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segunda-feira, 23 de junho de 2025

Cap. 3/10 - fichamento do livro - 8/1 A REBELIÃO DOS MANÉS - coautores - PEDRO FIORI ARANTES et alli (2024)

 capítulo 3/10                        junho de 2025

             ( autor Pedro Fiori Arantes é Professor da UNIFESP - Campus Guarulhos SP)

         Já em 2018 o Eduardo Bolsonaro na bravata já falava em fechar o STF "com um jipe, um soldado e um cabo".     Ameaçava uma Ditadura.

         O povo viu tanto pela mídia os votos dos ministros do STF que ficou conhecendo mais o nome dos ministros do que os dos jogadores da nossa seleção de futebol.

         O PT no governo ficou encurralado nesse embate que ficou mais entre a direita raivosa e o Supremo – STF.

         “O Supremo ficou como o último baluarte do Estado de Direito no caso”.    Só que esse protagonismo do STF nas crises de 2013 para cá marcou posições muito controversas como nos casos:  Em 2014, o alinhamento em muitas posições da Lava Jato.     Também sobre admitir prisão em segunda instância que não tem respaldo constitucional.    Mais as ratificações das delações premiadas.    Soma-se a restrição do foro privilegiado em certos casos para políticos.

         Homologações das delações como o da Odebrecht.   Aplicação da teoria do domínio do fato.   Se alguém da hierarquia cometeu delito, o chefe máximo também é solidário no delito (mesmo que por delegação o subalterno agiu sem o conhecimento do chefe).   Para punir líder do PT.    Essa teoria foi escavada no passado da Alemanha e quase nunca tinha sido colocada em prática.

         Ainda exemplo sobre passar por cima das leis.    Cita o presidente de Israel Benjamin Netanyahu que, mesmo com ampla oposição das ruas, conseguiu aprovar uma lei que permite à maioria do Congresso reverter decisões da Suprema Corte.   (O que fere a Democracia).

         Os autores do livro Como as Democracias Morrem, da autoria de dois Professores da Universidade de Harvard já alertavam sobre essa prática.  (eu li e resenhei também este livro fundamental):   “...que o ataque ao Judiciário costuma ser o primeiro passo dos autocratas para se perpetuar no poder.”.

         Sobre os acampados de Brasilia que depois invadiram a Praça dos três poderes:  Havia lá um chamado “Grupo Selva” entre os acampados e o nome se liga a uma frase de um grito rebelde de militares.

         Os acampados criaram nas vésperas do 8 de janeiro uma senha para o que viria a ser o quebra-quebra (buscando conseguirem a GLO e um golpe militar).  A senha era Festa da Selma para disfarçar Selva.

         Página 47 – Capítulo:   História e Imaginário da tomada de poder

         Os autores citam casos de revoluções onde o povo oprimido toma o poder dos representantes dos abastados.   Isto no caso da Revolução Francesa (1789), Revolução Russa (1917), Revolução Cubana (1959).    Contrariamente, no caso do 8 de janeiro era a direita radical que tem ligação com o capital e as elites que teria insuflado os acampados.

         A fotografia documentando revoluções

         “Nas imagens, a revolução não é abstrata, mas material, não é um mero conceito, mas o retrato da ação das massas alterando seu destino”.

         ...”Susan Sontag no livro Sobre Fotografia (1977)...  “A fotografia não é apenas uma representação passiva da realidade mas interpretação ativa, que seleciona e interpreta o mundo”.    “Ela pode distorcer, omitir e ficcionar a realidade, ainda que pareça seu registro fiel”.

         Eu, leitor, destaco algo que me parece tanger essa colocação da Sontag:

         Um exemplo recente nas passeatas em tempo de eleição no Brasil.  Direita e Esquerda se alternando em passeatas.   Alguém interessado em mostrar pouca adesão, ia e fotografava o evento na fase em que estava no apronto antes de começar a passeata em si e aparentava pouca gente.     Em situação contrária, uns pegavam foto de uma passeata da sua turma e maquiava a multidão de forma a parecer que esta era muito maior.   Tornam assim a foto um embuste.

        

         Continua no capítulo 4 de 10 previstos.     (grato aos leitores.   Se puderem replicar, sempre é interessante).

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