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domingo, 17 de janeiro de 2021

CAP. 10/23 - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - autora: Jornalista americana MICHIKO KAKUTANI - Edição 2018

CAP. 10/23            leitura feita em janeiro de 2021

         Trump atuou no mercado imobiliário e foi estrela como apresentador de Reality Show na TV.   Nessa a sua imagem se popularizou muito.   Para sua campanha distribuiu chapéus com  o slogan :  Make America Great Again.      (Fazer a América Ótima Novamente).

         Página 105 – “Alice Marwick e Rebecca Lewis, autoras de um estudo sobre desinformação on-line...   “Entre alguns grupos de jovens, há um salto surpreendentemente curto entre rejeitar o politicamente correto e começar a culpar mulheres, imigrantes ou muçulmanos por seus problemas”.

         ... fake News ... ganharam impulsos em sites como 4Chan e Reddit.  Depois saltam para o Twitter e Facebook.

         Estudiosa de teorias da Conspiração na web, Renee DiResta – dizem que as pessoas e mesmo países com intenções espúrias podem estar usando o Reddit para testar a reação a memes e histórias falsas.

         Renee DiResta “alertou na primavera de 2016 que os algoritmos das redes sociais – que mostram às pessoas as notícias que são mais populares em vez de corretas e importantes – estão ajudando a promover teorias da conspiração”.

         O livro é anterior à pandemia e em 2016, DiResta já alertava:   “Esse tipo de conteúdo extremista pode afetar a maneira como as pessoas pensam e se infiltram nos debates sobre políticas públicas em assuntos como vacinas, leis de zoneamento territorial e fluoretação da água”. 

         A estudiosa acrescenta:  “... já termos passado há muito tempo das bolhas e filtros meramente partidários e estarmos agora no mundo das comunidades isoladas que vivem na sua própria realidade e operam com seus próprios fatos.”   Nesse ponto, conclui ela, a interpretação não está mais refletindo a realidade; mas sim moldando-a”.

         Capítulo 5 – Apropriação da Linguagem

         A autora abre o capítulo citando o escritor John Le Carré:   “Sem uma linguagem clara, não existe um padrão de verdade”.

         A autora cita de forma recorrente e pertinente o escritor Orwell, agora em seu livro 1984 no trecho que contem o “Manifesto da Verdade”  (a verdade que o Grande Irmão criou para governar seu povo)

         Cita o linguista judeu alemão Victor Klermperer que sobreviveu à Segunda Guerra Mundial em Dresden na Alemanha.   Escreveu diários e um estudo chamado A Linguagem do Terceiro Reich.

         No livro 1984 de Orwell, alerta para as gerações futuras:   “... o quão rápida e insidiosamente um autocrata pode usar a língua para suprimir o pensamento crítico, inflamar a intolerância e sequestrar uma democracia”.

         Página 113 – Klemperer não achava que Hitler  se comparava a Mussolini como orador e ficou surpreso que o líder nazista – que considerava um homem raivoso e inseguro com uma voz irritante e uma propensão a berrar – tivesse tantos seguidores”.

         .... “ e Hitler se apresentava como sendo a Voz do Provo, seu Messias”.     Os nazistas odiavam a palavra “sistema”, que associavam à antiga República de Weimar, que detestavam.

         Hitler em seu livro Mein Kampf (Minha luta) de 1925.    Ele destacava termos que viraram destaques do seu grupo.   Já em 1933 muitos desses termos já eram incorporados pelo povo alemão.

         Hitler e o uso de números e termos superlativos.   Chagou ao extremo nessa mania de grandeza que num certo ponto o artifício passou a não ter mais credibilidade entre os seus.

         116 – Trump e mentiras.    As Agências de Notícias passaram a catalogar as mentiras dele.   “Ele exige lealdade não à Constituição dos USA, mas a si próprio”.

         “e espera que os membros do Congresso e do Judiciário aplaudam suas políticas e desejos, independentemente do que eles acreditam melhor atender aos interesses do povo norte-americano”.

         (esse “filme” não é estranho para nós aqui no Brasil atual...)

