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terça-feira, 12 de janeiro de 2021

CAP. 05/23 - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - Notas sobre a Verdade na Era Trump - Autora: Jornalista Americana MICHIKO KAKUTANI

CAP. 05/23       - leitura em janeiro de 2021

         Página 39 – cita o acadêmico Tom Nichols, autor do artigo The Death of Expertise, que uma hostilidade deliberada contra o conhecimento estabelecido havia surgido tanto à direita quanto na esquerda, com pessoas argumentando de forma agressiva...

         39 “Quando, segundo Tom, não se tem interesse em se informar em nível básico sobre os assuntos que afetam nossas vidas, os cidadãos abdicam de ter controle sobre esses assuntos, gostando deles ou não.   E quando os eleitores perdem o controle sobre estas decisões, correm o risco de que suas democracias sejam sequestradas por demagogos ignorantes, ou que suas instituições democráticas sejam corroídas de forma mais gradual e silenciosa, até se transformarem numa tecnocracia autoritária”.

         (Trump não tinha experiência em atuar como governante e se popularizou, milionário que é, como apresentador de Reality Show na TV)

         “A preferência do governo Trump por lealdade a afinidade ideológica em detrimento da expertise está bem clara.   Juizes sem qualificações e diretores de órgãos foram indicados com base em nepotismo”.     ...”enfraquecimento de Agências regulatórias.... beneficiando empresários do petróleo...”

         “Rick Perry, que ficou famoso por querer abolir o Departamento de Energia foi nomeado por Trump para comandá-lo, ordenando cortes nos programas relacionados a fontes renováveis de energia”.  (o interesse privado acima do interesse público)

         “Trump coloca Scott Pruitt, que processou repetidas vezes a EPA Agência de Proteção Ambiental, para comandar essa mesma EPA...  “começou rapidamente a desmantelar e atravancar a legislação criada para proteger o meio ambiente”.   (foi uma de passar a boiada lá nos USA copiado pelo Ministro Salles aqui do Brasil – coisa horrível)

         41 –Criado a décadas como órgão independente e apartidário para fornecer estimativas de custo para os legisladores decidirem sobre o Orçamento da União.   Trump se irritou com o órgão e sucateou o mesmo.  Passou de 235 funcionários para apenas 89.  O nome do órgão numa tradução para o português é Escritório do Orçamento do Congresso.

         42 – O Governo Trump adotava uma “engenharia reversa”, ou seja, primeiro decidia algo complexo e só depois colocava os técnicos para dirigir “estudos” numa conta de chegada para justificar o que já estava decidido.   O exato oposto do método científico que é planejar antes de decidir sobre a execução.

         Eu leitor, alerto:   Este livro foi editado em 2018, portanto antes da pandemia.  Vejamos o que a autora cita...   “o governo deu ordens ao CDC Centros de Controle e Prevenção de Doenças “para que evitassem usar as expressões base científica e baseado em fatos.

         42 – Trump retira os USA do Acordo de Paris (que trata da ação conjunta dos países para fazer frente aos problemas de mudanças climáticas e alterações danosas ao meio ambiente).   Depois que a Síria assinou, todos os países tinham assinado o Acordo que Trump resolveu abandonar.

         Trump prometeu solenemente acabar com o Plano de Energia Limpa, do presidente Obama.    (e estimulou a superada e poluente indústria do carvão).

         Desmobilizou a ciência e cortou muitos programas de pesquisa como biomedicina, ciência ambiental, engenharia e análise de dados.   Só a Agência Ambiental perdeu 2,5 bilhões de dólares do orçamento, equivalente a um corte de 23% do orçamento desta.

         Em abril de 2017, nos USA se organizou em Washington a Marcha Pela Ciência para protestar contra o governo em seus ataques à ciência.   Em solidariedade houve Marcha Pela Ciência em mais 35 países, solidariedade aos cientistas dos USA e preocupados com a ciência em seus próprios países.

         44 – “Médicos da América Latina e na África estavam preocupados porque fake News sobre a zika e o ebola estavam disseminando medo”.

         “Mike Mac Ferrin, aluno de pós graduação em glaciologia (região com neve) que trabalha em Kangerlussuaq, uma cidade de 500 habitantes na Groenlândia, explicou à revista Science que os moradores tinham motivos reais para se preocupar com as mudanças climáticas, pois o volume de água decorrente da camada de gelo já havia encoberto parcialmente uma ponte local, o que não ocorria antes.

         Mike afirma:  “Eu comparo os ataques à Ciência ao ato de desligar os faróis; é como se estivéssemos num carro a toda velocidade no escuro, e as pessoas não quisessem ver o que vem pela frente.  Nós, os cientistas, somos os faróis”.

         A autora cita outro caso dramático descrito em 1942 na autobiografia do austríaco Stefan Zweig.   Ele viu a Primeira Guerra Mundial, o Nazismo de Hitler e a Segunda Guerra Mundial começando.     Ele narra – “a história da terrível derrota da razão e do selvagem triunfo da brutalidade”.    

         Ele descreveu uma era com tantas conquistas da ciência com a cura de doenças, a transmissão de informações abrangendo todas as regiões faziam com que o progresso se mostrasse como inevitável.    Mas... se colocou tudo a perder com guerras.

                   Continua no capítulo  06/23 

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