CAP. 04/23 leitura feita em janeiro de 2021
34 – Al
Gore e seu livro O Ataque à Razão.
“Chama a atenção para a situação moribunda dos USA como democracia
participativa – baixa participação eleitoral e eleitorado mal informado”;
-
campanhas dominadas pelo dinheiro e pela manipulação da mídia;
Al
Gore.... desastrosa decisão do Governo Bush de invadir o Iraque, além da
maneira cínica como essa guerra foi vendida ao público, distorcendo a
realidade. ... a um novo medo pelo
Iraque que era imensamente desproporcional ao seu perigo real. ... país que não tinha armas de destruição
em massa e que não atacou os americanos.
Quem
incutiu isso (o medo e as mentiras) na cabeça do povo americano foram os
falcões do governo (os membros pró-guerra).
Faltaram critérios; houve...
inflamadas convicções ideológicas e pela supressão de evidências.
O Vice
Presidente Dick Cheney comandava os falcões da guerra, junto com o Secretário
da Defesa, Donald Rumsfeld.
Chegaram
a criar uma Agência de Planos Especiais com a missão de coletar “provas” para
aquilo que ambos achavam ser verdade – “Saddam Hussein teria laços com a
Al-Qaeda e o Iraque possuiria um enorme arsenal de armas biológicas, químicas e
possivelmente, nucleares”.
O
planejamento ignorou o parecer do chefe do Estado Maior do Exército, Erick
Shinseki: “que declarou que o pós
guerra no Iraque necessitaria de algo na escala de várias centenas de milhares
de soldados.... ainda o pós guerra ....
exigiria grande número de tropas por um período prolongado.”
“... não
se encaixavam nas promessas otimistas do governo de que o povo iraquiano daria
as boas vindas às tropas americanas como seus “libertadores” e que a
resistência em solo seria limitada.”
Uma
barbada, como descreveu um aliado do Rumsfeld que comandava no topo do poder a
operação de guerra.
Entre
outros erros depois da guerra cometidos pelos americanos:
-
dissolver o Exército do Iraque;
-
expulsar os membros seniores do Partido Baath;
Um dos
soldados destacados para a Autoridade Provisória da Coalização (inverventores)
descreveu como “um monte de penas coladas na esperança de parecer um
pato”.
Essa guerra se mostrou um desastre
geopolítico... dando origem ao EI
Estado Islâmico e uma série de desastres para o povo iraquiano, a região e o
mundo cujas consequências se desenrolam até hoje.
Trump
destacou seu genro Jared Kusner de 36 anos sem nenhuma experiência no setor
governamental que foi nomeado e recebeu a incumbência de lidar com todos os
assuntos relacionados ao Oriente Médio enquanto o Departamento de Estado
encolhia...
Cargos
vagos por abandono... “em parte devido à relutância em indicar diplomatas que
haviam expressado reservas em relação às políticas do presidente Trump.”
...”houve
êxodo de funcionários estrangeiros qualificados que serviam ao governo...
desprezando conhecimentos de diplomacia, de política e de regiões remotas”.
...
“ruptura com aliados e acordos comerciais de longa data... ataques aos ideais
democráticos”.
...
“provocou uma queda na confiança do mundo no tocante à capacidade dos USA liderarem”...
Em 2017 o Instituto Gallup mediu a
capacidade de liderar o mundo. Caiu os
USA para 30%, abaixo da China e logo acima da Russia.
“Em seu
livro O Culto do Amador, publicado originalmente em 2007, o empreendedor do
Vale do Silício Andrew Keen fez um alerta para o fato de que a internet havia
não apenas democratizado a informação de maneira inimaginável, como também
estava fazendo com que a sabedoria das multidões tomasse o lugar do
conhecimento legítimo, nublando perigosamente os limites entre o fato e a
opinião, entre argumentação embasada e bravata especulativa.”
Página
39 – cita o acadêmico Tom Nichols, autor do artigo The Death of Expertise, que
uma hostilidade deliberada contra o conhecimento estabelecido havia surgido
tanto à direita quanto na esquerda, com pessoas argumentando de forma
agressiva...
Tom
resume: “Agora a ignorância está na
moda”.
Continua no capítulo 05/23
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