         “Trump tem o hábito de acusar adversários dos mesmos pecados dos quais ele é culpado.  Tipo:  Ted Mentiroso, Hillary Corrupta, Bernie Louco.

         119 – “O governo estreou com assessor de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, insistindo que o público da posse de Trump era “o maior da história” – uma informação que ia contra as provas fotográficas... uma mentira”.

         Na Rússia a jornalista Masha Gesser  ... sobre Putin... “...o poder de Putin está em dizer o que quer, quando quer, independentemente dos fatos.   Ele é presidente do país e rei da realidade.”

         Próximo capítulo     11/23 

sábado, 16 de janeiro de 2021

CAP. 09/23 - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - Notas sobre a Mentira na Era Trump - autora: jornalista americana MICHIKO KAKUTANI

 CAP. 09/23            leitura em janeiro de 2021      (livro editado em 2018)

         Lá nos USA ocorrem às vezes debates na TV entre algo que tem posição clara da ciência contra uma picuinha de minoria sem base e a imprensa se coloca como “isenta” e dá ar de que ambos os lados são legítimos.

         “Um relatório da BBC Trust (estatal) de 2011 constatou que a cobertura científica da emissora dava atenção indevida a opiniões insignificantes sobre o tema das mudanças climáticas provocadas pelo homem”.

         Manchete do The Telegraph:  “Funcionários da BBC são aconselhados a parar de convidar lunáticos para os programas científicos”.

         Página 90 – Chistiane Amanpour, num debate sobre liberdade de imprensa.  Ela que inclusive fez cobertura da Guerra da Bosnia.   “cobrindo a limpeza étnica e o genocídio na Bósnia...  “Eu acredito em ser verdadeiro, não em neutralidade.   E acredito que precisamos parar de banalizar a verdade.”

         Capítulo 4 -  O Desaparecimento da Realidade

         Em A Formiga Elétrica, obra de Philip K. Dick -   “Será que eu quero interferir na fita da realidade?   E se eu quiser, por quê?   Porque, ele pensou, se eu controlar isso, eu controlarei a realidade”.

         “Surreal e caos se tornaram duas dessas palavras utilizadas a todo momento por jornalistas tentando descrever a realidade nos USA na segunda década do novo milênio, num momento em que dezenove crianças são mortas todos os dias no país...”

         95 – “A atuação desequilibrada de Trump na presidência representa um tipo de clímax nesse processo de distorção da realidade...”      = ...”anos 60, origens.....   desconexão....    sociedade se fragmentando e as narrativas oficiais – promovidas pelo governo, pelo establishment e pelas elites – começam a desmoronar;  e o ciclo das notícias começou a acelerar.

         Em relação aos USA, em 1961 Philip Roth escreveu que a realidade americana atordoa, ofende, enfurece”.

         A descrição da realidade ficou mais surpreendente que as obras de ficção.   Cita um ícone do jornalismo americano Gay Talese (li desse autor dois livros excelentes – Vida de Escritor e Fama e Anonimato).

         97 – Os políticos sempre distorcem a realidade mas a TV – e mais tarde a internet – lhes deu novas plataformas para prevaricar.

         98 – Trump...   “Compreendeu instintivamente que esse novo cenário governado pela internet e a crescente ignorância de alguns eleitores tornavam mais fácil do que nunca influenciar seus medos e ressentimentos ao promover narrativas virais e convincentes que servem de base para realidades alternativas”.

         Trump também aumentou seus esforços para desacreditar o jornalismo, taxar matérias como fake News e atacar os repórteres, classificando-os de inimigos do povo... mentiras tenham se acumulado para criar histórias igualmente falsas, que se encaixam perfeitamente nos medos das pessoas”.

         Algumas das mentiras que o Trump espalhou:

         - Criminalidade enorme   (quando tinha sido menos grave que antes)

         - que os imigrantes seriam violentos (estatísticas provam que nas prisões tem proporcionalmente menos imigrantes que americanos natos)

         - imigrantes como fardos para os USA carregarem.    A realidade comprova que não é verdade -   Do ano 2000 para cá, 31 dos 78 Prêmio Nobel recebido pelos USA, vieram de seus imigrantes.    Imigrantes e seus filhos ajudaram a fundar cerca de 60% das empresas de tecnologia dos USA com valor estimado em quase quatro trilhões de dólares.

