capítulo 3/10 junho de 2025
Já em 2018 o Eduardo Bolsonaro na bravata já falava em
fechar o STF "com um jipe, um soldado e um cabo".
Ameaçava uma Ditadura.
O povo viu tanto pela mídia os votos dos ministros do STF
que ficou conhecendo mais o nome dos ministros do que os dos jogadores da nossa
seleção de futebol.
O PT no governo ficou encurralado nesse embate que ficou
mais entre a direita raivosa e o Supremo – STF.
“O Supremo ficou como o último baluarte do Estado de Direito
no caso”. Só que esse protagonismo do
STF nas crises de 2013 para cá marcou posições muito controversas como nos
casos: Em 2014, o alinhamento em muitas
posições da Lava Jato. Também sobre
admitir prisão em segunda instância que não tem respaldo constitucional. Mais as ratificações das delações
premiadas. Soma-se a restrição do foro
privilegiado em certos casos para políticos.
Homologações das delações como o da Odebrecht. Aplicação da teoria do domínio do fato. Se alguém da hierarquia cometeu delito, o
chefe máximo também é solidário no delito (mesmo que por delegação o subalterno
agiu sem o conhecimento do chefe). Para
punir líder do PT. Essa teoria foi
escavada no passado da Alemanha e quase nunca tinha sido colocada em prática.
Ainda exemplo sobre passar por cima das leis. Cita o presidente de Israel Benjamin
Netanyahu que, mesmo com ampla oposição das ruas, conseguiu aprovar uma lei que
permite à maioria do Congresso reverter decisões da Suprema Corte. (O que fere a Democracia).
Os autores do livro Como as Democracias Morrem, da autoria
de dois Professores da Universidade de Harvard já alertavam sobre essa
prática. (eu li e resenhei também este
livro fundamental): “...que o ataque ao
Judiciário costuma ser o primeiro passo dos autocratas para se perpetuar no
poder.”.
Sobre os acampados de Brasilia que depois invadiram a Praça
dos três poderes: Havia lá um chamado “Grupo
Selva” entre os acampados e o nome se liga a uma frase de um grito rebelde de
militares.
Os acampados criaram nas vésperas do 8 de janeiro uma senha
para o que viria a ser o quebra-quebra (buscando conseguirem a GLO e um golpe
militar). A senha era Festa da Selma
para disfarçar Selva.
Página 47 – Capítulo:
História e Imaginário da tomada de poder
Os autores citam casos de revoluções onde o povo oprimido
toma o poder dos representantes dos abastados.
Isto no caso da Revolução Francesa (1789), Revolução Russa (1917),
Revolução Cubana (1959).
Contrariamente, no caso do 8 de janeiro era a direita radical que tem
ligação com o capital e as elites que teria insuflado os acampados.
A fotografia documentando revoluções
“Nas imagens, a revolução não é abstrata, mas material, não
é um mero conceito, mas o retrato da ação das massas alterando seu destino”.
...”Susan Sontag no livro Sobre Fotografia (1977)... “A fotografia não é apenas uma representação
passiva da realidade mas interpretação ativa, que seleciona e interpreta o
mundo”. “Ela pode distorcer, omitir e
ficcionar a realidade, ainda que pareça seu registro fiel”.
Eu, leitor, destaco algo que me parece tanger essa colocação
da Sontag:
Um exemplo recente nas passeatas em tempo de eleição no
Brasil. Direita e Esquerda se alternando
em passeatas. Alguém interessado em mostrar
pouca adesão, ia e fotografava o evento na fase em que estava no apronto antes
de começar a passeata em si e aparentava pouca gente. Em situação contrária, uns pegavam foto de
uma passeata da sua turma e maquiava a multidão de forma a parecer que esta era
muito maior. Tornam assim a foto um
embuste.
Continua no capítulo 4 de 10 previstos. (grato aos leitores. Se puderem replicar, sempre é interessante).
Nenhum comentário:
Postar um comentário