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quinta-feira, 23 de março de 2023

PARTE FINAL - VISITA GUIADA AO TEATRO GUAIRA - CURITIBA - PARANÁ - BRASIL (2/2)

 

         Ney Braga, lapeano, teria regulamentado a profissão de ator.

         A Escola de Dança ligada ao Teatro Guaira é de 1959.

         O Paraná era celeiro de teatro na fase 1950-1970.  O ator Ari Fontoura é um desses destaques.    Os atores Paulo Goulart e Nicete Bruno atuaram por tempos aqui em Curitiba.

         A primeira montagem nacional da pela A Megera Domada foi feita em Curitiba, cidade que foi destaque de criação de peças teatrais e de danças.

         Relembrando, o Teatro Guaira, após o incêndio de 1969, foi restaurado e reinaugurado em 1974.

         A região da Praça Santos Andrade onde fica o Teatro Guaira no passado remoto foi um lugar alagadiço.     Aterraram e sanearam o local.  Hoje por lá fica o prédio histórico da UFPr Universidade Federal do Paraná.

         No entorno desta praça surgiram bons prédios a partir dos anos 50, mas pelo costume da época, poucos automóveis, os apartamentos não tem garagem.

         Atualmente 90% da área do prédio histórico da UFPr é espaço cultural.

         Ao lado tem o prédio do Correio que é no estilo Art Decô.

         Já o calçadão (Rua das Flores, Rua XV de Novembro) foi o primeiro calçadão do Brasil.    Criado pela equipe do então jovem arquiteto Jaime Lerner.    Este que foi indicado por via indireta para prefeito de Curitiba nos anos 70.

         Jaime Lerner, então prefeito, ao buscar revitalizar o centro de Curitiba notou que na Rua XV de Novembro o comércio local encheu de placas de propaganda nas fachadas de muitos prédios históricos.     A prefeitura determinou que as placas fossem retiradas dentro do contexto de formar o calçadão e a rua ficar conhecida como Rua das Flores.   

         A atitude foi muito mal recebida pelos comerciantes que não atenderam à determinação.    Certa noite uma equipe da prefeitura fez uma limpeza das fachadas, tirando todas as placas.   E assim ficou.

         A proposta da prefeitura (Lerner era Arquiteto Urbanista) era transformar um espaço decadente, reabilitando-o com arte e destacando a arte das fachadas da Rua XV que no trecho passou a ser só para pedestres.

         Após o incêndio (1969), o Teatro Guaira passou a ter cortina à prova de fogo.   Há em certos espaços internos do grande auditório, revestimentos em madeira que ajuda na acústica.

         O Sr Áldice disse que ele é fã do estilo barroco, mas gosta da leveza do modernismo na arquitetura.

         Consta que a grande cortina do T. Guaira tem desenhada obra do Poty Lazzarotto e é acessível inclusive por busca no Google.

         Disse o guia que há muita visita guiada, mediante agendamento, ao Teatro Guaira, principalmente por alunos de Arquitetura e afins.

         Atualmente (2019) o T. Guaira não tem maestro fixo.   Atua com maestro convidado quando das apresentações da Orquestra Paranaense.

         O Grande auditório do T. Guaira comporta 2.500 pessoas entre plateia, mezzanino e galerias.

         Em 1974, o lapeano Ney Braga foi secretário da cultura e depois foi governador do estado por indicação do governo federal nos anos 70.

         Nos anos 60-70 Curitiba tinha um renomado estilista de moda, Ney Souza, natural da Lapa-PR.  Nesse tempo estavam em voga os desfiles da alta costura no Copacabana Palace no Rio de Janeiro e o ícone dos estilistas de então era Clovis Bornai.

         Consta que a cidade da Lapa-PR teria um projeto de construir um museu para abrigar peças criadas pelo estilista Ney Souza.

         Quanto àquele pinhão estilizado que tem desenhado inclusive no calçadão da Rua XV (Rua das Flores) teria sido criado pelo artista plástico escultor João Turin.    Dele também são umas esculturas em bronze espalhadas pela cidade.  Uma perto do Palácio Iguaçu, outra no caminho para Santa Felicidade.