         Em resumo:   “Trump criou uma imagem de uma nação em apuros, que precisava muito de um salvador”.     (isto na campanha dele).

         Mentiroso desde décadas passadas.   Mentiu que seu edifício Trump Tower tinha 68 andares, quando na verdade são 58.  Também se fez passar por um profissional de relações públicas chamado John Barron ou John Miller para exaltar o nome dele, Donald Trump.

         “a única coisa que importava era fazer a vida”.

         99 – Trump atuou no mercado imobiliário e foi estrela como apresentador de Reality Show na TV.   Nessa a sua imagem se popularizou muito.   Para sua campanha distribuiu chapéus com  o slogan :  Make America Great Again.      (Fazer a América Ótima Novamente).

                   Próximo capítulo   - 10/23

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

CAP. 08/23 - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - Notas sobre a Mentira na Era Trump. Autora jornalista americana MICHIKO KAKUTANI

 CAP 08/23            leitura em  janeiro de 2021

         “Com essa adoção da subjetividade veio também uma diminuição da verdade objetiva:  a glorificação da opinião acima dos fatos – uma circunstância que ajudou a promover a ascensão de Trump”.

         Página 75 – Trump, perguntado se havia questionado Vladimir Putin sobre a interferência russa na eleição presidencial, respondeu:  “Eu acredito que ele tenha a impressão de que ele e a Rússia não se meteram na eleição”

         77 – Costume que vem de longe nos americanos.    Há mais de 150 anos, em A Democracia na América, Alexis Tocqueville observou a tendência:   ... “a se isolarem em sociedades unidas pela similitude de condições, hábitos e costumes para se entregar aos prazeres da vida privada”.    Egocentrismo.    ... que negligenciariam suas responsabilidades como cidadãos.

         Cita o livro de 1952 O Poder do Pensamento Positivo de Norman Vincent Peale, autor conhecido como o “Vendedor de Deus” pela sua pregação do evangelho da prosperidade.   O pai de Trump era admirador desse autor e Trump seguiu essa linha.    Duas frases de Peale que se encaixam nas atitudes de Trump:

         “Qualquer fato que se apresente em nossa mente, por mais difícil que seja, ou até aparentemente sem solução, não é tão importante quanto nossa atitude perante ele”.

         ... pregando aparentemente a doutrina da negação dos fatos.

         “Um padrão de pensamento confiante e otimista pode modificar ou superar completamente um fato.”

         Livro citado por Trump:  A Nascente, de Ayn Rand que o presidente citou como seu favorito.     .... sua equiparação entre sucesso e virtude e sua defesa apaixonada de um capitalismo irrestrito.

         ... “o propósito moral mais elevado do homem é a busca de sua própria felicidade, dialogaria com o que o narcisismo descontrolado de Trump...”     .... alguns escritores.... escrever sobre si mesmos...

         80 – Tom Wolfe, repórter e escritor, em 1989 propôs.... “fez um apelo aos romancistas:   se joguem de cabeça neste nosso país selvagem, bizarro, grotesco, barroco e imprevisível e o reivindiquem de volta como terreno literário”.

         Gente partindo para escrever memórias.   Tiradas de egocentrismo.  Alterar fatos para torna-los mais espetaculares.   Enganando leitores.

         Memória de verdade requer honestidade, autenticidade, sinceridade.

         Há leitores que se sentem traídos quando leem uma memória “adulterada” e outros não se importam.   ... tolerantes...  ao caráter tênue da verdade.

         Criticismo do moi.   Autores de obras na academia passam a eles mesmos fazerem o prefácio da obra para não se sujeitarem à crítica.  Daí a expressão:  Criticismo do moi, no caso.      (eu analiso e aprovo o que eu mesmo escrevi...)

