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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

CAP. 02/10 - fichamento - livro - MODERNIDADE LÍQUIDA - Autor: Filósofo e Sociólogo ZIGMUNT BAUMAN - Edição original ano 2000

 CAP. 02/10            leitura em janeiro de 2021

         “Como observou Arthur Schopenhauer, a realidade é criada pelo ato de querer, é a teimosa indiferença do mundo em relação à minha intenção, a relutância do mundo em se submeter à minha vontade...   que resulta na percepção do mundo real, constrangedor, limitante e desobediente...”.

         ... sentimo-nos livres na medida em que a imaginação não vai mais longe que nossos desejos e que nem uma nem os outros ultrapassam nossa capacidade de agir”.

         Página 27 - ... a suposição de que as pessoas podem ser juízes incompetentes de sua própria situação.

         Sub título – As bençãos mistas da liberdade

         ... um ser humano dispensado das limitações sociais coercitivas é uma besta e não um indivíduo livre; e o horror que ele gera vem de outra suposição:  a de que a falta de limites eficazes faz a vida detestável, brutal e curta – e assim, qualquer coisa, menos feliz”.

         Durkheim cita:   “O indivíduo se submete à sociedade e essa submissão é a condição de sua libertação”.

         ... grande e inteligente força da sociedade, sob cuja proteção se abriga”.     “A liberdade não pode ser ganha contra a sociedade”.

         31 – “Uma vez que as tropas da regulamentação normativa abandonam o campo da batalha da vida, sobram apenas a dúvida e o medo”.

         “A rotina pode apequenar mas ela também pode proteger”.   (no popular se diz que a pessoa está em sua zona de conforto).   A frase é de Richard Sennett.

         Sennett acrescenta:  “Imaginar uma vida de impulsos momentâneos, de ações de curto prazo, destituída de rotinas sustentáveis, uma vida sem hábitos é imaginar de fato, uma existência sem sentido”.

         38 – Cita George Orwell e seu livro 1984.    A distopia de Orwell.

(distopia: lugar ou estado imaginário em que se vive em condições de extrema opressão, desespero ou privação; antiutopia)

         41 – Modernidade...   colapso gradual e o rápido declínio da ilusão moderna: da crença de que há um fim do caminho em que andamos... da mudança histórica, um estado de perfeição a ser atingido...  algum tipo de sociedade boa, sociedade justa e sem conflitos...

         Antes se pensava em sociedade justa; mais recente, se destaca o mote dos direitos humanos, isto é, voltando o foco daquele discurso ao direito dos indivíduos permanecerem diferentes e de escolherem à vontade seus próprios modelos de felicidade e de modo de vida adequado.

         43 – O indivíduo em combate com o cidadão.   “A apresentação dos membros como indivíduos é a marca registrada da sociedade moderna”.

         48 - ... “frustrante e perturbadora em vista do aumento de poder que se esperava que a liberdade trouxesse.”

         “Quem sabe não seria um remédio manter-se como no passado, ombro a ombro e marchar unidos?”

         “Pode-se dizer que desde o começo são moldadas de tal forma que lhes faltam interfaces para combinar-se com os problemas das demais pessoas”.

         ...” como livrar-se de um vício que não dá mais prazer ou de parceiros que não são mais satisfatórios”.

         ... “e que a vida de todo mundo é cheia de riscos que devem ser enfrentados solitariamente”.

         No passado, Tocqueville:    ...”libertar as pessoas pode torna-las indiferentes.   O indivíduo é o pior inimigo do cidadão, sugeriu ele”.     O cidadão é uma pessoa que tende a buscar o seu próprio bem estar através da cidade – enquanto o indivíduo tende a ser morno, cético ou prudente em relação à causa comum, ao bem comum, à boa sociedade, à sociedade justa.”

         ...”individualização parece ser a corrosão e a lenta desintegração da cidadania...”

         52 – “Ser um indivíduo ´de jure´ significa não ter ninguém a quem culpar pela própria miséria...

         “Viver diariamente com o risco de autorreprovação, e do autodesprezo não é fácil”.

         “Nosso tempo é propício aos bodes expiatórios – sejam eles políticos que fazem de suas vidas privadas uma confusão...”

         Ágora – aquele lugar intermediário, público/privado, onde a política-vida encontra com a Política com p maiúsculo, onde os problemas privados são traduzidos para a linguagem das questões públicas e soluções públicas para os problemas privados são buscadas, negociadas e acordadas”.

         Continua no capítulo 03/10

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