Autor do livro: Jornalista Jon Krakauer
O autor é alpinista, jornalista e escritor.
Li dele primeiro Na Natureza Selvagem, sobre um jovem americano que escalava montanhas no Alasca e teve um acidente fatal. O autor refez o trajeto do jovem.
Nesse livro fiquei sabendo da obra No Ar Rarefeito sobre a escalada do Everest.
Esta obra traz uma riqueza de informação sobre os desafios da empreitada, da cultura local, das motivações de cada alpinista para encarar o desafio extremo. Tem até o custo da aventura.
Vamos nessa como leitores.

terça-feira, 14 de maio de 2024

MUDANÇAS CLIMÁTICAS - FALA DO PRESIDENTE DO IPCC HÁ DEZ ANOS ATRÁS (EM 2014)


Dias atrás eu estava fazendo uma pesquisa na área da Ciência Política na BPP Biblioteca Pública do Paraná. Por acaso, acabei vendo uma entrevista nas páginas amarelas da Revista Veja de 09-04-2014. Já se vão dez anos.
O que me chamou a atenção foi que o entrevistado era o Presidente do IPCC que é um Painel Intergovernamental que trata das mudanças climáticas, orgão colegiado que congrega os mais destacados pesquisadores do mundo no tema.
O presidente do IPCC (ligado à ONU) de então era um indiano com vários cursos universitários, dentre estes, Engenharia. Trata-se de Rajendra Pachauri.
Num destaque da entrevista, que a revista coloca em letras maiores o então presidente do IPCC diz:
"Sabemos até que ponto o aquecimento global é influenciado pelo homem. A conclusão: com 95% de certeza, a maior parte das mudanças climáticas que vem ocorrendo desde meados do século XX é resultado de nossas atividades".