         Pós Modernismo  - Verdades dependentes da perspectiva da pessoa.   Lado positivo:   - existem diversas maneiras legítimas de entender ou representar um acontecimento;   permite um discurso mais igualitário quando possibilitou que as vozes dos outrora excluídos fossem ouvidas.

         O lado, nem tanto...      Foi explorado por aqueles que quiseram defender teorias ofensivas ou desacreditadas ou equiparar coisas que não podem ser equiparadas.    (um exemplo dos dias de hoje seriam a postura do indivíduo em relação ao uso de tabaco e de vacina.    Se forma superficial pode dizer que pelo livre arbítrio a pessoa opta por usar ou não.  Só que são situações que não podem ser equiparadas.   Uma em resumo, no caso do tabaco, só afeta de forma direta quem usa.   Já no caso da vacina, quem opta por não usar, está afetando o que poderá ser por ele contaminado)

         Destaca a autora que os grupos destacados, tem em comum o fato de não terem a ciência do lado deles: neonazistas, negacionistas climáticos, adeptos de movimentos anti vacina etc.

         88 – Já em 1969 a indústria do tabaco nos USA, diante de todos os trabalhos científicos que atestavam os males do tabaco, saem com esta defesa:  “A dúvida é o nosso produto”.   Estratégia dos defensores da indústria do tabaco...

         ... bancar uns supostos especialistas... para refutar a ciência estabelecida ou argumentar que mais pesquisas seriam necessárias....     Estratégia semelhante para tentar desacreditar as mudanças climáticas e pautas ambientais.       ... “e atacar a reputação dos cientistas legítimos do outro lado”.    

         Trump e a defesa de armar o povo;   de construir o muro na fronteira com o México etc.   Itens que vão contra as pesquisas e opiniões de especialistas.   Lá ocorrem às vezes debates na TV entre algo que tem posição clara da ciência contra uma picuinha de minoria sem base e a imprensa se coloca como “isenta” e dá ar de que ambos os lados são legítimos.

        

                   Próximo capitulo -   09/23

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

CAP. 07/23 - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - Autora: jornalista americana - MICHIKO KAKUTANI - edição 2018

CAP. 07/23

         Francis Fukuyama em seu livro O Fim da História, de 1989 (quando do fim do comunismo na URSS) argumentava que com a implosão do comunismo soviético, a democracia liberal triunfou e se tornou a forma final do governo humano.       Mas os fatos posteriores se mostraram diferentes pelo mundo afora....

         “Um relatório do Freedom House concluiu que com forças populistas e nacionalistas obtendo ganhos significativos em estados democráticos, 2016 marcou o décimo primeiro ano consecutivo de declínio da liberdade global”.   (indícios de que Fukuyama e seu Fim da História não se sustenta).

         O mesmo Fukuyama em 2017 disse estar preocupado com “uma lenta erosão das instituições” e das normas democráticas sob o governo Trump...   Fukuyama....  “agora percebeu que as democracias podem retroceder”.

         Guerras culturais ...   As alas mais extremistas da base republicana...  o Tea Party, os nascimentistas, a direita cristã, os nacionalistas brancos – se mobilizaram contra o presidente Obama e suas políticas.

         Trump joga mais gasolina nesse incêndio para conquistar mais adeptos e para desviar a atenção de seus fracassos políticos e seus muitos escândalos.

         Trump...  apelou para os medos dos eleitores brancos da classe operária preocupados comum mundo em mudança.... e Trump criou bodes expiatórios:   imigrantes, afro-americanos, mulheres, muçulmanos.

         Trolls russos com perfis falsos atuaram nas redes sociais para ampliar  mais as divisões entre os norte-americanos.

         Página 60 – Descobriu-se que em maio/2016 trolls russos usaram perfil falso no Facebook chamado Heart of Texas para organizar um protesto chamado “Acabe com a islamização do Texas”, e outro perfil falso chamado United Muslims of America para organizar um contra protesto no mesmo horário e local.

         Houve conservadores republicanos de destaque que eram contra o sistema de usar o medo adotado por Trump, mas outros setores dos republicanos colocaram Trump como candidato.    Para os apoiadores de Trump o partido estava acima de tudo...

