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quinta-feira, 4 de novembro de 2021

CAP. 14/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re)humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V. CUNHA - Editora Voo - 2020

 14/35        leitura feita em outubro de 2021

     Outra Humana de Negócios -  Carol Ignarra

         “Deficiência e abundância”.

         Carol é paulistana.   Um dia dirigindo sua moto, sofreu um acidente que afetou sua coluna e ficou paraplégica.   Foram um mês e meio de hospital e depois a fase de reabilitação dentro do possível.   Ela era estudante de Educação Física e tinha uma noção de anatomia humana e logo após o acidente ela percebeu a gravidade do seu caso.

         Fez inclusive reabilitação em Brasilia no Hospital Sarah que é referência no setor.    Lá há salas amplas onde pessoas em diferentes fases de reabilitação interagem e isso facilita a dar ânimo aos pacientes. 

         Lá ela conheceu outra paciente, a Tábata Contri que foi fundamental para ela retomar a vida com os novos desafios.

         Em 2009, depois de anos que as empresas já eram obrigadas por lei a contratar certo número de deficientes físicos, só 21% das empresas cumpriam essa lei.    Carol tinha muitas atividades em ginástica laboral nas empresas e depois em assessorá-las para contratarem de forma adequada deficientes físicos.

         Depois ela virou sócia de empresa especializada em recrutamento de pessoas com deficiência física nas empresas.   Chamou essa habilidade de “Movimento Incluir”.

         Em certo tempo ela fez curso de teatro e isso ajudou também nas atividades de trabalho.  Se soltou mais em palestras.   A amiga Tabata conseguiu uma ponta na novela “Viver a Vida” da TV Globo.

         Agenda cheia e precisou aperfeiçoar a gestão.   Foi procurar o SEBRAE (este sempre fundamental para aprimorar talentos).

         Bate papo do autor do livro com Carol:

         Ela sempre se aprimorando para novos desafios e o empreendimento deslanchando.   Namorou, se casou e tiveram uma filha.   Ao recrutar mão de obra como colaboradora em sua empresa não só as que mais precisam do emprego, mas também as que realmente se interessam em fazer parte da equipe dela.

 

         Outro Humano de Negócios:   Edgard Gouveia Júnior

         “Jogo sério”

         Quando ele era  criança se impressionava muito com cenas que via pela TV como as de famintos na África.  Quando ficou jovem, se tornou jogador profissional de vôlei em São Paulo. Defendia a equipe do Pinheiros-Transbrasil.  Jogou ao lado de José Roberto Guimarães que depois se tornou treinador da Seleção Feminina de Volei.

         Ele nasceu em Santos-SP em 1965.  Parentes da mãe dele morreram de tuberculose.   Ele mede 1,98 m.   O pai era pobre, mas gostava de ler e se preocupou em passar esse gosto para os filhos.

         O pai dele era autodidata e fez curso por correspondência no IUB Instituto Universal Brasileiro.

         Jogou também no Banespa.   Ganhou dinheiro no vôlei, comprou imóvel.   Investiu inclusive em linhas telefônicas no tempo que eram caras e permitiam obter renda alugando linhas a terceiros.

         Para Edgard, sempre introspectivo, foi o vôlei que o resgatou.    “É um esporte de velocidade e força, mas não de violência e agressividade”.

         Não sonhava em virar astro no vôlei.   No meio da carreira, parou de jogar e foi fazer faculdade.  Foi em Santos fazer faculdade de Arquitetura e Urbanismo.   Participou como estudante, de vários Congressos Nacionais de Arquitetura.    Foi despertando para o compromisso social do Arquiteto.   “Fui pegando gosto de estar ali, de conhecer o ser humano”.

         Logo após a faculdade, ingressou no Instituto de Tecnologias Intuitivas e Bioarquitetura (Tibá), fundado em 1987 pelo Arquiteto e Urbanista holandês Johan Van Lengen, autor do Manual do Arquiteto Descalço.      Sua formação ajudou no passo seguinte no instituto Elos, Ong de Projetos de Inovação Social e Guerreiros Sem Armas.   Curso de Lideranças Sociais.

         Desenvolveram no tempo de faculdade um sistema de ação em grupo.   Atuar nas comunidades carentes.   “O objetivo entra construir o projeto sonhado pelos moradores, com os recursos disponíveis, a tecnologia local e a participação da comunidade”.

         Ele lidera a Ong Live Lab e a empresa Epic Journey, ambas focadas no  desenvolvimento de gincanas e jornadas ramificadas para a transformação social e ambiental.

        

         Bate papo com Edgard Gouveia Junior

         Ele foi uma criança e um jovem tímido.  Entre outros recursos na sua formação, conheceu a Comunicação Não Violenta.  

Sobre as mudanças até nas premiações da arquitetura.   “Gerou uma mudança em cadeia nas universidades.  Até então, os projetos premiados eram sempre edifícios, museus. Ninguém queria saber do social”.    A partir daí, explodiu a quantidade de projetos sociais, tanto que o Opera Prima, o “Oscar” dos estudantes do setor, também começou a premiar.   Hoje em dia, grandes edifícios são os que menos importam”.

Ele teve convivência com mestre budista e leva em conta certos ensinamentos dessa filosofia.

         Visão dele de utopia:    “Utopia, para mim, é essa visão lá na frente, que você enxerga, você sabe como é, você a desenha.   Não é um sonho, porque não está enevoado; você sente a cena claramente, é o paraíso no futuro e é forte o suficiente, bela o suficiente , sedutora o suficiente para te mover até ela”.

         “Não precisa ensinar nada, está tudo pronto dentro, é só destravar o que nos está impedindo de sermos humanos”.    

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