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sábado, 30 de janeiro de 2021

CAP. 06/10 - fichamento - livro - MODERNIDADE LÍQUIDA - Autor: ZYGMUNT BAUMAN - Edição oridinal ano 2000

CAP. 06/10                - leitura em janeiro de 2021

         Página 129 – “Claude Lévi-Strauss, o maior Antropólogo cultural do nosso tempo (que já esteve no BR por algum tempo)...  reação de repulsa aos estranhos... êmica ...  separação espacial  (tipo guetos)...   reação de “ingerir”. ... fazer dos corpos algo igual ao do corpo que os ingeriu...

         Um tipo de reação ao estranho é de exilar ou aniquilar.   A outra, ao contrário é de “digerir” e suprimir a alteridade do outro.

 ( alteridade é o reconhecimento de que existem pessoas e culturas singulares e subjetivas que pensam, agem e entendem o mundo de suas próprias maneiras. Reconhecer a alteridade é o primeiro passo para a formação de uma sociedade justa, equilibrada, democrática e tolerante, onde todas e todos possam expressar-se, desde que respeitem também a alteridade alheia.)

         133 – Item – Não fale com Estranhos

         “Torna-se cada vez mais fácil misturar a visão dos estranhos com os medos difusos da insegurança”...   Como resumiu Sharon Zukin:  “Ninguém mais sabe falar com ninguém”.

         ...”mas no uso norte-americano comum, a cultura é, antes de tudo, a etnicidade que por sua vez é um modo legítimo de escavar um nicho na sociedade”.   ... implica acima de tudo separação territorial, o direito a um espaço defensável, espaço que precisa de defesa e é digno de defesa precisamente por ser separado”.

         ...”já que há os espaços onde ninguém sabe falar com ninguém, a meta é estar no nicho seguro onde todos são parecidos com todos...  onde... há pouco a se falar e a fala é fácil.

         ...queiram tirar sua lasquinha da etnicidade e inventem cuidadosamente suas próprias raízes, tradições, história compartilhada e futuro comum...

         ... sua cultura separada e singular... um valor em si mesma...

         Cada formação social promove seu próprio tipo de racionalidade, investe seu próprio significado na ideia de uma estratégia racional de vida.

         Sennett há vinte anos já citava:    ...”as pessoas se tornarem espectadores passivos de uma personagem política que lhes oferece para o consumo suas intenções e sentimentos em lugar de seus atos”.

         139 – Ao longo dos tempos as pessoas sempre tiveram dificuldade de lidar com estranhos e o problema aumenta se os estranhos são estrangeiros.

         Isso...  “pode muito bem levar a unir o difuso amontoado de indivíduos atemorizados e desorientados em alguma coisa vagamente assemelhada a uma “comunidade nacional; e essa é uma das poucas tarefas que os governos de nosso tempo são capazes de fazer e tem feito.”

         A Modernidade como História do tempo

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         144 – Da Modernidade Pesada à Modernidade Leve

         A modernidade pesada foi a era da conquista territorial.  Na versão pesada da modernidade,  o progresso significava tamanho crescente e expansão espacial.    No tempo das grandes fábricas e da mão de obra por muito tempo no emprego, o autor compara a um casamento por conveniência entre o capital e a mão de obra.

         Era a conveniência e a necessidade – raramente de amor...  deveriam permanecer unidas:  uma não poderia sobreviver sem a outra.   Quem começava uma carreira na Ford tinha boa chance de encerra-la na mesma.  Já quem inicia uma carreira na Microsoft já não tem essa tendência.   Nas empresas de tecnologia da atualidade gerentes se ocupam de implementar formas organizacionais mais soltas e por isso mais adequadas ao fluxo...

         ...tentativa permanente, não conclusiva, de formar uma ilha de adaptabilidade superior.... num mundo percebido como múltiplo, complexo e rápido e, portanto, como ambíguo, vago ou plástico  (maleável...)”.

         Em tais condições a ideia de uma carreira parece nebulosa e inteiramente fora de lugar.

         A mudança em questão é a nova irrelevância do espaço...

         Hoje os dados trafegam quase na velocidade da luz.   O longe e o perto até perdem o sentido nesse tráfego. 

                            Continua no capítulo 7/10


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