         61 – Sobre os escândalos amorosos de Trump, Tony Perkins da Family Research Council  “disse que ele e seus partidários estavam dispostos a não levar em conta o comportamento pessoal de Trump.

         62 – Houve críticos dos que queriam ensinar ou escrever a história de uma forma justa.

         64 – “Mas tais argumentos pos-modernos abririam caminho para os adeptos do movimento anticlima e os negacionistas do aquecimento global, que se recusam a aceitar a opinião consensual da esmagadora maioria dos cientistas”.

         “A teoria nazista, de fato, nega especificamente que exista a verdade”.   Não existe, por exemplo uma ciência.   Existe somente a ciência alemã, a ciência judaica...

         65 – “Um dos fundadores do Pos-Modernismo, Jaques Derrida – que alcançaria status de celebridade nos campi norte-americanos nos anos 1970-1980.    ... usou a palavra Desconstrução.... uma análise textual da qual foi pioneiro.

         A desconstrução postulou que todos os textos são instáveis.... e que os significados, eternamente variáveis, são emprestados pelos leitores e observadores.  ... “ niilista....  qualquer coisa poderia significar qualquer coisa.     Em suma, não existia uma verdade”.

         Derrida tentou usar teoria da desconstrução para tentar limpar a barra do belga intelectual nos USA depois que se descobriu que no passado o belga escreveu muitos textos pro nazistas...

         69 – As tiradas de desconstrução de assessores de Trump.   O ex coordenador de campanha, Corey Lewandowski, afirmando que o problema com a mídia é que “vocês interpretam tudo o que Trump diz literalmente.    O povo norte-americano não”.

         Capítulo 3 -  “Moi” e a Escalada da Subjetividade

         74 – Narcisismo, década do “eu”, anos 70.    Tim Wu da Faculdade de Direito de Columbia descreveu como “o autopavoneamento e o desejo de prender a atenção dos outros com um espetáculo de si mesmo”.

         “Com essa adoção da subjetividade veio também uma diminuição da verdade objetiva:  a glorificação da opinião acima dos fatos – uma circunstância que ajudou a promover a ascensão de Trump”.

                   Próximo capítulo   08/23 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

CAP. 06/23 - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - Autora: Jornalista americana MICHIKO KAKUTANI - Ed. 2018

CAP. 06/23

         Página 46 – Quando jovem, Stefan Zweig e seus amigos passavam horas em cafés, conversando sobre artes e assuntos pessoais...  (ele era austríaco).     Subestimaram Hitler.   

         “Os jornais asseguravam aos seus leitores que o movimento nazista ruiria em pouco tempo”.   O nazismo foi sendo aplicado de dose em dose para dar na vista do povo.   .... com seus hábitos e rotinas...   “as pessoas não quiseram acreditar na velocidade com que seus direitos estavam sendo tirados.

         (no Brasil atual o governo está incentivando as pessoas a terem armas e munições).

         A autora cita que no Nazismo, a maioria do Parlamento alemão era contra Hitler.   O povo achava que estava protegido pelas leis e a constituição...     Na época o povo deixou a coisa correr achando que ia dar em nada...

         Capítulo 2 – As Novas Guerras Culturais

         Já um jornalista, David F. Wallace em 2005, alertava para o “caleidoscópio” de fontes de notícias na TV, on line, dentre estas, agentes da direita como a TV Fox News e o Rush Limbaugh Show... com viés ideológico...    abalando os fatos enquanto notícias.    

         O jornalista David, dez anos antes do governo Trump já via o cenário que viria...   “em que a verdade cada vez parece estar nos olhos de quem vê, os fatos são intercambiáveis e socialmente constuidos...”

         52 – Membros republicanos no Congresso...   muitos desses republicanos rejeitam a racionalidade e a Ciência”.     “Hoje, esses ideais de razão e progresso são atacados pela direita por serem vistos como parte de uma conspiração liberal para minar valores tradicionais ou como possíveis indicativos de um elitismo intelectual da Costa Leste americana”.   

