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sábado, 16 de janeiro de 2021

CAP. 09/23 - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - Notas sobre a Mentira na Era Trump - autora: jornalista americana MICHIKO KAKUTANI

 CAP. 09/23            leitura em janeiro de 2021      (livro editado em 2018)

         Lá nos USA ocorrem às vezes debates na TV entre algo que tem posição clara da ciência contra uma picuinha de minoria sem base e a imprensa se coloca como “isenta” e dá ar de que ambos os lados são legítimos.

         “Um relatório da BBC Trust (estatal) de 2011 constatou que a cobertura científica da emissora dava atenção indevida a opiniões insignificantes sobre o tema das mudanças climáticas provocadas pelo homem”.

         Manchete do The Telegraph:  “Funcionários da BBC são aconselhados a parar de convidar lunáticos para os programas científicos”.

         Página 90 – Chistiane Amanpour, num debate sobre liberdade de imprensa.  Ela que inclusive fez cobertura da Guerra da Bosnia.   “cobrindo a limpeza étnica e o genocídio na Bósnia...  “Eu acredito em ser verdadeiro, não em neutralidade.   E acredito que precisamos parar de banalizar a verdade.”

         Capítulo 4 -  O Desaparecimento da Realidade

         Em A Formiga Elétrica, obra de Philip K. Dick -   “Será que eu quero interferir na fita da realidade?   E se eu quiser, por quê?   Porque, ele pensou, se eu controlar isso, eu controlarei a realidade”.

         “Surreal e caos se tornaram duas dessas palavras utilizadas a todo momento por jornalistas tentando descrever a realidade nos USA na segunda década do novo milênio, num momento em que dezenove crianças são mortas todos os dias no país...”

         95 – “A atuação desequilibrada de Trump na presidência representa um tipo de clímax nesse processo de distorção da realidade...”      = ...”anos 60, origens.....   desconexão....    sociedade se fragmentando e as narrativas oficiais – promovidas pelo governo, pelo establishment e pelas elites – começam a desmoronar;  e o ciclo das notícias começou a acelerar.

         Em relação aos USA, em 1961 Philip Roth escreveu que a realidade americana atordoa, ofende, enfurece”.

         A descrição da realidade ficou mais surpreendente que as obras de ficção.   Cita um ícone do jornalismo americano Gay Talese (li desse autor dois livros excelentes – Vida de Escritor e Fama e Anonimato).

         97 – Os políticos sempre distorcem a realidade mas a TV – e mais tarde a internet – lhes deu novas plataformas para prevaricar.

         98 – Trump...   “Compreendeu instintivamente que esse novo cenário governado pela internet e a crescente ignorância de alguns eleitores tornavam mais fácil do que nunca influenciar seus medos e ressentimentos ao promover narrativas virais e convincentes que servem de base para realidades alternativas”.

         Trump também aumentou seus esforços para desacreditar o jornalismo, taxar matérias como fake News e atacar os repórteres, classificando-os de inimigos do povo... mentiras tenham se acumulado para criar histórias igualmente falsas, que se encaixam perfeitamente nos medos das pessoas”.

         Algumas das mentiras que o Trump espalhou:

         - Criminalidade enorme   (quando tinha sido menos grave que antes)

         - que os imigrantes seriam violentos (estatísticas provam que nas prisões tem proporcionalmente menos imigrantes que americanos natos)

         - imigrantes como fardos para os USA carregarem.    A realidade comprova que não é verdade -   Do ano 2000 para cá, 31 dos 78 Prêmio Nobel recebido pelos USA, vieram de seus imigrantes.    Imigrantes e seus filhos ajudaram a fundar cerca de 60% das empresas de tecnologia dos USA com valor estimado em quase quatro trilhões de dólares.

         Em resumo:   “Trump criou uma imagem de uma nação em apuros, que precisava muito de um salvador”.     (isto na campanha dele).

         Mentiroso desde décadas passadas.   Mentiu que seu edifício Trump Tower tinha 68 andares, quando na verdade são 58.  Também se fez passar por um profissional de relações públicas chamado John Barron ou John Miller para exaltar o nome dele, Donald Trump.

         “a única coisa que importava era fazer a vida”.

         99 – Trump atuou no mercado imobiliário e foi estrela como apresentador de Reality Show na TV.   Nessa a sua imagem se popularizou muito.   Para sua campanha distribuiu chapéus com  o slogan :  Make America Great Again.      (Fazer a América Ótima Novamente).

                   Próximo capítulo   - 10/23

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