CAP.19/35
Outra
Humana de Negócios - Maure Pessanha
-
Hack Social no Mercado
Ela
milita na Artemísia.
artemisiaArtemisia.org.br
A
Artemísia foi fundada em 2004 por uma jovem norte americana. Nasceu com a proposta de apoiar o desenvolvimento
de empreendedores de 18 a 24 anos de idade, prioritariamente de baixa renda.
Se
articula com a Feira Preta, com o Sementes da Paz, voltada ao comércio justo de
produtos orgânicos, e o Morada da Floresta, de redução de impactos ambientais.
Até
certo tempo buscavam empreendedores e empreendimentos econômicos, mas em certo
momento perceberam que no caso deles o melhor seria mudar o foco para o
empreendedorismo voltado para o social.
Há no
exterior desde a década de 70 o termo “negócio social” e aqui no Brasil mesmo
na atualidade o termo é pouco conhecido.
Dois livros que abordam bem o negócio social:
“A
riqueza na base da pirâmide” de C.K. Trahalad e
“O
Capitalismo na encruzilhada” de Stuart L. Hart
Outro
destaque foi o fato do Economista bengalês Muhammad Yunus ter ganho o Prêmio
Nobel da Paz em 2006 “pelo trabalho desenvolvido no Grameen Bank, um banco de
microcrédito voltado a pessoas mais pobres de Bangladesh.
Maure
estudou um semestre em Harvard, nos USA entre 2004 e 2005 num curso para
desenvolvimento de lideranças sociais.
Maure
passeava com a mãe no campus da USP antes de ser universitária e aos 17 anos
entrou na USP estudar. Fazia de dia o
curso de Administração e à noite, Relações Internacionais. Em Rel. Intern. Ela se identificava mais com
temas da antropologia e as questões sociais.
Participou
de debates buscando tornar a USP menos elitista. Criaram um cursinho pré vestibular buscando
trazer candidatos filhos de funcionários da USP e pessoas de baixa renda da
comunidade. O cursinho existe até a
atualidade. Os estudantes do cursinho
participam em conjunto com os universitários de várias atividades de
integração.
“Com essa
experiência, que durou dois anos (na época da Maure universitária) e deu
sentido à sua vida acadêmica, ela uniu dois elementos das suas raízes: o
empreendedorismo e a preocupação com o próximo”.
Maure
nasceu em São Paulo. A avó dela tinha um
modesto bazar e a família dela vivia numa casa bem simples. O pai dela, filho de sapateiro, um dia
conseguiu um emprego de office boy e fazia serviço de arquivista. No serviço, ia lendo todo papel que passava
pela mão dele. Se interessou pelo
mercado de ações quando este era quase desconhecido. Melhorou muito de vida aos poucos e sempre
apoiando outros na luta pela sobrevivência.
A filha
Maure cresceu neste contexto de batalhar por si e ajudar o próximo. Aos dez:
“eu via a Madre Tereza de Calcutá e pensava que meu sonho era se juntar
a ela para ajudar as pessoas”.
Estudou
no renomado Colégio Bandeirantes e lá teve contato com temas que afetavam o
Brasil e o mundo. “Acompanhei
discussões sobre controle de arma, biopirataria, controle de agrotóxicos e outros
temas”.
O pai
sugeriu para ela cursar Administração.
Fez Administração e foi também estudar em Harvard como aluna
especial. Nos anos 1990 chegou a
estagiar na Ong Instituto Eu Sou da Paz.
Depois
ela trabalhou quatro anos na Ashoka. A
Ashoka, criada em 1981 e que fez despontar o termo Empreendedor Social no
Brasil. A Ashoka “tem a missão de
desenvolver uma rede de agentes de transformação para catalisar as mudanças
necessárias”.
A Ashoka
e a parceria com a Consultoria Mckinsey para promover a transformação de
conhecimento e ferramentas de gestão entre setores privado e social”.
Segue no próximo capítulo....
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