         ... “ a direita com os trolls da direita alternativa (alt-right) e membros republicanos do Congresso que acusam agora o assim chamado Estado profundo de conspirar contra o presidente Trump.”

         Campanha de Trump em 2016...  aos marginalizados... queremos acabar com esses conchavos entre doadores ricos, as grandes corporações e os executivos da mídia.  (esse era o discurso do candidato)

         ... apoiadores...  direitistas que querem questionar a evolução, negar a realidade das mudanças climáticas ou divulgar fatos alternativos.

         54 – Mike Cernovich, troll da direita alternativa e teórico da conspiração...  (aqui no BR, entre outros, Olavo de Carvalho e  tantos mais)

         Desde a década de 60 o povo foi perdendo a confiança nas Instituições porque depois do ocorrido, percebeu que foi enganado pela versão oficial de eventos super importantes como a Guerra do Vietnã (que os USA perdeu), Guerra do Iraque e o escândalo de Watergate e mesmo a crise financeira de 2008 provocada e sofrida pelos USA com reflexos negativos pelo mundo afora.

         A era da internet trouxe muita coisa boa...   como também deu origem a uma enxurrada de desinformação...   epidemia de notícias falsas.

         55 – Fala do Pos Modernismo na segunda metade do século XX com seus filósofos, ...  afetou a arte..... se revelariam emancipadores.... trabalhos  inovadores de artistas. 

         “Quando aplicados às Ciências Sociais e à História...  deu origem a todo tipo de implicações filosóficas...  afetando a cultura.”

         Os Pos Modernistas – “Negam a existência de uma realidade objetiva”.    ... argumentando que o conhecimento é afetado pelos prismas de classe, raça, gênero e outras variáveis”.    Sai de campo a realidade objetiva e entra a “verdade” e entra em campo a subjetividade....   totalmente.... não somos racionais e autônomos...   cada um de nós é moldado...   por um tempo e uma cultura específicos”.

         Nessa linha.... “Abaixo a ideia de consenso”.

         O Iluminismo, por exemplo, é descartado por muitos pos modernistas de esquerda como uma leitura hegemônica ou eurocêntrica da história, destinada a promover noções  colonialistas ou capitalistas de razão e progresso”.

         Historiador Andrew Hartman em livro de 2015 A War For The Soul of America

         Francis Fukuyama em seu livro O Fim da História, de 1989 (quando do fim do comunismo na URSS) argumentava que com a implosão do comunismo soviético, a democracia liberal triunfou e se tornou a forma final do governo humano.       Mas os fatos posteriores se mostraram diferentes pelo mundo afora....

                            Continua no capítulo 07/24 

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

CAP. 05/23 - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - Notas sobre a Verdade na Era Trump - Autora: Jornalista Americana MICHIKO KAKUTANI

CAP. 05/23       - leitura em janeiro de 2021

         Página 39 – cita o acadêmico Tom Nichols, autor do artigo The Death of Expertise, que uma hostilidade deliberada contra o conhecimento estabelecido havia surgido tanto à direita quanto na esquerda, com pessoas argumentando de forma agressiva...

         39 “Quando, segundo Tom, não se tem interesse em se informar em nível básico sobre os assuntos que afetam nossas vidas, os cidadãos abdicam de ter controle sobre esses assuntos, gostando deles ou não.   E quando os eleitores perdem o controle sobre estas decisões, correm o risco de que suas democracias sejam sequestradas por demagogos ignorantes, ou que suas instituições democráticas sejam corroídas de forma mais gradual e silenciosa, até se transformarem numa tecnocracia autoritária”.

         (Trump não tinha experiência em atuar como governante e se popularizou, milionário que é, como apresentador de Reality Show na TV)

         “A preferência do governo Trump por lealdade a afinidade ideológica em detrimento da expertise está bem clara.   Juizes sem qualificações e diretores de órgãos foram indicados com base em nepotismo”.     ...”enfraquecimento de Agências regulatórias.... beneficiando empresários do petróleo...”

