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domingo, 21 de novembro de 2021

CAP. 19/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V. CUNHA - Ed. Voo - ano 2020

CAP.19/35

         Outra Humana de Negócios -  Maure Pessanha -  

  Hack Social no Mercado

         Ela milita na Artemísia.       artemisiaArtemisia.org.br

         A Artemísia foi fundada em 2004 por uma jovem norte americana.  Nasceu com a proposta de apoiar o desenvolvimento de empreendedores de 18 a 24 anos de idade, prioritariamente de baixa renda.

         Se articula com a Feira Preta, com o Sementes da Paz, voltada ao comércio justo de produtos orgânicos, e o Morada da Floresta, de redução de impactos ambientais.

         Até certo tempo buscavam empreendedores e empreendimentos econômicos, mas em certo momento perceberam que no caso deles o melhor seria mudar o foco para o empreendedorismo voltado para o social.

         Há no exterior desde a década de 70 o termo “negócio social” e aqui no Brasil mesmo na atualidade o termo é pouco conhecido.   Dois livros que abordam bem o negócio social:

         “A riqueza na base da pirâmide” de C.K. Trahalad e

         “O Capitalismo na encruzilhada” de Stuart L. Hart

         Outro destaque foi o fato do Economista bengalês Muhammad Yunus ter ganho o Prêmio Nobel da Paz em 2006 “pelo trabalho desenvolvido no Grameen Bank, um banco de microcrédito voltado a pessoas mais pobres de Bangladesh.

         Maure estudou um semestre em Harvard, nos USA entre 2004 e 2005 num curso para desenvolvimento de lideranças sociais.

         Maure passeava com a mãe no campus da USP antes de ser universitária e aos 17 anos entrou na USP estudar.    Fazia de dia o curso de Administração e à noite, Relações Internacionais.   Em Rel. Intern. Ela se identificava mais com temas da antropologia e as questões sociais.

         Participou de debates buscando tornar a USP menos elitista.   Criaram um cursinho pré vestibular buscando trazer candidatos filhos de funcionários da USP e pessoas de baixa renda da comunidade.     O cursinho existe até a atualidade.     Os estudantes do cursinho participam em conjunto com os universitários de várias atividades de integração.

         “Com essa experiência, que durou dois anos (na época da Maure universitária) e deu sentido à sua vida acadêmica, ela uniu dois elementos das suas raízes: o empreendedorismo e a preocupação com o próximo”.

         Maure nasceu em São Paulo.  A avó dela tinha um modesto bazar e a família dela vivia numa casa bem simples.   O pai dela, filho de sapateiro, um dia conseguiu um emprego de office boy e fazia serviço de arquivista.  No serviço, ia lendo todo papel que passava pela mão dele.    Se interessou pelo mercado de ações quando este era quase desconhecido.   Melhorou muito de vida aos poucos e sempre apoiando outros na luta pela sobrevivência.

         A filha Maure cresceu neste contexto de batalhar por si e ajudar o próximo.   Aos dez:  “eu via a Madre Tereza de Calcutá e pensava que meu sonho era se juntar a ela para ajudar as pessoas”.

         Estudou no renomado Colégio Bandeirantes e lá teve contato com temas que afetavam o Brasil e o mundo.   “Acompanhei discussões sobre controle de arma, biopirataria, controle de agrotóxicos e outros temas”.

         O pai sugeriu para ela cursar Administração.   Fez Administração e foi também estudar em Harvard como aluna especial.   Nos anos 1990 chegou a estagiar na Ong Instituto Eu Sou da Paz.

         Depois ela trabalhou quatro anos na Ashoka.    A Ashoka, criada em 1981 e que fez despontar o termo Empreendedor Social no Brasil.  A Ashoka “tem a missão de desenvolver uma rede de agentes de transformação para catalisar as mudanças necessárias”.

         A Ashoka e a parceria com a Consultoria Mckinsey para promover a transformação de conhecimento e ferramentas de gestão entre setores privado e social”.

                   Segue no próximo capítulo.... 

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