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sexta-feira, 15 de abril de 2022

cap. 09/20 - fichamento do livro - LULA - BIOGRAFIA - volume 1 -- Autor: Jornalista FERNANDO MORAIS - edição 2021

Cap. 09/20

         O autor destaca a liderança de Roberto Baggio, líder do MST no Paraná, um dos articuladores da Vigília Lula Livre.   (conheci o Baggio em evento concorrido do MST nas dependências da UFPr Universidade Federal do Paraná aqui em Curitiba, envolvendo agricultura familiar e Agroecologia com forte presença dos integrantes do MST que sempre tem o acolhimento da UFPr).

         Um dia aparece um grupo de PMs na Vigília dizendo que iriam fazer os militantes abandonarem o local.   O comandante falava aos gritos com os dirigentes do acampamento.   Surgiu entre os acampados um senhor de terno e disse com voz calma que sem ordem judicial isso não poderia ocorrer.  O PM disse que se o pessoal não se retirasse, iria prender todos.   O senhor de terno então disse – Então pode começar me prendendo.  Só que para me prender, tem que ter ordem de um desembargador.

         Tratava-se do juiz federal paulista Edevaldo Medeiros, 47 anos que acabara de entregar a Lula um memorial de apoio da Associação de Juizes para a Democracia.     O PM deu no pé com seu grupinho de subordinados.

         Página 147 – fotos e legenda.     Casal de militantes não conseguia engravidar.   Foram na vigília e tempos depois veio a gravidez.  No ultrassom (foto no livro) o bebê aparece fazendo um L com os dois dedinhos.   “Um milagre, disseram os pais”.    O pessoal resolveu tratar o assunto com certa reserva para não virar uma romaria ao local.    Na mesma página do livro há a foto de Lula carregando no colo a bebê que antes aparece no ultrassom.  O nome da criança é Maria Luiza e tem inclusive o nome dos pais dela no texto.

         Em que pese todo o período de  prisão de Lula, ele era rigorosamente proibido de receber jornalistas e dar entrevistas.

         No final de 2018, o advogado Cezar Britto, ex presidente Nacional da OAB Ordem dos Advogados do Brasil, requereu o direito dele dar entrevista na prisão.   Alegou à justiça que até traficantes em penitenciárias de segurança máxima andavam dando entrevistas e não se poderia negar a Lula esse direito.

         Solicitou em juízo e a juíza Gabriela Hardt (desafeta de Lula) negou o pedido.  Lula recorreu ao STF e o Ministro Ricardo Lewandowski, destacado em sorteio, decidiu pelo direito de dar entrevista.   Só que o caso no STF ainda tinha que passar pelo plenário e o Ministro Fux e Toffoli conseguiram segurar o caso até passar as eleições.

         Na decisão do STF foi colocada que Lula poderia dar entrevista a quem ele estivesse de acordo a conceder.

         O Diogo Mainardi (do site O Antagonista) e a Revista Crusoé tentaram mas Lula não os aceitou.

         Lula deu entrevista para dois jornalistas.  Florestan Fernandes Junior do jornal El País e à Mônica Bérgamo da Folha de São Paulo.    A entrevista durou uma hora e cinquenta minutos.

         O El País mostrou a entrevista pela TV para o Brasil e o mundo.

         O episódio do hacker de Araraquara.    

         Tudo começou no domingo, dia das mães, 12-05-2019.  O Vermelho acessou conversas dos procuradores da Lava Jato entre si e conversas com o juiz Moro.   Deltan Dallagnol, que se postava como ferrenho na luta contra a corrupção, comprava casinhas populares (ilegalmente) para fazer patrimônio.   Casas estas que são vendidas para os de baixa renda.

         O Vermelho (não por ideologia – pela cor da barba) se chama Walter Delgatti Neto e estava com 30 anos e estudava direito.   Filho de pais separados, vivia na casa da avó.   Ele não chegava a ser um hacker, mas é bem acima da média em informática e celulares.

         Vermelho antes tinha assistido na faculdade uma palestra com Deltan sobre a Lava Jato.    “Vermelho saiu de lá convencido de que aqueles caras de Curitiba estavam salvando o Brasil dos ladrões”.

         Continua no capítulo 10/20


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