         “Rick Perry, que ficou famoso por querer abolir o Departamento de Energia foi nomeado por Trump para comandá-lo, ordenando cortes nos programas relacionados a fontes renováveis de energia”.  (o interesse privado acima do interesse público)

         “Trump coloca Scott Pruitt, que processou repetidas vezes a EPA Agência de Proteção Ambiental, para comandar essa mesma EPA...  “começou rapidamente a desmantelar e atravancar a legislação criada para proteger o meio ambiente”.   (foi uma de passar a boiada lá nos USA copiado pelo Ministro Salles aqui do Brasil – coisa horrível)

         41 –Criado a décadas como órgão independente e apartidário para fornecer estimativas de custo para os legisladores decidirem sobre o Orçamento da União.   Trump se irritou com o órgão e sucateou o mesmo.  Passou de 235 funcionários para apenas 89.  O nome do órgão numa tradução para o português é Escritório do Orçamento do Congresso.

         42 – O Governo Trump adotava uma “engenharia reversa”, ou seja, primeiro decidia algo complexo e só depois colocava os técnicos para dirigir “estudos” numa conta de chegada para justificar o que já estava decidido.   O exato oposto do método científico que é planejar antes de decidir sobre a execução.

         Eu leitor, alerto:   Este livro foi editado em 2018, portanto antes da pandemia.  Vejamos o que a autora cita...   “o governo deu ordens ao CDC Centros de Controle e Prevenção de Doenças “para que evitassem usar as expressões base científica e baseado em fatos.

         42 – Trump retira os USA do Acordo de Paris (que trata da ação conjunta dos países para fazer frente aos problemas de mudanças climáticas e alterações danosas ao meio ambiente).   Depois que a Síria assinou, todos os países tinham assinado o Acordo que Trump resolveu abandonar.

         Trump prometeu solenemente acabar com o Plano de Energia Limpa, do presidente Obama.    (e estimulou a superada e poluente indústria do carvão).

         Desmobilizou a ciência e cortou muitos programas de pesquisa como biomedicina, ciência ambiental, engenharia e análise de dados.   Só a Agência Ambiental perdeu 2,5 bilhões de dólares do orçamento, equivalente a um corte de 23% do orçamento desta.

         Em abril de 2017, nos USA se organizou em Washington a Marcha Pela Ciência para protestar contra o governo em seus ataques à ciência.   Em solidariedade houve Marcha Pela Ciência em mais 35 países, solidariedade aos cientistas dos USA e preocupados com a ciência em seus próprios países.

         44 – “Médicos da América Latina e na África estavam preocupados porque fake News sobre a zika e o ebola estavam disseminando medo”.

         “Mike Mac Ferrin, aluno de pós graduação em glaciologia (região com neve) que trabalha em Kangerlussuaq, uma cidade de 500 habitantes na Groenlândia, explicou à revista Science que os moradores tinham motivos reais para se preocupar com as mudanças climáticas, pois o volume de água decorrente da camada de gelo já havia encoberto parcialmente uma ponte local, o que não ocorria antes.

         Mike afirma:  “Eu comparo os ataques à Ciência ao ato de desligar os faróis; é como se estivéssemos num carro a toda velocidade no escuro, e as pessoas não quisessem ver o que vem pela frente.  Nós, os cientistas, somos os faróis”.

         A autora cita outro caso dramático descrito em 1942 na autobiografia do austríaco Stefan Zweig.   Ele viu a Primeira Guerra Mundial, o Nazismo de Hitler e a Segunda Guerra Mundial começando.     Ele narra – “a história da terrível derrota da razão e do selvagem triunfo da brutalidade”.    

         Ele descreveu uma era com tantas conquistas da ciência com a cura de doenças, a transmissão de informações abrangendo todas as regiões faziam com que o progresso se mostrasse como inevitável.    Mas... se colocou tudo a perder com guerras.

