CAP. 09/23 leitura em janeiro de 2021 (livro editado em 2018)
Lá nos
USA ocorrem às vezes debates na TV entre algo que tem posição clara da ciência
contra uma picuinha de minoria sem base e a imprensa se coloca como “isenta” e
dá ar de que ambos os lados são legítimos.
“Um
relatório da BBC Trust (estatal) de 2011 constatou que a cobertura científica
da emissora dava atenção indevida a opiniões insignificantes sobre o tema das
mudanças climáticas provocadas pelo homem”.
Manchete
do The Telegraph: “Funcionários da BBC
são aconselhados a parar de convidar lunáticos para os programas científicos”.
Página
90 – Chistiane Amanpour, num debate sobre liberdade de imprensa. Ela que inclusive fez cobertura da Guerra da
Bosnia. “cobrindo a limpeza étnica e o
genocídio na Bósnia... “Eu acredito em
ser verdadeiro, não em neutralidade. E
acredito que precisamos parar de banalizar a verdade.”
Capítulo
4 - O Desaparecimento da Realidade
Em A
Formiga Elétrica, obra de Philip K. Dick -
“Será que eu quero interferir na fita da realidade? E se eu quiser, por quê? Porque, ele pensou, se eu controlar isso, eu
controlarei a realidade”.
“Surreal
e caos se tornaram duas dessas palavras utilizadas a todo momento por
jornalistas tentando descrever a realidade nos USA na segunda década do novo
milênio, num momento em que dezenove crianças são mortas todos os dias no
país...”
95 – “A
atuação desequilibrada de Trump na presidência representa um tipo de clímax
nesse processo de distorção da realidade...” = ...”anos 60, origens..... desconexão.... sociedade se fragmentando e as narrativas
oficiais – promovidas pelo governo, pelo establishment e pelas elites – começam
a desmoronar; e o ciclo das notícias
começou a acelerar.
Em
relação aos USA, em 1961 Philip Roth escreveu que a realidade americana
atordoa, ofende, enfurece”.
A
descrição da realidade ficou mais surpreendente que as obras de ficção. Cita um ícone do jornalismo americano Gay
Talese (li desse autor dois livros excelentes – Vida de Escritor e Fama e
Anonimato).
97 – Os
políticos sempre distorcem a realidade mas a TV – e mais tarde a internet –
lhes deu novas plataformas para prevaricar.
98 –
Trump... “Compreendeu instintivamente
que esse novo cenário governado pela internet e a crescente ignorância de
alguns eleitores tornavam mais fácil do que nunca influenciar seus medos e
ressentimentos ao promover narrativas virais e convincentes que servem de base
para realidades alternativas”.
Trump
também aumentou seus esforços para desacreditar o jornalismo, taxar matérias
como fake News e atacar os repórteres, classificando-os de inimigos do povo...
mentiras tenham se acumulado para criar histórias igualmente falsas, que se
encaixam perfeitamente nos medos das pessoas”.
Algumas
das mentiras que o Trump espalhou:
-
Criminalidade enorme (quando tinha sido
menos grave que antes)
- que os
imigrantes seriam violentos (estatísticas provam que nas prisões tem
proporcionalmente menos imigrantes que americanos natos)
-
imigrantes como fardos para os USA carregarem. A realidade comprova que não é verdade
- Do ano 2000 para cá, 31 dos 78 Prêmio
Nobel recebido pelos USA, vieram de seus imigrantes. Imigrantes e seus filhos ajudaram a fundar
cerca de 60% das empresas de tecnologia dos USA com valor estimado em quase
quatro trilhões de dólares.
Em
resumo:
“Trump criou uma imagem de uma nação em apuros, que precisava muito de
um salvador”. (isto na campanha
dele).
Mentiroso
desde décadas passadas. Mentiu que seu
edifício Trump Tower tinha 68 andares, quando na verdade são 58. Também se fez passar por um profissional de
relações públicas chamado John Barron ou John Miller para exaltar o nome dele,
Donald Trump.
“a única
coisa que importava era fazer a vida”.
99 – Trump
atuou no mercado imobiliário e foi estrela como apresentador de Reality Show na
TV. Nessa a sua imagem se popularizou
muito. Para sua campanha distribuiu chapéus
com o slogan : Make America Great Again. (Fazer a América Ótima Novamente).
Próximo
capítulo - 10/23
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