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domingo, 31 de janeiro de 2021

CAP. 08/10 - fichamento - livro - MODEERNIDADE LÍQUIDA - Autor: ZYGMUNT BAUMAN - Edição do ano 2000

 CAP. 08/10            leitura em janeiro de 2021

         “A vida é uma sequência de episódios – cada um a ser calculado em separado, pois cada um tem seu próprio balanço de perdas e ganhos”.

         O trabalho não pode mais oferecer o eixo seguro em torno do qual envolver e fixar autodefinições, identidades e projetos de vida”.

         A pessoa é medida e avaliada por sua capacidade de entreter e alegrar...

         Ascensão e Queda do Trabalho

         Civilizações no auge dos seus poderes:  Roma no século I, China no século XI, Índia no século XVII, Europa na Revolução Industrial.

         Página 177 – A renda per capita na Europa Ocidental no século XVIII não era mais que 30% acima da renda da Índia, África ou China da mesma época.

         Em menos de um século, tudo mudou.   Em 1870 a renda per capita da Europa industrializada era 11 vezes maior que a dos países mais pobres.   Já em 1995, o processo se multiplicou por cinco e a Europa industrializada possuía renda ter capita 50 vezes maior que a dos países mais pobres.

         181 – Na Revolução Industrial...   “Grande era belo, grande era racional; grande queria dizer poder, ambição e coragem...”    ... monumentos que, fossem ou não indestrutíveis, deveriam parece-lo.     ... trilhos pontuados de majestosas estações dedicadas a emular os antigos templos para a adoração da eternidade e para a gloria dos adoradores.

         “A modernidade sólida era...   do engajamento entre capital e trabalho fortificado pela mutualidade de sua dependência.   Os trabalhadores dependiam do emprego para sua sobrevivência; o capital dependia de emprega-los para sua reprodução e crescimento”.

         184 – Como sugeriu Sennett em estudo recente, foi só depois da II Guerra Mundial que a desordem original da era capitalista veio a ser substituída, pelo menos nas economias avançadas, por sindicatos fortes, garantidores do Estado de bem-estar, e corporações de larga escala, que se combinaram para produzir uma era de estabilidade relativa.

         ... ambos os lados (capital e trabalho) sabiam que sua sobrevivência dependia de encontrar soluções que todos considerassem aceitáveis.

         Sennett conclui:   “A rotina pode diminuir, mas pode também proteger; a rotina pode decompor o trabalho, mas pode também compor uma vida”.

         Isso tudo mudou.   Hoje é tempo de curto prazo.  (O livro é do ano 2000).    ...”um jovem americano com nível médio de educação espera mudar de emprego onze vezes durante a sua vida de trabalho.   O termo usual é flexibilidade.

         O fim do emprego como conhecemos.    ... posições sem cobertura previdenciária...    A vida de trabalho está saturada de incertezas.

         Sub título:   Do Casamento à Coabitação

         Se os revezes aos empregados ocorrem de forma aleatória, sem lógica, não tem como as pessoas se unirem contra os revezes.    “Os medos, ansiedades e angústias contemporâneos são feitos para serem sofridos em solidão”.

         Dificultam os atos de solidariedade e de defesa de classe.

         Pierre Bordieu fez estudos nesse tema.       “... em face das novas formas de exploração, notavelmente favorecidas pela desregulação do trabalho e pelo desenvolvimento do emprego temporário, as formas de ação sindical são consideradas inadequadas.”

         Os fatos recentes quebraram os fundamentos das solidariedades passadas.     (relembrando que este livro é do ano 2000)

         ...”e que o resultante desencantamento vai de mãos dadas com o desaparecimento do espírito de militância e de participação política”.

         Mark Granovetter diz que os atuais são tempos de laços fracos.

         O emprego no sistema tradicional comparado ao sentido figurado, seria um casamento e o emprego hoje é um viver junto, transitório, uma coabitação.

                                      Continua no capítulo 09/10

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