                   Continua no capítulo  06/23 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

CAP. 04/23 - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - autora: Jornalista americana MICHIKO KAKUTANI - Edição 2018

CAP. 04/23                leitura feita em janeiro de 2021

         34 – Al Gore e seu livro O Ataque à Razão.    “Chama a atenção para a situação moribunda dos USA como democracia participativa – baixa participação eleitoral e eleitorado mal informado”;

         - campanhas dominadas pelo dinheiro e pela manipulação da mídia;

         Al Gore.... desastrosa decisão do Governo Bush de invadir o Iraque, além da maneira cínica como essa guerra foi vendida ao público, distorcendo a realidade.     ... a um novo medo pelo Iraque que era imensamente desproporcional ao seu perigo real.     ... país que não tinha armas de destruição em massa e que não atacou os americanos.

         Quem incutiu isso (o medo e as mentiras) na cabeça do povo americano foram os falcões do governo (os membros pró-guerra).   Faltaram critérios; houve...  inflamadas convicções ideológicas e pela supressão de evidências.

         O Vice Presidente Dick Cheney comandava os falcões da guerra, junto com o Secretário da Defesa, Donald Rumsfeld.

         Chegaram a criar uma Agência de Planos Especiais com a missão de coletar “provas” para aquilo que ambos achavam ser verdade – “Saddam Hussein teria laços com a Al-Qaeda e o Iraque possuiria um enorme arsenal de armas biológicas, químicas e possivelmente, nucleares”.

         O planejamento ignorou o parecer do chefe do Estado Maior do Exército, Erick Shinseki:   “que declarou que o pós guerra no Iraque necessitaria de algo na escala de várias centenas de milhares de soldados.... ainda o pós guerra   .... exigiria grande número de tropas por um período prolongado.”

         “... não se encaixavam nas promessas otimistas do governo de que o povo iraquiano daria as boas vindas às tropas americanas como seus “libertadores” e que a resistência em solo seria limitada.”

         Uma barbada, como descreveu um aliado do Rumsfeld que comandava no topo do poder a operação de guerra.

         Entre outros erros depois da guerra cometidos pelos americanos:

         - dissolver o Exército do Iraque;

         - expulsar os membros seniores do Partido Baath;

         Um dos soldados destacados para a Autoridade Provisória da Coalização (inverventores) descreveu como “um monte de penas coladas na esperança de parecer um pato”. 

           Essa guerra se mostrou um desastre geopolítico...   dando origem ao EI Estado Islâmico e uma série de desastres para o povo iraquiano, a região e o mundo cujas consequências se desenrolam até hoje.

         Trump destacou seu genro Jared Kusner de 36 anos sem nenhuma experiência no setor governamental que foi nomeado e recebeu a incumbência de lidar com todos os assuntos relacionados ao Oriente Médio enquanto o Departamento de Estado encolhia...

         Cargos vagos por abandono... “em parte devido à relutância em indicar diplomatas que haviam expressado reservas em relação às políticas do presidente Trump.”

         ...”houve êxodo de funcionários estrangeiros qualificados que serviam ao governo... desprezando conhecimentos de diplomacia, de política e de regiões remotas”.

         ... “ruptura com aliados e acordos comerciais de longa data... ataques aos ideais democráticos”.

         ... “provocou uma queda na confiança do mundo no tocante à capacidade dos USA liderarem”...

         Em 2017 o Instituto Gallup mediu a capacidade de liderar o mundo.  Caiu os USA para 30%, abaixo da China e logo acima da Russia.  

         “Em seu livro O Culto do Amador, publicado originalmente em 2007, o empreendedor do Vale do Silício Andrew Keen fez um alerta para o fato de que a internet havia não apenas democratizado a informação de maneira inimaginável, como também estava fazendo com que a sabedoria das multidões tomasse o lugar do conhecimento legítimo, nublando perigosamente os limites entre o fato e a opinião, entre argumentação embasada e bravata especulativa.”

         Página 39 – cita o acadêmico Tom Nichols, autor do artigo The Death of Expertise, que uma hostilidade deliberada contra o conhecimento estabelecido havia surgido tanto à direita quanto na esquerda, com pessoas argumentando de forma agressiva...

         Tom resume:   “Agora a ignorância está na moda”.

         Continua no capítulo 05/23