Total de visualizações de página

terça-feira, 3 de junho de 2025

Capítulo 9 (final) - fichamento do livro - SEGUNDA VIAGEM DO RJ A MG E A SÃO PAULO - Autor: Botânico francês SAINT HILAIRE (Ano 1822)

fichamento do livro SEGUNDA VIAGEM DO RJ A MG E A SÃO PAULO - Autor: Botânico francês SAINT HILAIRE (Ano 1822)
capítulo final 9
O povo local sempre sabe quantos pés de café tem os grandes proprietários e quantos negros eles tem. Os ricos... “vivem contentes enquanto não tenham diferença realmente senão pela vanglória da fama, dos pobres que vegetam a pequena distância de suas casas”.
Neste livro aparece o vocábulo que eu só tinha visto numa das biografias de Lampião escrita por um jornalista. Palavra: almocreve. O que tem profissão de ir em comboio levando dinheiro de comerciantes para compra de produtos para abastecer o comércio dos que fizeram as encomendas. Almocreve e sua prática da almocrevaria.
Cita a nova vila de Bananal SP que foi muito rica. Alavancada pela cultura do café e por ficar na rota da estrada que descia de MG para o Vale do Paraíba onde bifurcava para SP e RJ.
(Li um livro sobre Bananal SP e quero ir visitar a cidade hora dessas)
Na página 202 o autor cita uma lenda indígena que ouviu de um indígena da sua comitiva. A arara e o urubu. O urubu convidou a arara para um banquete e serviu a ela carne de anta estragada. A arara ficou uma arara de raiva. Passa um tempinho ela dá o troco convidando o urubu para um banquete e encheu a mesa de comidas à base de frutos da sapucaia. O urubu comeu demais e a comida fez caírem todas as penas da cabeça. Desde então, todo urubu não tem penas na cabeça.
Fez constar que o povo do interior atribui o bócio (papo) à água fria das regiões serranas. Na verdade o bócio ocorria, como já foi citado, à falta do mineral iodo na dieta. O que foi contornado bem mais adiante pela adição de iodo no sal de cozinha.
A recorrente precariedade dos ranchos onde os viajantes faziam pousos. Muitas vezes só tinha o telhado e sem paredes laterais. Chuva, vento e frio eram enormes incômodos aos viajantes. Os pousos eram tão precários que nem eram cobrados pelos comerciantes que ganhavam o dinheiro ao fornecer alimentos para os viajantes e a tropa, cercado para os animais pousarem.
“Tenho quase tanto medo da chuva quando estou num rancho, do que quando fora”.
O aborrecimento do Botânico com o tropeiro que lhe presta serviço. O tropeiro sempre tinha pressa e se incomodava do patrão estar fazendo paradas para coleta de plantas de interesse da pesquisa. Tanto a coleta como o preparo e acondicionamento para viagem tomavam tempo e causavam impaciência no tropeiro.
Quando pousavam num rancho coberto, era comum haver outros viajantes no mesmo local alojado e acendiam fogueiras. A fumaça incomodava muito o botânico que ficava com os olhos ardendo.
Na parte final do livro o autor dedica sete páginas para fazer um balanço detalhado de tudo o que foi gasto durante a viagem. Até as gorjetas dadas entraram no relatório, assim como o milho para os animais.

FIM. 03-06-2025 


    Próxima leitura e resenha:    UM RIO NA ESCURIDÃO - Autor Masaji Ishikawa

Nenhum comentário:

Postar um comentário