CAP. 02/10 leitura em janeiro de 2021
“Como observou Arthur Schopenhauer, a realidade é criada pelo ato de
querer, é a teimosa indiferença do mundo em relação à minha intenção, a
relutância do mundo em se submeter à minha vontade... que resulta na percepção do mundo real,
constrangedor, limitante e desobediente...”.
...
sentimo-nos livres na medida em que a imaginação não vai mais longe que nossos
desejos e que nem uma nem os outros ultrapassam nossa capacidade de agir”.
Página
27 - ... a suposição de que as pessoas podem ser juízes incompetentes de sua
própria situação.
Sub
título – As bençãos mistas da liberdade
...
um ser humano dispensado das limitações sociais coercitivas é uma besta e não
um indivíduo livre; e o horror que ele gera vem de outra suposição: a de que a falta de limites eficazes faz a
vida detestável, brutal e curta – e assim, qualquer coisa, menos feliz”.
Durkheim
cita: “O indivíduo se submete à
sociedade e essa submissão é a condição de sua libertação”.
...
grande e inteligente força da sociedade, sob cuja proteção se abriga”. “A liberdade não pode ser ganha contra a
sociedade”.
31
– “Uma vez que as tropas da regulamentação normativa abandonam o campo da
batalha da vida, sobram apenas a dúvida e o medo”.
“A
rotina pode apequenar mas ela também pode proteger”. (no popular se diz que a pessoa está em sua
zona de conforto). A frase é de Richard
Sennett.
Sennett
acrescenta: “Imaginar uma vida de
impulsos momentâneos, de ações de curto prazo, destituída de rotinas
sustentáveis, uma vida sem hábitos é imaginar de fato, uma existência sem
sentido”.
38
– Cita George Orwell e seu livro 1984.
A distopia de Orwell.
(distopia: lugar ou estado imaginário em que se vive em condições de
extrema opressão, desespero ou privação; antiutopia)
41
– Modernidade... colapso gradual e o
rápido declínio da ilusão moderna: da crença de que há um fim do caminho em que
andamos... da mudança histórica, um estado de perfeição a ser atingido... algum tipo de sociedade boa, sociedade justa e
sem conflitos...
Antes
se pensava em sociedade justa; mais recente, se destaca o mote dos direitos
humanos, isto é, voltando o foco daquele discurso ao direito dos indivíduos
permanecerem diferentes e de escolherem à vontade seus próprios modelos de
felicidade e de modo de vida adequado.
43
– O indivíduo em combate com o cidadão.
“A apresentação dos membros como indivíduos é a marca registrada da
sociedade moderna”.
48
- ... “frustrante e perturbadora em vista do aumento de poder que se esperava
que a liberdade trouxesse.”
“Quem
sabe não seria um remédio manter-se como no passado, ombro a ombro e marchar
unidos?”
“Pode-se
dizer que desde o começo são moldadas de tal forma que lhes faltam interfaces para
combinar-se com os problemas das demais pessoas”.
...”
como livrar-se de um vício que não dá mais prazer ou de parceiros que não são
mais satisfatórios”.
...
“e que a vida de todo mundo é cheia de riscos que devem ser enfrentados solitariamente”.
No
passado, Tocqueville: ...”libertar as
pessoas pode torna-las indiferentes. O
indivíduo é o pior inimigo do cidadão, sugeriu ele”. O cidadão é uma pessoa que tende a buscar
o seu próprio bem estar através da cidade – enquanto o indivíduo tende a ser
morno, cético ou prudente em relação à causa comum, ao bem comum, à boa
sociedade, à sociedade justa.”
...”individualização
parece ser a corrosão e a lenta desintegração da cidadania...”
52
– “Ser um indivíduo ´de jure´ significa não ter ninguém a quem culpar pela
própria miséria...
“Viver
diariamente com o risco de autorreprovação, e do autodesprezo não é fácil”.
“Nosso
tempo é propício aos bodes expiatórios – sejam eles políticos que fazem de suas
vidas privadas uma confusão...”
Ágora
– aquele lugar intermediário, público/privado, onde a política-vida encontra
com a Política com p maiúsculo, onde os problemas privados são traduzidos para
a linguagem das questões públicas e soluções públicas para os problemas
privados são buscadas, negociadas e acordadas”.
Continua
no capítulo 03/10
Nenhum comentário:
Postar um comentário