         Este é o resumo que anotei quando da visita e que agora passei para o Word e estou compartilhando.   Depois virão fotos com legendas.

 

                                      orlando_lisboa@terra.com.br  

                                      resenhaorlando@gmail.com  

quarta-feira, 22 de março de 2023

VISITA GUIADA AO TEATRO GUAIRA - CURITIBA - PARANÁ - BRASIL - 2019

 


         Data da visita:  12-09-06-2019     - Editado no blog dia 22-03-2023


         Promoção do nosso curso (eu como aluno) de Patrimônio Histórico do Paraná  pelo Solar do Rosário   - Visita pré agendada.

         Guia do Teatro que nos mostrou o Teatro e discorreu sobre o mesmo: o Sr Aldice, integrante da equipe do próprio teatro.  

         Estou editando agora em março de 2023 e sempre me referindo a dados de 2019 quando ocorreu a visita.  

         O Teatro Guaira tem três auditórios.   Um prédio inovador para sua época, feito em concreto armado.

         Há Orquestra há 34 anos e são atualmente 128 músicos.

         Há corpo de baile do Teatro Guaira há cinquenta anos.

         Na ocasião, o corpo de baile estava se apresentando no interior do Paraná.

         Escola de dança.  Curso com duração de nove anos.   As crianças costumam iniciar na dança por volta dos dez anos de idade.  Bailarinos com idade ao redor dos quarenta anos já estão meio “maduros” para a atividade que requer muito do físico.

         Quanto às bailarinas, quando estão acima dos trinta de idade, já sentem alguma limitação para atuar em alta performance.  Sempre há exceções tanto no caso de bailarinos quanto de bailarinas no quesito idade.

         O Teatro Guaira tem dois grupos de dança.  O Ballet Guaira e o G2, este com os mais experientes por assim dizer.

         Ao todo o Teatro Guaira tem trezentos funcionários, aí incluídos dançarinos, músicos, técnicos e pessoal administrativo.

         No tempo que o advogado Renê A. Dotti foi Secretário de governo, ele conseguiu um prédio no centro histórico de Curitiba onde se instalou o Teatro Zé Maria.

         Em 1884 Curitiba tinha outro teatro, que depois fechou.  Na cidade foi reinaugurado um teatro em 1900.   Era no local onde atualmente temos a Biblioteca Pública do Paraná que fica no centro de Curitiba.

         O teatro acima citado foi demolido em 1930.   O prédio já estava em mau estado.   Era o Teatro São Teodoro.

         Curitiba ficou um tempo sem teatro.    O governador Moises Lupion lançou o edital para o novo teatro.    Isto próximo ao centenário do Paraná.

         Foram apresentados três projetos com autores sob pseudônimo por conta de norma de concorrência pública.    No decorrer do tempo, assume o governo do estado, Bento Munhoz da Rocha e este decide rever os projetos.

         Quer realizar obras inclusive para comemoração do centenário do Paraná, que ocorreu em 1953.    Escolheu o projeto com estilo modernista, previsto para ser erguido em concreto armado, algo raro para a época.

         O projeto escolhido era de autoria de um jovem arquiteto de 23 anos de idade, paulista de Botucatu, Rubens Meister.

         A obra alta e grandiosa requeria uso de guindastes e no Paraná não havia e trouxeram da Alemanha.   O guindaste e também um operador treinado.    Isto em 1950.

         Nessa época era bem renomado o arquiteto paranaense Vilanova Artigas, graduado na USP.   Este que dentre outras, projetou o prédio da FAU Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.   Também dele o projeto da rodoviária “antiga” de Londrina, já que a atual, circular, é bem mais recente.

         Chegou o ano de 1953, do centenário do Paraná, e o Teatro Guaira estava semi pronto mas havia acabamentos a fazer.    Mesmo assim montaram programação cultural e realizaram no contexto do Centenário no prédio em fase de acabamento.

         O Teatro Guaira ficou pronto em 1954.   Em 1969 foi destruído por um incêndio ao ponto de desmoronar.    Em seguida veio a árdua e demorada obra de reconstrução que ficou pronta em 1974.   Tempo do Presidente Ernesto Geisel e do governador Ney Braga.

 

         Continua no capítulo final   (amanhã – quinta feira)